Discoteca B.Leza foi pequena demais para tanto entusiasmo e tanta gente assistir ao caloroso espetáculo do histórico Conjunto África Negra e de alguns dos seus ídolos mais antigos. como seja o lendário General João Seria –
Espantosa exibição que entusiasmou e levou ao rubro, quer os santomenses da diáspora e outros africanos dos PALOP, quer os Portugueses e de outras nacionalidades, que não quiseram perder tão rara como extraordinária oportunidade! - E, antes mesmo de ser espetáculo, já o era na espetativa que se gerava à porta da conhecida casa de diversão lisboeta - Foi o caso do dijei Marlon, nascido em Portugal mas com ascendência naquelas maravilhosas Ilhas - cujas palavras de satisfação registamos em vídeo.
São Tomé e Príncipe, é um País pequeno, onde as notícias circulam céleres - Pois, a democracia, tem destas vantagens - A liberdade de expressão.
Todavia, neste momento, além das boas noticias, de que neste site temos o prazer de lhe comunicar, que é o êxito alcançado pela digressão do conjunto África Negra, em Portugal – após o que rumará ainda para Alemanha- , para nossa tristeza, acabámos também de conhecer más noticias que nos dão conta de que os seis pescadores, que desapareceram a Norte de S. Tomé, oriundos da cidade das Neves, no passado sábado, ainda continuam por localizar – Uma vez que “o Estado são-tomense tem limitações para lançar uma operação de busca e salvamento, dado terem partido para o mar sem equipamento de navegação, nomeadamente o refletor de radar-Mais pormenores em Pescadores desaparecidos deixaram equipamentos d
Filipe Lima – Satisfeito com o
êxito do conjunto África Negra - A primeira vez que veio a Portugal, porém, nos anos 80, já o África Negra, aqui viera apresentar a sua música - Lamenta, contudo, o fraco investimento do Estado Santomense na recuperação de antigas bandas de música típica, que foram muito acarinhadas e aplaudidas pelo Povo e que exerceram grande influência nas raízes de África Negra.
- "Uma coisa de outro mundo" é assim como, Filipe Lima, classifica a sua atuação em Sines
O Diretor artístico do África Negra faz um balanço positivo da digressão em Portugal- Entrevistado, por Odisseias nos Mares, momentos antes de entrar com os restantes elementos do grupo para um ensaio, num estúdio situado na Calçada Poço dos Mouros em Lisboa, mostrou-se muito satisfeito pelo êxito alcançado, em Sines, ao tocar para uma plateia de mais de oitenta mil pessoas, no âmbito do Festival Músicas do Mundo – Esta noite, pelas 22 horas, o conjunto África Negra, vai apresentar-se na discoteca, no B.Leza, Cais do Sodré, Lisboa, após o que viajará para Alemanha - Espetáculo que será o corolário da sua digressão europeia, no termo do qual regressará a São Tomé
ÀFRICA NEGRA – NA MEMÓRIA
DAS ANTIGAS E NOVAS GERAÇÕES DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - E TAMBÉM DE TODOS QUANTOS AMARAM ESTAS MARAVILHOSAS
ILHAS – Por ali passaram ou viveram
Já há muito que não assistía a uma experiência musical, tão calorosa e comovente, como aquela que
pude viver no B.Leleza, pelo conjunto África Negra – A fazer lembrar-me os
velhos tempos dos “fundões”, espaços musicais, populares, cercados por folhas
de palmeiras.
A bem dizer desde que deixara aquelas lindas ilhas, quando me aventurei a atravessar o Atlântico numa frágil canoa, a qual, pelas razões já expostas neste site, acabaria por me levar a viver uma longa experiência de náufrago – Mas, finalmente, conquanto já tivesse tido oportunidade de assistir à exibição de músicos da diáspora santomense, em Portugal, sem dúvida, que a atuação dos África Negra, é incomparável na sua matriz - Ressoa a sons e a sabores genuínos das maravilhosas Ilhas Verdes do Equador.
A bem dizer desde que deixara aquelas lindas ilhas, quando me aventurei a atravessar o Atlântico numa frágil canoa, a qual, pelas razões já expostas neste site, acabaria por me levar a viver uma longa experiência de náufrago – Mas, finalmente, conquanto já tivesse tido oportunidade de assistir à exibição de músicos da diáspora santomense, em Portugal, sem dúvida, que a atuação dos África Negra, é incomparável na sua matriz - Ressoa a sons e a sabores genuínos das maravilhosas Ilhas Verdes do Equador.
Desde o balcão no hall
da entrada, até ao espaço frente ao
palco, tudo à pinha.
Fácil era descobrir os santomenses – Sobretudo para quem viveu nas suas ilhas – tal é o meu caso – e foram 12 anos: uns mais formais, alguns até de casaco, outros em mangas de camisa, mais desportivos. O mesmo se passando com as mulheres, nunca descorando o vestir a conjugar com a sua natural beleza – A noite era de Verão e com sabor equatorial. Mas todos, todos, vivendo, a seu modo, o caloroso e brilhante espetáculo dos África Negra: desde os que a comoção fazia interiorizar mais de que expandir, fazendo os seus registos fotográficos, desde o simples telemóvel à tabletes, até aos que não resistiam a gingar o corpo, a uns passos de dança, mesmo perante tantos apertos, a esbracejar de alegria, a aplaudir a cada som ou letra mais vibrante. Nomeadamente naqueles mais vibrantes momentos do inigualável João Seria.
Um autêntico general da música santomense. Vê-se que o homem tem cabelo brancos mas a genica e energia que manifesta no palco, o seu timbre de voz - num genial talento de vocalista e de comunicador com o público - não dá a menor pista para se lhe decifrar a idade.
É um dos tais generais que parece não conhecer período de reforma ou tempo de pausa para depor as sua artilharia musical. - tanto mais que até trouxe alguns CDs para, a dada altura, os puxar pelos bolsos das calças e os distribuir ao acaso pelos muitos braços que se erguiam à frente do palco. Penso que, a sua atuação, foi expontânea, que não fazia parte do reportório do programa. Foi pelo menos a ilação que pude extrair quando, o repórter de televisão de S. Tomé, Alcibiades Pequeno, subiu ao palco para anunciar a grande surpresa da noite.
- Uma saudação muito especial de parabéns à empresa produtora de Afonso Pereira Simões, que tomou a si a iniciativa e a responsabilidade de trazer a Portugal, o popular conjunto África Negra, e de proporcionar o melhor apoio.
Fácil era descobrir os santomenses – Sobretudo para quem viveu nas suas ilhas – tal é o meu caso – e foram 12 anos: uns mais formais, alguns até de casaco, outros em mangas de camisa, mais desportivos. O mesmo se passando com as mulheres, nunca descorando o vestir a conjugar com a sua natural beleza – A noite era de Verão e com sabor equatorial. Mas todos, todos, vivendo, a seu modo, o caloroso e brilhante espetáculo dos África Negra: desde os que a comoção fazia interiorizar mais de que expandir, fazendo os seus registos fotográficos, desde o simples telemóvel à tabletes, até aos que não resistiam a gingar o corpo, a uns passos de dança, mesmo perante tantos apertos, a esbracejar de alegria, a aplaudir a cada som ou letra mais vibrante. Nomeadamente naqueles mais vibrantes momentos do inigualável João Seria.
Um autêntico general da música santomense. Vê-se que o homem tem cabelo brancos mas a genica e energia que manifesta no palco, o seu timbre de voz - num genial talento de vocalista e de comunicador com o público - não dá a menor pista para se lhe decifrar a idade.
É um dos tais generais que parece não conhecer período de reforma ou tempo de pausa para depor as sua artilharia musical. - tanto mais que até trouxe alguns CDs para, a dada altura, os puxar pelos bolsos das calças e os distribuir ao acaso pelos muitos braços que se erguiam à frente do palco. Penso que, a sua atuação, foi expontânea, que não fazia parte do reportório do programa. Foi pelo menos a ilação que pude extrair quando, o repórter de televisão de S. Tomé, Alcibiades Pequeno, subiu ao palco para anunciar a grande surpresa da noite.
- Uma saudação muito especial de parabéns à empresa produtora de Afonso Pereira Simões, que tomou a si a iniciativa e a responsabilidade de trazer a Portugal, o popular conjunto África Negra, e de proporcionar o melhor apoio.
A MÍTICA
LENDA QUE SE MANTÉM VIVA E BEM ACEZA
Tomo a liberdade de aqui
transcrever, o excerto de um excelente texto, que, uns dias antes, foi publicado,
no site Lisboa Africana, acerca dos África
Negra, depois da sua passagem por Sines, anunciando a sua exibição em B. Leza.
(…)”O início da lenda do
‘Conjunto África Negra’ remonta a 1974, quando a formação original da banda mais
amada e conhecida além-fronteiras de São Tomé e Príncipe começa a tocar ao vivo
no circuito dos ‘fundões’ da capital São Tomé, bailes ao ar livre que juntavam
as diferentes comunidades locais: os mestiços, descendentes de colonialistas
portugueses e escravos africanos, os Angolares, descendentes de escravos
angolanos naufragados que se fixaram em comunidades piscatórias na zonal sul, e
os descendentes de trabalhadores contratados Cabo-verdianos e Moçambicanos que
tinham vindo trabalhar para as plantações de café e cacau da ilha.
Ao longo da década de 70, o núcleo criativo da
banda constituído por Emídio Vaz, guitarra solo, Leonildo Barros, guitarra
ritmo, e João Seria, vocalista, motivaram-se a maturar o seu inimitável estilo
de São Tomé Rumba, música de uma languidez paradisíaca devedora do vizinho
Soukous, com suaves traços redentores de Highlife, acabando por se tornar num
contributo fundamental para a construção cultural da identidade da então jovem
nação independente.
A década de 80 revelou-se a época de expansão do
Conjunto África Negra. O grupo tocava regularmente por todo o país natal, fazia
visitas regulares a Portugal, Angola e Cabo Verde. Estes anos dourados dos
África Negra chegaram a um fim quando a banda terminou uma digressão das ilhas
de Cabo Verde em 1990. A tour teve tamanho êxito que desmembrou a banda. Quando
foi altura de regressar a São Tomé, o vocalista João Seria e o baixista Pacheco
decidiram ficar em Praia, tal era a adoração de que gozavam.
Com uma relativa intermitência na sua actividade ao longo dos últimos 20 anos, os África Negra editaram por meios próprios em 2008 um CD com novas canções originais chamado ‘Cua na Sun Pô Na Buà Fa’ – algo como ‘Mesmo que aches que não vale a pena’ – e mantêm uma regularidade tranquila de actuações em São Tomé, usando o mesmo material antigo que, por qualquer força divina, ainda funciona, como os amplificadores e os processadores de efeitos de guitarra usados originalmente nas gravações dos anos oitenta e que constituem parte do segredo da magia do som e das músicas da banda. Muitas das suas antigas gravações continuam a ser clássicos habitualmente rodados na rádio São Tomense e na Internet.
Actualmente os África Negra são seis pessoas
(voz, duas guitarras, bateria, baixo e percussão), sendo que dois dos membros
fazem parte da formação original, o vocalista João Seria (o “General”) e o
guitarrista Leonildo Barros, e será este grupo que se apresentará em Portugal,
pela primeira vez desde a última visita perdida algures na memória dos anos 80.
Oportunidade para o país se reencontrar com este mito vivo da música e cultura
de S. Tomé e Príncipe”.África Negra ao vivo
no B.Leza - Lisboa Africana
GRANDES EMBAIXADORES DA MÚSICA
SANTOMENSE - Ao centro, Afonso Pereira Simões, o responsável pela sua vinda a Portugal e Alemanha, exibindo o mascote do grupo.
Conjunto África Negra é referido
como "o grande embaixador da música de São Tomé depois da independência. Nasceu
em 1974, a tocar nos “fundões”, bailes ao ar livre onde se juntavam as
diferentes comunidades de pescadores e trabalhadores das plantações de café e
cacau da ilha. Ao longo dos anos, com apogeu na década de 80, maturou um estilo
de rumba específico são-tomense, influenciado pelo soukous e pelo highlife.
Regressam agora a Portugal, depois de mais de duas décadas de ausência e
atividade intermitente. Do sexteto que veremos em Sines, dois membros
integraram a formação original, o vocalista João Seria e o guitarrista Leonildo
Barros. - Extraido de África Negra (S. Tomé e Príncipe) — FMM Sines -
Festival
CLASSIFICADO TAMBÉM COMO “UMA LENDA CULTURAL DE TODOS OS TEMPOS”
(…) “Os sons das guitarras são melancólicos e
capazes de acalentar a alma dos mais desesperados. Aliás, conseguir bilhetes ou
tirar um pé de dança nos fundões (terraços) onde atuavam os “África Negra” eram
tarefas difíceis devido a moldura humana que perseguiam a banda.
(…) A emigração, nos finais da década de 80, servira como mote
do declínio desta banda que representa hoje, património músico e cultural de
São Tomé e Príncipe.
Atualmente, os únicos vestígios da
banda são os seus músicos que a emigração deixou em lugares diferentes. O
grande solista Imidio Vaz que, para muitos, foi um dos melhores de África dos
anos 80, encontra-se em São Tomé e faz de moto-táxi como o seu modo de
sobrevivência, o baixista Pacheco reside nas terras de morabeza, Cabo Verde, e
os outros elementos encontram-se espalhados pelo mundo em busca de melhores
dias - Extraído de .
África Negra” a
lenda cultural de todos os tempos
PÚBLICO - "Durante
seis anos, os África Negra foram das maiores estrelas da música nascida nos
países de expressão portuguesa. Em 1987 desmembraram-se e desde então actuam
irregularmente. Mas quarta-feira em Sines e dia 31 no B. Leza, a super-banda
regressa.O regresso dos astros de São Tomé
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