sexta-feira, 27 de junho de 2025

Feira do Livro de Lisboa 2025 – Encontro com dois autores alemães- Gerhard Seibert e Helmut Ortner. – O livro The Wealth of History of the Small African Twin-Island State, de Gerhard Seibert Análise completa de toda a estrutura do país sob os aspetos sociais, políticos, económicos, desde a colonização - E “A Herança Nazi”. De Helmut Ortner. - Obra que nos conduz através de uma impressionante investigação sobre a forma como a Alemanha do pós-guerra lidou — A ler e a reter



 De entre os vários autores, com os quais tive oportunidade de me encontar e de fotografar, na Feira do Livro de Lisboa.vou, entretanto,  recordar aqui dois distintos investigadores. historiadores de nacionalidade alemã -  Gerhard Seibert, como qual já tive também o prazer de  me encontrar algumas vezes em Lisboa, grande apaixonado pelas Ilhas Verdes do  Equador, desde há vários anos, sobre as quais já publicou várias obras e muitos textos em diferentes pubicações. O outro, seu compatriota, o Helmut Ortner, autor do seu mais recente livro  A Herança Nazi, que nos conduz através de uma impressionante investigação sobre a forma como a Alemanha do pós-guerra lidou

The Wealth of History of the Small African Twin-Island State De Gerhard Seibert 

Assinalado, na altura do seu lançamento, em  15 de Maio, pelo poeta e escritor Albertino Bragança e pelo historiador Carlos Neves no espaço CACAU Largo das Alfândegas 24,  como “um texto excepcional que é afinal uma história de São Tomé e Príncipe desde os fins da era colonial até há meia-dúzia de anos. Uma análise completa de toda a estrutura do país sob os aspectos sociais, políticos, económicos, etc. É igualmente a única obra do género resultante de uma investigação séria efectuada por um historiador neutro e idóneo cujos méritos de há muito são reconhecidos.

O estado insular de São Tomé e Príncipe, localizado no Golfo da Guiné, é o segundo menor país africano, depois das Seicheles. Os ensaios desta coleção destacam períodos cruciais e eventos importantes na história variada e agitada do país, que se estende. durante mais de 500 anos,.

Trata-se de "uma análise completa de toda a estrutura do país sob os aspectos sociais, políticos, económicos, etc. É igualmente a única obra do género resultante de uma investigação realizada por um historiador neutro e idóneo cujos méritos de há muito são reconhecidos.  

O Estado insular de São Tomé e Príncipe, localizado no Golfo da Guiné, é o segundo país africano mais pequeno, a seguir às Seicheles. Os ensaios desta coletânea destacam períodos cruciais e acontecimentos importantes na história variada e agitada do país, que se estendem. durante mais de 500 anos  

 Portugal colonizou as ilhas por duas vezes em contextos económicos e históricos significativamente diferentes: primeiro, no século XVI, durante a sua expansão marítima, e segundo, na segunda metade do século XIX, no início da colonização de África pelas potências europeias. Nestes dois períodos, as pequenas ilhas desempenharam um papel pioneiro na história económica do açúcar e do cacau, respetivamente. Após a independência em 1975, o desenvolvimento económico do país ficou muito aquém das expectativas e, consequentemente, a sua dependência da ajuda externa persistiu. No entanto, os observadores externos partilham o arquipélago de 225.000 habitantes um modelo de democracia parlamentar em África. .


Gerhard Seibert é licenciado em Antropologia pela Universidade de Utreque, Holanda (1991), e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Leiden, Holanda (1999). Foi investigador do antigo Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), em Lisboa, de 1999 a 2008, e do ex-Centro de Estudos Africanos / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CEA /ISCTE-IUL), de 2008 a 2014. De 2014 a 2019 foi professor adjunto da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), São Francisco do Conde, Bahia, Brasil. Desde 2015 é professor permanente do programa de pós-graduação PósAfro do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Salvador. Realizou pesquisas em Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e sobre as relações Brasil – África relations. É autor de Comrades, Clients and Cousins. Colonialism, Socialism and Democratization in São Tomé and Príncipe (Leiden: Brill, 2006), The Wealth of Históry of the Small Twin-Island State São Tomé and Príncipe (Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2024) e co-organizador de Brazil-Africa Relations. Historical Dimensions and Contemporary Engagements (Woodbridge: James Currey, 2019).

 Tal como tem sido referido, sobre esta interessante obra de Helmut Ortner, a questão levantada prendesse-com esta interrogação: "Como é que um país reconstrói a democracia sem enfrentar os seus fantasmas? E que perigos nascem quando o silêncio substitui a justiça? E que perigos nascem quando o silêncio substitui a justiça?"  

Em A Herança Nazi, Helmut Ortner conduz-nos através de uma impressionante investigação sobre a forma como a Alemanha do pós-guerra lidou — ou evitou lidar — com o legado do nazismo. A «desnazificação», prometida após a queda do III Reich, revelou-se superficial: antigos criminosos nazis mantiveram-se em funções públicas, juristas do regime participaram na nova ordem jurídica e a sociedade preferiu esquecer em vez de recordar.   

Com um estilo envolvente e rigoroso, Ortner denuncia esta cultura do esquecimento e revela como o passado continua a projetar sombras perigosas sobre o presente. Trata-se de uma obra de memória, justiça e alerta — um testemunho indispensável num tempo em que o revisionismo histórico e a banalização do mal voltam a ameaçar a verdade.  

Helmut Ortner nasceu na Alemanha em 1950, vive e trabalha em Frankfurt.Escreveu vários livros de sucesso, publicados em mais de 14 países. Convidado pelo Instituto Goethe, fez várias divagações para divulgar o seu trabalho um pouco por todo o mundo.

 Os seus livros O Executor, Foram Todos Nazis, O Homem Que Tentou Matar Hitler, entre outros, tiveram um forte impacto na Alemanha no momento da sua publicação e receberam elogios nos principais jornais e revistas do país como o Su¨ddeutsche Zeitung, Die Zeit, Der Spiegel, entre outros  

A Riqueza da História do Pequeno Estado Africano das Ilhas Gémeas De Gerhard Seibert A Riqueza da História do Pequeno Estado Africano das Ilhas Gémeas- - Considerado "um texto excepcional que é finalmente uma história de São Tomé e Príncipe desde os fins da era colonial até há meia-dúzia de anos. 


 “Sêbê Non Linguagens”, nome inspirado na expressão em crioulo forro são-tomense para “nosso saber”, é a primeira revista científica de São Tomé e Príncipe, com revisão por pares, na área das Letras e das Humanidades, concebida pela Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de São Tomé e Príncipe (FCT-USTP), em parceria com o Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em São Tomé e Príncipe, com o Leitorado do Instituto Guimarães Rosa em São Tomé e o Centro de Linguística da Universidade do Porto. Este periódico, que se pretende abrangente e aberto a contribuições científicas advindas das áreas dos estudos linguísticos, didáticos, culturais e literários, procura colocar São Tomé e Príncipe no mapa da investigação mundial de modo a possibilitar um intercâmbio profícuo entre especialistas cujo interesse comum é o estudo da língua portuguesa, dos crioulos de base lexical portuguesa e dos artefactos culturais e literários advindos dos mais diversos espaços da Lusofonia

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