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sexta-feira, 13 de junho de 2025

António Variações – Diálogo com o repórter em noites de lisboa, anos 80, no inicio da sua carreira artística, além de outras figuras da boémia lisboeta – Carreira Breve mas intensa de emoções Faleceu no dia de Santo António, 13-06.1984, aos 39 anos Ambos fomos meninos escravos marçanos, nas mercearias de Lisboa. Ainda me chegou a cortar o cabelo, no seu atelier de cabeleireiro no rés do chão da Rua da Alegria, 132

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA  - 


JTM - ANTÓNIO VARIAÇÕES,- Você que é cabeleireiro e também artista: por que é que não envereda pela carreira artistica? - - Eu quero!..... Isso, para mim, está cima de tudo! 
Agora, que se está a desenhar uma carreira, vou agarrá-la o mais que eu puder, claro!- 

Infelizmente, por pouco tempo: morreu há 36 anos - No dia 13 de Junho de 1984, em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave 

Além do ator Gilberto, da telenovela Cabocola, do pintor e poeta, Jorge Rosa, dos jornalistas Manuel Neto e Carlos Castro e top models - Registos de cassete de reportagem para a Rádio Comercial-RDP 

UMA VIDA BREVE MAS INTENSA E CHEIA DE EMOÇÕES  - Chamou a si o apelido artístico de António Variações - De seu nome completo,  António Joaquim Rodrigues Ribeiro, filho de camponeses minhotos  – Nascido na  aldeia  Lugar do Pilar, freguesia de Fiscal em 3 de Dezembro de 1944, tal como muitas crianças da sua  em 1957, partiu para a capital  para se lançar na vida  - Tal como sucedeu  a quem não tinha posses para estudar ou não era aceite no seminário - Donde fui exluido ao cabo de 2 meses depois de uma dura experiências de marçano em Lisboa-

PERDEU-SE  DA  CANÇÃO PORTUGUESA,  UM LEGÍTIMO SUCESSOR DA AMÁLIA RODRIGUES  - AOS 40 ANOS 

A sua voz era calorosa e genuinamente Lusa, com as tonalidades da alegria minhota  - Se a morte, o não tivesse levado tão cedo, poderia ter hoje a projeção de Amália Rodrigues, de que se confessava  grande admirador tendo-lhe dedicado um dos seus mais populares temas musicais

Conheci-o, pela primeira vez, num espetáculo noturno do Ritz Club, na Rua da Glória, quando ainda ensaiava os caminhos da fama  -  E também o visitei na sua barbearia, tendo aproveitado para cortar o cabelo, que, geralmente, me era cortado por outro famoso cabeleiro, o Zé Carlos, numa loja do Hotel Sheraton, Metro de  Picoas, em Lisboa - Sim, porque, antes cuidar da imagem que desbaratar o salário em álcool ou em pópós - Que não tenho.

Era mais velho um ano, que eu - Falámos da nossa adolescência: ambos fomos marçanos  nas velhas mercearias de Lisboa - E, pelos vistos, ainda crianças - Tal como recordo neste ideo e em   http://www.odisseiasnosmares.com/2019/10/lisboa-dos-anos-50-marcano-aos-12.html

O tópico amolador na Calçada de Santana, onde aos 12 anos ali ouvia vários pregões.

ANTÓNIO VARIAÇÕES -  A  GRANDE ATRAÇÃO DE UMA "NOITE TROPICAL", EM NOITE FRIA DE DEZEMBRO DE 1982 -  Num ambiente de personagens burlescas, entre a alegoria ultramoderna e o fantasgórico: onde predominavam as cores brancas e negras - Algumas assumidamente dráculas ou travestidas de  andorinhas - Mas, onde a sua presença ainda mais se  destacava, tanto pela voz como pela sua imagem simpática, sigular e que nunca descaía para a banalidade e o trivial  rídiculo.  

Do lado direito  - O  Busto na terra natal de António Variações   - Foto registada pelo poeta e declamador Euclides Cavaco, quando ali fez a apresentação dum livro na terra Natal do Variações



 António Variações, o artista convidado para a abrilhantar a festa na discoteca Tramps, naquela noite destinada angariar fundos para uma instituição de caridade. “Questionado, no fim do espetáculo, se gostava deste ambiente noturno, respondeu-me:
"Gosto!...   Não tanto como gostaria, porque tenho outras atividades durante o dia e um horário a cumprir, que não dá para grandes noitadas!... Tenho de estar de manhã acordado!..  

JTM – António Variações: você apresentou aqui alguns temas que ainda não foram apresentados em disco

A. V. - Três temas que hoje aqui apresentei vão ser incluídos no meu próximo álbum em 3 de Fevereiro de 83: é o tema que eu dedico a Amália, que se chama  Voz-Amália-de-Nós, outro que se vai chamar “Nostradamus”  e outro tema, que se chama “O Corpo é Que Paga

JTM - Você que é cabeleireiro e também artista: porque é que não envereda pela carreira artista”

A.V. - Eu quero!  Eu queria! Isso, para mim, está cima de tudo! Agora que se está a desenhar uma carreira, vou agarrá-la o mais que eu puder, claro!

JTM – Você é um homem moderno!  Prá indumentária que enverga!... Considera-se mesmo um homem moderno?!
A.V. – Não, não! Eu não tenho preocupações para parecer uma figura moderna!... Eu arranjo-me para mim!.. Visto-me para mim!...Da maneira como me sinto bem!... Mais nada! …Tenho preocupações estéticas mas nunca de modas!...

JTM - Aliás, de uma forma original!... Será para chamar atenção  o é o esse o seu estilo?
A.V – É para me sentir bem comigo
JTM – Tivemos muito gosto! E votos para que continue a brilhar na sua carreira

 “SOU UMA CORUJA” - Disse o Gilberto, ator de telenovelas brasileiras 

O espetáculo  foi aprsentado pelo  ator brasileiro, Gilberto, então muito conhecido por ter participado na telenovela Cabocla, que me declarou ter  sido “uma brincadeira que a gente fez papeis de travesti burlescos e cómicos para angariar fundos de caridade para um asilo de velhinhos: eles me convidaram e eu participei numa boa – Confessou-me que adora a noite: de dia durmo! Sou uma coruja!

Também o poeta e pintor, Jorge Rosa, se declarava “um amante da noite e desvendador dos seus mistérios”: “A noite diz-me tudo!... A noite conversa comigo! Segreda comigo! Namora comigo!... Faz amor comigo!... J
Jorge Rosa, artista plástico multifacetado, com uma obra invulgarmente extensa, considerando os variados campos da arte a que se dedicou, nasceu a 8 de Março de 1930 e morreu a 9 de Agosto de 2001https://salfino.blogs.sapo.pt/2506.html

Para o jornalista, Manuel Neto, “a noite diz-me mais que o dia!” Questionado se tivesse que descrever o ambiente da noite, como faria, respondeu: “diria que é um ambiente de negro ou funeral para comemorar um aniversário” – De facto, muitas das vestimentas da noite, eram ao estilo de dráculas”, se bem que também houvesse roupagens inspiradas no mais avançado glamour da moda
Experiências de um jornalista com pincel  Desde pequeno que gosta de pintar. Seguiu carreira como jornalista, mas recentemente descobriu que precisava de algo mais. Foi assim que, aos 53 anos, Manuel Neto trocou a caneta e o bloco de notas pelo pincel e pelo acrílico. .https://www.jn.pt/arquivo/2006/experiencias-de-um-jornalista-com-pincel-562146.html

Carlos Castro, ainda longe de sofrer o brutal homicídio em Nova Iorque, era outra das habituais presenças na mais famosa discoteca lisboeta, confessando que tinha tempo para estas festas e outras coisas. Como a cassete, estava no final da fita, foram escassas as palavras mas o bastante para fazer passar a sua mensagem.

 Carlos António Castro (Moçâmedes, 5 de Outubro de 1945[1] - Nova Iorque, 7 de Janeiro de 2011) foi um jornalista, escritor e cronista social português.[2] - No dia 7 de Janeiro de 2011, foi encontrado morto, sem roupa, com sinais de ter sido agredido na cabeça e sexualmente mutilado.[7] A defesa de Renato Seabra (10 de Setembro de 1989) alegou perturbações psiquiátricas, uma estratégia rara nos Estados Unidos e que não teve êxito - Excerto de https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/carlos-castro-foi-assassinado-brutalmente-ha-oito-anos




 ANTÓNIO VARIAÇÕES  - INEGUALÁVEL  NA SONORIDADE DA VOZ CALOROSA E  ENÉRGICA
É P'ra Amanhã" ou "O Corpo É Que Paga"? Durante o Verão de 1983 Variações é muito solicitado para espectáculos ao vivo, sobretudo em aldeias por este país fora. Em Fevereiro do ano seguinte, António Variações entra em estúdio com os músicos dos Heróis do Mar para gravar o seu segundo longa duração que se intitulará "Dar e Receber". O tema mais conhecido deste disco é, sem sombra de dúvidas, "Canção De Engate" que, posteriormente, se tornará um imenso sucesso numa versão dos Delfins. Em Maio desse mesmo ano dá entrada no Hospital e, no dia 13 de Junho de 1984, morre em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave. Será sepultado, dois dias depois, no cemitério de Amares (Braga), perto da sua aldeia natal, com a presença de poucos músicos acompanhando o funeral. Com a sua morte desaparece um dos maiores renovadores da canção portuguesa das últimas décadas. No entanto o seu espólio musical foi sendo aberto e Lena d'Água edita, em 1989, o disco "Tu Aqui" que inclui cinco composições inéditas de António Variações.


Em Janeiro de 1994 é editado um disco de homenagem a António Variações que reúne, em torno de versões do cantor, os nomes de Mão Morta, Três Tristes Tigres, Resistência, Sitiados, Madredeus, Sérgio Godinho, Santos e Pecadores, Delfins, Isabel Silvestre e Ritual Tejo. Isabel Silvestre incluirá no seu disco de 1996 "A Portuguesa" o tema "Deolinda de Jesus" de Variações. Este tema, uma sentida homenagem de Variações à sua mãe (que se chama exactamente Deolinda de Jesus) é o contraponto de qualidade a todas as "Mães Queridas" e quejandos deste país. Em 1997 é editado o CD "O Melhor de António Variações", o qual recupera material editado em todos os seus discos. Em 2006 é editada a compilação "A História de António Variações - Entre Braga e Nova Iorque https://www.fnac.pt/Antonio-Variacoes/ia6976/biografia


“ERA UM SELF MADE MAN” –
Escreve Miguel Cadete – Diretor  do Blitz - Expresso

(..) “Faleceu na noite de Santo António, em 1984, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado no serviço de doenças infecto-contagiosas. A certidão de óbito dá como certa uma broncopneumonia bilateral extensa como a causa da morte, mas os cuidados postos na selagem do caixão levam a crer que era seropositivo e que foi uma das primeiras vítimas de sida em Portugal, o que não foi confirmado pelos médicos. Teresa Pinto Couto alternava com Jaime Ribeiro as noitadas passadas no hospital e o irmão ofereceu-lhe uns auscultadores para que pudesse ouvir as suas novas músicas tocarem na rádio. Os Heróis do Mar levaram-lhe as provas da capa do álbum. Ele só pedia, confirmou Carlos Maria Trindade, "que o tirassem dali".es-

(...) Jaime Rodrigues Ribeiro é um dos nove irmãos de António Variações. Sete anos mais novo do que o cantor, tem escritório de advocacia em Lisboa e é um dos principais interessados na recuperação da memória de Variações. Defende o Variações "fiel às suas raízes rurais, religiosas e educacionais", mas compreende a transição de cariz urbano. "Como ele veio cedo para Lisboa, começou a cultivar outros gostos, outras formas de estar e atitudes. O António só tinha a 4ª classe mas era um 'self-made man'. Apenas tinha a instrução primária."

Chegado à capital aos 12 anos, António Joaquim Rodrigues Ribeiro foi acolhido em casa de uns primos e empregou-se como marçano ("distribuía mercearias em casa dos clientes") e mais tarde, depois de tirar um curso de tipografia, como escriturário. Mas não era isso que mais ambicionava, pois nas férias da Páscoa ou do Natal, quando subia ao Minho para rever a família, demonstrava o seu interesse pela música, o fado em particular. "Passou a ser amante do fado, sobretudo da Amália, o grande ídolo. Quando ia ao Minho, levava revistas onde se falava da Amália, foi ele que nos cultivou o gosto do fado, coisa que não se ouve no Minho. Cantava fados da Amália lá no quintal, o que para nós era desconhecido. O que é certo é que gostávamos de ouvir", continua Jaime Ribeiro quando discorre sobre o gosto pela música que então a família descobria em António.

Recordo-o também, quando ele já tinha vinte e tal anos, numa dessas férias, a compor uma canção relacionada com a aldeia. Lembro-me da letra - 'todas as manhãs, bem antes do sol na montanha despontar; era acordado pelos camponeses que passavam a cantar; sempre a mesma animação; e eu senti então uma vontade louca de os acompanhar'. Este é um quadro muito próprio da nossa aldeia, pois próximo da nossa casa existia uma quinta para a qual se dirigiam ranchos de jornaleiros que passavam muito cedo, cantando enquanto se dirigiam para o trabalho. Isto é um paradoxo porque hoje vivemos num mundo de tristeza em que as pessoas têm tudo mas andam sempre cabisbaixas." António Variações nunca viria a gravar esse tema.

Depois do escritório veio a tropa. Em 1964, António foi destacado para Angola, durante a guerra, onde veio a operar na retaguarda, como especialista em mensagens cifradas. Cumpriu a comissão de três anos e quando regressava a Portugal, mesmo depois de cumprir o serviço militar, não podia sair do país sem autorização da polícia política dado estar em posse do sistema de descodificação de mensagens confidenciais do Exército. É com um certo enlevo que o irmão mais novo descreve as fotografias que António enviava do Ultramar, em situações diversas como quando estava a banhos num rio ou, "o que me espanta muito - porque ele quando veio para Lisboa deixou de praticar a religião católica -, rodeado de meninos negros a dar catequese".
Cumprida a comissão, António regressou a Lisboa e começou a viajar para Londres - onde ainda hoje se encontra outro irmão, José, que também seguiu o ofício de barbeiro - e Amesterdão, onde viria a aprender essa arte. Nessas viagens "desenrascava-se a lavar pratos para arranjar alguns trocos" e quando chegou a Lisboa foi trabalhar para os salões de Isabel Queiroz do Vale, no Centro Imaviz, primeiro, e no Centro Comercial Alvalade, depois, onde trabalhou com Zé Carlos.
"Para a família foi uma surpresa ele enveredar por essa profissão - barbeiro, pois não admitia que lhe chamassem cabeleireiro", prossegue Jaime Ribeiro. Foi nessa altura que António comunicou ao irmão o seu gosto pela composição de canções. "Soube mais tarde que ele até tinha assinado um contrato com a Valentim de Carvalho, em 1977 ou 1978. Não sei em que contexto, penso que enviou uma maqueta e eles acharam que aquilo tinha pernas para andar." – Mais pormenores em https://blitz.pt/principal/update/2019-08-22-Quem-era-afinal-Antonio-Variacoes-



quinta-feira, 12 de junho de 2025

Origem do Povo Português a a longa jornada dos seus cromossomas - Que vamos saudar 21 na celebração do Solstício do Verão SOMOS O CRUZAMENTO COM VÁRIOS POVOS E CIVILIZAÇÕES , que viviam há 2.300 anos na Hispânia ou Península Ibérica e que,, atualmente, tenderão a desaparecer com a desertificação do Portugal profundo e da vida difícil nas grandes cidades, onde arranjar casa está acima de dois ordenados mínimos

Jorge Trabulo Marques  Jornalista e investigador 

 Lusitanos


...........Que da ocidental praia Lusitana/Por mares nunca de antes navegados/ Passaram ainda além da Taprobana,/Em perigos e guerras esforçados,/Mais do que prometia a força humana,/E entre gente remota edificaram/ Novo Reino, que tanto sublimaram


NO EXTREMO SUL DA PENÍNSULA IBÉRICA EXISTEM VESTÍGIOS E MARCAS DE UMA  LONGA JORNADA HUMANA

Desde Paleolítico, Neolítico, calcolítico, Idade do Ferro e do Bronze – Por aqui se fixaram e cruzaram variadíssimos povos

Os sinais  mais longínquos da sua presença vão além de muitos milénios antes de Cristo ter nascido em Belém da Galileia – Tal como o atestam as famosas gravuras do Vale do Côa, considerado “o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Inscrito na Lista da Unesco como Património da Humanidade em 1998, o Vale do Côa  http://www.centerofportugal.com/pt/vale-do-coa/
´POVO PORTUGUÊS – Misto de africanidade, celta, asiática, arábica e outras origens - Explorado e escravizado pelas elites do grande capital,que voltaram a reforçar o poder: A burguesia, seus apoiantes e propaganda A Santa Inquisição, caçou, torturou e matou cerca de 50 milhões de pessoas na Idade Média -Cúmplice da escravatura nas colónias . Ainda hoje os lobis (lobos) da hipocrisia disfarçada de cordeiros e de beatos explora e escraviza a esmagadora maioria dos portugueses, africanos e asiáticos

MACIÇO DOS TAMBORES E, MANCHEIA E QUEBRADAS – Arredores da aldeia de Chãs -  V. N de Foz Côa - Lugares de calendários pré-históricos onde coração pulsa e vibra de emoção –
O Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte,    ocorrerá no dia 21 de junho, a partir das 18.30, aldeia de Chãs. de V. N de Foz Côa - Se puder, não falte


ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO

Esta extraordinária imagem,  configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar  projectando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e poderá repetir-se,  todos os anos,  ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam. 



Amuleto, em osso e ainda em excelente estado de conservação que se calcula com mais de 5000 anos, encontrado pelo autor deste site, a cerca de 200 metros do Templo Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado ao nascer do sol dos equinócios




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As descolonizações do século XX não resolveram os problemas do colonialismo, mudaram-lhe a configuração”; “A história que é ensinada nas escolas é uma história de brancos, dá impressão que só eles é que existiram”; “Os europeus contaram a sua história durante anos baseada numa mentira de superioridade numérica, que não tinham, e a versão que corre hoje está a reagir a essa mentira mentindo de novo”.
A DEPORTAÇOM DAS CRIANÇAS JUDIAS DE SÃO TOMÉ
No reinado de D. João II, em 1493, 2.000 crianças judias, filhas de judeus espanhóis que se encontravam refugiados em Portugal, foram retiradas aos pais e enviadas para a ilha de São Tomé.
O objetivo era povoar a colônia, mas as condições eram extremamente duras e inóspitas. Esse episódio é um exemplo trágico da perseguição enfrentada pela comunidade judaica em Portugal durante este período.

Somos descendentes de diversos povos que imigraram para a Península Ibérica ao longo dos séculos, que se foram miscigenando entre si. Simplificando a “mistura”, temos como base da nossa ascendência os iberos e os celtas.
Os iberos eram habitantes indígenas de Portugal, de proveniência do norte de África e sudeste da Europa. quatro mil anos mais tarde, surgiram os celtas, vindos do sudeste da Europa, que invadiram a Península e acabaram por se miscigenar com a população ibera, dando origem aos celtiberos, considerados os antepassados dos portuguese
"Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou." No dia de Portugal, Lídia Jorge expôs as dores do colonialismo português.

LÍDIA JORGE Num discurso em Lagos, a escritora e conselheira de Estado abordou "pecado dos Descobrimentos": "É indesmentível que os portugueses estiveram envolvidos num processo de escravização longo e doloroso.

"Eu assisti a um momento muito delicado. Foi o momento em que terminou o Império Português, foi o final da Guerra Colonial. Isso, de certa forma, deu-me uma consciência de um novo tempo e de uma nova relação que se teria de manter com a África. Essa relação ainda não está restaurada como deve ser, não está. É algo que vai demorar ainda muito tempo, porque há ressentimentos a resolver, há novos reagrupamentos geoestratégicos no mundo que estão a alterar as relações entre os antigos povos que foram colonizadores e os colonizados. Há uma turbulência no ar muito grande que dificulta a cimentação de relações com a estabilidade, com entendimentos pacíficos que possam ser reparadores daquilo que é a herança histórica.



PARA CONHECER A IDENTIFICAÇÃO DE UM POVO, IMPORTA IR AO ENCONTRO DAS SUAS RAÍZES ANCESTRAIS
 


Diz estudo que, “Ao contrário do que muitos pensam, os Lusitanos não foram o primeiro povo a habitar a região que hoje corresponde a Portugal.  

(...)Refere estudo que explica que os  ofis viveriam, principalmente, nas montanhas do norte de Portugal, incluindo a Galiza. Outros dizem que estes viviam na foz dos rios Douro. Este povo venerava as serpentes, daí Terra das Serpentes ou serpes.

Existem alguns estudos arqueológicos que mencionam este povo e cultura. Alguns crêem que o dragão, muitas vezes representado como um grifo e originário de uma primitiva serpente alada – a “Serpe Real”, timbre dos Reis de Portugal e depois também dos Imperadores do Brasil, está relacionado com este povo, ou com os celtas que mais tarde colonizaram a zona, que por sua vez poderiam ter sido influenciados pelo culto ofi.

No século IV, o poeta romano Avieno, na Ora maritima, um documento inspirado por uma viagem marítima, anotou “Oestriminis” (ou o extremo ocidente) povoados pelos Estrímnios, um povo que vive naquela área desde há muito tempo, que tiveram que fugir das suas terras depois de uma “invasão de serpentes” – Excerto de https://www.vortexmag.net/antes-da-lusitania-quando-portugal-se-chamava-ofiussa-e-nele-viviam-os-ofis/

 A GRANDE JORNADA CIVILIZACIONAL DA NOSSA ANCESTRALIDADE PÓS PRÉ-HISTÓRIA - MUITOS MILÉNIOS DEPOIS DOS HOMENS DO PALEOLÍTICO,  TEREM HABITADO AS MARGENS DO DOURO, CÔA E NOUTROS PONTOS DO NOSSO PAÍS
 Outro interessante e aprofundado estudo, que tomámos a liberdade de aqui editar,  revela que "os livros de História, quando mencionam os antepassados dos portugueses, fazem referência sobretudo aos Lusitanos, à presença Romana e aos Mouros. 

No entanto, os povos que deram origem aos portugueses estão longe de ser apenas esses. Ainda antes dos Lusitanos, muitos povos habitaram o território que hoje corresponde a Portugal. Alguns desses povos não deixaram vestígios e tudo o que sabemos sobre eles provem da leitura das crónicas históricas dos gregos e dos romanos. É o caso, por exemplo, dos Estrimníos, dos Sefes ou dos Cempsos, cuja história apenas pode ser conhecida através das crónicas do escritor latino Avieno, no século IV.
Note-se ainda que muitos povos são catalogados como pertencendo a tribos celtas falar de todos eles é uma tarefa complicada. Exemplo disso são os Tamagani, na zona de Chaves ou os Gróvios, na zona do Minho. E há ainda algumas surpresas, como os escravos negros que foram usados para povoar a zona do Sado ou os Franceses que vieram povoar algumas partes do Alentejo no século XII.