Os dias que antecederam a proclamação da independência de São Tomé e Príncipe, já quase se vão esfumando com o imparável calendário do tempo, todavia, merecem ser recordados, e é também o propósito desta postagem, com algumas fotos e textos, de minha autoria, publicados, na Revista Semana Ilustrada, acerca das primeiras manifestações públicas do movimento pró-independentista, em vésperas de mais um dia histórico na consolidação da democracia e do multipartidarismo das Ilhas Verdes do Equador -
Imagens e palavras históricas – Comício Público
São Tomé – Julho 1974
“Independência Total de S. Tomé e Príncipe é o que o Povo quer. Era o grito, vibrado em uníssono, por largos milhares de santomenses, no seu dialecto, numa grandiosa manifestação organizada pela Associação Cívica Pró-Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe.
A referida manifestação teve lugar num sábado à tarde. Principiou no Riboque, sede daquela Associação Cívica, foi engrossando à medida que ia percorrendo as principais ruas e avenidas da cidade de S. Tomé, e terminou mais tarde no mesmo local, num verdadeiro mar de gente, em calorosa exaltação de confiança e de apoio ao novo destino político que o Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe, com sede em Libreville, Gabão, pretende dar a estas terras e às suas populações.
Dirigiam o prolongado e grosso cortejo de manifestantes, os irmãos, Costa Alegre, que, sobre o tejadilho de um carro, proferiram frases de apoio não só ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, como aos mais representativos Movimentos dos outros territórios, sob domínio portugês, cujos nomes, seguidamente, eram repetidos em coro pela multidão
Registaram-se algumas paragens, durante as quais os dois irmãos Costa Alegre chamaram a atenção do Povo para a necessidade imediata da independência total e das vicissitudes que o colonialismo lhes havia imposto ao longo de séculos. Fez-se ainda a leitura de alguns panfletos, que no final foram distribuídos a todos os manifestantes, e nos quais se referia que “só com a independência total as riquezas que o Povo de S. Tomé e Príncipe produz servirão Povo. E ainda: “A instrução, a assistência médica para servir o Povo de S. Tomé e Príncipe, só com a independência total, pois com ela haverá o controlo da riqueza pelo Povo para satisfação das necessidades do Povo” e noutro passo a seguinte frase: “Enquanto a riqueza continuar a sair para o estrangeiro, para servir alguns, o Povo de s. Tomé e Príncipe não será verdadeiramente livre”
A dita manifestação, a primeira até agora levada a cabo, decorreu, embora calorosa, como o maior aprumo, ordem e civismo.
Julho – 1974 - A associação Cívica pró-Movimento Libertação de São Tomé e Príncipe promoveu há dias o seu primeiro Comício.
Teve lugar frente ao largo do mercado Municipal, e congregou enorme multidão de simpatizantes daquela Associação Cívica.
Nos panfletos distribuídos a toda a assistência podia ler-se: "O M.L.S.T.P. (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe) definiu sempre como único meio para a satisfação das necessidades do povo de São Tomé e Príncipe, a independência total, o que significa o fim da exploração, o combate à fome, à miséria, ao analfabetismo, à doença crónica, que o colonialismo nos deixa, depois de 500 anos de dominação. A nossa causa é justa e para a sua total realização, o Povo de São Tomé e Príncipe precisa de conhecer quem são os seus inimigos.
Lotamos contra a exploração que nos brutaliza e oprime. Os inimigos são, portanto, os exploradores, os colonialistas"
NOS DIAS DO DESESPERO DE HOJE...
Como esta?... Nós aqui no Príncipe estamos mesmo com grande problema: não há dnheiro! Pessoa n tem dinheiro nem para comprimido
Isto anda complicado - Que tristeza!
Agora estou sem receber da empresa - a UNIEL - para onde trabalhava - Como posso ver e matar a fome aos meus filhos?"
São Tomé e
Príncipe tem 70% das crianças afectadas pela pobreza e falta de protecção
social
Não foi para isto que os nacionalistas santomenses lutaram pela independência – para que, um governo utra-liberal, caraterizado pela arrogância despudorada, autoritarismo e desenfreada corrupção, por parte de quem nem sequer nasceu nestas maravilhosas, nem aqui cultivou quaisquer laços afetivos, sim, para que as centenas de milhões de ajuda externa pobreza, em vez de serem canalizados para o bem-estar e progresso das populações, tivessem outros destinos
08/06/2016 -Um relatório
do Fundo das nações Unidas para Infância (Unicef) relata que
mais de 70% das crianças são-tomenses são pobres. O estudo, realizado a cada
cinco anos, analisa a situação das crianças, que representam cerca de 50% dos
187 mil habitantes do país.
O estudo relata
que num país onde mais de 66% da população vive abaixo da linha da pobreza, a
incidência da pobreza é ainda mais elevada nas crianças, que “apresentam maior
vulnerabilidade relativamente à situação da protecção social” do que os
adultos.
Segundo a representante adjunta da Unicef para São Tomé e
Príncipe, Ainhoa Jaureguieitia este estudo revelou três
aspectos que devem ser urgentemente combatidos: a proteção das crianças
contra a violência (que abrange abuso sexual, negligência, abandono e trabalho
infantil), o saneamento e a área da nutrição.
Para
melhor apreciação da situação das crianças em São Tomé e Príncipe, o leitor tem
acesso ao estudo apresentado pela UNICEF – Apresentacão SITAN 120516 São Tomé e Príncipe tem 70% das crianças afectadas pela
pobreza e ...
A pesquisa mais recente
sobre as causas da pobreza em São Tomé e Príncipe, uma nação insular da costa
ocidental da África, remonta a 1995. Indicou que mais de 40%da população vivia abaixo da linha de pobreza e 33% eram
vivendo em extrema pobreza.
- Tucker Hallowell Causes of Poverty in Sao Tome and Principe - The Borgen Project
Dependência
pesada de auxílio e alívio da dívida
STP há muito tempo sofreu problemas para reembolsar
sua dívida externa. Isso
tornou o país fortemente dependente da ajuda e do alívio da dívida de outros países. Em 2000, o STP recebeu US $ 200 milhões em alívio da
dívida no âmbito do Programa de Países Pobres Altamente Endividados. Outros programas também ajudaram o STP a aumentar as
receitas fiscais do país, reformar costumes e melhorar as empresas locais.
Vulnerabilidade a choques naturais
São Tomé e Príncipe é suscetível a catástrofes naturais e os efeitos das mudanças climáticas . Isso representa uma grande ameaça de novos danos aos ecossistemas já fracos da região e à falta de desenvolvimento socioeconômico. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas prevê que eventos climáticos extremos e temperaturas médias mais elevadas serão parte do futuro do STP. Como resultado, o abastecimento de água será reduzido, a produção de energia diminuirá e a infraestrutura será perdida.- Emilee Wessel Causes of Poverty in Sao Tome - BORGEN
Trabalho infantil -Em princípio, a
lei permite que as crianças trabalhem a partir dos 14 anos de idade.
Mas os números nos mostram que, na prática, isso não é respeitado. Por
exemplo, em 2000, 15,4% das crianças de 5 a 14 anos trabalharam; destes, 17,2% eram meninos e 13,5% eram
raparigas. As
crianças são geralmente empregadas na agricultura, nos setores ilícitos
(drogas, etc.), ou mesmo como empregados domésticos. Além disso, no país, um menor pode assinar um
contrato de trabalho e receber salários.
PROPAGANDA MANIPULADORA - São Tomé e
Príncipe manteve a 11.ª posição no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana
2017, mas o crescimento desacelerou nos últimos cinco anos, segundo o estudo
hoje divulgado. – Propaganda da media
que se limita a replicar apenas as noticias da propaganda governamental
O país somou uma pontuação de 61 num total de 100 pontos, contra 60,5 no ano passado, confirmando a tendência positiva que mostra desde 2007.
Porém, nos últimos cinco anos, o crescimento perdeu velocidade. https://www.abola.pt/Africa/Noticias/Ver/702669
O país somou uma pontuação de 61 num total de 100 pontos, contra 60,5 no ano passado, confirmando a tendência positiva que mostra desde 2007.
Porém, nos últimos cinco anos, o crescimento perdeu velocidade. https://www.abola.pt/Africa/Noticias/Ver/702669
POVO A ESPIGAS DE MILHO E A VIVER EM MISERÁVEIS CUBATAS A MEIAS COM -POCILGAS E OS GOVERNANTES EM GRANDES ALMOÇARADAS AO VELHO ESTILO COLONIAL, DESBARATANDO MILHÕES DE AJUDAS FINANCEIRAS
08/06/2016 Um relatório do Fundo das nações Unidas para Infância (Unicef) relata que mais de 70% das crianças são-tomenses são pobres.
O estudo relata que num país onde mais de 66% da população vive abaixo da linha da pobreza, a incidência da pobreza é ainda mais elevada nas crianças, que “apresentam maior vulnerabilidade relativamente à situação da protecção social” do que os adultos. abandono e trabalho infantil), o saneamento e a área da nutrição. Pobreza e falta de proteção social afeta 70% das crianças de São Tomé.
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