Teodoro Obiang e. Pinto da Costa - Foto Télanon |
A Missão Permanente da Guiné Equatorial junto da CPLP declarou encerrado o período de candidaturas para o "Prémio de Investigação Fernando Pó", em conformidade com a convocatória divulgada no dia 15 de Outubro, que dava a conhecer o alcance da distinção e as condições do regulamento
De acordo com o regulamento, então divulgado, o prazo para a entrega das obras, terminava em 30 de Novembro - Entretanto, o júri, já se pronunciou, atribuindo o valor pecuário de 3000 euros, ao estudo apresentado pelo português José Fernando Gomes.
A notícia da atribuição deste prémio foi divulgada, através de um oficio distribuído pelo Embaixador Tito Mba Ada, apresentante da Missão Permanente da República da Guiné Equatorial, junto da CPLP.- A referida nota, que o diplomata teve a amabilidade de nos fazer chegar, diz que, "apesar da dificuldade do tema, houve uma grande afluência de trabalhos, mostrando grande qualidade de investigação, o que dificultou a escolha do júri. Após análise detalhada de cada trabalho, deliberou-se que o vencedor é o Senhor José Fernando Gomes, investigador de nacionalidade portuguesa, que irá ganhar um Prémio monetário simbólico de 3000 Euros."
Foram navegadores portugueses os primeiros europeus a explorar o golfo da Guiné, em 1471 - S. Tomé e Príncipe, Ano Bom e Fernando Pó, mas os historiadores debatem-se com escassa informação. - Tal como diz
o historiador Luís de Albuquerque, "sabe-se, por
exemplo, que João de Santarém, Pêro Escobar, Fernão do Pó, Lopo
Gonçalves e Rui Sequeira estiveram ao serviço de Fernão Gomes. Mas
não há registos que nos permitam dizer com segurança qual
deles, em que ano, descobriu o quê".
Esta
a principal razão do Prémio Fernando Pó, promovido pela Missão
Permanente da República da Guiné Equatorial junto da Comunidade de Países de
Língua Oficial Portuguesa (CPLP), ao patrocinar uma pesquisa sobre a figura histórica deste navegador, visando divulgar as raízes da Guiné
Equatorial, no contexto dos Descobrimentos portugueses.
Malabo- (foto da Web) |
Em troca, Portugal recebia garantias de paz em diversos zonas de influência da América Latina, como a retirada espanhola da Ilha de Santa Catarina e a extensão de terras brasileiras, tendo, o entanto, perdido para a coroa Espanhola, Colónia do Sacramento e aos direitos sobre as Ilhas Marianas e Filipinas
A Guiné Equatorial – é composta pela área insular (três ilhas) e a continental - Desde
meados dos anos 90, tornou-se um dos maiores produtores de petróleo do
sub-Saara. Com uma população de 798 807 de habitantes, é o país com o
maior produto interno bruto per capita do continente Africano,
e o 69º do mundo
UM PASSADO LONGÍNQUO
A Ilha de Fernão do Pó, chegou a ter o seu rei - O último
dessa linha hierarquia (sem ceptro) foi Francisco Malabo Beosá (1896 -
2001) tendo vivido, entre 1896 e 2001. Cuja descendência remontam ao
heroico "Malabo Lopelo Melaka, último rei bubi,
que resistiu a invasão espanhola. Os clãse localidades bubis tardaram em
aceitar a soberania espanhola sobre a ilha, e até 1912, não foi obtida por meio
de repressão a pacificação total da ilha" Wikipédia
(Fotos- Ano Bom e Bioko)
A Guiné Equatorial foi governada dez anos, sob a tirania de Francisco Macías Nguema , que chegou a dar o seu nome à Ilha de Fernando Pó, - Era ele que ainda governava. em 1975, quando, depois de eu ter andado à deriva 38 dias, a bordo de uma frágil canoa, as correntes e os ventos me arrastaram para uma recôndita baía de Bioko, tendo ordenado o meu encarceramento, por suspeita de espionagem, em vez de me prestar assistência hospitalar, dadas as condições de debilidade física em que me encontrava - Quatro anos depois, era depôsto por seu sobrinho Teodoro Obiang Nguema Mbasogo),actual Presidente da Guiné Equatorial, então Comandante das Policias e das Forças Armadas, o qual, felizmente, teve a humanidade e o bom senso de me chamar ao seu gabinete e ordenar a minha libertação.
A Guiné Equatorial foi governada dez anos, sob a tirania de Francisco Macías Nguema , que chegou a dar o seu nome à Ilha de Fernando Pó, - Era ele que ainda governava. em 1975, quando, depois de eu ter andado à deriva 38 dias, a bordo de uma frágil canoa, as correntes e os ventos me arrastaram para uma recôndita baía de Bioko, tendo ordenado o meu encarceramento, por suspeita de espionagem, em vez de me prestar assistência hospitalar, dadas as condições de debilidade física em que me encontrava - Quatro anos depois, era depôsto por seu sobrinho Teodoro Obiang Nguema Mbasogo),actual Presidente da Guiné Equatorial, então Comandante das Policias e das Forças Armadas, o qual, felizmente, teve a humanidade e o bom senso de me chamar ao seu gabinete e ordenar a minha libertação.
ILHAS HÁ MUITO POVOADAS
"Primeiro os cartagineses e depois os árabes
preludiaram a gesta concretizada em pleno no século XV pelos portugueses e
castelhanos. As provas que fundamentam a presença dos argonautas antigos nestas
paragens acumulam-se e vêm sendo apontadas desde o século XVI como o
testemunham alguns cronistas, como António Galvão, Damião de Góis e Gaspar
Frutuoso. Todavia o empenhamento da historiografia nacional nas reivindicações
imanentes da partilha oitocentista do continente africano conduziu a uma
opinião afirmativa, mantida até à actualidade, da prioridade lusíada no
conhecimento do Atlântico ocidental, oriental e Índico."portugaleilhasatlanticas..
O QUE CONTRIBUIU PARA QUE AS ILHAS DO GOLFO DA
GUINÉ FOSSEM CONHECIDAS E CARTOGRAFADAS, NA ANTIGUIDADE, DEVE-SE, TAMBÉM EM BOA
PARTE, AO RIO NÍGER.
Em torno das margens do Níger, formou-se uma civilização, quase da
mesma maneira que o Nilo, no Egipto. .A qual levou a que ambas mantivessem
estreitas ligações, quer por mar quer por terra. Esta terá sido uma das razões
pelas quais os povos da antiguidade, terão navegado, desde o mediterrâneo até
ao Golfo da Guiné e tomado conhecimento da existência destas Ilhas. Se outra
explicação não houvesse para que os povos ribeirinhos, partissem em sua
demanda, bastaria a informação, que não deixaria de ser prestada, por parte
daqueles pioneiros e destemidos navegadores.Que acabariam por cartografar o
continente africano, muito antes do Infante ter convidado os especialistas e
estudiosos, oriundos dessas culturas, que haviam estabelecido tais ligações
laços.
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