Acabo de tomar conhecimento que, duas
pequenas embarcações de pesca de São Tomé e Príncipe, perderam o contacto
com as ilhas, tendo andado à deriva mais de vinte dias. Uma foi à
procura da outra e acabaram ambas perdidas – Felizmente, graças aos esforços da
marinha da Guiné Equatorial, ao louvável gesto de solidariedade das autoridades deste país, foi possível localizar os dois barcos, salvar as respetivas tripulações e chegarem a bom porto – Já se encontram no cais de Malabo - Nestes mares,
cruzam-se e entrecruzam-se várias correntes, sobretudo nas proximidades da Ilha
de Bioko - ex-Fernando Pó: são as que vêm do sul com as que ali vão desembocar
de oeste para leste. Uma canoa sem remos ou uma embarcação desguarnecida dos indispensáveis meios de navegação, fica completamente entregue à sua sorte: à mercê da direção
das tempestades e dos caprichos das correntes. Creio que foram esses os tormentos,
as angústias e incertezas por que terão passado os pescadores nos longos dias e
noites, que protagonizaram as suas vidas nesse atribulado naufrágio.
Refere o site
Téla Nón que após "Mais
de duas semanas a deriva no alto mar, o navio Andreia, e os 5 membros da
tripulação, foram resgatados nas águas territoriais da Guiné Equatorial na
manhã de terça – feira. Segundo a presidência da república, o navio
Andreia que ficou sem veio de transmissão de hélice, foi arrastado para o porto
de Malabo. A mesma cidade onde se encontra o navio Tropical, que também esteve
à deriva durante 19 dias. Segundo a presidência da república, os 18 membros da
tripulação dos dois navios, deverão chegar ao país nos próximos dias. As duas
embarcações deverão ser arrastadas para o Gabão, para efeitos de reparação do
veio de transmissão de hélice. Navio
“Tropical”
já foi resgatado pela marinha da Guiné ... - Téla Nón
Como se não bastassem os tornados e os tubarões, outra das grandes ameaças que abundam nestas águas, é a da pirataria São Tomé pede ajuda contra pirataria e contrabando - Muitas das praias das costas do Golfo, dão abrigo a incursões de piratas que atacam qualquer embarcação que esteja ao seu alcance, saqueando e matando, tornando estes mares um palco de inúmeros perigos. Piratas tomam de assalto petroleiro grego no golfo da Guiné -....As 10 zonas mais afetadas pela pirataria marítima -....Piratas multiplicam ataques no Golfo da Guiné..
Nestes mares são frequentes os tornados arrastarem à sua frente as pequenas canoas – E, naufrágios com embarcações maiores, também ocorrem de vez em quando. Desta vez, não foi o tornado mas problemas mecânicos e falta de equipamento técnico adequado, que permitissem mais facilmente a sua localização – São Tomé e Príncipe continua a debater-se com muitas dificuldades, e a sua precária frota pesqueira, não é exceção – Ao que parece, reduzida às duas embarcações do alto mar que costumam atracar no cais velho na Praça da Independência na capital são-tomense, para abastecer o mercado com o pescado".
Congratulo-me pelos esforços da Guiné
Equatorial. Não sei se outros países do Golfo tomaram idêntica iniciativa.
Poderão não ter tomado. Desconheço. Num mar, onde a pirataria constitui uma
grave ameaça, é de admitir que não ousassem arriscar. Pelo menos, através dos recursos marítimos, mas sempre
o poderiam fazer por meios aéreos
À FALTA DE MELHOR EQUIPAMENTO, O SIMPLES REFLETOR DE RADAR PODE SER UMA AJUDA PRECIOSA – O GOLFO DA GUINÉ É DEMASIADO EXTENSO E PERIGOSO
Refere ainda o Téla Nón que "O Director de Gabinete do Presidente da República, garantiu que através de tais reflectores as duas embarcações seriam facilmente identificadas através do sistema de radares que os Estados Unidos Instalaram no país"
Refletores de radar - A importância de ser visto
Refletores de radar - A importância de ser visto
Sim, é
verdade que uma simples chapa de alumínio pode contribuir para a localização de
qualquer tipo de embarcação - Cascos de madeira ou de fibra de vidro, que não sejam metalizados ou não contenham no seu interior estruturas de metal, escapam facilmente aos sistemas de radar. Não há veleiro algum que não traga essa cruzeta no
topo do mastro. E também é útil para as canoas. Era isso que deviam
levar as pirogas para colocarem no mastro, se acaso fossem arrastadas pelo
tornado - Foi disso que eu me muni, quando parti para a minha última aventura
de canoa - Infelizmente, devido à violência do primeiro tornado, a norte de Ano
Bom, que me fez perder os remos e a maior parte do equipamento, alimentos
e água, acabei por não dispor desse precioso objecto. Tem duas importantes
utilidades: para se evitar o abalroamento e para a embarcação ser mais
facilmente localizada através do radar. O eco produzido por essas chapas, é o
bastante para alertar o navio de que há algo a navegar ou à deriva à sua frente, a bombordo ou estibordo.
Outra informação Navio “Tropical” já foi resgatado pela marinha da Guiné ... - T
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