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domingo, 26 de julho de 2009

ANTES DE HAVER LUZ, A IDEIA DE LUZ BRILHAVA, EM DEUS QUE A PENSAVA...



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 .LINKS PARA MAIS FÁCIL ACESSO A OUTRAS POSTAGENS:***ROCEIROS COMANDADOS POR TENENTE-CORONEL SPINOLISTA - POR POUCO NÃO PROVOCARAM UM SEGUNDO MASSACRE DO BATEPÁ 

ESPIA “MATA HARI*****SÃO TOMÉ E A GUERRA DO BIAFRA******CIA EM SÃO TOMÉ,.************* 36 ANOS DE INDEPENDÊNCIA ****** NÁUFRAGO POR VONTADE PRÓPRIA*******(2)SÃO TOMÉ  E PRÍNCIPE -ANTIGAS ILHAS ASBEN E-NAUFRÁGIO  .****36 ANOS DE INDEPENDÊNCIA****(1)SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - ANTIGAS ILHAS POVOADAS POR CANOAS AFRICANAS..*****23º DIA À DERIVA NO GOLFO DA GUINÉ****SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE E A MATANÇA DOS ESCRAVOS****"22º DIA DE MAR,11 DE NOVEMBRO EM TERRA*****"COM A FÚRIA DOS VENTOS PORCELOSOS*****HOJE É DIA DA INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA:****CANCÃO DO MAR****PEREGRINO DA LUZ NA TERRA E NOS MARES****QUANDO OS TUBARÕES ATACAM****VOGANDO A COBERTO DA NOITE E À FLOR DO MAR.******TITANIC - A HOMENAGEM******MARES DE ONTEM, DE HOJE E DE SEMPRE.****ANTES DE HAVER LUZ, A IDEIA DE LUZ BRILHAVA*****PERDIDO NO GOLFO DA GUINÉ:*****POETAS!... VINDE VER O MAR!***** SÃO TOMÉ - NIGÉRIA******NO MAR DOS TORNADOS E DOS TUBARÕES -*******HISTÓRIA SINGULAR DE UM NAVEGADOR SOLITÁRIO***** ATITUDE DE JORGE MOYSÉS TEIXEIRA. COIMBRA******ESCALADA VERTICAL DO PICO CÃO GRANDE* ****AZEREDO PERDIGÃO, O QUE ME REVELOU **

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SÓ O MAR A BRAMAR, A BRAMAR!...

Ó minha saudosa e branca aldeia!
Dos longos dias triunfais da minha infância!
Oh, quanto vos recordo!
Quão longe, agora, estais da minha beira!
Quanta saudade vai no meu coração!
Quanto, em vão, agora me lembrais!...

Ó vasta solidão Ó imenso mar!!...
Ó inclemente Sol dos altos céus!
Ó Vós, que lá de tão alto me olhais!
Ó Deus do Mar e dos Céus!
Aonde, agora, minha barca me levais?!...

Onde está o altivo campanário
da antiga igreja?!... O adro, o negrilho?!...
Onde estão os trilhos das Quebradas,
As ondulantes searas?!... Os dourados
montes de centeio e de trigo?!...,

E a nossa ribeira com os dourados milheirais!
O marulhar verdejante dos choupos,
O cantar das cotovias e dos pardais!?...
- As suaves noites de Verão
banhadas de luar prateado!
Onde está o lindo vale
com as espigas de milho dourado?!
Onde está agora tudo isso?!...
Ó minha querida aldeia,
em que ponto do mar me encontro,
em que distante ponto do horizonte
agora eu de vós estou e de mim estais?!!...

Ó erma vastidão!... - Tenebrosos Mares!
Ó impiedosos Céus!!... Tende, de mim, piedade!
Tende, de mim, compaixão!... - Estou convosco, sozinho!!...
Ó Deus Meu! - Onde estais?!... A que erma direcção
e por que errático caminho - Ó Mar! Ó Céus! -
À toa derivo, perdido e solto, agora me levais?!!...

Jorge Trabulo Marques



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domingo, 19 de julho de 2009

“MAR DO SAL DA VIDA E DAS SEPULTURAS POR ABRIR MAS SEMPRE PRONTAS"PORQUE ME ACEITASTE NAS TUAS ONDAS SE NASCI MAIS PERTO DOS RIOS E TÃO LONGE DE TI?!

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“Mar das altas vagas espraiadas,
Mar que respiras com longas e convulsivas exalações
Mar do sal da vida e das sepulturas por abri mas sempre prontas,
Mar que uivas e cinzelas as tempestades, mar caprichoso e requintado,
Eu faço parte de ti, sou de uma e todas as fases."

Walt Whitman
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 (...)
E eu sinto a minha vida de repente
Presa por uma corda de inconsciente
A qualquer mão nocturna que me guia

Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nado existo como a terra fria

Fernando Pessoa


Sou dos que procurou na vasta planície dos mares, os caminhos solitários que nos conduzem da luminosa claridade do dia à noite mais imensa e profunda, e, sob o olhar vagabundo e mergulhado nas trevas, a Luz que ilumina e poderá revelar a Verdade Eterna!...




L*


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Depois de ter procurado o genuíno Deus na solidão dos mares ( e julgo tê-lo encontrado - ou pelo menos a consciência de me ter ajudado a descobrir o sentido da vida!) enfrentando tempestades, superando podres calmarias, a fome, a sede, enfim, arrostando as maiores vicissitudes e perigos vários (longe, muito longe, do meu país e da terra que me viram nascer), eis porque, após o meu regresso das lindas Ilhas de São Tomé e Príncipe - deixando para sul o imenso Golfo - me voltasse, não para os vastos e desconhecidos horizontes marinhos, mas de novo para os lugares abençoados do meu berço! Planáltico granítico, onde se circunscrevem, puros e largos espaços, que, desde criança, se me tornaram bem familiares - Cedo aprendi a amá-los e a conhecê-los! Palmilhando-os, porém, quantas vezes descalço, por caminhos e atalhos de fragas e de abrolhos!...

São, pois, estes os sítios mais queridos e abençoados da minha vida! Para onde me dirigi após longa ausência e onde fui retomar a minha sempre insatisfeita e persistente ânsia de procura do divino.

Esse é o meu retiro predilecto, o lugar eleito das minhas fugas da cidade para o campo, onde peregrino, sempre que posso, nos meus devaneios espirituais. Pois é lá, ante a vasta linha daqueles largos horizontes, que eu sinto, bem presente, o vibrar da minha identidade, a suave harmonia das minhas raízes, o genuíno pulsar da minha origem, desde o seu lado mais ancestral até ao mais próximo. Porém, mais de que o torrão que me viu nascer, o que ali revejo e descubro, a cada passo, é a visão de um lugar sagrado, cenário eminentemente espiritual, que convida à contemplação e à purificação do corpo e da alma - À inexplicável percepção de quem tem o privilégio de pressentir ou de escutar um hino de serenidade e de louvor a Deus!

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