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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Ex-Presidente, Manuel Pinto da Costa - O fundador da Nacionalidade Santomense, continua acreditar nas potencialidades do seu pais - Reconhece que “São Tomé e Principe tem um enorme desafio, de um pais no Golfo da Guiné, potencialmente rico , com muitas possibilidades!... Não tem que ter necessariamente petróleo!..Temos uma situação geográfica invejável no mundo de hoje" - . Palavras da honrosa entrevista que me concedeu, na sua residência, em S. Tomé, há um ano

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA



Manuel Pinto da Costa,
exemplo de Generosidade, Dedicação, Seriedade e de Amor Pátrio   -  A  mais prestigiada  e carismática figura histórica do MLSTP,   um dos mais distintos heróis da  fundação da pátria santomense, declarou-me, em Maio do ano passado, quando ali me desloquei a convite da Associação de jornalistas de STP, para a participar  no  Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. "Eu não tenho ambições de liderar nada mas estou disponível a dar o meu contributo naquilo em que possa ser útil.

E ASSIM O DEMONSTRA ESTE SEU GENEROSO GESTO  - "Disponível para abdicar de 1/3 do seu salário  para o fundo destinado a mitigação dos impactos negativos da Covid-19, tendo reconhecido o esforço do governo de Jorge Bom Jesus e exortado ao Presidente da República, Evaristo Carvalho a assumir a liderança do processo de combate a pandemia - STP-PRESS

E, de facto, depois da doação que fez, através da Fundação Manuel Pinto da Costa, com um lote de vários materiais de proteção  para com o Covid-19,  nomeadamente, 50 fatos de biosegurança; 5000 máscaras cirúrgicas;2000 máscaras PRO-TECK;2000 máscaras de tecido (reutilizáveis);5000 luvas;90 termómetros infravermelhos;100 unidades de GEL 5l;200 unidades de GEL 200 ml; 200 unidades de GEL 100 ml – teve agora um gesto, pouco comum na classe politica

Foi noticiado pela Agência STP-PRESS, que “O antigo Chefe de Estado são-tomense fez estas declarações a imprensa quando explicava o motivo da sua Fundação “Pinto da Costa” ter doado sexta-feira ultima ao governo um lote de materiais médicos-hospitalares e de proteção individual para combater a propagação do coronavírus no arquipélago.
 “ Eu estaria disponível para que 1/3 do meu salário fosse depositado num fundo deste género durante o período que for necessário para nós sairmos realmente disto”, – disse Pinto da Costa, tendo sublinhado que “toda a classe política, os dirigentes do País devem agir no sentido de se entusiasmar e motivar a população em geral para alimentar esse fundo”.
Manuel Pinto da Costa assegurou ainda que “ estou disponível para fazer tudo que for necessário e que estiver dentro das minhas possibilidades e da minha Fundação para continuar a ajudar o País a sair desta situação que nos encontramos”.

“Há um fundo que está criado, me parece, que esse fundo devia ter um nome que permitisse as pessoas compreenderem de que se trata”-, disse Pinto da Costa, sublinhando que “ se fosse um fundo de solidariedade nacional toda gente compreenderia e, se esse fundo tivesse sido gerido por gente que realmente merecesse maior confiança da população, naturalmente que nós poderíamos mobilizar muita gente para depositar neste fundo que, nós vamos ter que precisar dele, e, temos todos que dar a nossa contribuição, a começar pelos dirigentes do País”.
Tendo declarado que “ nós precisamos, neste processo de uma liderança”, Pinto da Costa, sublinhou que “ ninguém melhor que Presidente da República [Evaristo Carvalho] vir a jogar um papel de liderança nesse processo”, acrescentando que “ o momento que estamos atravessar não podemos ter vários líderes, cada um, pensando o que quer fazer, como quer e, quando quer.

“ Tem de haver uma liderança forte neste momento de crise para criar condições, para ouvir opiniões de todos, de todas as forças políticas, social, diáspora, sobre o São Tomé e Príncipe que temos hoje, que realmente pretendemos e podemos ter” – argumentou o antigo Chefe de Estado são-tomense.
Além reconhecido que “ o governo está a fazer todo esforço possível e imaginário”, no âmbito de combate a pandemia, Pinto da Costa questionou se “será que esse governo está a fazer as coisas que devem ser feitas agora? E, que permite realmente São Tomé e Príncipe sair desta situação de crise em que nos encontramos”.
Tendo declarado que “ se não soubermos gerir convenientemente esta situação, vai ser um desastre toral do ponto de vista económico, do ponto de vista social, do ponto de vista político”, Pinto da Costa admitiu que “ vamos ter uma reviravolta tão grande que a desgraça que vai seguir a pandemia será ainda maior que a própria pandemia”.
“ Esta pandemia é uma desgraça enorme que recai sobre São Tomé e Príncipe e gente que não acredita nisto é um erro tremendo”, disse Manuel Pinto da Costa, acrescentando que “ não estamos preparados para enfrentar esta pandemia e, está demonstrado que quase nenhum governo estava preparado para isto”.
Tendo afirmado que “ nós estamos completamente desorganizados, estamos a improvisar muitas coisas”, Pinto da Costa disse que “ o nível de organização que nós temos internamente não nos garante sucesso nessa luta contra esta pandemia”.
“ Não é momento de nós estarmos a indicar culpados, porque nós todos estamos dentro do mesmo barco e que se não soubermos, realmente, em conjunto, unir as nossas forças, esquecendo as nossas diferenças, se não soubermos fazer isto, então vamos cair num precipício, que não sei quando teremos a possibilidade de sair”, – disse Pinto da Costa, acrescentando que “ deveria criar um espaço para permitir um diálogo entre todos os são-tomenses para permitir ter uma análise profunda do País que temos hoje …”.
Os últimos dados revelam que São Tomé e Príncipe regista um total de 441 casos de Covid-19 positivos acumulados, sendo, 349 casos positivos em isolamento domiciliar, 68 já recuperados, 12 em internamento no hospital de campanha, bem como um registo de 12 mortes desde da declaração da doença no País. http://www.stp-press.st/2020/05/27/covid-19-estaria-disponivel-para-que-1-3-do-meu-salario-fosse-ao-fundo-de-mitigacao-dos-impactos-da-pandemia/




NA SOLIDÃO DO MAR - Escuridão e silêncio absoluto! Nenhum sinal de vida!







Neste momento em que escrevo estas linhas, é noite alta - Olhando para a beleza destas vagas,ao mesmo tempo transporto-me às noites sombrias por onde vivi a sós os momentos mais belos e também os mais angustiosos

Oh Deus!...Onde Irei à Deriva Numa Noite assim?... –
Sozinho e sentado num mísero tronco escavado às desoras!..
Fixando de olhar triste o imenso teto escondido e sombrio!
Discorrendo absorto no fulgor de algum vago ou ténue brilho…
Em busca de um qualquer cintilar longínquo, das eternas estrelas
Donde não vislumbro sinal de luz – Oh grande desilusão a minha!
Estão mudas!... Escuridão e silêncio absoluto! Nenhum sinal de vida!
Porém, em torno de mim, brame e crepita a densa escura treva!
Avança em turbilhões de fumo e vertigem o tumulto da vaga!
Só as escuríssimas ondas, e, atrás delas, outras ondas mais ainda!
Ao mesmo tempo que nos ares se enrola e desvanece a baça névoa!
Erguem-se e perpassam à minha volta, fugazes rolos de inúmeros trapos!
Que se fundem e refundem, num duelo incessante, desvairado torvelinho!
Enquanto meus olhos, mergulhados de afronta, pasmo, medo e mistério,
Me provocam mil interrogações! - Se alucinam de díspares e mil perguntas!
Varrem e escrutinam, todos os confins do convulsivo e misterioso oceano!
Perdidos na superfície da ondulante massa escura, imensa sepultura aberta!

Sim, a sós, comigo e com a minha intimidade, aqui vogo, voz emudecida
Flutuando à deriva e à solta, acima e abaixo de alterosos montes e sulcos
De negras e altas montanhas líquidas, que, cavalgando ao meu encontro,
Ora se erguem, abruptamente, ora parece que nelas me envolvo e afundo.
Porém, sempre de fronte pura e aberta à negra imensidão do infinito!
Às sucessivas rabanadas do agreste uivo do vento, aos seus golpes duros!
Arrastado pela sua fugidia e perturbadora fúria, que ecoa espaço a fora!
Vogando em mar deserto, de mil remoinhos, de fervente espuma escura!
Imerso nas vestes da imensa solidão noturna, perdido e esquecido
De todo mundo e, porventura, até dos escuros e turvados Céus.
E certamente que também da misericórdia ou piedade de Deus .

Jorge Trabulo Marques 


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Uma crise alimentar global de fome se aproxima – Antevêm estudos, que poderá atingir 265 milhões de pessoas até o final do ano – Pragas de enxames de gafanhotos, no leste de África, devastam as colheitas, adensam conflitos tribais e agravam a fome A pandemia de Covid-19 está exacerbando o problema - Banco Mundial alerta que os enxames regionais de gafanhotos podem aumentar em 400 vezes o número atual até junho, causando custos e danos relacionados à pecuária de US $ 8,5 bilhões até o final de 2020. – União Europeia, já duou mais 10 milhões de euros para o combate da praga de gafanhotos que está a assolar a África Oriental.

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA - Textos e imagens da imprensa internacional


Em Fevereiro passado, “A Comissão Europeia decidiu doar mais 10 milhões de euros para o combate da praga de gafanhotos que está a assolar a África Oriental.
Na África Oriental, 27,5 milhões de pessoas sofrem de grave insegurança alimentar e, pelo menos, mais 35 milhões estão em risco, sublinha a nota de Bruxelas.
A Comissão Europeia está a trabalhar em conjunto com a ONU – em concreto, com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que já elaborou um plano de resposta – e também com o Programa Alimentar Mundial. https://rr.sapo.pt/2020/02/27/mundo/praga-de-gafanhotos-ue-manda-mais-10-milhoes-de-euros-para-africa/noticia/183418/

Refere a imprensa internacional, que “a  pandemia de coronavírus trouxe fome a milhões de pessoas em todo o mundo. Os bloqueios nacionais e as medidas de distanciamento social estão secando o trabalho e a renda, e provavelmente atrapalharão a produção agrícola e as rotas de suprimento - deixando milhões preocupados em como conseguirão o suficiente para comer.
135 milhões de pessoas já enfrentavam escassez aguda de alimentos , mas agora com a pandemia, mais 130 milhões poderiam passar fome em 2020, disse Arif Husain, economista-chefe do World Food Program, uma agência das Nações Unidas. Ao todo, estima-se que 265 milhões de pessoas possam ser levadas à beira da fome até o final do ano.




Segundo especialistas, essa crise da fome é global e causada por uma infinidade de fatores ligados à pandemia de coronavírus e à conseqüente interrupção da ordem econômica: a súbita perda de renda para incontáveis ​​milhões de pessoas que já viviam de mão em boca; o colapso dos preços do petróleo; escassez generalizada de divisas devido ao turismo secando; trabalhadores estrangeiros que não têm salário para enviar para casa; e problemas contínuos como mudança climática, violência, deslocamentos populacionais e de
sastres humanitários.

De Honduras à África do Sul e à Índia, protestos e saques já começaram em meio a frustrações provocadas por bloqueios e preocupações com a fome. Com o encerramento das aulas, mais de 368 milhões de crianças perderam as refeições e lanches nutritivos que normalmente recebem na escola https://www.nytimes.com/2020/04/22/world/africa/coronavirus-hunger-crisis.html

AS  PRAGAS DE GAFANHOTOS, VIERAM COMPLICAR AINDA MAIS A VIDA A MILHÕES DE SERES HUMANOS EM ÁFRICA

(...) O Quénia está passando pela pior invasão de gafanhotos dos últimos 70 anos. O Banco Mundial alerta que os enxames regionais de gafanhotos podem aumentar em 400 vezes o número atual até junho, causando custos e danos relacionados à pecuária de US $ 8,5 bilhões até o final de 2020. Os pastores da Etiópia, Sudão e Quênia serão os mais atingidos.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, que soou o alarme em janeiro sobre a ameaça sem precedentes à segurança alimentar, está correndo para impedir a criação de gafanhotos .

Cerca de 20 milhões de pessoas já estão gravemente inseguras na região.Há uma correlação direta entre a escassez de alimentos para animais e a desnutrição em crianças menores de cinco anos, diz ele, acrescentando que estão em andamento planos para apoiar as comunidades mais atingidas com esquemas de transferência de renda em junho, quando os alimentos e as pastagens serão mais escassos.

A pandemia de Covid-19 está exacerbando o problema. Depois de dificultar os esforços para controlar os gafanhotos, a crise da saúde tem o potencial de provocar conflitos. Isso é algo que Josephine Ekiru, uma pastora e construtora de paz Turkana do Northern Rangelands Trust , sabe tudo sobre isso.

A insegurança económica causada pela pandemia já está alimentando ataques pastorais, diz ela. “Haverá um aumento no conflito baseado em recursos ... as pessoas estarão se mudando para áreas onde haverá grama. Precisamos nos preparar para o conflito. ”

(..) O Banco Mundial distribuiu US $ 13,7 milhões em financiamento de emergência ao governo queniano para ajudar a combater os enxames, e a FAO confirma que outros US $ 118 milhões foram prometidos para ajudar nos esforços de controle. Mas pedidos de apoio, como transferências de dinheiro para aqueles que enfrentam escassez de alimentos no próximo mês, são apenas 54% financiados. Será difícil encontrar o déficit em meio à pandemia global de coronavírus.

Enquanto isso, pastores como Moses Lomooria, 34, do condado de Isiolo, estão se preparando para novos inimigos. Seca e doença são familiares, diz ele, e estão diminuindo lentamente seus rebanhos. “Este é apenas um fardo adicional. Se os gafanhotos se alimentarem de vegetação agora, não haverá chuva para trazê-la de volta até o final do ano. ” A única coisa que ele pode fazer é esperar.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Namorados apaixonados e à molhada - Pandémicos de Amor - "As mulheres são como músicas/cada uma regendo sua feminidade/ “ - Diz Vinicius de Moraes


JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA E FOTO-JORNALISTA





E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

PERENE AMOR Euclides Cavaco




Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
Porém, se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.


BIOGRAFIA - Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com António Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira.
Além de ter sido um dos mais famosos compositores da música popular brasileira e um dos fundadores, nos anos 50, do movimento musical Bossa Nova, foi também importante poeta da Segunda Fase do Modernismo. Foi também dramaturgo e diplomata.
Marcus Vinicius Melo Morais, conhecido como Vinicius de Moraes, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz desde cedo já mostrava interesse por poesia.
Ingressou no colégio jesuíta Santo Inácio onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1928 começou a fazer as primeiras composições musicais.

Faculdade de Direito

Em 1929, Vinicius iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. Em 1933, ano de sua formatura, publicou seu primeiro livro de poemas, O Caminho Para a Distância, onde reúne suas poesias. Não exerceu a advocacia. 
Trabalhou como representante do Ministério da Educação na censura cinematográfica, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e seguiu para Londres, onde cursou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford.
Trabalhou na BBC londrina até 1939. Em 1940, iniciou, no jornal “A Manhã”, a carreira jornalística, escrevendo uma coluna como crítico de cinema.

Carreira Diplomática

Em 1943, Vinicius de Morais é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Serviu sucessivamente em Paris, a partir de 1953, em Montevidéu a partir de 1959 e novamente em Paris, em 1963.
Vinicius voltou definitivamente ao Brasil em 1964. Em 1968 foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco.

Música e Teatro

Em 1956, Vinicius de Moraes publicou a peça teatral Orfeu da Conceição, levada ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A peça continha músicas de Vinicius e de Tom Jobim.
Nesse mesmo ano, a peça foi levada para o cinema pelo francês Marcel Camus. O filme, intitulado Orfeu Negro, alcançou sucesso internacional, recebendo a Palma de Ouro, em Cannes e o Oscar de Melhor Filme estrangeiro, em Hollywood, no ano de 1959.
De volta ao Brasil, Vinicius de Moraes dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Edu Lobo, Carlos Lyra e Chico Buarque.
Entre suas parcerias destacam-se as músicas: Garota de Ipanema, escrita em 1962 e musicada por Antônio Carlos Jobim, e no ano seguinte foi lançada a versão em inglês, Gente Humilde, Arrastão, A Rosa de Hiroshima, Berimbau, A Tonga da Mironga do Kaburetê, Canto de Ossanha, Insensatez, Eu Sei Que Vou Te Amar e Chega de Saudade. https://www.ebiografia.com/vinicius_de_moraes/

terça-feira, 26 de maio de 2020

109.º Aniversário do Instituto dos Pupilos do Exército (IPE) – Sem as tradicionais cerimónias alusivas à efeméride – Por via da Covid-19 – Recordamos-lhe o 108º aniversário, em 25 de Maio 2019, nos Jerónimos, a cujas celebrações presidiu o Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, com as imagens e os filmes que ali recolhemos de alunos. antigos alunos e alguns professores, assim como as impressões e os valores que lhe transmitiu a secular instituição – Entre as quais de alunos de São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique


JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA-  E FOTO-JORNALISTA







Esta foi a mensagem, que ontem foi  divulgada pelo Instituto dos Pupilos dos Exército  “No dia 25 de maio, assinala-se o 109º Aniversário do Instituto dos Pupilos do Exército (IPE). Este ano, e atendendo à situação epidemiológica em que vivemos, não decorrem as tradicionais cerimónias alusivas à efeméride.

Apesar dos desafios da pandemia em termos de saúde e da severidade dos seus impactos económicos, sociais, políticos e culturais, é relevante atentar que desde 13 de março que alunos e professores se encontram em regime de ensino não presencial e que, apesar dos constrangimentos que tal decisão naturalmente acarreta, o Instituto manteve operacional o seu processo de ensino e aprendizagem, baseado em dois eixos fundamentais, diálogo e confiança.”


 “A todos os militares e civis que prestam ou prestaram serviço no IPE, nomeadamente professores, alunos, encarregados de educação e toda a comunidade educativa, que diariamente fazem jus ao lema “Querer é Poder”.O IPE é um Estabelecimento Militar de Ensino que continua e continuará empenhado em cumprir as diversas missões que lhe são confiadas"





CELEBRAÇÃO DO 108º ANIVERSÁRIO  - A QUE PRESIDIU O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MARCELO REBELO DE SOUSA

"Hoje o  Presidente da República presidiu ao tradicional desfile do Batalhão Escolar do IPE nos Jerónimos, que integrou uma delegação do Colégio Militar de Porto Alegre.

Estes alunos estão de visita ao IPE, no âmbito do Protocolo de Geminação assinado e que une as duas Instituições, tendo como objetivo principal desenvolver o trabalho cooperativo entre alunos e professores, motivar os alunos para a partilha de conhecimentos e experiências, assim como fomentar o intercâmbio de informação dos respetivos sistemas educativos.

Após o desfile, os presentes tiveram a oportunidade de visitar a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos do IPE, no Museu da Marinha, sob o tema “Lisboa está na Moda".
A cerimónia comemorativa culminou na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos com a Eucaristia, celebrada pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério, em memória de todos os que serviram no IPE e em ação de graças pela celebração de mais um aniversário deste secular estabelecimento militar de ensino. https://www.exercito.pt/pt/informa%C3%A7%C3%A3o-p%C3%BAblica/not%C3%ADcias/995







São Tomé – João Santiago, uma das figuras emblemáticas santomenses, desde o desporto à diplomacia - Foi empresário, adido cultural em Lisboa, chefe da casa civil do presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, durante 4 mandatos: dois na presidência de Miguel Trovoada e dois na de Fradique Menezes – Recordando o casual encontro, quando regressei à maravilhosa Ilha, 39 anos depois de ter partido para uma aventura numa piroga, que acabaria num longo tormento de 38 dias.

JORGE  TRABULO MARQUES - JORNALISTA




SÃO TOMÉ - A ILHA VERDE EMOLDURADA POR  UM AZUL DE PÉROLA LUMINOSO E TRANSPARENTE, ONDE OS SORRISOS SE ABREM ESCANCARADOS OLHOS NOS OLHOS - Sim, na sua população, não há os sinais de uma África faminta, há muitos frutos e riqueza natural ao alcance de todos, mas há muitas outras carências a necessitarem de apoio da Comunidade Internacional  num país que está mobilizando enormes esforços e abrir caminhos de progresso, bem-estar social e económico  - Mesmo assim, ante as duras dificuldades, o visitante pode encontrar, em cada rosto, um sorriso e um  olhar de calorosa simpatia e de boas-vindas, gestos de natural cortesia e afabilidade que não são fáceis de encontrar em parte alguma



Hoje venho aqui recordar-lhe o registo, em vídeo, de um casual encontro com João Santiago, graças ao meu amigo Gilberto Gil Umbelina, que naquele dia de Outubro, 2014, me acompanhou por vários pontos da cidade e me apresentou a velhos amigos, alguns deles ainda muito jovens, quando os deixei,  mas que não me esqueceram, sim, nem eu os esqueci.

João Santiago, uma das figuras históricas santomenses, desde o desporto à diplomacia - É o que se pode dizer um homem de sete ofícios: cedo despertou para o futebol, depois foi empresário, adido cultural em Lisboa, chefe da casa civil do presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, durante 4 mandatos: dois na presidência de  Miguel Trovoada e dois na de Fradique Menezes.

- De recordar, que foi, João Santiago,  que, em 19 de Maio de 2008,  esteve no aeroporto para apresentar, pessoalmente, cumprimentos à comitiva do Benfica, quando,  a caminho de Angola, depois de três dias em Cabo Verde,  fez escala em São Tomé e Príncipe. Benfica recebido em apoteose em São Tomé -  -  Sim, porque, ele também teve uma brilhante carreira no futebol, nomeadamente no Sporting, Vitória de Guimarães, União de Coimbra e Rio Pele

Fez muita coisa na vida mas confessa que não tem queda para a escrita. Mas, em jeito de humor - pois a boa disposição é indissociável da sua maneira de viver – sempre me foi confessando  – ou antes, desafiando, que se lhe mandar de Lisboa uns pincéis e uma tela, num dias destes, talvez comece  “a pintar umas coisas da minha infância”. O que não seria de surpreender, dado o seu talento multifacetado. Entretanto, e como as reformas em São Tomé, são modestas, diz que lá se vai entretendo, “arranjando qualquer coisa para a 3ª idade".

Santiago,  é, de facto,  um dos intelectuais santomenses,  que conheceu a dureza colonial, reconhece que há ainda muito por fazer mas está otimista quanto ao futuro da sua terra. E dá vivas à Revolução de Abril, que trouxe a liberdade e a independência ao Povo de São Tomé e Príncipe - “Digam lá o que disserem, valeu a pena o 25 de Abril! – Só quem não conheceu a era colonial é que pode dizer o contrário. Temos é de arranjar maneira de produzir mais mas também arranjar maneira de escoar os nossos produtos” Acredita que “vamos ter que vencer!”.


 O PAPEL DA  HISTÓRIA É O DE  FAZER LUZ PARA QUE AS TREVAS NÃO A ENSOMBREM OU A IGNOREM   - De modo que as  futuras gerações conheçam as vicissitudes e as raízes dos seus antepassados – julgo que tem sido esta a preocupação dos intelectuais santomenses e não com o propósito de alimentar ódios ou trazer à tona humilhações e ressentimentos recalcados.