É louvável a mensagem do chefe supremo da Nação
Santomense, do apelo ao entendimento dos partidos. A democracia não se constrói
nem com ditaduras nem com maiorias absolutas. Por isso, a paz social e o
progresso de um país, não se edifica, com raízes sólidas, não avança com prosperidade
e firmeza, com benefícios para a maioria da população, se cada partido olhar
mais para o seu umbigo, para os seus interesses étnicos ou clientelares de que a
pensar no bem-estar coletivo do seu Povo. Sim, é uma falácia dizer-se que os governos de
maiorias são económica e socialmente mais eficazes. Aponte-se um exemplo governativo exemplar.
Obviamente que também não é possível governar
quando os partidos passam a maioria do tempo em questiúnculas, a brigar e a puxar cada um para seu
lado.
No fundo, é o que tem acontecido em São Tomé e Príncipe, com eleições atrás de eleições, 40 anos após a independência - São das ilhas talvez mais pacificas da terra .Os casos de criminalidade ainda são uma exceção e não uma normalidade. E dir-se-á, ainda, que o nível mental e intelectual da sociedade santomense – mesmo a iletrada – é também dos mais elevados de África – Assim o traduz a riqueza dos seus poetas e escritores.
No fundo, é o que tem acontecido em São Tomé e Príncipe, com eleições atrás de eleições, 40 anos após a independência - São das ilhas talvez mais pacificas da terra .Os casos de criminalidade ainda são uma exceção e não uma normalidade. E dir-se-á, ainda, que o nível mental e intelectual da sociedade santomense – mesmo a iletrada – é também dos mais elevados de África – Assim o traduz a riqueza dos seus poetas e escritores.
Diz
o Presidente Manuel Pinto da Costa, que “sem o entendimento, sem a unidade
entre as diversas forças políticas e não políticas da sociedade são-tomense,
tudo o que desejarmos fazer não passará de ilusões.
Por ocasião do dia internacional dos trabalhadores
celebrado na última sexta – feira, o Presidente da República Manuel Pinto da
Costa, desejou força e determinação a todos os trabalhadores são-tomenses. O
Chefe de Estado disse que acredita no futuro do país, mas apenas se os
são-tomenses se unirem e removerem os conflitos crónicos que dividem o país
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – ILHAS COM FUTURO MAS É
PRECISO QUE NÃO E ESBANJAM OPORTUNIDADES.
Os recursos económicos destas ilhas são muitos.
Desde a fertilidade do seu solo às riquezas marítimas envolventes – O turismo
tem sido o sector onde tem havido melhores resultados. No campo agrícola, pelos
vistos, ainda há muito a desbravar . Não é possível haver desenvolvimento em explorações
de roças onde o trabalhador aufere a miserável
esmola de 500 mil dobras mensais, ou sejam, 25, 30 ou 40 euros. Por isso, não bastam apenas bonitas palavras, há necessidade de se passar das boas intenções aos atos. E estes passam por uma mais justa e equilibrada forma de distribuir a riqueza – ou de, pelo menos – não a tornar tão gritantemente desigual.
esmola de 500 mil dobras mensais, ou sejam, 25, 30 ou 40 euros. Por isso, não bastam apenas bonitas palavras, há necessidade de se passar das boas intenções aos atos. E estes passam por uma mais justa e equilibrada forma de distribuir a riqueza – ou de, pelo menos – não a tornar tão gritantemente desigual.
INTERESSANTE ESTA ANÁLISE
(...) "Se o petróleo representa uma esperança legitima de
desenvolvimento para os microestados insulares, as estratégias clássicas de
desenvolvimento utilizadas em outros países comparáveis não foram colocadas em
ação em São Tomé e Príncipe afim de libertar esse país de sua depressão
econômica crônica. Estas estratégias são nomeadamente união econômica e
monetária, união aduaneira, união diplomática. A união econômica, monetária e
aduaneira, é a formula que foi adotada pelos países CEMAC (Comunidade Econômica
e Monetária da África Central) da qual São Tomé e Príncipe não é membro. A
Guiné Equatorial aproveitou melhor esta oportunidade quando ela adotou o Franco
CFA (A moeda dos países da CEMAC) embora jamais tenha sido parte do antigo
império colonial francês que havia implantado essa moeda, de paridade fixa com
o euro desde 1999. Pode São Tomé e Príncipe, com aproximadamente 190 000
habitantes, se permitir dispor de uma moeda nacional, a dobra, corroída por uma
inflação recorrente e sem taxa de câmbio sólida (1 € = 25.000 Db) ? A
união diplomática consiste em confiar as funções de representação diplomática e
consulares nos países estrangeiros a um Estado vizinho maior e melhor equipado
no quesito. Foi a escolha feita por Liechtenstein com a Suíça desde 1922. Pode
um país tão pequeno e tão pobre quanto São Tomé e Príncipe administrar
eficazmente uma rede diplomática e consular em algumas capitais estrangeiras
tendo em vista os custos proibitivos de gestão?
(…) São Tomé e Príncipe constituem uma exceção e
uma originalidade em relação ao resto do mundo africano: ele é o único Estado crioulo da África.
Neste sentido, este país está muito mais próximo de Estados como Seicheles,
Reunião, Mauricio e todas as ilhas do Caribe que, como ele, foram ilhas de açúcar caracterizadas por
uma economia colonial de plantação. Outra comparação útil: em São Tomé e
Príncipe os Crioulos, denominados localmente como Forros, constituem a classe social e politica
dominante, exatamente como em Seychelles ou no Haiti. De fato, seguindo o
exemplo do Haiti e de Seychelles, a minoria forro
detém as rédeas da política e goza do monopólio do poder desde a independência
em 1975. Ela é completamente indisposta a compartilhar o controle com as outras
categorias sócio-étnicas do arquipélago, a saber os Angolares, os Tongas e
os Serviçais. A origem desta situação
bastante contrastada tem uma explicação histórica. A partir do século XV, os Forros tornaram-se negociantes e
mercadores de escravo sobre a costa africana. Este comércio teve sua
prosperidade, uma vez que São Tomé e Príncipe servia de centro de trânsito de
escravos para o Brasil. Este contexto desapareceu por volta de 1850 quando o
Brasil pôs fim às importações de escravo ao seu território. Devido a isto, o
capital acumulado pelo trafico negreiro forro foi
investido nas novas plantações de café e de cacau. Por causa da criolidade
consubstancial em São Tomé e Príncipe o país ignora certa características de
pais africano do continente. – Excerto de São Tomé e Principe, as ilhas do - Confins
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