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sexta-feira, 19 de maio de 2017

S. Tomé - Elsa Garrido, a Mãe Coragem, terminou a greve de fome de 19 dias, quase desfalecida mas de olhar sereno e de cabeça erguida - Fui insultada! Enxovalhada! "Não devia ser crime nenhum debater sobre este assunto" - Infelizmente, isto não é uma escolha, que se faz de ânimo leve, gosto de viver – pelo menos os meus amigos sabem que eu sou uma pessoa cheia de vida, gosto de coisas boas, de apreciar a vida.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise

"Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre  as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto  não deve ser nenhum segredo Estado… 
Foi o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama de má fé."




"Venho declarar a SUSPENSÃO DA GREVE DE FOME, a partir do dia de hoje, 16 de Maio de 2017, na esperança de que das novas estratégias determinadas surjam bons resultados (não estando, portanto, excluída a hipótese dum retomar a greve de fome)

“ O GRITO” de alerta e descontentamento foi ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e além fronteiras; Apesar do silêncio ensurdecedor do Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural da RDSTP, Sua Excelência Teodorico Campos (Não foi recebida qualquer resposta a carta enviada, via Embaixada de RDSTP, em Portugal); - Téla Nón

PELAS MÃES E FILHOS DO SEU AMADO E MARAVILHOSO PAÍS 





Foram 19 dias de greve de fome, que começou no dia 26 de Abril, levados ao extremo da sua resistência física,  alguns dos quais,  expostos ao  relento,  sob o desconforto do ruído  constante dos carros que transitavam numa das ruas mais movimentadas da cidade -  Iam decorridas duas semanas, em greve de fome: estava sentada  junto ao passeio, recostada à parede à entrada do edifício onde se encontra instalada a embaixada do seu pais, em Lisboa, com o ruido incomodativo do trânsito ao seu lado. Fomos dar-lhe o nosso abraço solidário e saber de viva voz as razões que a animavam para tão heroico sacrifício da sua vida: que fortes motivos levavam  a cidadã santomense, Elsa Garrido,  a arriscar a sua vida, a tão  penoso esforço e sofrimento

É justamente a voz do seu corajoso grito “ O GRITO” de alerta e descontentamento, ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e alem fronteiras, menos pelo silêncio ensurdecedor do Governo e da sua rádio e TV,  que aqui hoje lhe trazemos, pedindo desculpa pelas deficiências técnicas, de  uma parte desse impressionante registo, a que acrescentámos  também as suas declarações à RDP-África, a estação que primeiramente deu a conhecer  os objetivos do seu protesto. Assim, como, em texto, o notável esforço jornalístico do Téla Nón, desde a primeira  hora.


Confessou-nos: “Quando um país silencia um cidadão, quando impede os cidadão de usar os recursos  para prestar, para questionar; quando o cidadão se sente oprimido, obrigatoriamente, mais cedo ou mais tarde, haverá ações radicais: infelizmente, isto não é uma escolha, que se faz de ânimo leve, gosto de viver – pelo menos os meus amigos sabem que eu sou uma pessoa cheia de vida, gosto de coisas boas, de apreciar a vida

Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre  as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto  não deve ser nenhum segredo Estado… 

Foi o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama de má fé.




Num tempo marcado pelo mais desenfreado egoísmo, pelo materialismo individualista exibicionista,  sim, pelo culto do hedonismo e  das falsas aparências de que, quem está bem, não está para chatear, e, aqueles que não estão bem – e são a grande esmagadora maioria, que se amanhem e se desenrasquem  (mas, também, mesmo querendo não sabem como), na verdade, o exemplo da cidadã santomense, mãe de uma filha, gestora de uma pequena empresa familiar, é realmente, mais de que maravilhoso exemplo de corajosa  e lúcida denúncia, um verdadeiro ato de amor à terra que a viu nascer, em prol do  seu povo, de entrega, generosidade e sacrifico ao próximo, aos seus compatriotas e concidadãos.

DANDO POR TERMINADA A GREVE DE FOME – MAS NÃO POR FINDA A SUA LUTA


"Registando o apoio incondicional e gracioso de, pelo menos, três grandes ONGAs Portuguesas, no sentido de promover formações de sensibilização, análises científicas e eventual apoio na criação de um banco de sementes que permitiria ao país proteger espécies nativas e indiretamente garantir até um certo nível a soberania alimentar;
Venho declarar a SUSPENSÃO DA GREVE DE FOME, a partir do dia de hoje, 16 de Maio de 2017, na esperança de que das novas estratégias determinadas surjam bons resultados (não estando, portanto, excluída a hipótese dum retomar a greve de fome).

A luta pelo direito a informação, direito a debates públicos sobre TRANSGÉNICOS, HÍBRIDOS, continua. O movimento Pró-Ambiente STP, continuará o trabalho no sentido de pesquisar, promover o debate, comunicar todas informações sobre este tema e manter abertura para um diálogo sem tabus nas questões ligadas ao consumo, produção, experiências, dos OGMs e HÍBRIDOS, e de uma forma alargada, estaremos atentos a política agraria, proteção do meio ambiente e a soberania alimentar nas ilhas de São-Tomé e Príncipe. A Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento estipula que todos os cidadãos devem ter direito a informação.
Palavras transcritas do Téla Nón –  O único jornal on lin que não se limita a replicar a informação governamental  mas que também concede espaço ao debate e à livre opinião – Notável exemplo de  Jornalismo independente e corajoso, pese as pressões e as  barreiras que por vezes lhe opõem.  – E de cuja fonte vamos transcrever mais o seguinte passo:

 No seguimento do comunicado publicado no dia 26 de Abril, declarando a GREVE DE FOME, que perdurou 19 dias, em protesto contra a falta de transparência e debate livre sobre a questão de consumo, introdução e experiencia dos TRANSGENICOS e/ou HIBRIDOS nas ilhas de São-Tomé e Príncipe; http://www.telanon.info/sociedade/2017/04/26/24293/cidada-em-greve-de-fome-contra-introducao-de-milho-dito-hibrido-em-stp/

Apesar do silêncio ensurdecedor do Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural da RDSTP, Sua Excelência Teodorico Campos (Não foi recebida qualquer resposta a carta enviada, via Embaixada de RDSTP, em Portugal); Apesar da não divulgação, do protesto dos cidadãos reclamando o direito a Informação, por parte da TVS (televisão são-tomense), RNSTP (radio nacional de STP), atitudes que demonstram claramente a falta de liberdade de expressão, violação dos direitos cívicos, desrespeito completo pela vida humana e saúde pública dos nossos conterrâneos, que por conseguinte vem confirmar o estado geral da nossa democracia; “


O GRITO” de alerta e descontentamento foi ouvido e compreendido por muitos nas ilhas de São-Tomé e Príncipe e alem fronteiras;
 Foi ouvido por diversas personalidades e entidades São-tomenses e Portuguesas nomeadamente: Intelectuais, líderes de partidos políticos, deputados, ONGs, ONGAs  e boa parte dos são-tomenses residentes na diáspora e nas ilhas;

Tendo em conta as promessas, dos mesmos, de levar a serio este “ Grito” e de tudo fazerem no sentido de promover debates públicos, investigar e informar a nossa população sobre a questão da dita experiencia do Milho transgénico e/ou hibrido que está, neste preciso momento, em crescimento no centro do país, na zona de Mesquita, sem qualquer diálogo com a população, estudo de impacto ambiental ou parecer técnico prévio, de modo a avaliar os riscos e aplicar o princípio de precaução – Mais pormenores em   Elsa Garrido suspendeu Greve de Fome | Téla Nón


"FOMOS ENXOVALHADOS E TRATADOS COMO DOIDOS" - Declarou-me no afável diálogo


 Quando um país silencia um cidadão, quando impede os cidadão de usar os recursos  para prestar, para questionar; quando o cidadão se sente oprimido, obrigatoriamente, mais cedo ou mais tarde, haverá ações radicais: - infelizmente, isto não é uma escolha, que se faz de ânimo leve, gosto de viver – pelo menos os meus amigos sabem que eu sou uma pessoa cheia de vida, gosto de coisas boas, de apreciar a vida
Enquanto cidadãos, temos o direito de questionar o nosso Governo sobre  as coisas que nos tocam de perto, principalmente agricultura e alimentação… Tudo isto  não deve ser nenhum segredo Estado… 

Foi o que fizemos mas houve reações muito negativas, de pessoas a porem em dúvida a nossa preocupação, fomos enxovalhados, tratados de doidos e que não devíamos fazer isto porque estamos a travar o trabalho do nosso Governo; que queremos mal ao Estado Santomense!... Foi uma mistura de tudo…Do que se chama de má fé.

POR QUE É QUE O POVO NÃO TEM DIREITO A UM DEBATE PÚBLICO? -  

"Não devia ser crime nenhum debater sobre este assunto". Quer dizer, o bom  santomense é aquele que se cala!.."

O que até  agora se constato é que, a vida deste milho, vale mais de que qualquer santomense, seja eu ou qualquer compatriota, teria o mesmo resultado...  porque, simplesmente, os interesses à volta deste milho, porque não se percebe, porquê tanto segredo? 


Porquê o nosso Povo não tem direito a um debate público?...
Por que é que não podemos conversar, entre nós e refletir, sobre o que é este milho, o que vai trazer de bom ou nau para o país: pelo menos avaliar os riscos e dar alguma tranquilidade  à nossa gente..

Nós não somos respeitados, como cidadãos e isto é extremamente revoltante  e deveria ser revoltante para todo o santomense… pouco importa os seus interesses . Se continuarmos a ficar calados, assim,  quando alguma coisa não está bem, depois não nos podemos queixar que existe uma má governação. Ficando calados, somos cúmplices  

Que o milho seja híbrido, transgénico ou híbrido contaminado com o transgénico, o importante para nós é que se autorize a população a poder debater sobre estas questões: não devia ser crime nenhum debater sobre este assunto.

Óbvio que S. Tomé e Príncipe é um país pobre; óbvio que precisamos de pareceres económicos para apoiar S. Tomé e ajudar no seu desenvolvimento mas não existe mal nenhum em deixar o povo debater. 

Por exemplo, em Cabo verde existem transgénicos , existem outras espécies a serem incrementadas mas houve..há debate sobre transgénicos e híbridos, as pessoas são esclarecidas: as universidades, os intelectuais,  as organizações  governamentais,  a sociedade civil, em geral, o povo está informado… Ou pelo menos tentar."

"Fui  insultada!...Fui enxovalhada!... "  "Concordo que S. Tomé e Príncipe não deve servir de laboratório!.. Já sabemos que existem consumos de produtos..."Por favor, Sr. Ministro, autorize um debate público sobre o milho transgénico ou que seja híbrido  mas esclareça a nossa gente!


O problema, em S. Tomé, é que nem sequer nos autorizam a questionar; quer dizer, o bom  santomense é aquele que se cala!... Eu sei que, a partir de hoje, principalmente, como sou a cabeça da lista desta polémica,  sei que aqueles que são fanáticos  da politica partidária… Fui assediada! Fui insultada !... Mas o que que erro dizer aos meus conterrâneos,  é que, se nós não tivermos boa terra para viver e sermos felizes, não somos mais ninguém!..

Os partidos políticos, vão, voltam: os políticos que estão poder, vão mas S. Tomé continua! A terra é de todos nós! Temos que cuidar bem dela! Principalmente pela pequenez. Pela população, que não é tão grande, em comparação com outros países, portanto, eu peço que é de bom senso,   fazer um debate público, esclarecer e tranquilizar a  população.

Concordo que S. Tomé e Príncipe não deve servir de laboratório!.. Já sabemos que existem consumos de produtos... Este problema que foi levantado é uma boa oportunidade para que os nossos deputados, os nossos dirigentes, o ministério da Agricultura, as pessoas que têm especialidade nesta área aproveitarem esta oportunidade para refletir para ver se conseguimos legislar e enquadrar a entrada destes produtos de consumo..  

Porque, a desgraça, como S. Tomé e Príncipe, que tem apenas um hospital Central, com as condições que temos, eu penso que, qualquer ser humano, normalmente constituído, deve  apertar o principio de precaução, enquanto cidadão, não entenda..


Por favor, Sr. Ministro, autorize um debate público sobre o milho transgénico ou que seja hibrido  mas esclareça a nossa gente! Explique quais são as vantagens e as desvantagens! Se é bom para a nossa agricultura! Isso não é pedir muito.. Não é preciso ficar encrespado! Quando um cidadão levanta  um problema, normalmente, os intelectuais agarram nesse problema que foi levantado! Os profissionais nesse problema que foi levantado e tentam resolver. Não adianta nada ficarmos com a cabeça enfiada no chão, a escolher o problema: porque, um dia,   vamos ter desgraças a sério e vamos ser prejudicados: a nossa população pode correr risco! Então, eu peço, eu rogo, em meu nome pessoal e  em nome de todos os santomenses, por favor Sr Ministro da Agricultura, abra o diálogo Não há mal nenhum  em promover um seminário 

 




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