Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise
A
França encerrou oficialmente a sua embaixada em São Tomé e Príncipe, aberta nos
anos 1980, devido a "questões financeiras", no entanto, nem por isso
deixa de ter lá os seus cruzados - Tal como o faz nos vários territórios
coloniais, que ainda detém Monte Café 1968 |
ÁFRICA E AMÉRICA
LATINA - NA MESMA GULA DA HIPOCRISIA COLONIAL E NEO-COLONIAL
Monte Café 2014 |
A África continua a ser a eterna terra dos aventureiros e sacadores, das autoproclamadas almas cristãs, encobertas pelo manto diáfano da hipocrisia, que mais não visam que explorar os africanos e com o menor esforço possível – Embora ostentem o crucifixo mas a espada agora já vem mais dissimulada.
Tal como dizia o
comentário de um santomense, no jornal Telenon, em de Dezembro de
2010 - a propósito das promessas do Grupo Francês Malongo,
referindo-se à noticia então publicada, sob o título "Café biológico de São Tomé e
Príncipe já está a conquistar o mercado francês Publicado - "esses
lacraus só aparecem ali arrumados em santos, como na altura em que
as ordens religiosas foram a africa e américa latina impondo o seu
cristianismo falso e sangrento totalmente aparte do que ensina a Bíblia.
Monte Café 2014 |
Monte Café 2014 |
Onde já se viu que
o italiano é que explora a confecção do cacau nacional dando-lhe uma
melhor qualidade e sofisticação, produzindo-o ali mesmo e vendendo por
avultadas somas como 4,5 ou 8 euros? Enquanto os senhores nacionais sim só
querem patrões , terrenos e tudo isso. até compram produtos que são oferecidos
ao pais na mão do governo e revendem a bel-prazer a população, enquanto que os
próprios usurpadores nacionais, não investem em nada"
MALONGO – UM CORAÇÃO GENEROSO E MUITO CRISTÃO
“O coração humano bate em Malongo” – É esta a fórmula com que o seu guru Jean Pierre Blanc, Directeur général de Malongo, define a sua humanista e sacro-santa doutrina - Frisando que "A bela fórmula, que une duas palavras essenciais da filosofia da nossa marca, é o coração, os homens!
A história do Malongo é baseada principalmente em valores humanos. (…) Meus primeiros pensamentos vão para o "Padre" Francisco Van der Hoff, que na década de 80, uniu-se com produtores de café mexicanos do Istmo de Tehuantepec em um desafio longe de uma conclusão precipitada, e ainda assim teria sucesso : comércio justo. Encontro com este homem foi crucial para mim: nós tivemos que envolvermo-nos em Malongo n esta aventura humana, ética e ativista. Somos agora os principais jogadores franceses rótulo Max Havelaar. Aproveite a sua visita! Jean Pierre BLANC, Directeur général de Malongo | Interview RS
IMPRENSA FRANCESA
DEU DESTAQUE AOS SEUS INTERESSES NEOCOLONIAIS
Várias foram as
noticias, na imprensa francesa, que deram cobertura às pretensões de uma das suas muitas empresas neocoloniais - Até porque, ao contrário de Portugal, a
França é um dos vários países que ainda têm territórios subjugados,
fora das suas fronteiras - Parece inacreditável, mas é verdade, que no século XXI
mais de 60 territórios ainda sejam colónias no mundo . Colônias Atuais –
.
2014 |
- Empresa
francesa vai produzir café em São Tomé Príncipe -[2010-05-05 - Paris,
França, 05 de maio - empresa francesa Malongo assinou recentemente um acordo
com o governo de São Tomé e Príncipe para relançar a produção de café no
arquipélago, de acordo com o jornal financeiro francês, L'Expansion.
Sob os termos do
acordo assinado pelo director-geral da Malongo, Jean-Pierre Blanc e pelo São
Tomé o ministro da Agricultura, José Luís Xavier Mendes, a empresa francesa vai
relançar a produção de café com o objetivo de alcançar a produção de 300
toneladas de café de alta qualidade por ano e fazer uso de um património
histórico único, a roça Monte café.
Monte Café 2016 |
Monte Café 2016 |
Ao contrário, no
período colonial, o projeto será baseado em produtores de café autónomas, com
Malongo favorecendo a criação de dez associações de produtores, um em cada uma
das comunidades da região de Monte Café, que serão agrupados sob uma
cooperativa, a fim de vender e exportar o café.
A fim de avançar
com o projecto, Malongo pretende capacitar agricultores em agronomia e gestão e
também irá construir as infra-estruturas necessárias para a preparação de café
em cada uma das comunidades.
Monte Café 1968 |
Sao
Tome Nouvelle terre de café -Sao Tomé et
Principe le café du milieu du monde - Malongo
relance la culture de l'arabica
Web |
Tradução - São
Tomé e Príncipe - Dois pontos sobre o oceano, na linha do Equador. Um
pequeno pedaço de África, ilhas consideradas um dos países mais pobres e
mais endividados.
Mas uma ilha verde
macia, misturando cerrado e vegetação explodindo cores tropicais, que vive da
pesca e da agricultura, um turismo incipiente, amanhã, provavelmente, petróleo,
cuja descoberta mudaria a economia desta ilha conveniência -pavillon.
Mas a ilha de São
Tomé é também uma pérola de café!
Jean-Pierre Blanc,
Director Geral da Malongo, conhece a história e promessas. Depois de uma
missão preparatória em setembro de 2009, ele assinou com o governo um acordo de
parceria e desenvolvimento ao longo de seis anos sobre a criação de uma
indústria de exportação, e sustentável para pequenos produtores um
desenvolvimento económico e social a longo prazo.
Este acordo
abrange todos os aspectos (social, económico, ecológico, herança) de uma
colaboração bem-sucedida, como os realizados pelo Malongo no café em outros
países. Sao Tome Nouvelle terre de café - Malongo
26/04/2010 Le commerce équitable relance la caféiculture à Sao Tomé et Principe
Tradução -
Primeiro torrador de café do certificado Fairtrade Max Havelaar France, Malongo
assinou um acordo com São Tomé e Príncipe para aumentar a produção de café no
país.
Após a Etiópia , México, mas também Haiti,
Malongo, o café de comércio justo líder francês estampado com base em torno de
Nice, definiu suas vistas sobre o arquipélago de São Tomé e Príncipe , um dos menores
países da África localizado no Golfo da Guiné
L'Express |
Ao contrário da
era colonial, onde cada funcionário foi um "elos de uma cadeia de
produção", o projeto pretende contar com os produtores de café autónomos,
controlando todo o processo de cultivo e processamento de café. Malongo
tem favorecido o surgimento de uma dúzia de associações de produtores em cada
uma das comunidades da área de Monte Café, que serão combinados em uma
estrutura cooperativa comum para a comercialização e exportação de café. Malongo relance la caféiculture à Sao Tomé et Principe -
- L'Express
A IMPRENSA
SÃO-TOMENSE TAMBÉM EMBANDEIROU NO MESMO FOLCLORE PROPAGANDISTA
Monte Café 2014 |
Café biológico de
São Tomé e Príncipe já está a conquistar o mercado francês Publicado em 11 Dez
2010
A sociedade
francesa Malongo em parceria com os pequenos agricultores da região de Monte
Café, estão a abrir uma nova era para a cultura de café. Após assinatura de
acordo com o Governo são-tomense em Março passado, para produção e exportação
do café, a sociedade a Malongo, promoveu com sucesso 80 quilos do produto no
mercado francês.
É o início do
projecto que devolve esperança de futuro melhor, para centenas de famílias da
região de Monte Café. 6 meses após a assinatura do acordo com o governo
são-tomense, a sociedade francesa Malongo, que está a trabalhar em parceria com
o fundo das nações unidas para o desenvolvimento agrícola, na reabilitação da
produção do café de São Tomé, exibiu com sucesso 80 quilos do produto no
mercado francês. – excerto Café biológico
de São Tomé e Príncipe já está a conquistar o ...
SEIS ANOS DEPOIS
- "Grupo francês Malongo vai investir cerca de 13 milhões de euros
em Monte Café
Monte Café 2014 |
15/06/2016 Na tarde de quarta – feira o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento
Rural Teodorico Campos e duas sociedades francesas rubricaram no terreiro da
Roça Monte Café, um memorandum de entendimento que cria as condições para o
renascimento da roça mãe, na produção de café de alta qualidade no país.
Monte Café e os
seus habitantes já viveram muitas desilusões, por causa do seu bom café. Ainda
na década de 90 o Banco Mundial financiou um projecto de reabilitação da
cultura do café, que resultou em desgraça e dívidas para o Estado são-tomense.
Em 2010 o Estado
são-tomense concedeu 230 hectares da roça a favor de uma empresa da Líbia
designada ATICO, para reactivar a produção do café, e foi outro desastre, após
a primavera Árabe e o consequente fuzilamento de Kadaffi.
Monte Café 2014 |
Os 230 hectares de
terra que em 2010 foram concedidos a extinta empresa líbia, passam para as mãos
do grupo francês, que segundo o Ministro da Agricultura Teodorico Campos, vai
receber mais 50 hectares de terras em situação de abandono na região de Monte
Café. «Existem algumas
terras em estado de abandono. Queremos fazer o levantamento geral das terras,
ara depois definir», declarou o ministro. Grupo francês
Malongo vai investir cerca de 13 milhões de euros em ...
QUEM
CONHECEU MONTE CAFÉ E O VISITE AGORA - SOFRE GRANDE DECEPÇÃO
Casas dos habitantes de Monte Café - 2014 |
Quem
conheceu, como nós, a Roça Monte de Café, e vê, a actualmente, é quase tal
qual como ver quase Hiroxima depois do lançamento da bomba
atómica americana - instalações em estado calamitoso - As comunidades,
ali fixadas, a viverem em condições miseráveis - O colonialismo
nas roças de S. Tomé e Príncipe, deixou más memórias, em vários
aspectos de servidão e domínio, que não deixam saudades, no entanto, o
estado em que se apresentavam as suas culturas - desde o café, cacau, copra e
coconote
Monte Café - 2014 |
Várias tem sido as
empresas que sacam milhões às organizações internacionais - sob
os mais diversos pretextos - não para servirem as populações e
o desenvolvimento rural mas mas unicamente para
engrossarem as suas contas milionárias - Depois ainda
argumentam: "Ao contrário da era colonial, onde cada funcionário foi um
"elos de uma cadeia de produção", o projeto pretende contar com os
produtores de café autónomos, controlando todo o processo de cultivo -
Mas ainda fazem pior: é que, no tempo colonial, não recebiam os avultados
fundos internacionais, que agora auferem - E não fazem nenhum
MALONGO -
ALAVANCA COLONIAL FRANCESA
2014 |
A experiência
da Malongo na produção da café é discutível e duvidosa credibilidade
- Mas não lhe falta habilidade a nível de ir buscar
milhões de subsídios aos fundos europeus, a coberto de proclamados
desenvolvimentos, de "ajuda
aos pequenos produtores da América Latina ou da África, com o estabelecimento
de formação, partilha de conhecimentos e ajuda tradicional olhando para a qualidade", mas que, no fundo, não
passam de fórmulas retóricas de preencher formulários ou botar discursos
de circunstância -
A Malongo é referida como uma PME de 400
pessoas, um volume de negócios anual de 100 milhões de euros, uma posição de
número 1 do café orgânico e comércio justo para o café, uma posição # 4 na
venda a retalho, e processamento de 8.000 toneladas de café por ano, metade do
Comércio Justo"
Trata-se, com
efeito, de uma sociedade, importadora e exportadora de
café em grão, de fabrico de máquinas de café e com implantação no
ramo automóvel - Obviamente, com negócios, na Europa, na
América, em África, Oceania - Uma das alavancas
do neocolonialismo francês - Tendo por trás, poderosos
lóbis políticos, que digladiam como lobos, entre eles
SABEM SERVIR-SE MUITO BEM
Monte Café 2014 |
Malongo é uma empresa familiar que transmite os seus valores para 4
gerações.
6 empresas em todo o mundo são 60% do mercado mundial é de 150 milhões de sacas
por ano. Malongo é 130.000 sacos ou 0, 0008% do mercado.
A única maneira de resistir é nos diferenciar de nossos concorrentes. Todos
os que têm tentado fazer as grandes empresas já não estão no mercado para falar
sobre isso! Não temos os mesmos recursos financeiros" - Claro que tem
por detrás grandes almofadas políticas.
Na
pesquisa, que efetuámos, vimos que Malongo é também o nome de um importador de
Estados Unidos, o "café sell empresa, café verde, grãos de café verde,
café em grão, café descafeinado café torrado e produtos relacionados para
mercado dos Estados Unidos". – E que surge também associado a vários
negócios em Cabinda.
ENVOLVIDA EM LONGAS BATALHAS JUDICIAIS
Os moradores, em Nice Côte d'Azur – sede da empresa - bem se
opuseram, travando uma batalha judicial de 9 anos, mas
foi o poder do capital ( com a cumplicidade politica) que acabou por fazer
vergar o prato da balança a seu favor ublicado o dia 20 de outubro
de 2014 - 7:19 por Jean-Pierre Largillet vezes
Nestes termos: “O Conselho de Estado acaba de dar luz
verde para Malongo para instalar em 25.000 m2 do site IBM antiga na unidade de
torrefação La Gaude, uma oficina de montagem de máquinas e um museu do café. Foi em 2005 que o
agradável torrador tinha começado o processo. A batalha judicial, que
durou nove anos, é emblemática: mostra a dificuldade no desenvolvimento
industrial "limpa", na Riviera Francesa.
(..) O promotor do "café de comércio
justo", que já tinha sido transferido parte de suas atividades em La Gaude
ao lado de seu futuro local (produção de máquinas de café, de manutenção e de
e-mail) vai agora ser capaz de acelerar a implantação de movimento. Seus 400
funcionários que trabalham atualmente na área industrial de Carros serão
capazes de reagrupar em La Gaude quando a construção dos novos edifícios será
concluída. 2015. - Excerto traduzido Malongo à La Gaude : il a fallu neuf ans
! | WebTimeMedias
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