expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

terça-feira, 8 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher – Tributo às mulheres das Roças de S. Tomé e Príncipe – No dia em que também o Presidente Carlos Vila Nova, dirigiu uma mensagem a todos as mulheres são-tomenses e do Mundo

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Meu Tributo às Mulheres das Roças de S. Tomé e Principe- Que vão resistindo nas antigas propriedades agrícolas, cuidando dos filhos e zelando pelo sustento dos seus lares - Verdadeiros exemplos de sacrifício e dedicação - Vai o meu abraço amigo de solidariedade, neste dia Internacional da Mulher, com votos de que o futuro lhes reserve melhores condições de vida

O  8 de março é o Dia Internacional da Mulher,  que celebra  as conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, visando ao mesmo tempo alertar  para os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo. – E, na verdade, muitas são as dificuldades por que se debatem milhões de mulheres nos vários continentes

Vive na Roça Agostinho neto, antiga Roça Rio do Oiro  - Foi mãe de 16 filhos, 4 faleceram - Natural de cabo verde - Foi uma das escravas nas grandes plantações de cacau e de café em S. Tomé e Príncipe 


Armando e Maria Fernanda - Um velho casal que vive num modesto casebre da senzala Uba-Budo, idosos mas nos seus olhos há ainda um fulgor de vivacidade e de brilho que teima em resistir ao tempo. Chegaram a S. Tomé, em 1955, com 16 anos. Ele já com 16 anos, ela, mais velha, mas já nem sabe a idade. Foi no tempo da chibatada - Diz ele: “Eu estava garoto não  levou mas vi chicotadas caírem nas costas de outros”. Tempos difíceis



S. Tomé e Príncipe, ilhas férteis e maravilhosas, o segundo menor país de África - habitadas por gente pacifica, mas onde cerca de 60% da população vive abaixo do limiar da pobreza – 

E a vida nas roças, continua a exigir enormes sacrifícios às mulheres, que ali vivem e, diariamente, se vêm confrontadas em cuidar dos seus filhos  e zelar para o sustento dos seus lares

Hoje, esta questão, foi objeto de uma  conferencia  no ISCTE, na Unidade de Coordenação de Estudos Africanos, subordinada  ao tema  “As mulheres trabalhavam em casa: representações sobre as esferas de ação das serviçais na economia agrícola santomense (1950 – 1975)”, que teve como oradora convidada, a Professora Nazaré Ceita, da Universidade de S. Tomé e Príncipe, é a oradora convidada.

Também o Presidente, Carlos Vila Nova, dirigiu uma mensagem de felicitações às mulheres do seu país assim como do mundo. 

Falando na capital são-tomense e diante de múltiplas adversidades que afectam suas conterrâneas assim como as mulheres do mundo, Vila Nova pediu-as para serem mais resilientes – Diz a STP-Pres

Certo que vivem a alegria de sentirem livres e de, livremente, poderem  trabalhar por conta de outrem  ou  de, livremente,  explorarem  os frutos e a generosidade da terra, todavia, debatendo-se com imensas carências. 


Nos rostos luzidios (lindos e esculturais) ou encrespados por anos de sacrifícios e abrasivos sóis equatoriais, não  se descobre o tom macilento dos cruéis sinais de  fome, que se veem  em muitos países de África, sim,  mas não só de pão vivo o homem: onde está o dinheiro para comprar os medicamentos,  a peça de vestuário ou os produtos importados do exterior? – Com pensões miseráveis ou salários de vinte, trinta ou quarenta euros mensais, traduzidos da moeda local  -(as dobras – para a moeda europeia), sim, fácil é de imaginar o enorme drama com que debatem milhares de famílias cabo-verdianas nas roças, sobretudo aquelas que a descolonização abandonou à sua sorte

Em Lisboa existe a Mén Non-Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal - A Mén Non (nossa mãe) - Associação da Mulher de São Tomé e Príncipe em Portugal nasceu no dia 22 de setembro de 2010. É constituída por um grupo de mulheres, que pretendem intervir socialmente e apoiar as mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal e no mundo. Prima pela igualdade de oportunidades e direitos entre e mulheres e homens.


Nenhum comentário :