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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

1º Dezembro 1640- Dia da Restauração da Independência Feriado Nacional, que o. PSD/CDS quiseram acabar Data a não esquecer. E apraz-me recordar também a profunda ligação ao mar e à descoberta de novos mundos ao mundo: dos intrépidos navegadores portugueses em frágeis caravelas.

                                                                     Jorge Trabulo Marques 



1º Dezembro 1640- Dia da Restauração da Independência Feriado Nacional, que o. PSD/CDS quiseram acabar Data a não esquecer. Luis Montenegero, ausente? - Ele lá saberá responder-  Apraz-me recordar também a profunda ligação ao mar e à descoberta de novos mundos ao mundo: dos intrépidos navegadores portugueses em frágeis caravelas.

O dia 1 de Dezembro é o feriado civil mais antigo ainda em vigor, desde a segunda metade do século XIX. Foi comemorado também durante a Primeira República e o Estado Novo.

Até que, em 2012, o Governo social-democrata do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho determinou o fim deste feriado a partir de 2013.

 

 

Três anos depois de o calendário português ter perdido quatro feriados, o Governo  liderado por António Costa,  veio repor em 5 de Janeiro de 2016, os extintos feriados nacionais  e religiosos, retirados a 1 de Janeiro de 2013, data em que o calendário português perdia quatro feriados: dois religiosos e dois civis. 

 

Do lado dos feriados religiosos, estavam em causa o dia em que se celebra o Corpo de Deus e o 1 de Novembro, dia de Todos os Santos. Do lado dos feriados civis, o dia 5 de Outubro, data que assinala a Implantação da República, e o 1.º de Dezembro, que marca a Restauração da Independência. Todos voltaram a integrar a lista de feriados 

As comemorações do dia 1 de dezembro de 1640,  decorreram na Praça dos Restauradores, em Lisboa,  com a cerimónia oficial  de uma homenagem aos heróis da restauração e um desfile nacional de bandas filarmónicas. 

Apraz-me recordar uma das facetas dos portugueses e da sua história: a profunda ligação ao mar e à descoberta de novos mundos ao mundo: dos intrépidos navegadores portugueses em frágeis caravelas.

Lamentável é, ao período das descobertas, ter sucedido o da escravatura - Que, na verdade, ainda persiste nos dias de hoje, sob a capa de novas roupagens de exploração e domínio e opressão nos povos africanos.

Sinto-me orgulhoso pela herança da giesta aventureira marítima: de ter apresentado exposições das minhas aventuras marítimas, entre outros locais, no Padrão dos Descobrimentos, em Março de 1999, em Lisboa e no Centro Cultural Português,, em S. Tomé. em 2015. E, naturalmente, em Foz Côa, sede do meu Concelho, e na cidade da Guarda, a cujo distrito pertenço.

Além da ligação em canoa desde a Baia Ana Chaves, ao Padrão dos Descobrimentos, em 20 e 21 de Dezembro de 1969, ano em que se iniciavam as comemorações dos 500 anos sobre a descoberta das Ilhas de S. Tomé e Príncipe, sou ainda autor de três travessias oceânicas em pequenas pirogas primitivas, nos mares do Golfo da Guiné, com partidas na Ilha de São Tomé, em condições de extrema precaridade: de S. Tomé ao Principe, em 3 dias; de São Tomé à Nigéria 13 e, por fim, 38 dias da Ilha de Ano Bom à antiga Ilha de Fernando Pó, que depois da independência passou a ser conhecida de Ilha de Bioko

Poema que me foi dedicado pela poetiza Agripina Costa Marques, esposa do poeta António Ramos Rosa * * * * * * * *
É na ampla latitude em que te encontras:

Tu que na vida és ávido.
Tua exigência extrema não tem comum medida
com esquemas intermédios;
não pode acomodar-se à vida por metade.
Tudo ou nada. E a vida se te impõe
em intensidade e risco, na vertingem do abismo:
porque tocas o abismo quando o fruis
em inultrapassável densidade;
quando já nada pode separar-te
dos soltos elementos; a voz da tua voz.
Um só furor; a mesma plenitude.

Uma só descoberta: quanto em ti próprio és
toda a potência cósmica em desmesura.
Na dimensão do excesso a vida em ti se cumpre.

Mareante nostálgico da aventura ancestral,
em gesta solitária ( e os rudimentares aprestos
que te bastam em teu despojamento
- superando-te ante adversas forças)
ao recriares em ti o “mundo novo”
buscas ainda do instante o último limite.

Agripina Costa Marques
12.08.94

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