Homenageado nos Templos do Sol, em 2015 https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/03/faleceu-herberto-helder-o-poeta-de_24.html
O autor dos "Passsos Em Volta", com quem tive o prazer de conviver, considerado por alguns o 'maior poeta português da segunda metade do século XX' e um dos mentores da Poesia Experimental Portuguesa.
Neste dia do aniversário do seu nascimento, recordo-lhe a singela homenagem que lhe prestamos na celebração do Equinócio da Primavera, em nos Templos do Sol, aldeia de Chãs, de V. N. de Foz Côa.
<com a leitura do poema lido numa das Maravilhas de Portugal - "Apagaram-se as luzes. É a primavera cercada pelas vozes" - Nasceu no Funchal, em 23-11-1930 Faleceu no dia 23 de Março de 2015, aos 84 anos, em Cascais
“As Musas Cegas II “ Meu Tributo nos Templos do sol, Equinócio da Primavera - Faleceu, em Lisboa 23-03-2015 - Em homenagem prestada na Pedra da Cabeleira de Nª Srª, num dos Calendários Pré-Históricos, no Maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, Vila N. de Foz Côa, pelo autor deste vídeo
Este o espaço da tertúlia que o poeta Herbérto Helder frequentava - Mas nesse dia não estava lá para a fotografia – Aqui está o navegador solitário! O homem das Canoas, em São Tomé” Foi esta esta a sua expressão, quando me viu entrar na tertúlia do Café Expresso, em Lisboa,– Situava-se no Largo da Misericórdia e era frequentado por vários poetas, jornalistas e escritores: desde Mário Cesariny, Leonel D’Alva, Herberto Hélder, Manuel da Fonseca, José Quitério, Alçada Baptista, e outras figuras “Aqui está o navegador solitário! O homem das Canoas, em São Tomé” , foi deste modo que ele se me dirigiu, ao cumprimentar-me – Já nos conhecíamos da lides jornalistas, mas nunca nos tínhamos falado: ele na revista Notícia, eu na revista Semana Ilustrada, ambas de Luanda- Eu era correspondente em STP, e li vários dos seus artigos.
Pois bem, naquele dia, dos anos 80, ia de gravador na mão à procura de histórias para a Rádio Comercial, do autor de Cerro Maior e Rosa dos Ventos (entre outras obras de contos, poesia e romances, natural de Santiago de Cacém),afinal, eu é que acabo por ter de contar as minhas aventuras do mar
Deparo-me então com o poeta dos Passos em Volta e um pequeno mas animado grupo de intelectuais. – Porém, o mais insólito, o que mais ali me surpreendeu, foi a interpelação imediata de Herberto Hélder. Que, pelo que conclui, já me conhecia da minha habitual colaboração na “Semana Ilustrada, de Luanda”, revista na qual havia relatado, em cinco capítulos, a minha primeira aventura marítima, a bordo de uma frágil piroga de S. Tomé ao Príncipe – Por isso, em vez de querer saber ao que ali me levava (no que ele não ia colaborar, dado ser avesso a entrevistas) queria era que falasse das tais aventuras marítimas – Até porque, além daquele revista, também, em Portugal, quer a RTP, quer o Século Ilustrado, o Jornal Novo e o Diário Popular (em quatro suplementos) se haviam referido às minhas odisseias nos mares do Golfo da Guiné
Pois, nessa tarde, lá se foi a entrevista, que tencionava fazer , a Manuel da Fonseca, para outro dia – Conquanto, por várias vezes, ali voltasse e me sentasse em torno dos tertulianos, e até os fotografasse – (foi pena, num dia em que não estava lá o Herberto, julgo que não iria ser desmancha prazer dos seus amigos), a bem dizer, as razões da minhas idas aquele bar, eram mais de carácter casual ou profissional de que propriamente para me integrar nos seus conciliábulos. Não era que não os apreciasse, mas para isso já tinha a minha habitual frequência no botequim da Natália Correia. No largo da Graça, bem mais abrangente e versátil
Sobre um teto de nuvens na Ilha da Madeira |
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