Depois não deixe de ler
o que publicamos, há uns dias, sobre o desaparecimento dos seis pobres
pescadores, neste site, no post anterior - Em Drama no Golfo da Guiné - Quem socorre os 6 pescadores de São Tomé desaparecidos há seis dias?
Refere o telanon.info que "Os 6 pescadores da cidade de Neves que desapareceram no mar há 9 dias, terão sido levados pela corrente marítima para a Guiné Equatorial." - Terão sido ou foram? -
Felizmente, depreende-se que acabaram por acostar ao continente africano. - Pormenores mais à frente.
Enquanto há vida há esperança e eu sempre acreditei que poderiam estar vivos. Porém, tal como aqui referi no post anterior, vivendo momentos de enorme angústia e sofrimento. Todavia, as autoridades santomenses, limitaram-se a esperar, alegando que neste momento o Estado são-tomense tem limitações para lançar uma operação de busca e salvamento. Primeiro porque não se tem a localização dos pescadores desaparecidos, por que não levaram os materiais de navegação, nomeadamente o reflector de radar
SEMPRE ACREDITEI QUE PUDESSEM ESTAR VIVOS
Dizia eu, há 4 dias: "Não me posso resignar ao “só resta esperar” A este intolerável fatalismo – Eu que vivi a angustiosa experiência de 38 dias à deriva numa piroga no Golfo da Guiné, sei quanto é angustiante a situação de um náufrago! – Se não foram vítimas de pirataria, acredito que ainda possam estar vivos – Porém, vivendo momentos de indiscritível angústia e incerteza
Anos 70 - Foto do autor deste site
Tal como referi "É
intolerável que, um país, pelo facto de não dispor de recursos,
cruze os braços – limitando-se a esperar. Se
bem que já tenha efetuado buscas de salvamento num naufrágio de turistas (leia a noticia mais à
frente) Ou então que, os países
vizinhos, a comunidade internacional, não lhe garantam ou confirmem o
indispensável apoio.
E também não se compreende que, só quatro dias depois de terem desaparecido, fosse dada a noticia na comunicação social
Agora, mais importante de que se apurarem as causas, dos sempre palavrosos inquéritos à posterior, há que refletir – Não tanto porque não levaram o equipamento – se bem que esta questão é importante que seja debatida e questionada – mas a razão pela qual um país deixou seis homens abandonados no mar à sua sorte – Limitando-se a esperar que a sorte os protegesse. Este é, no meu modesto ponto de vista, o aspeto que convém não descurar e que deve merecer aturada e profunda reflexão .
E também não se compreende que, só quatro dias depois de terem desaparecido, fosse dada a noticia na comunicação social
Agora, mais importante de que se apurarem as causas, dos sempre palavrosos inquéritos à posterior, há que refletir – Não tanto porque não levaram o equipamento – se bem que esta questão é importante que seja debatida e questionada – mas a razão pela qual um país deixou seis homens abandonados no mar à sua sorte – Limitando-se a esperar que a sorte os protegesse. Este é, no meu modesto ponto de vista, o aspeto que convém não descurar e que deve merecer aturada e profunda reflexão .
ENTRETANTO A BOA NOVA NOVE DIAS DEPOIS
Cuja notícia, publicada, tomo a liberdade de aqui
transcrever
"Os 6 pescadores da
cidade de Neves que desapareceram no mar há 9 dias, terão sido levados pela
corrente marítima para a Guiné Equatorial. A capitania dos portos de São Tomé e
Príncipe, Rui Vera Cruz, anunciou a boa nova, após confirmação obtida do país
vizinho. «Quero manifestar a nossa satisfação por saber que esses pescadores
estão em vida. Felizmente tivemos a notícia de que os pescadores estavam em
Bata», referiu o responsável da capitania dos portos.
A deriva os 6 pescadores
que navegavam em 3 canoas, acabaram por chegar a Bata, cidade da região
continental da Guiné Equatorial.
A capitania dos portos
promete investigar as causas dos sucessivos desaparecimentos de pescadores
nesta altura do ano. «Temos que acompanhar isso porque o fenómeno começa a
ser muito repetitivo. Para aquilo que é a nossa experiência normalmente essas
perdas acontecem no período de janeiro à Fevereiro em que por causa do nevoeiro
reduz a visibilidade. Nesse momento não é o caso», pontuou.
Sensibilização dos
pescadores para utilizarem os equipamentos de navegação marítima, que lhes
foram ofertados, depois da devida formação, através do projecto Mudanças
climáticas financiado pelo Banco Mundial, é prioridade. «Tudo isso é uma
prática que se tem que introduzir. Não só os materiais de navegação, mas também
aconselhamos os pescadores a levarem água suficiente, capas de chuva etc, Mas
eles continuar a ser resistentes em levar esses materiais para a faina»,
explicou.
A capitania dos Portos,
fez saber que se os pescadores que desapareceram tivessem levado o reflector de
radar, a unidade daa guarda costeira poderia localiza-los e então avançar com
uma operação de busca e salvamento. Pescadores desaparecidos chegaram a Bata | Téla Nó
ERAM UNS POBRES
PESCADORES – MAS, SE FOSSEM TURISTAS ENDINHEIRADOS, NATURALMENTE QUE NÃO FALTAVAM
RECURSOS
NÃO HÁ MEIOS PARA ESTES POBRES PESCADORES MAS JÁ HOUVE
PARA TURISTAS
Tal como referi na
postagem anterior, não há meios para estes pobres pescadores, mas houve para
turistas:
17
de Setembro de 2008 – Veja-se a diferença – para uns houve e para outros, o
esquecimento: Dois pilotos da companhia aérea são-tomense,
STP-Airways, disseram ao Téla Nón, que vão realizar voos de reconhecimento na
zona do sinistro para tentar encontrar os passageiros dados como desaparecidos.
São cerca de 14 pessoas que não foram resgatadas na operação de socorro da
última noite. O Téla Nón registou também noporto de São Tomé, o
lançamento ao mar de uma vedeta privada contratada pelo estado são-tomense para
reforçar a busca. Por sua vez o Governo regional do Príncipe, pela voz de
Carlos Gomes(na foto) já reagiu ao acidente, tendo responsabilizado os
sucessivos governos da república como sendo os responsáveis por mais este
desastre - Intensificam-se as buscas dos passageiros que desapareceram
após o naufrágio do navio Therese na noite
de terça-feira
Não resignados enviamos o nosso apelo aos membros da Associação da Imprensa Estranageira, acreditada em Portugal, a quem agora vamos também dar a boa nova..
QUEM SOMOS?
Trazemos
nas mãos sal e espuma
cantamos
nas canoas
dançamos
na bruma
somos
pescadores-marinheiros
de
marés vivas onde se escondeu
a
nossa alma ignota
o
nosso povo ilhéu
a
nossa ilha balouça ao sabor das vagas
e
traz a espraiar-se no areal da História
a
voz do gandu
na
nossa memória...
Somos
a mestiçagem de um deus que quis mostrar
ao
universo a nossa cor tisnada
resistimos
à voragem do tempo
aos
apelos do nada
continuaremos
a plantar café cacau
e
a comer por gosto fruta-pão
filhos
do sol e do mato
arrancados
à dor da escravidão
Olinda
Beja
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