Olinda Beja é, sem dúvida alguma, uma das mais espantosas musas
do firmamento poético de São Tomé e Príncipe, nascida lá nas bandas do meio do
mundo, onde se avista o cruzeiro do Sul – Toda a sua poesia é como que a expressão genuína das raízes da maravilhosa e luxuriante
Ilha que a viu nascer. Do mar, da terra e dos seus frutos e flores - sabores e perfumes. Ela é tudo isso! A expressão poética das Ilhas e das suas gentes. Com
a genial e rara inspiração de dizer os seus poemas, com a mesma musicalidade
calorosa da voz do seu povo e, simultaneamente, nos revelar a beleza envolvente de um verdadeiro paraíso
terreal - Naturalmente, com os seus espantos, cores, alegrias, ansiedades e sofrimentos – E, estes, muitos foram ao
longo de séculos. Por isso mesmo, é das raras poetas que tem o condão de dizer
o que escreve, tal como o sentiu no instante da sua criação: não só recita,
declama mas canta! – Não sei se haverá, entre os poetas da língua portuguesa,
pessoa capaz de nos proporcionar momentos de tão rara e intensa beleza poética e deslumbrante sensibilidade
interpretativa, como são os oferecidos por Olinda Beja.
É o que se pode dizer um espetáculo musical e poético, ao vivo, que não cansa, não enfada, contrariamente a muitas destas sessões. Pois é das tais récitas poéticas, que prende e emudece de encanto a assistência, arrebata e faz levantar em apoteóticos aplausos, quem a ouve. – Sim, porque, a par dos seus extraordinários dotes poéticos e artísticos, também costuma fazer-se acompanhar de um outro talento musical – De Filipe Santo, que, dedilhando, artisticamente, os melhores sons do africanismo são-tomense, lhe empresta ainda mais redobrado sentimento e fulgor. – Foi justamente esse fino repasto musical e poético que mais uma vez pudemos presenciar e do qual tenho o prazer de aqui editar algumas imagens, palavras e vídeos
É o que se pode dizer um espetáculo musical e poético, ao vivo, que não cansa, não enfada, contrariamente a muitas destas sessões. Pois é das tais récitas poéticas, que prende e emudece de encanto a assistência, arrebata e faz levantar em apoteóticos aplausos, quem a ouve. – Sim, porque, a par dos seus extraordinários dotes poéticos e artísticos, também costuma fazer-se acompanhar de um outro talento musical – De Filipe Santo, que, dedilhando, artisticamente, os melhores sons do africanismo são-tomense, lhe empresta ainda mais redobrado sentimento e fulgor. – Foi justamente esse fino repasto musical e poético que mais uma vez pudemos presenciar e do qual tenho o prazer de aqui editar algumas imagens, palavras e vídeos
OLINDA
BEJA – CONVIDADA ESPECIAL NA CELEBRAÇÃO DOS 8 SÉCULOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
De facto, se maravilhosos são os seus poemas lidos, então
maior o encanto ainda quando nos brinda com o canto da sua poesia, acompanhada à viola por Filinto Santo, que foi justamente o que proporcionou a toda a
assistência que enchia a
sala-auditório da Casa Fernando Pessoa, numa iniciativa promovida
pela Associação 8 Séculos de Língua Portuguesa-Associação” – Desta vez,
numa sessão especialmente dedicada à poesia de São Tomé e
Príncipe
A
referida tertúlia, que se se insere no
ciclo intitulado «Poetas de Mar e Mundo», tem por objetivo promover e divulgar a poesia
dos países de língua oficial portuguesa, dando a conhecer, através de alguns
dos seus poetas, as diversas culturas, aproximando os povos que usufruem de uma
riqueza cultural em comum – a Língua Portuguesa.
O
mar - tema escolhido por Olinda Beja – Marcante na sua poesia e na
insularidade de São Tomé e Príncipe, bem como pelo facto de o “Mar” estar presente
na poesia pessoana, associando-se, deste modo, aos 80 anos sobre o falecimento
de Fernando Pessoa e dos 100 anos do heterónimo de Alberto Caeiro.
OPORTUNIDADE
PARA RECORDAR POETAS E ESCRITORES PORTUGUESES
Olinda Beja, não apenas declamou e cantou poemas de sua autoria, como aproveitou para recordar alguns nomes da literatura santomense, tanto poetas (que declamou) como dos escritores mais distintos
Estas
comemorações, tiveram inicio
no dia 5 de maio de 1914, estando o encerramento previsto para o dia 10 de Junho próximo, numa
homenagem a Camões e à literatura em língua portuguesa
Além de contarem com a participação de convidados especiais, assumem carácter de tertúlia, visto serem abertas ao público presente, que foi o que também sucedeu nesta sessão, com a intervenção de algumas pessoas que ali se encontravam - Designadamente por parte de Maria José Maya, coordenadora destes eventos e presidente Associação da “8 Séculos de Língua Portuguesa. E ainda por Francisco Queiroz, da Associação Infante D. Henrique, além da invisual Mercedes Mano, que leu em braille o Poema: Para Sempre - Carlos Drummond de Andrade. e por mais duas autoras, cujo nome não nos ocorre.
Além de contarem com a participação de convidados especiais, assumem carácter de tertúlia, visto serem abertas ao público presente, que foi o que também sucedeu nesta sessão, com a intervenção de algumas pessoas que ali se encontravam - Designadamente por parte de Maria José Maya, coordenadora destes eventos e presidente Associação da “8 Séculos de Língua Portuguesa. E ainda por Francisco Queiroz, da Associação Infante D. Henrique, além da invisual Mercedes Mano, que leu em braille o Poema: Para Sempre - Carlos Drummond de Andrade. e por mais duas autoras, cujo nome não nos ocorre.
De
seu nome Mercedes Martins Mano, cega de nascença, nunca viu a luz do dia mas gosta
de sentir a luz da mais bela poesia em braille, de que foi já professora. É uma
habitual frequentadora e participante da leitura de poemas das tertúlias organizadas
pela “Associação 8 séculos de Língua
Portuguesa – Foi justamente o que fez ao escolher o poema “Para sempre de
Carlos Drummond Andrade, na sessão que teve lugar, ao fim da tarde do dia 28 de
Abril, na Casa Fernando Pessoa, dedicada a S. Tomé e Príncipe, inserida no
âmbito das comemorações dos 8 séculos de
língua Portuguesa, que teve como convidada especial Olinda Beja
Lauro
Barbosa da Silva Moreira - Antigo Embaixador brasileiro do CPLP - foi uma das presenças desta tertúlia
poética. Mostrou-se, vivamente impressionado
pelo recital de Olinda Beja, que classificou com um dos mais belos que pôde presenciar.
Disse, que, em 1997, laçou um CD no Brasil
com os poetas da língua portuguesa, no qual incluiu um poema de Caetano da Costa Alegre, lembrando
que, a primeira vez que foi a S. Tomé, numa entrevista que deu a uma estação de
Rádio, ofereceu um desses CD à pessoa que dirigia a rádio, a qual lhe confessou
ter ficado surpreendidíssima por no
Brasil se tivesse gravado um poeta do século IXX de S. Tomé e Príncipe.
Noutra
das visitas que efetuou a estas ilhas teve o prazer de encontrar-se com Alda da
Graça Espírito Santo, que o recebeu em sua casa e da qual recordou momentos
de convívio que ali viveu, tendo aproveitado para declamar um dos seus poemas - "Em torno da minha terra"
COMO
SURGIU A IDEIA DESTAS TERTÚLIAS POÉTICAS:
Numa
entrevista, concedida por Maria José Maya, à revista ESTANTE, a promotora desta
iniciativa, explica como lhe surgiu a ideia das comemorações dos 8
séculos de Língua Portuguesa:
(…) "Quando, em 2011, me apercebi da existência de
um conjunto de documentos escritos em língua portuguesa, de entre os quais se
destacava o Testamento de D. Afonso II, datado de 27 de junho de 1214, comecei
a refletir sobre o modo como essa data poderia ser comemorada e ser a rampa de
lançamento para umas grandes comemorações que conferissem visibilidade à língua
portuguesa. A primeira ideia que surgiu foi fazer um concurso de poesia online
dirigido a todos os países que integram a CPLP, Macau e diásporas. O projeto
foi amadurecendo e decidimos eleger o Testamento de D. Afonso II como
referencial para estas comemorações que é, de entre os documentos mais antigos,
aquele que perfaz 800 anos em 2014. É um programa aberto, será progressivamente
enriquecido até ao dia 10 de junho de 2015 e é dirigido a todas as pessoas e
instituições que se queiram juntar a estas comemorações. – Mais pormenores em
Maria José Maya | Revista ESTANTE
"Olinda
Beja nasceu em Guadalupe, S. Tomé e Príncipe .Criança ainda deixou as ilhas e
passou a viver do outro lado do mar, em terras frias e alcantiladas da Beira
Alta. Um dia resolveu voltar às suas raízes maternas. Chamou-a o som do ossobô,
os rios caudalosos, o canto das aves exóticas, a voz de Sam Lábica, sua mãe…
Derramou então a sua vida dupla entre mar e montanha, Europa/África, em
palavras poéticas, fundas, sentidas, em páginas de livros por onde vai
mitigando uma sede antiga...
As
suas obras têm sido objeto de estudo em várias universidades nomeadamente no
Brasil, Inglaterra, Alemanha, França, África do Sul e nas escolas portuguesas
da Suiça e do Luxemburgo onde, como leitura integral, foram adotadas as
seguintes obras “15 Dias de Regresso”(Romance) e “Pé-de-Perfume”
(Contos). Foi convidada para levar “Um Grão de Café” ao Festival
das Migrações e Culturas ”(13, 14 e 15 de março) no Luxemburgo seguindo daí
para Cabo Verde.
O
seu livro de contos “Histórias da Gravana” - foi
nomeado, entre os finalistas, para o grande Prémio Literário PT 2012..Editora Edições Esgotadas - Olinda Beja
Acompanhada à viola pelo
músico são-tomense Filipe Santo, e sempre que possível pelo seu esposo, na imagem ao lado, "Olinda Beja tem feito recitais de poesia em
vários palcos do mundo – Brasil, França, Austrália, Luxemburgo, Portugal, Suíça,
Alemanha –festival internacional de poesia de Berlim 2008 -, Timor,
fazendo com que haja um maior conhecimento da poesia e dos poetas de São Tomé e
Príncipe. - Recentemente foi-lhe atribuído o Grande Prémio Literário Francisco José
Tenreiro (o maior prémio literário de S.Tomé e Príncipe) pela sua obra poética
“À Sombra do Oká” (a sair em breve em S. Paulo – Brasil) – Telanon - Olinda Beja
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