Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - Neste post, recordo o vídeo da entrevista que me concedeu em 2015, na Roça Saudade- Logo que disponha de mais informação será também aqui atualizada
Faleceu o Eng.º Henrique Pinto da Costa, aos 83 anos, em Algés, vitima
de doença prolongada, o restaurador da Roça Saudade, em S. Tomé, onde nasceu
Almada Negreiro – Irmão do ex-presidente de S. Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa - O dedicado e distinto
técnico agrónomo santomense Exemplo de sucesso numa das antigas roças coloniais
–
Mas de S. Tomé, dependia apenas de uma magra reforma- E os gastos com a saúde, enfraqueceram os seus recursos
O Ex-Presidente de Manuel Pinto da Costa, que, ainda recentemente, em
contacto telefónico, me manifestou a sua
preocupação pelo agravamento do estado de saúde de seu querido irmão, mais novo
que ele 4 anos, confirmou-me. igualmente por telefone, que a família tem estado a ponderar de o seu corpo
ou ser transladado para o seu país natal— o que ele muito desejaria que isso
fosse possível - só que a transladação é caríssima, acima de 4.500 euros, ou,
então, como alternativa ser sepultado em Portugal, e mais tarde, os restos
mortais, poderem então ser transladados, por importância, bem menor
Entretanto, o seu corpo, ou ainda na tarde desta quinta-feira ou ou na sexta-feira, poderá ser velado, numa capela, ainda por designar
O meu abraço solidário à dor dos que lhe são queridos e a proveito para recordar a entrevista que me concedeu ,em 2015, na Roça Saudade, onde nasceu Almada Negreiros
Roça Saudade, onde nasceu Almada Negreiros – A casa, em ruínas, foi transformada em museu-restaurante, pelo jovem Joaquim Victor e a propriedade num modelo exemplar na defesa da biodiversidade, num autêntico jardim botânico, pelo Eng Henrique Pinto da Costa, irmão do ex-Presidente Manuel Pinto da Costa, Diretor da Nexus Consulting, organização que trabalha na gestão do uso do solo, gestão de bacias hidrográficas, desenvolvimento urbano e conservação da biodiversidade, visando uma abordagem ampla e integrada das questões ecológicas para criar novas políticas de uso da terra em apoio ao desenvolvimento sustentável em São Tomé e PríncipE
ENGºHENRIQUE PINTO DA COSTA - UM EXEMPLO A SEGUIR E A NÃO ESQUECER - Um exemplo de sucesso numa das antigas roças coloniais: A casa,
em ruínas, foi transformada em museu-restaurante, pelo jovem Joaquim Victor e a
propriedade num modelo exemplar na defesa da biodiversidade, num autêntico
jardim botânico, pelo Eng Henrique Pinto da Costa,a Costa,
DISTINTO CURRICULO - Henrique Pinto da Costa , dirigiu uma organização
sem fins lucrativos cuja missão era envolver os jovens de São Tomé e Príncipe
na procura de soluções para o desenvolvimento sustentável através da educação
Sob a presidência de seu irmão, Manuel Pinto da Costa, que também se
encontra em Portugal, por motivos de saúde, sem dúvida, um dos principais
rostos da nacionalidade santomense: - cofundador e dirigente do MLSTP, e o
primeiro Presidente da República Democrática de S. Tomé e Príncipe, Henrique
Pinto da Costa, desempenhou funções de conselheiro da Presidência, em matéria
de políticas de desenvolvimento e foi diretor da ECO-STP, a primeira ONG do
país dedicada ao desenvolvimento sustentável-
Posteriormente, Henrique Pinto da Costa, foi Diretor da Nexus
Consulting, uma organização que trabalha na gestão do uso do solo, gestão de
bacias hidrográficas, desenvolvimento urbano e conservação da biodiversidade.
A organização que adota uma abordagem ampla e integrada para abordar as questões ecológicas, criando novas políticas de uso do solo em apoio ao desenvolvimento sustentável em São Tomé e Príncipe.
Nos últimos anos, por razões de saúde, passou a concentrar mais as suas forças na restauração da Roça Saudade, onde nasceu Almada Negreiros -Sem dúvida, um exemplo de sucesso numa das antigas roças coloniais: A casa, em ruínas, , foi transformada em museu-restaurante, pelo jovem Joaquim Victor e a propriedade num modelo exemplar na defesa da biodiversidade, num autêntico jardim botânico, graças à dedicação e empenho do Engº Henrique Pinto da Costa
Foi justamente esse o projeto, que abraçou, desde há vários anos, na ilha onde nasceu: transformando uma propriedade abandonada, numa verdadeira aposta ecológica, em defesa da biodiversidade, num magnífico laboratório de convivência harmoniosa das diferentes espécies, com vista a um melhor aproveitamento da floresta e das culturas tradicionais, designadamente o cacau e o café, à floricultura, às plantas aromáticas, canela e baunilha, às medicinais, assim como os recursos hídricos para produção de eletricidade – Sim, esta a impressão que me deixou na honrosa entrevista que me concedeu, em 2015, que tenho o prazer de aqui recordar, sobre a
Sim, esta a impressão que me deixou na honrosa entrevista que me concedeu, em 2015, que recordo num misto de saudade e tristeza
Recorda Armindo do Espírito Santo – investigador do CEsA-ISEG-UL e Prof. da ESCAD-IPLUSO/ULHT - num artigo publicado ontem no Téla-Nón, que a nacionalização ocorreu por três razões: em primeiro lugar porque estava subjacente no acordo que institucionalizou o Governo Transitório; em segundo lugar porque a maioria das roças estava já abandonada ou subutilizada; e, por último, porque estava em curso em África a prática das nacionalizações das bases económicas coloniais, a coberto do nacionalismo africano.
Para o MLSTP, a nacionalização das terras significou não só a libertação do povo de STP das amarras do colonialismo que o impediam de se desenvolver, mas também o acesso à riqueza e o controlo do património que antes lhe fora extorquido pelos europeus com a segunda colonização no início da segunda metade do século XIX.E, neste sentido, o Dia 30 de Setembro de 1975 constitui uma importante data histórica, a mais significativa depois da data da independência!" - https://www.telanon.info/suplemento/estudos/2020/09/30/32658/a-nacionalizacao-das-rocas-e-o-feriado-de-30-de-setembro-a-historia-com-economia-por-dentro/

se cruzou com o meu sangue que veio do norte
não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente
encontrou o meu sangue que estava no ocidente
não foi por acaso nada do que hoje sou
desde há muitos séculos se sabia
que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os sangues da terra
e por isso me estimaram através da História
ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre futuro.
A ROÇA ONDE NASCEU ALMADA NEGREIROS
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce." – E assim também renasceu das ruínas a casa onde nasceu Almada Negreiros, na Roça Saudade, em São Tomé, graças à corrida solitária de Joaquim Cabangala Victor, guia turístico, natural de São Tomé. Certo de que a sua ideia podia transformar uns já irreconhecíveis caboucos numa Casa de Artes e Museu, em memória do genial pintor, poeta, romancista e dramaturgo e abraçar um apaixonante projeto de vida.
A Roça Saudade, fica a 17 Km de S. Tomé, cidade, voltada a nordeste, a cerca de 800 metros de altitude, numa área das mais belas da ilha, onde se despenha a famosa cascata de São Nicolau. Quando trabalhei na Brigada de Fomento Agropecuário, passava relativamente próximo. Porém, só mais tarde, soube, através de um artigo do Padre Ambrósio, publicado na revista Semana Ilustrada, de que era correspondente, o segredo que era guardado naquela propriedade. Foi vendida à Roça Santa Margarida, que a integrou com a dependência Vista Alegre. - Sem duvida, um dos lendários lugares que vale a pena visitar ou rever.

Transformar as ruínas da casa onde nasceu Almada Negreiros, numa Casa de Arte, foi o pensamento que norteou Joaquim Victor, mesmo partindo quase de mãos vazias, confiante na sua determinação e no alcance cultural e turístico da sua iniciativa -A edificação de uma casa de madeira, alpendrada, assente justamente sobre algumas colunas e rebocos do antigo solar, é uma belíssima realidade.
Fico feliz pelas notícias vindas a lume e envio esse poema que faz parte do meu livro "Água Crioula" publicado pela primeira vez em 2002 e depois com várias edições (vai na 6ª)
Um forte abraço e muitos parabéns pelo trabalho que tens feito por essa ilha maravilhosa! - Olinda Beja
Imagens registadas no ano de sua morte - em 2009
Valendo-me ainda do estudo biográfico, de autoria do saudoso Rev. P. António Ambrósio, com quem tive o grato prazer de me encontrar, por várias vezes, tanto em S. Tomé, onde foi sacerdote da paróquia da Trindade, como já após o seu regresso a Portugal, tomo a liberdade da aqui transcrever, alguns extratos do seu livro Almada Negreiros Africano, à semelhança do que fiz com na primeira postagem
Postagens neste blogue de Almada https://canoasdomar.blogspot.com/2013/04/almada-negreiros-comemoracoes-dos-120.html
https://canoasdomar.blogspot.com/2014/12/sao-tome-museu-almada-negreiros-na-roca.html
https://canoasdomar.blogspot.com/2015/04/almada-negreiros-nasceu-na-ilha-de-s.html
https://canoasdomar.blogspot.com/2014/11/sao-tome-39-anos-depois-roca-sa