"O Sr. Jorge veio
cá buscar rolos de filmes todos. Dizendo que ia te mandar" - Este empresário português ficou-me
com milhares de negativos. Comprometeu-se a ser portador da sua entrega - e até
hoje, numa mais mos entregou.
CARTA ABERTA
Quando me encontrei consigo, aqui em
Portugal, pedi-lhe o favor de, ao voltar a São Tomé, se deslocar a casa de
Margarida para ser portador do meu espólio fotográfico que havia deixado
ao seu cuidado. E você foi lá, levou os milhares de negativos mas não mos
entregou até hoje.
Recebi uma carta de Margarida, com a data
de 6 de Junho de 1978, informando-me de que “senhor Jorge veio cá buscar rolos
de filmes todos. Dizendo que ia te mandar” Sim, foi lá, teve esse gesto, mas
entendeu apoderar-se, abusivamente, do que não lhe pertence. Mandei-lhe várias
cartas mas nem sequer teve a gentileza de me responder.
Azar o meu quando nos encontrámos na baixa
lisboeta e lhe pedi esse favor! - Quantas vezes já me não arrependi por não os
ter levado comigo na canoa – Na véspera preparei tudo para os trazer, porém,
receando perdê-los ou danificá-los na viagem com a água do mar, apenas ousei
levar uns quatro ou cinco (de fotografias premidas em exposições); afinal,
acabei por perdê-las de outra maneira – e, pelos vistos, de um modo bem
traiçoeiro!
Atitude completamente diferente da que
teve o Sr. Afonso Henriques Ferreira - pessoa muito respeitada naquela ilha,
que sempre muito considerei, que igualmente se dirigiu a casa de Margarida, a
meu pedido, para ser portador de um álbum de fotografias (pois as
películas, todos os negativos, já os tinha levado você) ele teve a amabilidade
de mos entregar. Mas você usurpou-mos!Não é uma pessoa séria.
- Não gostaria de enveredar pela via
judicial, pois acho que isso não seria a melhor solução, mas não posso aceitar
que fique com um trabalho que não lhe pertence! Não me conformo que continue a
apoderar-se de um bem que eu considero de inestimável apreço. – São
documentos e recordações, a que atribuo um valor afectivo muito grande e que
muito me custa ver perdidos,
No dia que se dignar fazê-lo, esta
carta aberta deixará de ter sentido e retirar-lá-ei deste blogue
Cordialmente
Jorge Trabulo Marques
POR ISSO MESMO, SABENDO QUE NUNCA MAIS TE VOLTAREI A VER, MAIS SAUDADES AINDA ME DEIXAS - DE FACTO, SE ALMA EXISTE A QUEM O CÉU NÃO POSSA SER RECUSADO, TUA ÉS UMA DESSAS GENEROSAS ALMAS - ETERNA AMIGA! JAMAIS ME ESQUECEREI DE TI.
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COMPANHEIRA, CONFIDENTE E GRANDE AMIGA - QUANTO NÃO SOFRESTE QUANDO ME VISTE PARTIR, DE NOITE E SOZINHO, NUMA CANOA RUMO À NIGÉRIA, ALI PERTO DA PRAIA LAGARTO - SEI QUE JÁ PARTISTE PARA A OUTRA VIDA - PARA A VIAGEM À QUAL NINGUÉM ESCAPA
POR ISSO MESMO, SABENDO QUE NUNCA MAIS TE VOLTAREI A VER, MAIS SAUDADES AINDA ME DEIXAS - DE FACTO, SE ALMA EXISTE A QUEM O CÉU NÃO POSSA SER RECUSADO, TUA ÉS UMA DESSAS GENEROSAS ALMAS - ETERNA AMIGA! JAMAIS ME ESQUECEREI DE TI.
AO RELER A TUA CARTA, AS BREVES LINHAS QUE ME DIRIGISTE, MAIS SE ME REFORÇA A IMPRESSÃO DE QUE OS TEUS PRESSENTIMENTOS BATIAM CERTOS: DE QUE UM TAL SR. JORGE COIMBRA, NÃO ERA PESSOA DE CONFIAR.
MAS AGORA QUE FAZER? ROGAR-LHE UMA PRAGA, DESEJAR-LHE LONGA VIDA E MUITA SAÚDE OU RECORRER AOS TRIBUNAIS, ALGUMAS DESTAS COISAS, TEREI MESMO EM QUE REFLECTIR
MAS AGORA QUE FAZER? ROGAR-LHE UMA PRAGA, DESEJAR-LHE LONGA VIDA E MUITA SAÚDE OU RECORRER AOS TRIBUNAIS, ALGUMAS DESTAS COISAS, TEREI MESMO EM QUE REFLECTIR
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