Jorge Trabulo Marques - Jornalista
A identidade de um povo está na sua cultura e o vestuário tradicional tem sido também uma forma de a mulher são-tomense exteriorizar a sua identidade cultural africana, tal como tem sucedido com as suas danças e nos seus grupos musicais, além da sua linguagem nativa.
As mulheres vestem quimono acompanhado de saias compridas, túnicas e lenços colocados a rigor na cabeça, usando por baixo uma sai de baixo que faz volume,, como acessórios lenços colocados a rigor na cabeça, panos à cintura que lhes atravessa o peito para ombro ou simplesmente na cintura, brincos e colares. Já os homens usam calças e sapatos pretos, camisas brancas, casacos e gravatas.
Tal como é reconhecido
por estudiosos e investigadores, “o
forro (também conhecido como santomé ou santomense ) é uma língua nacional de
São Tomé e Príncipe, falada em toda a ilha de São Tomé, exceto na ponta sul.
Sendo uma língua crioula
de base portuguesa, o são-tomense difere grandemente dos crioulos da
Guiné-Bissau, Senegal, Gâmbia e Cabo Verde. O substrato do são-tomense assenta
principalmente nas línguas kwa, faladas na Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim e
Nigéria. Partilha 77% de semelhança lexical com o principense (ou lunguyè ),
70% com o angolar e 62% com o anobonense (ou fa d'ambu ) da vizinha ilha de Ano
Bom (Guiné Equatorial).
O são-tomense é a língua usada nos contactos sociais em praticamente toda a ilha de São Tomé, inicialmente falada pelos escravos libertos ou forros . A maioria dos falantes de são-tomense fala também Português.
A Ússua Dança de salão,
de grande elegância e finura (uma espécie de mazurca africana), em que os pares
são conduzidos por um mestre-de-cerimónias, ao ritmo lento do tambor, do pito
daxi (flauta) e da corneta.
Todos os dançarinos
envergam trajes tradicionais: as mulheres de saia e quimono, xaile ou pano de
manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada,
que serve para limpar o suor do rosto
As letras são quase
sempre humorísticas, ou mesmo de escárnio, e implicam uma réplica da parte do
visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras
modificações na sua toada musical. 6. Puita
Provavelmente com raízes Angolanas, a puita é uma dança fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura com alguns se mi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente explícita. Quando um parente deixa este mundo é da praxe executar-se, em dias de nozado, uma puita em sua homenagem. – Excertos de um trabalho de Jessica Mota, Rita Santos e Rui Vaz
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