Deixai que me prenda à paz que ínvios mortais querem amortalhar!
Estrondos do trovão rugem longe mas repercutem pelos espaços!
E os relâmpagos que lá rasgam o silêncio da noite, são devassos!
Que o teu canto divino apazigue e tranquilize a grande ansiedade
Na senda dolorida,
voluptuosa e incerta da palidez destes dias,
se chorares, deixa
escorrer livremente as teimosas lágrimas!
Não reprimas a
urgência silenciosa dum suspiro ou desabafo!
Pois, os versos
soluçados, são contas sagradas de um rosário!
Se brotarem dos teus
olhos, solta-as à vontade da tua alma!
Depois, fica
tranquilo, com o silêncio que sublima e acalma!
O destino é névoa e
vela de mistério coroado de máscaras!
E o mundo é uma arcada
de astros que te sintoniza e abraça!
Oh, desce, desce amada
luz!
Desce esplendorosa e
impregnada da mais pura beleza!
Pois, sempre que me
prendo ao teu rosto,
me rendo ao teu
fascínio,
todo o meu ser se
transcende - Oh glorioso!
Todo o meu ser se
eleva à altura onde irradia o teu brilho,
Todo eu me sinto
infinito,
sinto que não pertenço
à Terra,
sinto que sou divino!
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