No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre a águas
Porém, “dias virão em que não ficará pedra sobre pedra” – Disse Cristo, aos apóstolos
PARAÍSO PERDIDO" - NÃO ESPEREM MELHORES DIAS - ATÉ QUE, DOS ESCOMBROS, RESSURJA UMA NOVA HUMANIDADE
Hoje vou aqui falar do poeta Inglês, John Milton (1608-1674), Autor de "O Paraíso Perdido", um dos poemas épicos mais importantes da literatura universal – Um defensor da conclamação à liberdade de imprensa, dedicou-se de corpo e alma à causa da liberdade, que lhe haviam de custar a fragilidade da sua saúde e até a cegueira Referem notas da sua biografia que ficava até altas horas da noite, preso em sua escrivaninha, sob a luz fraca de uma vela. – No fundo também é este o meu atual modo de vida de isolamento e de meditação: de muitas noites seguidas sem me deitar; não por que me falte a vontade de repousar mas pelas muitas cogitações e análises, em que me envolvo no dia a dia
E do fumo das labaredas e das cinzas se abrirá nova luz
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Os demónios decidem corromper esse novo ser e desviá-lo do Criador, seu inimigo. Entrementes, no paraíso, Deus segreda a seu Filho a iminente transgressão do homem e todo o sofrimento que se lhe seguirá, e o Filho se oferece a si mesmo em sacrifício pela redenção da humanidade. Para assegurar que o homem seja responsável por seus atos, Deus envia um anjo para notificar Adão e Eva do perigo; no entanto, a despeito da advertência, Eva é seduzida por Satanás, então no corpo de uma serpente, e come o fruto proibido, fazendo-o comer também a Adão. Os pais da humanidade são expulsos do Jardim do Éden e tomam conhecimento, como toda a sua descendência, do pecado e da morte; mas uma revelação do futuro consola o primeiro homem, que testemunha o nascimento e a morte do Cristo e a remissão dos nossos pecados. https://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADso_Perdido
PELA PAZ NO MUNDO - QUE O ENVIADO A JERUSALÉM ILUMINE A HUMANIDADE DA
LUZ REDENTORA E PACIFICADORA E A LIVRE DOS ÓDIOS, DA TIRANIA DOS EGOÍSMOS E DAS
CINZAS DESTRUIDORAS - -
MEU PREITO EM LOUVOR AO CRIADOR DO UNIVERSO E AO POETA MILTON JOHN -
POEMA SOBRE A SUA CEGUEIRA
Nesta tão vasta e mais sombria terra,
E que esse dom que a só a Morte cerra
Inútil mora em mim, embora a vida
N´alma me seja ao Criador rendida
E a mais prestar-lhe a conta que não erra
“A quem, negada
a luz, a treva encerra,
Calcula Deus a quotidiana lida?”
Pergunto ansiosamente . E a paciência
O murmurar me cala “El´não precisa
Dos dons de um só em cada humana esfera.
Se El´convoca os seus fiéis, e com ardência
Que milhar´s correm para onde Ele pisa.
Também o serve
aquel´que fica e espera.”
PARAÍSO PERDIDO, Livro IV, vs 288-324 - (excerto)
Eretos como Deus, de honra vestidos
Em numa majestade, pareciam
Senhor de todo o ser, pois no divino
Aspeito e glória do Criador brilhava,
Severa santidade, sábia e pura
Mas em filial só liberdade posta,
Do que decorre autoridade humana:
Não sendo iguais, que o sexo o não par´cia:
Feito El´para visões, para a coragem,
Para a doçura e para as graças el;
Para Deus el´e ela para Deus nele,
A fronte vasta e dele o olhar sublime
Domínio declaravam, e as madeixas
Na testa se apartando
lhe desciam
Mui virilmente até aos ombros largos
As comas de ouro dependuradas tinha,
Em caracóis sensuais que se enrolavam
Tal como de eras as gavinhas curvas,
Sujeição insinuando, todavia
Solicitada no gentil ondear,
E por ela cedida, aceite dele,
Cedida com timidez, púdico orgulho
E doce relutante, odiado amor,
Ocultas não as misteriosas partes
Levavam sem vergonha, ó desonesta
Das obras da Natura, Honra sem honra,
Em pecado criada, quanto mal
À gente humana tens, Vergonha, feito,
Com simples aparências de pureza,
Roubando à vida a imaculada fonte!
E assim surgiam nus e não temiam
De Deus ser vistos ou dos Anjos, Iam
De mãos dadas os dois, o par mais belo
Que desde sempre se enlaçou de amor –
Adão, da Humanidade o homem mais santo,
E a ais formosa das mulheres: Eva
É claro que o mundo nunca foi um lugar de paz, de amor e de concórdia. E guerras, as mais terríveis, barbaridades, sempre as houve Só que, há umas décadas atrás, sim, antes da descoberta do nuclear, os conflitos, as guerras, quando as havia, eram regionais, de um ou vários países, ou até mesmo intercontinentais, tal foi o caso da 1ª e da 2ª guerra mundial, mas agora, a ameaça pendente pode ser bem mais destruidora e global.
Em vez de fazer varrer duas cidades, como foi o caso de Hiroxima (25 de Julho de 1945) e Nagasaki (6 de Agosto) - até parece que o calor do verão perturba ou enlouquece os nervos dos dirigentes das nações – pode muito bem destruir por completo um ou mais países, num simples premir de um botão.
AS ARMAS NUCLEARES NÃO ESTÃO NAS MELHORES MÃOS
A NATO, liderada pelos americanos, invadiu o Iraque, a pretexto de que, Sadam, estaria na posse de armas químicas e nucleares, destroçaram um país, que ainda hoje não se reencontrou. Fizeram o mesmo à Líbia, matando Kadhafi, destruindo vilas, aldeias e cidades, provocando a morte de milhões de pessoas, a que deram o nome de Primavera Árabe - Eu diria a Primavera da Roubalheira do Petróleo.
O mesmo estão fazendo na Síria, levantando o fantasma de arsenais químicos, deixando o país de rastos, com o inevitável sofrimento de imensas vidas inocentes. E agora qual o capítulo que se vai seguir?!...
Se ressuscitasse
da tumba e pudesse recuperar da cegueira e retomar a inspiração poética, que versos hoje escreveria, John
Milton, autor do Paraíso Perdido?... Porventura, nem sequer já empregaria a
palavra “Paraíso”, porque, este, desde há muito, já nem sequer existe nas Ilhas
tropicais, mais remotas, senão nos slogans turísticos para atrair os mais
endinheirados – A Natureza é
continuamente agredida e os velhos costumes, artificializando-se e pervertendo-se
pelo desenfreado individualismo da sociedade de consumo.
DE
500 MARAJÁS A 50 MAIS RICOS DA TERRA
Na
Índia do tempo colonial, falava-se dos 500 marajás, que podiam dar-se aos
prazeres de terem centenas de esposas, além de amantes e concubinas. É referido
que “Gandhi, querendo expulsar os ingleses da Índia, se reuniu com cada um
desses marajás, que perderam o poder político em favor da unidade indiana,
criando assim a República da Índia”. Agora, já não haverá 500 marajás mas
talvez pouco mais de 50 e grande parte deles, são os homens mais ricos da Terra
- A Nova Ordem Global, que tem vindo a
extinguir a classe média e a fazer com, que, cada vez, os pobres sejam mais
pobres e os ricos, mais ricos, também fez mossa nos marajás indianos, que foram
absorvidos por um mais reduzido punhado
Também o escritor e ensaísta, Vergílio, lançara o seu alerta, dizendo: Este é o tempo do insólito, do vigário, do
capricho, da mentira, da falsificação, do cheque sem cobertura, da
banha-da-cobra. Não temos um estalão para nada (...) Hoje tudo é possível
porque nada é possível. Hoje a verdade não se demora até ser mentira mas uma e
outra se convertem mutuamente e são ambas válidas na sua mútua referência ,
sendo a mentira a verdade e ao contrário. Hoje é o tempo dos aventureiros, do
medíocre, do sagaz da esperteza, que é a inteligência da astúcia. – Vergilio Ferreira
“…. Hoje é o tempo de se ser estúpido
porque o inteligente não há razão para não ser mais estúpido do que ele. Hoje é
o tempo de todos os caminhos estarem desimpedidos porque não é possível um
sistema alfandegário. Hoje é o tempo de todos os contrabandos porque não há
razão para um sistema fiscal. Hoje é o tempo da noite para todos os gatos terem
a mesma identidade. Hoje é o tempo de tudo ser o tempo de. Hoje é o tempo de
tudo, portanto de nada. Hoje é o tempo de se não ser. Levanta em ti, se
puderes, o que te resta de homem, para seres alguma coisa – Vergílio Ferreira .
In Pensar
"NO GRAU ZERO DA
CIVILIZAÇÃO”
“Estamos no grau zero de
uma civilização e não há absolutamente nada visível para além de nós próprios.
Nenhuma causa se pode inventar para se morrer por ela, como foi sempre grande
sonho do homem. É o vazio do irrespirável e temos que o respirar. Todos os
mitos se dissiparam e nada hoje em nós segregar um novo. Estamos no grau zero .
E só em nós próprios podemos inventar o
calor que nos reanima. 10 de Sete –
Vergílio Correia – Conta Corrente - 1990
– E ainda a procissão ia no adro
ESTA É TAMBÉM "A ERA
DO VAZIO" - AGORA ASSOCIADA AO LIBERALISMO SELVAGEM
O liberalismo é a faceta
mais cruel do capitalismo selvagem, deixando o cidadão á mercê dos mais
poderosos, dos países, quer os governados pelas chamadas pseudo-democracias
ocidentais, quer por castas (caso da índia e do Paquistão, que, além de se
apoderarem do património dos seus países, podem corromper e comprar o
património de outras nações) e também
dos milionários do chamado capitalismo
do Estado Chinês, que nada tem a ver com socialista defendido por Mau Tsé-Tung
e que estão a perverter e a estender o
seu império a nível global, sem toda terem necessidade de pegar numa arma – Se bem que um dia o venham a
fazer, quando algum governante, lhes tentar sacudir os seus tentáculos – Mas,
então, já será tarde demais - Porque,
este de peste depois de contagiada, é
incurável.
A
NOVA ORDEM GLOBAL – QUE IMPÔS O LIBERALISMO SELVAGEM - Foi prevista pelo autor da "Era do Vazio", por Gilles Lipovetsky. obra publicada
inicialmente em 1983 e que então analisava a sociedade dita pós-moderna,
dissertando sobre as novas atitudes do indivíduo que se manifestam no mundo
ocidental, atitudes essas que, segundo ele, traduzem uma perda de importância
da esfera pública, bem como das suas instituições coletivas (sociais e
políticas), que vai cedendo perante a emergência do individualismo de tipo
narcísico e hedonista, naquilo que seria uma «segunda revolução individualista»
Esta é a sociedade
contemporânea, que, Gilles Lipovetsky, intitulou nos eu livro de A Era do Vazio” . E, nessa altura, à era do Vazio, ainda não
se havia associado o liberalismo selvagem, que caracteriza os dias que
passam. - Eis, em breves traços, que ele
descreve na sua obra:
“O despejo/vazio da sensação, do prazer, o
vazio dos sentimentos e das ideias, faz com que aumente a angústia e o
pessimismo. A infelicidade e a indiferença crescem e com isso surgem alguns
problemas ditos de uma sociedade moderna, como o caso do suicídio. O suicídio é
incompatível com uma sociedade indiferente e o desespero dessa indiferença faz
com que seja definido pela depressão. O isolamento do individuo faz com que
essa solidão seja maior e que mesmo que peça para ficar sozinho, este pode não
se suportar.
Todavia ainda há quem abra os braços e vá resistindo |
(..). . A sociedade passa a ser vazia da
função da comunicação e personaliza e dessocializa as obras, criando códigos e
mensagens por medida, confundindo o espectador através da divisão do sentido e do
não-sentido. A obra passa a ser aberta de interpretações. Numa sociedade
moderna da era do consumo liquida os valores, costumes e tradições, emancipando
o individuo, faz com esteja ao acesso de todos, reduzindo a diferenças
instituídas entre sexo e gerações. O individuo passa a ter necessidade de se
redescobrir, ou de se aniquilar enquanto sujeito, exaltando assim as relações
interpessoais. Como modernismo existe também uma crise espiritual susceptivel
de levar ao abalo das instituições liberais.
Numa sociedade moderna
existe o culto dos mitos cómicos e o divertimento ocupa um lugar fundamental. A
ironia, a sátira é um humor recorrente numa sociedade moderna. Ressuscitam
tradições como Carnaval, onde se poderá utilizar o humor satírico para criticar
algo que pensam estar mal, embora o Carnaval de hoje em dia não tenha a mesma
carga tradicional como antigamente. Na publicidade muitas das vezes também
utilizado o humor direcionado para mostrar a verdade sobre a publicidade, que é
desprovida de mensagem e não é uma narrativa, nem uma ideologia, é apenas uma
forma vazia de valores sociais e institucionais que fazem com que na realidade
não transmitam nada. – Excerto de “A Era do Vazio” - Gilles Lipovetsky
ENTÃO QUE NOS ESPERA, DEPOIS DE ISTO E DO MAIS QUE AINDA ACONTECERÁ? – Num artigo de minha autoria, que publiquei no suplemento do Extinto Diário Popular, eu imaginei que, dias virão, em que, das cinzas e dos poucos que sobreviverão, se empreenderá outra caminhada e se levantarão outras espécies e outros seres. –
ERA DO PÓS-HOMEM, DEPOIS DE RENASCER DAS CINZAS - DP – 21-5-77 - NA PEUGADA DO MUNDO DO PÓS-HOMEM - O PERÍODO DE VIDA PODERÁ DUPLICAR OU TRIPLICAR
Pelas leis naturais do princípio evolucionário, que de modo algum penso ter esgotado todos os seus infindáveis recursos para a cedência e inspiração de novos valores e artificialismos no capítulo das espécies vivas, é mais que evidente e logicamente admissível que a passagem de ser humano para outro ser qualquer se irá consumar com incrível progressividade no seu imparável percurso pelos tempos vindouros
Não alimento a menor incerteza. Tal facto será inevitável. O ser humano primeiramente começará por ultrapassar a sua inteligência. Daí em diante desenvolverá exordiaria força torça produzida pela sua mente, cuja energia libertada e concentrada pela atenção poderá vir a atingir poderes com uma capacidade mais poderosa que qualquer das bombas atómicas que se constroem actualmente. Ou não será através da sua mente que as mesmas são concebidas e construídas? E, pela ordem natural das coisas, o progenitor e artificiador de determinada coisa ou objecto é sempre superior a essas criações. Inclusivamente, além de lhe saber dar o destino que melhor entender, mesmo que se trate de um engenho explosivo, pode despoletá-lo. Ora o engenho por si não o pode fazer. Claro que até pode servir para a autodestruição da mente que o imaginou. Bem, mas até isso ainda dependerá do seu querer. LEIA O
TEXTO INTERAL EM
TEXTO INTERAL EM
John Milton (1608-1674) foi um poeta inglês, um dos principais representantes do classicismo de seu país. Autor de "O Paraíso Perdido", um dos poemas épicos mais importantes da literatura universal.
John Milton (1608-1674) nasceu em Cheapside, Londres, no dia 9
de dezembro de 1608. Filho de John Milton Senior e Sara Jefferey. Estudou na St
Paul's College, em sua cidade natal. Em 1625 ingressa no Christ's College, em
Cambridge.
Em 1631, antes de se formar, começou a escrever os primeiros
poemas e sonetos em latim, italiano e inglês. Sentia-se predestinado ao ofício.
Foi tutor do teólogo americano Roger Williams. Em 1632 concluiu o curso e
tornou-se Mestre de Artes. Viajou para França e para a Itália, onde fez amizade
com Galileu Galilei.
De 1641 a 1660, também escreveu em prosa, peças teatrais,
artigos e ensaios sobre política e religião. Em 1642 casa-se com Mary Powell,
de 16 anos. Depois de um mês o casamento é desfeito. Lutou em defesa da lei que
permitisse o divórcio. Depois de dois anos Mary retorna. Juntos tiveram quatro
filhos. Em 1652 Mary falece com complicações do parto do quarto filho. Em 1656
John casa-se com Katherine Woodcock. Em 1658 fica novamente viúvo.
Participou da vida política do país. Em 1644 publica
"Areopagitica", uma conclamação à liberdade de imprensa, sem
preocupações com direitos autorais.Em 1649 apoia o movimento liderado por
Oliver Cromwell, defensor do puritanismo britânico. Quando Cromwell se
tornou ditador da República Inglesa, nomeou Milton um de seus
secretários. Dedicou-se de corpo e alma à causa da liberdade. Ficava até altas
horas da noite, preso em sua escrivaninha, sob a luz fraca de uma vela.
Após a publicação de vários discursos controvertidos, e com a
restauração da monarquia, foi preso, junto com todos os partidários de
Cromwell. Nesse período fica cego e com a saúde frágil, foi libertado
pouco tempo depois. Casou-se pela terceira vez em 1663, com uma jovem de 25
anos, e viveu os últimos anos de sua vida em dificuldades financeiras.
Já completamente cego dita o poema "O Paraíso
Perdido", sobre a queda de Lúcifer e o pecado original, que foi publicado
em 1667. Quatro anos depois, lançou "O Paraíso Reconquistado", uma
sequência do primeiro poema, onde Cristo vem à Terra reconquistar o que Adão
teria perdido.
John Milton faleceu em Chalfont st Giles, Inglaterra, no dia 8
de novembro de 1674. https://www.ebiografia.com/john_milton/
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