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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

FRADIQUE DE MENEZES - EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE S.T.P - É PERSONAGEM PRINCIPAL DO ROMANCE HISTÓRICO, INTITULADO; "PROJET SÃO TOMÉ", de Michel Jobin - "Ele é um idealista. Ele tem laços muito estreitos com o Instituto Terra. Democracia, boa governança, ética!" –


"Fradique de Menezes, nascido em S. Tomé, de ascendência nobre portuguesa do lado paterno, que remonta a Leonor Telles, mulher do rei D. Fernando, dá  nome à figura de “João Da Silva, eleito presidente do pequeno estado insular de São Tomé:  Idealista, ele quer eliminar a corrupção para que os escassos recursos de seu país sejam redistribuídos de forma equitativa. Mas, uma tentativa de golpe prejudica seriamente o otimismo de João, Em que “os Trovoadas receberam dinheiro dos nigerianos em troca das concessões e que depois tentaram comprar o Fradique, mas ele não foi  nisso”      


Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise - Ao longo da pesquisa que efetuamos, acerca do extraordinário romance, classificado pela critica com 4 estrelas,  poderá ler não apenas as opiniões de diversos estudiosos, aos quais foi mostrada a obra, bem como  alguns excertos do livro e  as razões que levaram o autor a escrever o romance, assim como outros comentários sobre as negociatas à sombra do chamado ouro negro, de cujas profundidades marítimas ainda não jorrou um dedal à superfície mas já deu largos milhões a bolsos corruptos -


"Eu tive que ler o último romance de Michel Jobin, Projeto São Tomé . E adorei! Fui apanhado neste thriller político; Fui preso pela história e fiquei preso com a intriga, os personagens e os meandros criminosos da política internacional. Um romance bastante emocionante! Eu aconselho-o a você, sem reserva"


 Amantes de thrillers políticos, romances de espiões, fãs de John Littell, Tom Clancy ou Robert Ludlum, eu recomendo a descoberta deste autor de Quebec de grande talento!Nesta primavera fria e chuvosa, aproveite o calor e o clima tropical de São Tomé ... Uma leitura de verão obrigatória!

O "Projeto São Tomé" o manterá em 660 páginas. Cada capítulo irá trazer muitas torções, atos de traição, violência e, o mais importante, isso fará com que você perca algumas ilusões políticas, pelo menos, se você ainda tivesse alguma. Às vezes, surpreendido por um ato criminoso de um ou outro desses agentes secretos, alguém se pergunta se na "vida real", pode realmente acontecer, se acontecer assim realmente! 

Michel Jobin não responde esta pergunta, pelo contrário! Ele nos deixa com nossas dúvidas e nossas incertezas. Nos mergulha nos corredores escuros da CIA e Guoanbu e nos mostra os cantos menos nobres. Além disso, ele não nos dá descanso, nenhuma ruptura; ação, turnovers, surpresas de tirar o fôlego. Um verdadeiro suspense!

“Quando os geólogos descobrem uma reserva de petróleo bruto fora da ilha estimada em cinco biliões de barris, Da Silva entende que ele finalmente tem os meios para suas ambições. Mas, ao preparar um convite à apresentação de propostas para confiar, em toda a transparência, a exploração do depósito para o óleo mais generoso, as forças estão operando nas sombras. 

Apenas três dias após a descoberta, uma tentativa de golpe prejudica seriamente o otimismo de João, que é forçado a dar a um país vizinho uma percentagem do depósito em troca de sua vida. Mas, ao mesmo tempo, dois homens chegam à ilha sob uma falsa identidade: Tom Hendrix, CIA e Jiang Meng, serviço secreto chinês.
A partir de então, São Tomé está envolvido em uma nova batalha na qual a força bruta é substituída por astúcia e manipulação ... e em que Santomenses contam muito pouco http://www.alire.com/Romans/ProjetSaoTome.htm. .... Projet Sao Tomé - Alire

A obra literária, editada  em 19 de setembro de 2013 pode ser adquirida na Internet, sob várias versões: Amazon.fr - Projet Sao Tomé - Michel Jobin - Livres… Projet Sao Tomé - Livre Policier Poche - Cultur
O livro, embora desconhecido em S. Tomé e Príncipe, é, no entanto, do conhecimento de Fradique Menezes, desde há 4 anos, que nos deu o prazer de no-lo mostrar na sua residência, ao lado de outros amigos  - Não  sendo exibicionista, como é Patrice Trovoada, mas  uma pessoa simples e afável, não tem feito gala dessa notável distinção, que é seguramente ao mesmo tempo uma extraordinária demonstração  da realidade politica das maravilhosas mas tão sacrificadas e cobiçadas Ilhas Verdes do Equador.

O romance tem   merecido os mais rasgados elogios da crítica, que recomendam a sua leitura:  "Amantes de thrillers políticos, romances de espiões, fãs de John Littell, Tom Clancy ou Robert Ludlum, eu recomendo a descoberta deste autor de Quebec de grande talento! Nesta primavera fria e chuvosa, aproveite o calor e o clima tropical de São Tomé .Algumas citações: É o que um alto funcionário da CIA diz sobre o presidente de São Tomé: "Ele é um idealista", disse Kellman. Ele tem laços muito estreitos com o Instituto Terra. Democracia, boa governança, ética, você vê género. "


Fradique Bandeira Melo de Menezes, nasceu em  Água Têlha, Mé-Zóchi, a 21 de Março de 1942 Foi presidente de seu país desde 3 de Setembro de 2001 até 3 de Setembro de 2011. A 16 de Julho de 2003, enquanto fazia uma visita oficial à Nigéria, o militar Fernando Pereira tentou derrubá-lo mediante um golpe de estado, porém Fradique foi restaurado no poder a 23 de julho do mesmo ano. – 

Nascido numa família de ascendência nobre, mantém a ligação à terra do pai e aos amigos que fez durante o liceu. A família, dita "de pergaminhos" e segundo Pedro de Menezes remontando a Leonor Telles, mulher do rei D. Fernando -  aliás,  Duarte Pio de Bragança deslocou-se a São Tomé para entregar a Fradique de Menezes as "armas" respetivas

DE RECORDAR QUE, S.A.R., DOM DUARTE OFERECEU AS ARMAS HISTÓRICAS AO PRESIDENTE DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 

São Tomé 06 de Maio (Lusa) - O Herdeiro do Trono Português, Dom Duarte Pio, ofereceu hoje ao Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, algumas armas "históricas" da sua família.

Na ocasião, Dom Duarte Pio disse que as obras oferecidas a Fradique de Menezes são "um símbolo da amizade e consideração que tem pelo presidente e pela nação são-tomense, uma lembrança com valor simbólico". A família do presidente Fradique de Menezes tem armas esculpidas com brasão e portanto achei um gesto importante oferecer essas armas da família", adiantou.

O Herdeiro do Trono de Portugal anunciou, na ocasião, que vai mobilizar donativos para obras sociais e de caridade da Diocese de São Tomé e Príncipe.
A intenção é "potenciar a ação social das igrejas no desenvolvimento do mundo rural, projetos de escolas de marcenaria, carpintaria e jardinagem", explicou.

"Dom Duarte, remeteu-me aquilo que a gente chama as armas da família Mello de Menezes, a minha família brasonada. Essas armas já estão no edifício da minha família, onde uma vez ou outra costumo ir de visita, em Viseu", explicou o chefe de estado são-tomense http://realfamiliaportuguesa.blogspot.com/2011/05/sar-dom-duarte-ofereceu-as-armas.html

IGUALMENTE DISTINGUIDO PELO REI DA BÉLGICA – Em Outubro 2013 - Desde 16 de Outubro último que o Rei da Bélgica atribui a distinção honrosa ao ex-presidente Fradique de Menezes. A distinção que homenageia Fradique de Menezes, pelo papel desempenhado no reforço da cooperação entre São Tomé e Príncipe e o reino belga, foi entregue na última quinta – feira pelo embaixador Charles Dogne. «Cada vez que eu falo da Bélgica e do tempo que eu vivi nesse país, o Reino da Bélgica invade-me uma emoção muito grande», declarou Fradique de Menezes, quando recebeu a distinção na sua residência, a Quinta da Favorita. Rei da Bélgica homenageia ex Presidente Fradique de Menezes ...

 Recorde-se, que, segundo referem observadores internacionais,  Fradique de Menezes jogou um papel preponderante na alta diplomacia mundial, onde foi o intermediário na normalização da relações entre Bush e Kadafi. -  Fradique de Menezes gozava de excelente relações interpessoais, tanto com Bush, como com Kadafi. O mundo não fala disso, mas seguramente que o nome de Fradique de Menezes ficou registado na Casa Branca, com letras de ouro.

2007 - "Quando o presidente Fradique de Menezes chegou ao poder há mais de seis anos, ele impressionou tanto os especialistas quanto o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. A revista "New Yorker" escreveu: "Quem precisa da Arábia Saudita quando se tem São Tomé?" Bush se reuniu com Fradique e 10 outros chefes de Estado africanos em setembro de 2002, e apesar de outros terem entediado o presidente com discursos em francês, Fradique teria falado de forma "eloqüente, em um bom inglês com leve sotaque, sobre os interesses comuns de São Tomé e dos Estados Unidos". Bush até mesmo parou de brincar com seu lápis.

Fradique lembrou aos seus ouvintes dos "trágicos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono" e destacou a importância de fontes alternativas de petróleo fora do politicamente volátil Oriente Médio. Seu país, ele disse, se encontra em uma "localização estratégica na região de petróleo mais importante do mundo -o alto-mar da costa oeste da África".

Foi uma jogada inteligente da parte de Fradique, porque o petróleo desta região tem enlouquecido os americanos. Eles atualmente importam 13% de seu petróleo da África sub-saariana; esse número deverá crescer para 25% em poucos anos. O petróleo africano é bastante procurado por causa de seu baixo conteúdo de enxofre e suas reservas geralmente marítimas, onde pode ser carregado em petroleiros sem a necessidade de se colocar os pés em um país
http://www.vermelho.org.br/noticia/34081-9  São Tomé e Príncipe: como roubar uma nação africana - Portal .
Ainda não é seguro  que o sonho do el-dourado ouro negro possa vir a reverte-se  numa bênção  e  não a fonte de conflitos e de corrupção, como tem sucedido até hoje, em que, praticamente,  os Trovoadas, pai e filho, segundo revelam observadores, têm sido os grandes beneficiários de obscuras e controversas negociatas nos acordos firmados com empresas petrolíferas para prosperarem com as suas empresas no Texas e noutras partes do mundo..  Pese algumas ajudas internacionais , na mira de não perderem o comboio da tentadora ou ilusória miragem, a verdade é que, até hoje, nem uma gota fluiu das profundidades à superfície do mar

Porém, agora, do que lhe venho falar, de todo esse extenso e controverso folhetim, não é tanto dos grosseiros sacanas e bastardos,  dos desenvergonhados tiranos sacadores ou de outros figurantes menores envolvidos em múltiplos enredos, sem ideário, traidores do seu país, amorais e sem ética,  que lograram  passar despercebidas, não obstante terem enchido também os bolsos, os quais, desde o afilhado ao mafioso padrinho-mor, desde o secretário ao ministro, que, por terem sido tão reles e tão ordinários, quase se diluem na amálgama ficcionista dos múltiplos episódios de um espantoso romance,  pois nem sequer são elevados   ao pedestal  dos violões estrelados, num bestseller a pensar, talvez, numa grande produção cinematográfica, que, por certo, mais tarde ou mais cedo, não deixará de  ser rodada, se se quiser reconstituir o enredo   de um dos “piores acordos da história no xadrez da indústria do petróleo", sim, de factos amplamente comprovados, não meras especulações,  nomeadamente,  em que "a ERHC obteve um arranjo incrivelmente lucrativo sob condições quase totalmente opacas"

Em que “os Trovoadas receberam dinheiro dos nigerianos em troca das concessões e que depois tentaram comprar o Fradique, mas ele não foi  nisso  - Referem investigadores, tendo procurado combater essa praga daninha, 

Porém, não  o tendo conseguido urdiram um traiçoeiro golpe de Estado, com a cumplicidade dos corruptos daquele mesmo país. . De acordo com a inteligência nigeriano, Patrice Trovoada foi acusado de ser um dos principais financiadores do golpe 16 de julho. Ele também foi demitido como ministro das Relações Exteriores" In The Power of Interdependence -- Lessons from Africa, David O. Kuranga, Ph..

"PROJET SÃO TOMÉ"  - NOTÁVEL ROMANCE À ESPERA QUE UM GRANDE REALIZADOR O TRANSPONHA PARA A 7ª ARTE -  TRAMA ABUNDANTE E VARIADA, NÃO FALTA

Luta política sobre fundo de ouro preto- Escreve  - EVALÉRIE LESSARD

"Uma pequena ilha africana obscureceu. Um presidente idealista, recentemente eleito democraticamente. E o petróleo. Muitos (muito) petróleo, encontrados não muito longe das margens da ilha. Pois, enquanto o Chefe de Estado sonha com toda a infra-estrutura que ele pode, entre outros, construir para seu povo com o dinheiro desse ouro preto, as forças tectónicas estão se movendo e vão abalar seu país.
O novo romance de ficção política de Michel Jobin, Projet Sao Tomé, explora os bastidores do poder de um estado pobre e mal equipado para enfrentar as pressões dos grandes jogadores no cenário mundial. E o relatório é implacável: o idealismo e o poder não podem rimar quando um recurso tão cobiçado quanto as superfícies de óleo.

O presidente Da Silva tem a boa fé de que poderá realizar um processo transparente de atribuição do contrato de exploração do depósito, que rapidamente irá desiludir. Assim que os Estados Unidos e a China se aproximarem da descoberta de petróleo em São Tomé, eles lançarão seus peões neste novo e crucial parque infantil: as duas super-poderes precisam desesperadamente agarrar a luta naqueles barris para apagar sua sede exponencial de energia.E eles estão prontos para fazer qualquer coisa para alcançá-lo.

É neste contexto que Tom Hendrix da CIA e Jiang Meng dos serviços secretos chineses são enviados para a cena. Todos devem permitir que seu país tome controle da ilha. Deixado de fazer vítimas mais ou menos inocentes no processo e aliar-se com os campos já em posição no local. No entanto, eles terão que apostar nas partes certas para alcançar seus fins ...

Após La Trajectoire du pion (2001) e Le Nebuleuse iNSIEME (2005), Michel Jobin retorna com uma novela ambiciosa da qual ele puxa as cordas muito habilmente. Apesar de algumas repetições (a palavra "bastardo" e a frase "república das bananas" voltam um pouco com muita frequência), seu polar, bem sucedido e solidamente documentado, leva o leitor a uma corrida contra o tempo que, se não vier não em cronómetro 24 horas, ocorre em 25 dias. Vinte e cinco dias dos quais é óbvio que apenas um país poderá deixar o vencedor. E de que Hendrix e Meng não podem deixar completamente incólumes também.

Ao contrastar os Estados Unidos e a China em África, o autor efetivamente e efetivamente contabiliza novas dinâmicas políticas.E se ele conclui o Projeto São Tomé favorecendo um campo, ele também deixa uma porta aberta para uma possível continuação.Ainda melhor, porque ficaremos felizes em conhecer os "sobreviventes" em outro título. Vlessard@ledroit.com"

"Por uma combinação de circunstâncias (veja o programa Knowlton Killing Spring ), eu tive que ler o último romance de Michel Jobin, Projeto São Tomé . E adorei! Fui apanhado neste thriller político; Fui preso pela história e fiquei preso com a intriga, os personagens e os meandros criminosos da política internacional.Um romance bastante emocionante! Eu aconselho você, sem reserva.
Aqui está um breve resumo da história.

São Tomé é uma pequena ilha ao largo da costa da África, a 350 quilómetros da costa do Gabão.  João Da Silva é o presidente, um estadista de direito, honesto, acessível e acima de tudo, um idealista que pensa grande para sua pequena comunidade. Graças ao trabalho de dois geólogos, ele descobre uma reserva de petróleo de mais de cinco bilhões de barris. Esta é uma oportunidade real para modernizar as estruturas de seu país, espalhar a riqueza de forma equitativa e eliminar a corrupção que há muito invadiu sua ilha.

Mas foi sem levar em conta o apetite insaciável de dois grandes poderes: a China e os Estados Unidos enviam em missão o seu melhor agente, responsável por garantir que o petróleo venha alimentar os motores de glotões de sua população.

Enquanto o presidente de São Tomé e seu conselheiro enviam um convite à apresentação de propostas para administrar a exploração de seus recursos naturais, Tom Hendrix, CIA e Jiang Meng, o serviço secreto chinês fará tudo, mas absolutamente tudo para ter sucesso missão. Em um curto espaço de tempo, eles se instalam na ilha, estabelecem contatos, chantageiam algumas pessoas, se casaram com os mais corruptos e não hesitam em matar para ganhar esta corrida pelo petróleo.

O "Projeto São Tomé" o manterá em 660 páginas. Cada capítulo irá trazer muitas torções, atos de traição, violência e, o mais importante, isso fará com que você perca algumas ilusões políticas, pelo menos, se você ainda tivesse alguma. Às vezes, surpreendido por um ato criminoso de um ou outro desses agentes secretos, alguém se pergunta se na "vida real", pode realmente acontecer, se acontecer assim realmente! Michel Jobin não responde esta pergunta, pelo contrário! Ele nos deixa com nossas dúvidas e nossas incertezas. Nos mergulha nos corredores escuros da CIA e Guoanbu e nos mostra os cantos menos nobres. Além disso, ele não nos dá descanso, nenhuma ruptura; ação, turnovers, surpresas de tirar o fôlego. Um verdadeiro suspense!

Como deve ser, o estilo é afiado, cortado com o machete, os diálogos são percussivos.E o autor nos gratifica algumas jóias literárias, com a curva de uma idéia ou uma frase bem virada.

Amantes de thrillers políticos, romances de espiões, fãs de John Littell, Tom Clancy ou Robert Ludlum, eu recomendo a descoberta deste autor de Quebec de grande talento!Nesta primavera fria e chuvosa, aproveite o calor e o clima tropical de São Tomé ... Uma leitura de verão obrigatória!

Algumas citações:
É o que um alto funcionário da CIA diz sobre o presidente de São Tomé:
"Ele é um idealista", disse Kellman. Ele tem laços muito estreitos com o Instituto Terra. Democracia, boa governança, ética, você vê gênero. "
É inútil ver na próxima citação qualquer conexão com a realidade! :
"Aqueles que deveriam representar o melhor da sociedade foram revelados a muitos como sendo medíocres, vil e corruptos. "
E, finalmente, uma regra de ouro desses serviços secretos:
"Você pode fazer quase qualquer coisa, mas o que quer que você faça, especialmente não seja pego ..."http://lecturederichard.over-blog.com/2014/05/projet-sao-tome-de-michel-jobin.html... Projet Sao Tomé de Michel Jobin - Polar, noir et blanc

Os geólogos contratados pelo novo presidente idealista da ilha de São Tomé, localizado no Golfo da Guiné, descobrem as quantidades astronómicas de petróleo, estimadas em 5 biliões de barris. João Da Silva acredita em encontrar o recurso milagroso que assegure a prosperidade e a felicidade de seu povo. Ele planeia proceder por leilão secreto até uma certa data, quando eles serão revelados e onde a melhor oferta (para prosseguir com sua exploração) prevalecerá. Mesmo antes que a notícia seja oficial, ocorrem vazamentos: o ex presidente intrigante, Manuel Santos (Miguel Trovoada) e seus capangas se dão com a Nigéria para se livrar de Da Silva e aproveitar o petróleo. No entanto, a China e os Estados Unidos também querem obter as mãos sobre esses recursos, que eles precisam urgentemente; os serviços secretos dessas grandes potências, a CIA e Guoanbu, infiltram seu melhor agente para desestabilizar o regime, desacreditar o presidente e justificar sua possível intervenção.Projet Sao Tomé de Michel Jobin - Polar, noir et blanc
Não tinha a intenção de ler este romance! Mas, então, não: não gosto de romances de espiões ...  Erro!
Costa and Jan Greyling. C
Por uma combinação de circunstâncias (veja o programa Knowlton Killing Spring ), eu tive que ler o último romance de Michel Jobin, Projeto São Tomé . E adorei! Fui apanhado neste thriller político; Fui preso pela história e fiquei preso com a intriga, os personagens e os meandros criminosos da política internacional.Um romance bastante emocionante! Eu aconselho você, sem reserva.
Aqui está um breve resumo da história.
São Tomé é uma pequena ilha ao largo da costa da África, a 350 quilômetros da costa do Gabão.João Da Silva é o presidente, um estadista de direito, honesto, acessível e acima de tudo, um idealista que pensa grande para sua pequena comunidade. Graças ao trabalho de dois geólogos, ele descobre uma reserva de petróleo de mais de cinco bilhões de barris. Esta é uma oportunidade real para modernizar as estruturas de seu país, espalhar a riqueza de forma equitativa e eliminar a corrupção que há muito invadiu sua ilha.
Mas foi sem levar em conta o apetite insaciável de dois grandes poderes: a China e os Estados Unidos enviam em missão o seu melhor agente, responsável por garantir que o petróleo venha alimentar os motores de glutões de sua população.
Enquanto o presidente de São Tomé e seu conselheiro enviam um convite à apresentação de propostas para administrar a exploração de seus recursos naturais, Tom Hendrix, CIA e Jiang Meng, o serviço secreto chinês fará tudo, mas absolutamente tudo para ter sucesso missão. Em um curto espaço de tempo, eles se instalam na ilha, estabelecem contatos, fazem cantar algumas pessoas, amontoam-se com os mais corruptos e não hesitam em matar para vencer essa corrida por petróleo.
O "Projeto São Tomé" o manterá em 660 páginas. Cada capítulo irá trazer muitas torções, atos de traição, violência e, o mais importante, isso fará com que você perca algumas ilusões políticas, pelo menos, se você ainda tivesse alguma. Às vezes, surpreendido por um ato criminoso de um ou outro desses agentes secretos, alguém se pergunta se na "vida real", pode realmente acontecer, se acontecer assim realmente! Michel Jobin não responde esta pergunta, pelo contrário! Ele nos deixa com nossas dúvidas e nossas incertezas. Nos mergulha nos corredores escuros da CIA e Guoanbu e nos mostra os cantos menos nobres. Além disso, ele não nos dá descanso, nenhuma ruptura; ação, turnovers, surpresas de tirar o fôlego. Um verdadeiro suspense!
Como deveria, o estilo é afiado, cortado com o machete, os diálogos são percussivos.E o autor nos gratifica algumas jóias literárias, com a curva de uma idéia ou uma frase bem virada.
Amantes de thrillers políticos, romances de espiões, fãs de John Littell, Tom Clancy ou Robert Ludlum, eu recomendo a descoberta deste autor de Quebec de grande talento!Nesta primavera fria e chuvosa, aproveite o calor e o clima tropical de São Tomé ... Uma leitura de verão obrigatória!" Projet Sao Tomé de Michel Jobin - Polar, noir et blanc
PODERÁ AQUI LER ALGUMAS PAGINAS DA PRIMEIRA PARTE

Ao anoitecer, uma nuvem de chuviscos e neblina envolveu a cidade. Nos confins da rua L, um Chevrolet Cruze com janelas tingidas misturou-se na paisagem. Embora fosse azul escuro, a obscuridade do meio ambiente tornou sua cor impercetível. Escondido no carro, Tom Hendrix assistiu, incógnito. Para um agente de fiação, o tempo não poderia ter sido melhor.

O agente da CIA tinha acabado de passar uma hora estacionado entre duas filas de antigas casas georgianas. Durante este tempo, apenas um pedestre arriscava nas calçadas do bairro. Um bêbado, que parou para mijar contra um carro não muito longe antes de continuar seu caminho surpreendente. Quanto aos carros, eles também pareciam evitar os arredores cuidadosamente. Desde a sua posição, Tom já tinha visto no máximo cinco ou seis.
ProjetSaoTome

O cara que ele estava girando entrou sozinho no que parecia ser um armazém ou fábrica abandonada. Normalmente, ninguém teria testemunhado isso. Tom terminou seu dia normal de trabalho às cinco horas. Mas naquela noite, ele não queria passar outra noite assistindo DVDs no apartamento anônimo no edifício Columbia Heights, onde ele estava hospedado desde o retorno apressado do Iêmen, então ele decidiu fazer um pouco zelo. Sem mencionar isso, por alguns dias, ele achou seu alvo mais e mais nervoso. Excerto de Projet Sao Tomé | Culture | L'actualité…. Traduzir esta página

PARA O ADQUIRIR - Amazon.com: Michel Jobin: Books, Biography, Blog, Audiobooks, KindlePROJET SAO TOME - Thriller - - Romans et nouvelles de genre ...Traduzir esta página

QUEM É Jobin Michel --

Michel Jobin (nascido em Chicoutimi em 1968) é cientista da computação e autor do queixoso emQuebec .

Michel Jobin nasceu em Chicoutimi no Saguenay-Lac-Saint-Jean e completou um bacharelado em Ciências Atuariais na Universidade Laval . Ele trabalhou por vários anos neste campo antes de embarcar no novo campo da ciência da computação com sua própria caixa de consulta. Ao mesmo tempo, ele lança sua carreira como escritor.
Seu primeiro thriller '' La trajectoire du pion '' foi publicado pela '' Les Éditions Alire Inc. '' em 2001 e venceu a Feira do Livro Saguenay-Lac-Saint-Jean em 2002 na categoria ' 'ficção''. A novela trata sobre o misterioso seqüestro de um dono da equipe de Fórmula 1 que lidera um repórter instável emMontreal , Milão e Moscou, entre outros. Em 2002, ele também publicou a nova "Ave la mano" na quinta edição da revista "Alibis".

Seu segundo thriller internacional é intitulado "The Nebula iNSIEME" e foi lançado em 2005. Esta novela é sobre dois assassinatos em Londres e Bangkok orquestrados à sombra de uma ambiciosa multinacional de origem do Quebec.

O seu terceiro romance "Projeto São Tomé" é publicado em 2013. Este romance aborda o choque entre diferentes grupos de interesse internacional da República Popular da China através dos Estados Unidos da América para a Nigéria, enfrentando a descoberta surpresa de recursos petrolíferos perto de um estado insípido de várias ilhas, liderado por um presidente democrático ambicioso e ingênuo.
ikipedia.org/wiki/Michel_Jobins. - Excerto  de  Michel Jobin | Éditions Druide

NOBREZA DE ORIGEM E DE CARÁCTER  - Fradique Bandeira Melo de Menezes, nasceu em  Água Têlha, Mé-Zóchi, a 21 de Março de 1942 Foi presidente de seu país desde 3 de Setembro de 2001 até 3 de Setembro de 2011. A 16 de Julho de 2003, enquanto fazia uma visita oficial à Nigéria, o militar Fernando Pereira tentou derrubá-lo mediante um golpe de estado, porém Fradique foi restaurado no poder a 23 de julho do mesmo ano. – “Nascido numa família de ascendência nobre, mantém a ligação à terra do pai e aos amigos que fez durante o liceu. A família, dita "de pergaminhos" e segundo Pedro de Menezes remontando a Leonor Telles, mulher do rei D. Fernando -  aliás,  Duarte Pio de Bragança deslocou-se a São Tomé para entregar a Fradique de Menezes as "armas" respectivas (In A adolescência portuguesa de um presidente africano)

ROMANCE ONDE NÃO FALTAM INGREDIENTES FUNDAMENTADOS E BASEADOS EM FACTOS REAIS.

Fradique Menezes
(...) O Sr. de Menezes, em 2003, por exemplo,  se aproximou do Sr. Sachs. e disse: " Olhe, nós encontramos um pouco de óleo e os tubarões estão nadando em nossa volta agora, e eu gostaria de ajudar a gerenciar isso corretamente ", lembrou o Sr. Sachs em uma entrevista recente.
Como parte desse esforço, uma equipe da Universidade de Columbia e outros ajudaram a elaborar uma nova lei sobre o petróleo que contenha salvaguardas para garantir que São Tomé gastasse suas receitas relacionadas ao petróleo adequadamente. .
No final de 2005, no entanto, um relatório do procurador-geral de São Tomé, entre outras coisas, descobriu que algumas empresas que conquistaram blocos na zona controlada em conjunto por São Tomé e seus vizinhos foram lideradas por empresários nigerianos com laços políticos, mas sem experiência no setor de petróleo.
O processo de licitação "estava sujeito a graves deficiências processuais e manipulação política", concluiu o relatório. Além disso, o relatório descobriu que algumas grandes empresas petrolíferas multinacionais estavam tão desconfiadas da ERHC que decidiram não oferecer e acrescentou que a ERHC "pode ​​ter feito pagamentos indevidos a funcionários do governo".
(...) O relatório do procurador-geral pode ter precipitado a incursão do verão passado nos escritórios da ERHC em Houston pelo FBI. Entre outras coisas, os agentes do FBI levaram um arquivo marcado como "William Jefferson", uma referência ao congressista da Louisiana, mostra um cadastro público..
(...) Seja como for, a ERHC surgiu até o maior vencedor em São Tomé. Ao longo do ano passado, vendeu vários direitos sobre suas participações em São Tomé, fazendo dezenas de milhões de dólares no processo.
(...) Os novos estatutos de petróleo e anticorrupção elaborados por consultores como o Sr. Bell, o advogado de Washington, tornaram-se lei. Mas com toda a obscuridade e intriga que agora desceu sobre São Tomé, ele, como outros, pergunta se isso fará qualquer diferença."O jogo ainda não está perdido", disse Bell. "Mas é um jogo muito áspero". No Oil Yet, but African Isle Finds Slippery Dealings - The New York ...,,,Traduzir esta página

(…) Em meados de setembro de 2003, o presidente do IMG visitou São Tomé para   negociar uma disputa entre o presidente Menezes e alguns de seus rivais políticos. Rumores estavam circulando que outro golpe estava em andamento. O presidente Menezes ameaçou Prender Patrice Trovoada, filho do ex-presidente, até que seus conselheiros o persuadiram contra isso. De acordo com a inteligência nigeriana, Patrice Trovoada teria sido um dos  principais financiadores do golpe de 16 de julho. Ele também foi demitido como Ministro dos Negócios Estrangeiros

(..) Pouco depois, Menezes assumiu o cargo. Após a intervenção do ministro das Relações Exteriores Adada, O presidente Menezes anunciou a nomeação de Patrice Trovoada como seu Conselheiro do petróleo (Pindar 2003). A nomeação foi uma tentativa do incumbente de enfraquecer a coligação oposta, cooptando um dos seus principais financiadores. O movimento foi facilitado pelo líder da CEEAC e presidente da IMG, Rodolphe Adada, do Congo

(…) A pressão aplicada para Menezes, abster-se de prender Trovoada, e depois  ir tão longe quanto o nomear como um membro-chave do governo, foi outro exemplo fundamental de vinculação, em que o IO regional exerce pressão sobre o "vencedores" para impedir que eles busquem vantagens permanentes sobre os adversários políticos.

As disputas políticas continuaram em São Tomé, muito depois do golpe de 16 de julho de 2003.Havia disputas entre o parlamento e o governo sobre certo compromissos  - Excertos de https://rucore.libraries.rutgers.edu/rutgers-lib/27459/pdf/1/
2010 David Oladipupo Kuranga ALL RIGHTS RESERVED - RUcor
Ainda não existe óleo, mas a ilha africana encontra promoções escorregadias

A primeira gota de óleo ainda não foi produzida. Mas hoje em dia, o pequeno São Tomé pode ter atraído um amplo suprimento de algo mais, suspeitam os pesquisadores federais - corrupção relacionada ao petróleo.
Tudo isso pode não parecer incomum na África, onde o petróleo e a corrupção costumam estar de mãos dadas. No entanto, São Tomé, uma antiga colónia portuguesa ao largo da costa da Nigéria , deveria ser diferente. Nos últimos anos, um fluxo constante de ativistas, como o economista da Universidade Columbia, Jeffrey D. Sachs, foi lá para tentar garantir que qualquer boom da energia beneficiaria suas 150 mil pessoas, em vez de políticos e empresas.
"O petróleo pode ser uma benção ou uma perdição para um país", disse Sachs. "A teoria era ajudar São Tomé a evitar a maldição dos recursos".
As coisas, no entanto, não funcionaram desse jeito.
A recente acusação do Departamento de Justiça de William J. Jefferson, um deputado democrata da Louisiana, afirma, por exemplo, que solicitou um suborno de uma empresa que procurava sua ajuda com uma disputa relacionada ao petróleo envolvendo São Tomé.

"Com a administração Bush selando alianças na África para garantir que o continente se torne um dos principais fornecedores de petróleo para os Estados Unidos, uma série de figuras americanas líderes se envolveram pessoalmente em projetos de petróleo africanos. Esse aspecto pessoal da diplomacia petrolífera americana em África parece ter levado a irregularidades toleradas há muito tempo pelas autoridades. Mas agora Washington parece estar decidido a se abater.

"O petróleo pode ser uma benção ou uma perdição para um país", disse Sachs."A teoria era ajudar São Tomé a evitar a maldição dos recursos". As coisas, no entanto, não funcionaram desse jeito.

Sr. Cherwayko, um canadense de origem ucraniana, que fez sua fortuna nos negócios do petróleo Africano, em cumplicidade com políticos santomenses (Patrice Trovoada, um dos citados) foi  condenado a  21 meses de prisão

Há vinte anos “Os geólogos encontraram sinais de que um dos países menos conhecidos da África, a pequena nação insular de São Tomé e Príncipe, poderia reter o resgate do rei no petróleo.

A primeira gota de óleo ainda não foi produzida. Mas São Tomé pode ter atraído um amplo suprimento de algo mais, sugerem pesquisas federais - corrupção relacionada ao petróleo.


A recente acusação do Departamento de Justiça de William J. Jefferson, um representante democrata da Louisiana, afirma, por exemplo, que ele exigiu um suborno de uma empresa que procurava sua ajuda em conexão com uma disputa relacionada ao petróleo envolvendo São Tomé. Scent of oil may have brought corruption to a tiny African country - ThNo Oil Yet, but African Isle Finds Slippery Dealings - The New York  f


FRADIQUE MENEZES CONTRATOU DOIS DOS ADVOGADOS MAIS FAMOSOS DOS EUA PARA SE OPOR AOS  ACORDOS RUINOSOS DOS TROVOADAS COM A NIGÉRIA  Por isso mesmo, nao tardaram a mover-lhe um traiçoeiro golpe de Estado para o afastarem da Presidência da República .

GregorY Bestor
Fradique contratou dois advogados para resolver seus problemas com os contratos de petróleo. No dia em que chegaram a São Tomé, Fradique convidou-nos a jantar na Quinta da Favorita” (…) Gabriel Branco, disse: "Eu juro que não ganhei dinheiro, você pode tomar minha palavra ou não". acrescentando  que estava preocupado com as consequências se os nigerianos achassem que o acordo estava caindo aos pedaços. "

Michel ó Connor

QUEM ERAM OS ADVOGADOS:  Gregory Bestor "Greg" Um ex-advogado do escritório de Williams e Connolly de Washington, DC Craig representou numerosos clientes de alto perfil. Craig ex- Advogado da Casa Branca sob o presidente Barack Obama de 2009 a 2010. Gregory B. Craig - Wikipedia

Michael F. O'Connor é co-presidente do grupo de treinamento de transações e consultoria de negócios da Williams & Connolly LLP. Ele tem uma prática diversificada que representa corporações e indivíduos em uma variedade de assuntos. Michael O'Connor - Williams & Connolly

ACORDOS DE UM ALTO CORRUPTO COM UM DOS PAÍSES MAIS CORRUPTOS DE ÁFRICA - Eis outras passagens do texto  do jornalista Jon Lee Anderson: -



"O problema mais imediato é a Nigéria, um dos países mais endémicos e corruptos de África. Um tratado assinado pelo antecessor de Fradique, Miguel Trovoada, resolveu uma disputa sobre as fronteiras marítimas de São Tomé e Nigéria e deu à Nigéria um papel preeminente em uma autoridade conjunta que foi criada para administrar sua recompensa de petróleo compartilhada. Fradique também herdou uma série de contratos questionáveis ​​que cederam direitos de exploração e perfuração abrangentes para vários blocos de petróleo offshore em águas de São Tomé e Marraquexe para uma subsidiária de uma empresa nigeriana. 

Fradique tornou-se presidente há um ano, em uma eleição que foi praticamente controlada por Trovoada, cujo mandato terminou. São Tomé teve apenas três presidentes desde a independência. O primeiro, Manuel Pinto da Costa, estava recebendo um exame médico em Lisboa neste verão, e eu parei para vê-lo no meu caminho para a África. Pinto da Costa é um mulato bonito e genial de sessenta e cinco anos. Ele estava hospedado em um pequeno hotel de três estrelas perto do centro da cidade velha, e ele me encontrou em seu quarto. Pinto da Costa foi o presidente de São Tomé por quinze anos, até 1991, e ele ainda exerce uma grande autoridade moral. Na primavera passada, seu partido, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, ganhou a maioria dos assentos nas eleições parlamentares, forçando o governo a uma coligação de unidade nacional. 

RHE - Essential DD, 10/02 artigo em The New Yorker, re-inserido na caixa, copie abaixo. 

NOSSO NOVO MELHOR AMIGO  por JON LEE ANDERSON 
Emissão de 2002-10-07 Postado em 2003-07-18 

Em 16 de julho, o governo da pequena nação da África Ocidental de São Tomé foi derrubado em um golpe militar. Como Jon Lee Anderson relatou em The New Yorker no outono passado, São Tomé tornou-se cada vez mais importante para os Estados Unidos como uma fonte potencial de petróleo - suas reservas são estimadas em bilhões de barris. O artigo de Anderson, publicado na edição de 7 de outubro de 2002, aparece aqui. 

Até recentemente, a República Democrática de São Tomé e Príncipe, uma nação insular fora da costa oeste da África, era significativa apenas para colecionadores de selos e alguns pescadores ricos. São Tomé, que é o nome coletivo que a maioria dos estrangeiros usa para se referir às duas ilhas que compõem a república, produz mais selos de Marilyn Monroe do que qualquer outra versão do país e nove - e tem uma das duas melhores águas de pesca de tarpão no planeta. Algumas pessoas também podem reconhecer São Tomé de suas contas telefônicas, uma vez que a empresa de telecomunicações portuguesa que controla o negócio do telefone do estado permite que os serviços de telefone e telefone encaminhem chamadas através de São Tomé.Também é produzida uma pequena quantidade de cacau de alta qualidade. Mas nenhuma dessas empresas traz muito dinheiro. São Tomé é uma das nações mais endividadas e mais empobrecidas do mundo. 

As ilhas estão no Golfo da Guiné, praticamente no equador. Eles têm uma massa terrestre combinada de trezentos e setenta e duas milhas quadradas, mais ou menos do tamanho da Indianápolis metropolitana. Eles foram descobertos pelos portugueses no final do século quinze, quando eram essencialmente florestas tropicais, desabitadas por humanos, mas cheias de crocodilos, cobras venenosas, muitas espécies únicas de plantas e mais tipos de samambaias do que em qualquer outro lugar do planeta. Os portugueses usavam as ilhas como uma base de transbordo para escravos a caminho de África para o Brasil, e os proprietários de escravos cortaram árvores e desenvolveram plantações que produziram açúcar e, no início do século dezanove, café e cacau. Em 1907, os fabricantes de chocolate britânicos protestaram contra o uso do trabalho escravo em São Tomé, e os colonos portugueses foram pressionados a adotar políticas supostamente mais justas, embora o trabalho forçado continuasse de uma forma ou outra até as ilhas ganharem sua independência, em 1975. 

Ao contrário da maioria das dependências coloniais da Europa na África, São Tomé tornou-se uma república sem derramamento de sangue, após a ascensão em Lisboa de uma junta militar de esquerda e o fim da ditadura estabelecida por António Salazar. A maioria dos colonos portugueses que ainda moravam em São Tomé, duas ou três mil pessoas, simplesmente empacotaram e foram para casa, deixando para trás mais de cem mil negros e mestiços. Nada disso aconteceu desde então. Mesmo durante o final dos anos setentas e os anos oitenta, quando o país estava alinhado com o bloco soviético e estava cheio de tropas angolanas e conselheiros russos, chineses e cubanos, mal se registrou no radar geopolítico. Em 1991, houve uma transição pacífica da regra de um partido para a democracia. Muito parecido com a independência de Portugal, o derramamento oficial do marxismo por São Tomé foi gerido sem qualquer tremenda. 

O presidente de São Tomé, Fradique de Menezes, um comerciante de cacau conhecido por quase todos com seu primeiro nome, chegou aos Estados Unidos há algumas semanas. Ele se dirigiu à ONU durante a comemoração internacional do ataque ao World Trade Center, e na manhã seguinte, ele e dez outros chefes de estado africanos tomaram café da manhã com o presidente Bush no Waldorf-Astoria.Posteriormente, houve uma reunião em que os líderes africanos deram discursos de cinco minutos, a maioria deles em francês. Bush bateu o lápis e ficou entediado.Então Fradique, que estava sentado ao lado de Bush, levantou-se e falou com eloquência, em um inglês bonito e ligeiramente acentuado, dos interesses comuns de São Tomé e dos Estados Unidos. Bush se animou. A canção de lápis cessou. "Muito antes dos trágicos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, a segurança energética era uma preocupação mundial", disse Fradique. Ele mencionou a importância de "fontes alternativas de petróleo fora do Oriente Médio politicamente volátil", e lembrou aos seus ouvintes que São Tomé "está estrategicamente situado na área de petróleo mais importante do mundo hoje: as águas profundas da costa oeste da África em o Golfo da Guiné ". É um lugar, disse Fradique, que foi referido no relatório da Política Nacional de Energia do vice-presidente Cheney como" a fonte de petróleo e gás de mais rápido crescimento para o mercado americano ". 

Na verdade, São Tomé está sentado em reservas de talvez quatro bilhões de barris de petróleo bruto. Mesmo se alguém usa um número conservador pelo preço do barril, diga vinte dólares, é claro que São Tomé e os Estados Unidos realmente têm interesses comuns. 


"Este é o pensamento", disse um funcionário do Departamento de Estado. "Nós importamos cinquenta por cento do nosso petróleo. O fornecedor número um é o Canadá, dois são a Arábia Saudita, três são a Venezuela, quatro é o México e cinco é a Nigéria. As pessoas finalmente descobriram que não precisamos confiar no Oriente Médio para o petróleo. O petróleo africano é menos pegajoso do que as coisas que você obtém no Oriente Médio e, em grande parte, é em águas profundas, muito além do mar, de modo que os nativos não percebem que está sendo levado, enquanto no Oriente Médio é bombeado do chão sob o narizes dos fundamentalistas wahhabi. Então você tem São Tomé, que é basicamente a única democracia estável na África Ocidental. Está perfeito."

A Nigéria, que é vizinha de São Tomé ao norte, produz cerca de dois milhões de barris de petróleo por dia, mais de metade dos quais vai para os Estados Unidos.Estudos sísmicos feitos nas águas de São Tomé que são mais próximos do delta do rio Níger, onde os sedimentos do rio no mar criam ricos leitos de petróleo, indicam que vários "depósitos significativos" de petróleo estão sob o fundo do oceano em profundidades que variam de vinte e quatrocentos a nove mil pés. "No jargão da indústria do petróleo," significante "significa pelo menos um bilhão de barris no lugar", explicou William Brumbaugh, um consultor de petróleo que trabalhou para várias companhias petrolíferas americanas. A tecnologia para extrair o petróleo das reservas offshore profunda melhorou consideravelmente nos últimos anos. Há conversas, provavelmente exageradas, de São Tomé com reservas de petróleo de duzentos anos em níveis de produção de quinhentos mil barris por dia. A maioria das suas águas ainda não foi mapeada, mas Brumbaugh considerou que São Tomé seria em breve um país pequeno muito rico. "São Tomé tem o potencial de ser outro Brunei", disse um funcionário do governo dos EUA. "Dividindo bilhões de dólares de dinheiro do petróleo entre cento e quarenta mil pessoas" - a população atual das ilhas - "os tornarão todos muito confortáveis ​​um dia. Se conseguirem retirá-lo e manter os maus na baía, será um primeiro na África. Caso contrário, eles acabarão como Angola, Parte II ". 

As companhias petrolíferas americanas e europeias, principalmente a Chevron, estão extraindo o petróleo angolano por décadas, principalmente de plataformas à costa de Cabinda, um enclave angolano a 500 milhas a sudeste de São Tomé. Em Angola e em outros países da África, as companhias de petróleo operam com pouca ou nenhuma supervisão, e pagam grandes "bônus de assinatura", às vezes equivalentes a centenas de milhões de dólares, aos governos anfitriões em troca de concessões de petróleo. Esses pagamentos geralmente acabam nas contas bancárias privadas de qualquer classe privilegiada que esteja executando o país. "O petróleo fornece ao governo de Angola três mil milhões a cinco bilhões de dólares por ano", diz Gavin Hayman, da Global Witness, um grupo de vigilância ambiental. "Então, por que não pode alimentar, abrigar e educar seus povos?" 

São Tomé está em um bairro muito áspero. O problema mais imediato é a Nigéria, um dos países mais endêmicos e corruptos de África. Um tratado assinado pelo antecessor de Fradique, Miguel Trovoada, resolveu uma disputa sobre as fronteiras marítimas de São Tomé e Nigéria e deu à Nigéria um papel preponderante em uma autoridade conjunta que foi criada para administrar sua recompensa de petróleo compartilhada. Fradique também herdou uma série de contratos questionáveis ​​que cederam direitos de exploração e perfuração abrangentes para uma série de blocos de petróleo offshore em águas de São Tomé e a uma subsidiária de uma empresa nigeriana. 

"Por Que precisa da Arábia Saudita quando você a tem São Tomé? " - Titulo do artigo de Jon Lee Anderson

JON LEE ANDERSON: Até recentemente, a República Democrática de São Tomé e Príncipe, uma nação insular da costa oeste da África, era significativa apenas para colecionadores de selos e alguns pescadores ricos. São Tomé, que é o nome coletivo que a maioria dos estrangeiros usa para se referir às duas ilhas que compõem a república, produz mais selos de Marilyn Monroe do que qualquer outro país - nove versões - e tem uma das duas melhores águas de pesca de arpão no planeta.

 O problema mais imediato é a Nigéria, um dos países mais endémicos e corruptos de África. Um tratado assinado pelo antecessor de Fradique, Miguel Trovoada, resolveu uma disputa sobre as fronteiras marítimas de São Tomé e Nigéria e deu à Nigéria um papel preeminente em uma autoridade conjunta que foi criada para administrar sua recompensa de petróleo compartilhada. Fradique também herdou uma série de contratos questionáveis ​​que cederam direitos de exploração e perfuração abrangentes para vários blocos de petróleo offshore em águas de São Tomé e Marraquexe para uma subsidiária de uma empresa nigeriana. 

Fradique tornou-se presidente há um ano, em uma eleição que foi praticamente controlada por Trovoada, cujo mandato terminou. São Tomé teve apenas três presidentes desde a independência. O primeiro, Manuel Pinto da Costa, estava recebendo um exame médico em Lisboa neste verão, e eu parei para vê-lo no meu caminho para a África. Pinto da Costa é um mulato bonito e genial de sessenta e cinco anos. Ele estava hospedado em um pequeno hotel de três estrelas perto do centro da cidade velha, e ele me encontrou em seu quarto. Pinto da Costa foi o presidente de São Tomé por quinze anos, até 1991, e ele ainda exerce uma grande autoridade moral. Na primavera passada, seu partido, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, ganhou a maioria dos assentos nas eleições parlamentares, forçando o governo a uma coalizão de unidade nacional. 

Pinto da Costa dirigiu o país durante o período marxista. Ele foi educado em Lisboa, França e Alemanha Oriental, e recebeu um Ph.D. em economia da Universidade Humboldt em Berlim. "De volta em 1975, não tivemos muitas escolhas", disse ele. "Nós não poderíamos ir com Deus - o Ocidente - então fomos com o Diabo". Ele riu de sua piada. "Naquele primeiro dia da independência, eu tinha apenas trinta e sete anos de idade. Eu não tinha experiência em nada. Achei que estava sonhando. Lembro-me da bandeira portuguesa, a bandeira de São Tomé e, em seguida, entrando no palácio e pensamento, o que eu vou fazer agora? Na época, setenta e três por cento do nosso povo eram analfabetos, apenas seis ou sete pessoas tinham educação universitária. Tudo o que conhecia era a cultura do cacau, e isso tinha sido em declínio por décadas. Foi um enorme desafio. Em 1985, reduzimos o analfabetismo em cinquenta por cento, até ensinei as pessoas a ler e escrever, e reduzimos a pobreza. A saúde ea educação eram gratuitas. Para o Ocidente, isso era coisas comunistas. Nacionalizamos as plantações. O que mais podemos fazer? Os portugueses os abandonaram. Pedimos aos portugueses que voltem, mas eles riram de nós ". 

Pinto da Costa chamou Mao, Castro e Kim Il Sung. Os chineses construíram a Assembleia Nacional, um grande centro de conferências modernista branco com mil assentos que ainda batem, na maior parte não utilizados, à beira do mar em São Tomé, a capital. Os cubanos enviaram médicos, professores e instrutores militares, e forneceram bolsas de estudo para centenas de São Tomenses; Os alemães do leste construíram uma cervejaria. O governo marxista de Angola forneceu expedições gratuitas de petróleo. Os russos criaram uma estação de rastreamento de radar para a aviação civil. No entanto, Pinto da Costa começou a lidar com o Ocidente. Em 1987, depois que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial ajudaram a coordenar um programa de "ajuste estrutural", os Estados Unidos forneceram créditos de desenvolvimento agrícola e treinaram alguns soldados de São Tomé. 

Em 1989, Pinto da Costa convocou uma assembleia constituinte para criar uma nova constituição, que abriu o caminho para as eleições multipartidárias, embora ele tenha escolhido não concorrer. Por volta dessa época, Jan Hartman, um oficial do Departamento de Estado dos Estados Unidos, então, estacionado no Gabão, que se interessou por São Tomé, disse-lhe que o transmissor da Voice of America na Libéria havia sido destruído durante a guerra civil. Uma das últimas coisas que Pinto da Costa fez antes de sair do escritório foi convidar a Voz da América a erguer uma estação retransmissora em São Tomé. Em 1993, a instalação de cinquenta e quatro milhões de dólares começou a enviar programas para o continente africano. "Eu pensei que uma presença dos EUA em São Tomé era importante para o nosso equilíbrio", disse Pinto da Costa. "Estamos cercados por países francófonos e anglófonos. E é especialmente importante agora, neste mundo globalizado, e com a chegada do petróleo, porque eu sei que este é um mundo mafioso, cheio de truques sujos e sem estar conectado a um mundo país poderoso como os EUA, São Tomé seria absorvido, engolido.

 O petróleo pode ser uma benção ou uma maldição ".Quando o deixei, Pinto da Costa estava se preparando para sair para a noite. Ele e um amigo, o ex-presidente de Cabo Verde, estavam vendo um recente filme de Richard Gere, "Infiel," que estava tocando na rua. Há um vôo de Lisboa a São Tomé uma vez por semana. Chega ao amanhecer, descendo sobre as montanhas da selva cobertas de neblina para um pequeno, extraordinariamente ordenado - para o aeroporto da África, onde alguns soldados em uniformes limpos e pressionados ficam discretamente ao lado. A estrada para a cidade corre ao longo de uma baía com palmeiras, moradias passadas em palafitas com paredes de lata, telhados de telhas de terracota e varandas de madeira profunda. Os barcos abandonados, meio afundados, formam uma linha de ferrugem perto do porto sonolento, onde alguns barcos intactos estão a ponto de ancorar. 


Depois de alguns minutos, Fradique, um homem pequeno e robusto, com um terno de gola curta de manga curta, saiu para me cumprimentar. Ele tem sessenta, de pele clara, com os cabelos negros, um bigode cinza e olhos suaves e ligeiramente amamentados. Seu pai era português e sua mãe era São Tomé. Fradique acenou-me, Henrique Pinto da Costa e seus assessores para a mesa. "Venha comer", disse ele. A ceia foi garoupa cozida e arroz, seguido de frutas tropicais e flan para a sobremesa.A televisão explodiu quando comemos, e os olhos de Fradique voltaram para a tela com freqüência. Ele observou que um homem entrevistado por um repórter tinha sido o chefe da guarnição militar de São Tomé e tentou, sem sucesso, travar um golpe militar em 1995, quando Fradique era membro do parlamento."Você pode imaginar esse cara como o presidente?" ele perguntou e deu uma gargalhada. O homem estava de pele escura e tinha uma maneira grosseira de falar. 

Fradique foi educado em Lisboa e Bruxelas e trabalhou para várias empresas americanas, incluindo ITT e Archer Daniels Midland. Após a independência, ele era o embaixador de São Tomé e a União Européia e depois um ministro do governo, antes de se tornar empresário. Ver o dramaturgo, ou talvez algo mais, colocou Fradique em mau humor, e ele começou a queixar-se da escassez de pessoas confiáveis ​​em seu governo e da falta de iniciativa entre os cidadãos. "Se você dirigir em torno de São Tomé, você vê todos esses jovens valentes sentados às dez da manhã na frente de suas casas, bebendo e jogando cartas. O que eu faço sobre eles?" São Tomé, ele disse, tinha sido uma bagunça econômica desde a dissolução das plantações de cacau. "São Tomé terá que ganhar alguns benefícios com o seu petróleo", disse ele. "Simplesmente não há dinheiro suficiente para entrar no cacau para correr o país". 

Fradique mencionou que ele havia sido visitado alguns dias antes por executivos da Chevron-Texaco. "Eles fizeram um grande ponto para falar sobre seus programas humanitários", disse ele, e me entregou algumas brochuras que os americanos lhe deram, o que ilustrou sua consciência social em outros lugares da África, onde eles perfuraram petróleo, como Cabinda. Fradique parecia céptico. Ele estava recebendo muitos visitantes no exterior, disse ele. E Olusegun Obasanjo, presidente da Nigéria, manteve a mão em uma reunião recente. 

"Todos eles me tratam como se eu fosse sua amada", ele cacarejou. "Eu quero saber porque?"Houve um desfile para o presidente taiwanês na manhã seguinte, e depois uma série de reuniões. Alguns dias depois, parei pela embaixada de Taiwan e falei com o embaixador Tai-Son Ko. Ele disse que seu governo fez muitas contribuições para São Tomé ao longo dos anos, além de ajuda financeira definitiva.Tinha construído a nova Biblioteca Nacional, acabando pela avenida e restaurando o cinema Art Deco do outro lado da rua. Durante a visita do presidente Chen Shui-bian, prometeu ajudar Fradique com o problema da malária de São Tomé, o que é agudo. "A malária é um impedimento para o desenvolvimento e o investimento externo", disse Tai-Son Ko. Ele também me encheu de rumores de que os Estados Unidos iriam construir uma base militar em São Tomé. Ele pensou que era uma boa idéia. "Esta é uma área muito estratégica", disse ele, "e os são-tomenos são amigáveis. Eles são católicos, não muçulmanos, e não há um sentimento anti-americano aqui". 


Fradique contratou dois advogados para resolver seus problemas com os contratos de petróleo. No dia em que chegaram a São Tomé, Fradique convidou-nos a jantar na Quinta da Favorita. Ele colocou uma mesa lá fora, ao lado da piscina, e seus ministros e assessores seniores estavam lá, incluindo vários que, como funcionários do governo de Miguel Trovoada, negociaram os contratos de petróleo que Fradique queria agora quebrar. 

Um deles, Rafael Branco, foi ministro das Relações Exteriores da Trovoada. Branco havia assinado algumas das concessões controversas e o tratado marítimo com os nigerianos. No entanto, Fradique designou Branco como seu ministro do petróleo. Parecia uma coisa contra-intuitiva, mas, como alguém que me dizia o governo, Fradique seguiu "a teoria da LBJ de que é melhor deixá-lo dentro da barraca que se encrespava do que fora da barraca que se encolhia". 

Os dois advogados eram americanos: Greg Craig e Michael O'Connor, da firma de Washington Williams & Connolly. Fradique cumprimentou Craig efusivamente. "Estou honrado", disse ele. "Eu vi você, eu acho, muitas vezes, na CNN". (Craig teve vários clientes de alto perfil: John Hinckley, o presidente Clinton durante o episódio de Monica Lewinsky, o pai de Elian Gonzalez.) Fradique estava com um humor exuberante e tomou champanhe francês antes do jantar, vinho tinto com o jantar e uísque depois. Tudo era auto-serviço, e Fradique tomou o próprio champanhe. Ele conversou sobre os contratos de petróleo com Greg Craig, que mencionou que ele não tinha todos os documentos de que precisava. Fradique disse que ele teria o que Craig queria fotocopiar imediatamente, mas os vários assessores sentados ao redor da mesa começaram a discutir sobre quem deveria ir à máquina fotocopiadora. "Você é o chefe de gabinete, você deve fazer isso", disse um. O chefe de gabinete retrucou amargamente: "Por que você não?" e não se afastou da cadeira. 

No final, Fradique fez a fotocópia, acompanhada por Henrique Pinto da Costa. Greg Craig me disse que ele se interessou por São Tomé algumas semanas antes, quando recebeu uma chamada de Joseph P. Kennedy II, ex-congressista da Boston, que dirige a Citizens Energy Corporation. Kennedy conheceu Fradique e pensou que Craig poderia lhe dar a ajuda legal de que precisava. (Craig trabalhou por muitos anos para o senador Edward Kennedy.) 

"Aqui estava um pequeno país que ainda não havia sido destruído pelo grande petróleo", disse Craig. "A idéia é reunir algo que de alguma forma altere o modelo para um estado produtor de petróleo". Craig e O'Connor permaneceram em São Tomé por duas semanas, passando pelos contratos de petróleo e reunindo-se diariamente com Fradique e seus conselheiros. 



O problema mais grave decorreu de um acordo que havia sido assinado há vários anos com a Environmental Remediation Holding Corporation, a ERHC, uma empresa com sede em Houston, que prometeu realizar pesquisas em nome de São Tomé e divulgar e promover suas reservas de petróleo. O acordo desmoronou e foi à arbitragem. "Então, de repente, a Chrome, uma empresa nigeriana, disse que iriam comprar a ERHC", disse Fradique, "como algum tipo de milagre e que queriam ajudar São Tomé e Príncipe a resolver as coisas. Eles se descreveram como" irmãos africanos " "e eles propuseram um novo acordo, em troca de benefícios para si mesmos". 

A Chrome Energy Corporation é de propriedade de Sir Emeka Offor, um empresário rico que estava intimamente associado ao ditador nigeriano Sami Abacha - que roubou cerca de quatro bilhões de dólares do estado enquanto ele estava no poder, de 1993 a 1998 - e agora está perto ao presidente Obasanjo. Em maio do ano passado, ao redor do tempo em que Miguel Trovoada se aproximou de Fradique e perguntou se ele gostaria de se tornar o próximo presidente de São Tomé, um acordo com a ERHC, que até então era uma subsidiária da Chrome, foi assinado.



"
O dinheiro mudou de mãos, você acha?" Perguntei a Fradique. "Não tenho provas disso", disse ele. "Talvez os jornalistas possam ajudar a descobrir". Ele gargalhou. Uma barata grande escorria debaixo da mesa, e Fradique tentou carimbar, mas perdeu. "Quando eu realmente li os contratos, não consegui aceitá-los", disse Fradique, amargamente. "Isso é empresarial. Cada pessoa está tentando ganhar o bom bolo para ele. Eu não tenho nenhum problema com isso. Mas aqui estamos jogando com a vida de cento e quarenta mil pessoas em São Tomé e Príncipe, que moram em miséria, não tão grande como a outra na África, mas ainda mal. 


Não estou promovendo um concurso de pobres, mas aqui você pode ver lugares onde não há água corrente, sem luzes, estradas destruídas, sem empregos, malária. Somos um país pobre. Então, por que devemos comprometer nossas chances? " Gavin Hayman, da Global Witness, disse-me mais tarde que ele viu os contratos ofensivos e que Fradique estava certo em desafiá-los. 

"O acordo ERHC-São Tomé foi descrito como um dos piores da história do xadrez da indústria do petróleo", disse Hayman. "A ERHC obteve um arranjo incrivelmente lucrativo sob condições quase totalmente opacas". "Você vê alguns desses contratos e você coça a cabeça", disse-me Joe Kennedy mais tarde. "Você não pode apenas dar o patrimônio de um país, e foi o que aconteceu lá". Kennedy está entusiasmado com as chances de Fradique de manter São Tomé fora do padrão de corrupção que os outros estados de petróleo africanos têm caído. "Ele é o verdadeiro negócio", disse Kennedy. "São Tomé poderia se tornar o Mônaco da África".Fradique foi público com suas críticas à "falta de transparência" nos negócios alguns meses depois de ele ser eleito e ameaçou cancelar os acordos, a menos que fossem renegociados. 

Mas as coisas ficaram um pouco pegajosas, porque descobriu que parte do dinheiro para a campanha de Fradique, que foi administrado pelo filho de Trovoada, Patrice, não era de ERHC / Chrome. 


A implicação, é claro, era que os Trovoadas receberam dinheiro dos nigerianos em troca das concessões e que tentaram comprar o Fradique, mas que ele não iria por isso. Até que surgiu o problema dos negócios do petróleo, Patrice Trovoada foi ministro das Relações Exteriores do Frade e Fradique o demitiu. 


As relações com os nigerianos também agudizaram. "Eu acho que Obasanjo é sincero", disse Fradique, "mas há outras pessoas ao seu redor". Os nigerianos não têm um bom histórico de aderir aos acordos, e eles são um inimigo assustador. "Os nigerianos estão tentando impulsionar um tratado de defesa mútua sobre São Tomé, que envolveria várias centenas de tropas nigerianas a entrar no país", disse Gavin Hayman. "Fradique está aterrorizado com isso e tentando sair disso". 



Um assessor próximo de Fradique confirmou que Obasanjo havia pedido a Fradique que aceitasse tal acordo. Ele estava com os olhos arregalados. "Você pode imaginar? Eles queriam enviar dozentos soldados aqui", disse ele. "Eles poderiam ter tomado esse lugar em cinco minutos. Bye-bye governo de São Tomé". Todo o "exército" de São Tomé não tem mais de duzentos soldados. Eles poderiam ser facilmente esmagados por um número similar de tropas nigerianas, que são endurecidas por sua experiência na Serra Leoa e na Libéria, sem mencionar que matam regularmente seus próprios cidadãos. 

Alguém sugeriu que o Iraque e o Kuwait não eram uma analogia inadequada. Fradique assumiu alguns inimigos formidáveis. 

Um dia, quando ele estava me mostrando em torno da sede de seu negócio de cacau, ele observou com um pouco de saudade: "No ano passado, eu estava me divertindo, ganhando dinheiro, tendo garotas e festas, e então os Trovoadas vieram até mim e disseram-me que Eu gosto de ser presidente, e aqui estou eu! "


Ele parecia não ter antecipado o que ele estava entrando. Miguel Trovoada, que deixou uma rede tão enrolada para Fradique, é um homem urbano e de pele escura com cabelos brancos. Ele tem sessenta e seis, um ano mais antigo do que Pinto da Costa, primeiro presidente de São Tomé.Ambos os homens pertencem à pequena classe média de São Tomé. Estudaram em Lisboa no final dos anos cinquenta, quando a cidade era um viveiro de jovens revolucionários africanos que planeavam a libertação de suas terras.


 Os nigerianos podem agora decidir se querem negociar ou litigarSeria uma enorme vantagem para decência humana se decidir negociar.Mas o presidente Fradique disse que ele vai fazer qualquer um. "Wihbey foi menos otimista sobre esta questão. 'O conflito não pode ser permitido para chegar ao ponto onde causa um colapso na diplomacia', disse ele." Isso teria um efeito muito deutério  sobre as empresas petrolíferas e outros investidores. Os EUA têm um forte interesse em certificar-se que isso seja resolvido de forma amigável, o mais cedo possível." 


ERHC anunciou que estava lutando pelo contrato. Fradique voou de Washington para Lisboa e ficou lá descansando  antes de ir para São Tomé. Ele estava se sentindo um pouco doente,  me disse ao telefone, pensando que estivesse a ficar em baixo com a malária: "Quando você é de São Tomé, você sabe, ele está em seu sangue" ele estava emocionado com sua viagem à América ele tinha. discutido a ideia de um porto de origem naval norte-americana em São Tomé com Jendayi Frazer,vice de Condoleezza Rice para a África, com o senador Kennedy e Walter Kansteiner, o secretário de Estado adjunto para a África, e com um conselheiro do Pentágono. 


Kansteiner ia visitar São Tomé em meados de Outubro. "Em todos os meus encontros, expliquei sobre São Tomé,  como somos um país muito pequeno e precisa de proteção, porque em breve estaremos produzindo petróleo e têm tanto dinheiro, e vai ser muito... como direi, atrativo para os forasteiros. Eu disse que saudamos qualquer instalação os Estados Unidos quer pôr em São Tomé ". Ele também havia sentido de alguns dos seus colegas líderes africanos sobre a perspectiva de em São Tomé se instalar  uma base militar americana. Eles estavam vindo por aí. "Você sabe, apenas um pouco atrás, ninguém sequer sabia sobre São Tomé", disse Fradique ", e assim isso cria alguma inveja. No final, isso é algo que todas essas pessoas gostariam  para si "outubro 
ERHC Energy Inc. (ERHE): ERHE - Essential DD, 10/02 article in The