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sábado, 17 de maio de 2025

Lisboa - legislativas 2025 e a tradicional arruada do Chiado pelo PS e AD e sem o líder do Chega - Imagens do desfile de Pedro Nuno Santos - Um dos sucessores de Mário Soares - O português que lutou pela liberdade Democrática e contra a ditadura Salazarista Marcelista e o forçaram a exiliar-se em S. Tomé


Jorge Trabulo Marques - Pseudónimo do jornalista, foto-jornalista, escritor, investigador, alpinista e navegador solitário - Jorge Luis Marques - Há outro vídeo ainda por editar 

Em Lisboa, a campanha eleitoral para as legislativas 2025, terminou, neste último sábado,  com a tradicional descida do Chiado pelo PS e AD e sem o líder do Chega, - Aqui lhe mostramos, um breve registo da reportagem, em vídeo, do desfile do líder do PS, Pedro Nuno Santos, que contou com numerosa e entusiástica participação popular,  desde a Rua Nova de Almada, após um jantar com militantes e simpatizantes, tendo depois descido pela Rua Garret, com passagem pelo Rossio  e pela Rua Augusta,  até quase às proximidade do Arco da Praça do Comércio 





Jornalistas sempre na linha da frente, perseguidos e torturados por resistência à ditadura e darem voz à informação. Eu fui um deles -Por isso, não esqueço o partido e seus fundadores, que mais lutaram pela liberdade e justiça social e continua a ser alvo da justiça fascista, persecutória e sectária. Cujos dirigentes políticos, sofreram antes e depois do 25 de Abril -

Em S. Tomé, só não me lincharam, talvez por milagre, tendo sido forçado abandonar a Ilha de canoa - Mas não foi da população nativa que partiram as agressões e ameaças. Aliás, foi no seio desta que eu fui protegido



Durante quase cinco anos, foram centenas as páginas que publiquei na revista angolana . Semana Ilustrada, como correspondente em STP - De entre tantos e variadíssimos trabalhos jornalísticos, entrevistei sobreviventes dos massacres do Batepá, divulguei as primeiras imagens das manifestações pró-independência,   publiquei fotografias que me valeram  - por duas vezes - todos os  pneus do meu carro furados à navalhada, uma forca pendurada à porta de casa, do meu modesto quarto  alugado, além de um brutal espancamento que me obrigaria a ter que precipitar a minha projetada travessia de  canoa de  Tomé à Nigéria. depois de ter ido de canoa ao Príncipe e preso pela PIDE-DGS para demonstrar que as ilhas podiam ter sido originalmente povoados por povos da costa africana - E por meios primitivos, tal como sucedeu nas ilhas do Pacifico.


Nesse mesmo ano da revolução, haveria de perder definitivamente esse posto de trabalho, quando comecei a dar voz às manifestações de Independência, alguns  colonos moveram-me feroz perseguição - Que já vieram gabar-se no Facebook

Antiga  espada e punhal - Descoberta  mostrada ao Presidente
O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE TRABALHO, PRESSIONOU O GOVERNADOR A EXPULSAR-ME DE S. TOMÉ  - Colocou o lugar à disposição: ou era eu expulso ou ele se demitia   - Pude consultar todo o processo, em Março de 2016, no arquivo histórico do Palácio da Presidência, quando o ex-Presidente Manuel Pinto da Costa, me  concedeu a gentileza de me instalar numa das residências para continuar a minha investigação sobre vestígios na costa nordeste do povoamento antes e à chegada dos Portugueses. tendo ali encontrado uma espada, um punhal e pedras gravadas. descobertas comunicadas ao Ministério da Cultura. Santomense, com parte do espólio, depois de terem sido mostradas ao então Presidente da República, Manuel Pinto da Costa .
Incumbe-se Sua Excelência o Encarregado do Governo de solicitar, nos termos do art, 414,  do E.F.U., a transcrição seguinte comunicado na Revista da mui digna direcção de V. Exa, como mesmo destaque e na mesma página em que  a noticia foi publicada;

Sob o título: “Nós e o Presidente do Instituto de trabalho” , e assinado por Jorge Trabulo Marques, publica o número 366 da revista “SEMANA ILUSTRADA”, um artigo me que se produzem várias afirmações que põem em causa a actuação do actual Presidente do Instituto do Trabalho e Acção Social desta província

Por duas vezes todos os pneus à navalhada
Foi em S. Tomé e Príncipe, que me iniciei no Emissor Regional  da EN - Já lá vão 50 anos, como operador de rádio  - Mas, em Janeiro de 1974 , por via de um artigo que publiquei na Revista Semana Ilustrada, de Luanda, de que era correspondente, criticando o Diretor de Turismo, o seu amigo, Eng. Freire, responsável técnico da estação, chamou-me ao seu gabinete e disse-me que eu já não ia ser admitido no quadro e que não me punha na rua porque precisava de mim, tendo forçado o Intendente Carlos Dias a enviar um telegrama , para a EN, para não se admitido no quadro, pelo que tive de continuar na situação de funcionário eventual 

Nesse mesmo ano, haveria de perder definitivamente esse posto de trabalho, quando comecei a dar voz às manifestações de Independência; os colonos moveram-me feroz perseguição, tendo sido obrigado a escarpar.me numa canoa em direção à Nigéria, depois de me terem espancado e posto uma forca pendurada à minha porta - Tive que antecipar essa travessia, que me levou 13 dias, visto eu há muito pretender fazer essa aventura, depois da travessia que fiz ao Príncipe, para demonstrar a possibilidade de antigos povos africanos terem feito essas ligações, continente e ilhas, tal como sucedeu em várias ilhas do Pacífico - Jorge Trabulo Marques é pseudónimo de Jorge Luís Marques


JORNALISTA E  COLABORADOR DO EMISSOR REGIONAL DE STP - Em Janeiro de 1974, pouco antes do 25 de Abril,  fui banido da admissão, por ter levantado a questão da problemática do turismo, na revista Semana Ilustrada -


Um telegrama, enviado para a Emissora Nacional, pelo Intendente do Emissor Regional de São Tomé e Príncipe, Sr. Carlos Dias, pressionado pelo Diretor dos Serviços Técnicos, inviabilizara a minha admissão no quadro:

Instaurou-me um processo disciplinar, devido a um artigo publicado naquela revista – Por ter falado na problemática do Turismo, em S. Tomé  – O Diretor deste serviços, não gostou e lá tive que levar com a ripada: 

Este, como era amigo do Eng. Américo  Freire - um fascista que havia sido enviado pela Emissora Nacional, para reestruturar  os serviços técnicos do Emissor Regional,  instalar uns potentes emissores de Onda Média, para fazer de S. Tomé, um centro de propaganda colonial para a região dos países do Golfo da Guiné e África Central - , obrigou o Intendente Carlos Dias, a enviar um telegrama para Lisboa,  a  anular a minha admissão, que havia sido proposto por ele mesmo à EN. – Ainda teve a lata de me chamar o seu gabinete e  de me confessar: “você disse mal do meu grande amigo, vai-se lixar!... E não o ponho no olho da rua, porque precisamos de você!”

RECEANDO  QUE  PUDESSE SER ADMITIDO - A INFORMAÇÃO TEVE MESMO DE SER ENVIADA  DE URGÊNCIA VIA TELEGRAMA - Este o teor:

"REPARTICAO DOS SERVIÇOS GERAIS DA EMISSORA NACIONAL LISBOA

VIRTUDE DE SUMÁRIO INQUÉRITO SOBRE PROCEDIMENTO OPERADOR JORGE LUIS MARQUES. REFERIDO NSI 1929 12 CORRENTE FECAEEE PELO VEXA NÃO CONSIDERAR AQUELE OPERADOR PARA INCLUSAO ARTIGO  19/0

 CUMPRIMENTOS
CARLOS DIAS ER STP"

PRESIDENTE DO INSTITUTO DE TRABALHO, PRESSIONOU O GOVERNADOR A EXPULSAR-ME DE S. TOMÉ  - COLOCOU  O LUGAR A DISPOSIÇÃO: OU EU ERA EXPULSO OU ELE SE DEMITIA  MAS A REVOLUÇÃO DE ABRIL ESTAVA NA RUA E TROCOU-LHE AS VOLTAS

Naquele mesmo ano, quatro meses depois, surgia o 25 de Abril: passei a poder escrever o que antes me estava vedado,  porém,   só Deus sabe as represálias de que fui alvo: desde pressões para ser expulso de S. Tomé, a bárbaras agressões:  
 A revolução apanhou de surpresa, a generalidade dos colonos. A liberdade de expressão, ainda não era   bem aceite: a  mentalidade colonial,  reinante, não ia mudar de um dia para o outro.  Por isso, caso não viesse  a contar  com a compreensão  e o apoio do então Alto-Comissário, Pires Veloso, estou certo que tinha sido demitido da rádio e expulso para Portugal, tal como foram alguns revolucionários do MLSTP.

A primeira grande pressão partiu do Presidente do Instituto de Trabalho, Previdência e Acção Social, que, em vez de defender os trabalhadores, esteve sempre ao lado dos grandes roceiros e dos patrões mais abusadores – 

Chamavam-lhe o cavalo branco, pela sua cabeleira  grisalha e postura autoritária. 

Era uma figura mal vista, sinistra, que passava os fins-de-semana nos banquetes dos roceiros .  Quando tive oportunidade de  criticar a sua atuação, colocou imediatamente o lugar à disposição: ou eu era expulso ou ele se demitia

Dei-me  conta de tal atitude através do Emissor Regional.de S. Tomé e Príncipe, que  difundiu um oficio  emanado da Repartição de Gabinete, dizendo que  uma noticia publicada em Semana Ilustrada, na edição Nª 362, levou o Presidente do Instituto de Trabalho, Previdência e Acção Social, a pôr à disposição do Governo o seu lugar naquele organismo público, o que não foi aceite, segundo o mesmo comunicado, por continuar a merecer a confiança do Governo".

A minha sorte foi que,   nessa altura, o governador Cecílio Gonçalves (aliás, uma excelente pessoa) já quase não mandava, visto não se adaptar ao desenrolar dos acontecimentos, tanto em S. Tomé, pelas manifestações da população, que exigia a independência, como em Lisboa,  acabando por  abandonar  a colónia - E,  quem o veio a substituir, não quis embarcar nas pressões pró-coloniais dos roceiros e de Spínola, optando por criar condições para que o processo da descolonização, decorresse, pacificamente  sem derrame de sangue.  

“NÓS E O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE TRABALHO

Eis outro excerto da cópia do ofício que foi enviado para a Semana Ilustrada
Da Repartição de Gabinete do Governo de São Tomé e Príncipe, recebemos o seguinte oficio: 


Incumbe-se Sua Excelência o Encarregado do Governo de solicitar, nos termos do art, 414,  do E.F.U., a transcrição seguinte comunicado na Revista da mui digna direcção de V. Exa, como mesmo destaque e na mesma página em que  a noticia foi publicada;

Sob o título: “Nós e o Presidente do Instituto de trabalho” , e assinado por Jorge Trabulo Marques, publica o número 366 da revista “SEMANA ILUSTRADA”, um artigo me que se produzem várias afirmações que põem em causa a actuação do actual Presidente do Instituto do Trabalho e Acção Social desta província

 NÃO CEDI ÀS AFRONTOSAS AMEAÇAS E  CHANTAGEM

Apesar das  prepotentes ameaças, nunca  me deixei atemorizar  – E voltei à carga:  Eis  a passagem da minha resposta:  (…) "Pelo que nos parece, o Presidente do Instituto de Trabalho, Previdência e Acção Social, não se tem conformado com verdades que lhe apontamos ( e verdades quem gosta que lhas digam?) facto que até o levou a colocar o seu lugar a disposição do Governo(atitude esta que nos deixa um bocado confusos}  vamos pois dar-lhe conhecimento de mais qualquer coisa. Até para  defesa do seu prestígio pessoal, que mais não seja.


Não sei se V. Exa já tinha dado conta que não goza de  muitas simpatias em S. Tomé. (no  Príncipe, não sei o que lá vai). E parece-me que afinal não só das classes trabalhadores com até de certas entidades patronais, para as quais, V. Exa, não vem tomando idêntico critério que usa para com outras. 


Por· outro lado, o seu pessoal, os funcionários que estão sob as suas ordens, igualmente, grande número deles não gostam de V.Exa. Nem confiam em V. Exa. Disseram-nos que tem sido muito injusto para com eles. Que não se tem interessado nem utilizado o mesmo critério para todos no que respeita a promoções, e, consequentemente, compensação  dos seus serviços. Se V.Exa.  não sabia disso então fica desde já sabendo. Mas é muito natural que, quando o senhor ler estas linhas, parte dos seus subordinados, já se tenha manifestado e feito compreender perante a sua pessoa: pois já nos disseram que iam marcar uma reunião com V.Exa.

No que respeita à calasse dos trabalhadores,  vários têm sido os trabalhadores  que se nos têm vindo a lamentar da sua pessoa. Não pretendemos apontar ninguém, até porque não é essa nossa função. Ainda, há dias, por exemplo,  um trabalhador de uma roça veio ter connosco dizendo que tinha sido despedido sem justa causa da propriedade onde  trabalhava. Ainda por cima lhe passaram uma guia (cuja fotocópia temos connosco ) para efeitos. de apresentação às entidades  oficiais, em que se referia que o dito trabalhador  se havia despedido, mas tinha sido precisamente o contrário, segundo ele próprio nos declarou.” – Excerto


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