Jorge Trabulo Marques - Jornalista
.
As minhas condolências à família enlutada e o meu
abraço amigo aos jornalistas santomenses, solidário e sentido pela perda do muito querido e estimando companheiro da sua nobre mas muito espinhosa profissão - Embora as ilhas sejam pacificas, em toda a parte o jornalista é geralmente o alvo dos erros ou pressões do políticos e uma profissão de alto risco - Pois quantos não morrem anualmente ou por via de acidentes, em zonas de conflitos ou assassinados -
NUM MEIO PEQUENO SER JORNALISTA - COMPETENTE E LIVRE DE PRESSÕES NÃO É FÁCIL
Relatório da
Unesco mostra que 86 jornalistas foram mortos em 2018 – Os enviados
especiais às vezes morrem em zonas de guerra, mas os jornalistas locais que
investigam corrupção, crime e política são as maiores vítimas. Eles representam
90% dos repórteres assassinados, segundo a Unesco. As mulheres na profissão
também são um alvo particular, vítimas de assédio sexual e abuso pela Internet. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/11/02/relatorio-da-unesco-mostra-que-86-jornalistas-foram-mortos-em-2018.ghtml
Nas minhas peregrinações que fiz, quando ali voltei
39 anos depois, foram até alguns amáveis jornalistas que amavelmente me acompanharam a
vários pontos da ilha, tal como documento com estas duas imagens - E muitas outras que tenho no meu arquivo
A comunicação social, em S. Tomé e Príncipe, está de luto: perde uma das figuras populares do canal de televisão privado, digital, TV Andim, o jornalista Adler Santiago, vitima de acidente de viação.
Era uma das imagens simpáticas e
dinâmicas, uma presença nos ecrãs da televisão,
sorridente e amável, da TV Andim, nomeadamente, no campo das entrevistas
e reportagem
O infausto acontecimento,
assinalado pela imprensa local, com sentida consternação, a que nos associamos deveu-se ao choque da
sua motorizada com um jipe: pois, os baixos salários também aqui atingem os
profissionais da comunicação social, que
tèm que recorrer ao transporte mais económico, que, justamente, por esse
facto, é também aquele que costuma correr mais riscos e ensombrar as estatísticas do trânsito.
Adeus Adler Santiago…
Foto Téla Nón |
O jornalista, Abel Veiga, do Téla Nón, num artigo intitulado, "Enfim... Adeus Adler Santiago, recorda-o
como um Jovem humilde, um jornalista dedicado, frisando que "a Comunicação
Social, perdeu um dos seus mais promissores jornalistas. Que a sua alma
descanse em paz. https://www.telanon.info/sociedade/2019/01/22/28550/enfim-adeus-adler-santiago/
Por sua vez, são também de profundo pesar as palavras expressas na redes sociais, com a sua imagem .
“Além de serviços de reportagens, Adler
de Barros Santiago, formado numa universidade cabo-verdiana, conduzia também
programas de debate bem como apresentação de outros géneros jornalísticos nesta
estação privada de TV digital Andi
STP-Press |
Por seu turno, a agência STP-Press, fala
do profissional que fez a diferença no
mundo do jornalismo são-tomense pelo seu rigor e pela sua imparcialidade” –
consideração publicada esta no Site oficial da Andim TV face ao fatal acidente”
Além de serviços de
reportagens, Adler de Barros Santiago, formado numa universidade cabo-verdiana,
conduzia também programas de debate bem como apresentação de outros géneros
jornalísticos nesta estação privada de TV digital Andim. http://www.stp-press.st/2019/01/19/morreu-jornalista-sao-tomense-da-tv-andim-vitima-acidente-viacao/
EIS O QUE DISSEMOS
NESTE SITE, EM 5 DE MAIO DE 2017
Jornalismo profissão de alto risco – Em 2016 foram mortos 115 jornalistas – Brasil lidera ranking de jornalistas mortos - Mas há um pequeno país no mundo, dos mais pacíficos, onde “Falar Não Pode “ – Onde um Primeiro-ministro confunde jornalistas com guardas presidenciais armados e faz censura na rádio e televisão - No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas: lembrou que “precisamos que todos defendam nosso direito à verdade”.
EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE NINGUÉM É MORTO POR EXPRESSAR A SUA OPINIÃO – É UMA TERRA MARAVILHOSA E PACIFICA – Mas, atualmente, diz o presidente da Associação dos jornalistas São-tomenses (AJS), Juvenal Rodrigues, que a situação dos profissionais da comunicação social assemelha-se a de um "país que vive num estado de exceção disfarçado".
TÉLA
NÓN - "Parece que o país vive num estado de exceção disfarçado, porque
há comissários políticos e agentes que gravam conversas, mesmo em
situações de convívio", disse Juvenal Rodrigues na IV conferência anual
por ocasião de 03 de maio, Dia Internacional de Liberdade de Imprensa.
“A descarada censura que chega ao ponto de descaracterizar completamente certas matérias produzidas por jornalistas, a ponto dos autores não reconhecerem o trabalho que deixaram feito; a autocensura, a ausência de debates e do contraditório e a exclusão acentuaram-se consideravelmente desde outubro de 2014», prosseguiu o Presidente da Associação de Jornalistas de São Tomé e Príncipe.
“Bufaria” no seu auge no seio dos profissionais da comunicação social e não só. Uma democracia fragilizada. «Não
se pode falar verdadeiramente de um Estado de Direito Democrático neste
quadro. O democrata convicto não tem medo do contraditório, não receia
críticas e não alimenta a “bufaria”- passe a expressão. O pluralismo é
uma das características da democracia», frisou Juvenal Rodrigues.
Perseguição, é a lei decretada contra os órgãos de comunicação social, ou profissionais, que não se vergam a vontade do Chefe.
«A
perseguição tem outros contornos. Por exemplo, acabar com programas nos
órgãos públicos, cujos rostos não são militantes ou simpatizantes do
partido no poder. A tentativa de asfixiar economicamente os mesmos. Os
militantes e simpatizantes é que têm todos os direitos e mais alguns.
Existem casos em que a mesma pessoa é assistente de imprensa de vários
organismos estatais, além de estarem vinculados a órgãos públicos. Regra
geral, o apoio do Estado ao fomento de órgãos de imprensa privados
nunca foi expressivo, num país em que o mercado é inexpressivo e o setor
privado está de rastos. Mas atualmente, a situação piorou, com a
retirada de publicidade de empresas em que o Estado também é acionista,
naqueles títulos de imprensa fora do controlo do poder».
Pressão
contra os jornalistas que não abdicam da sua liberdade, atingiu níveis
invulgares e o Ministério Público, não consegue agir em tempo útil. «Outra
forma de pressão. O Sr.primeiro-ministro,Patrice Trovoada, acusou
publicamente numa entrevista difundida a 11 de setembro de 2016 pela TVS
e a Rádio Nacional, que jornalista independente recebeu arma de guerra
da Presidência da República. A Associação dos Jornalistas solicitou logo
depois ao Ministério Público com carácter urgente para investigar o
facto. Manifestou-se disponível a colaborar no que fosse necessário e
fê-lo. A verdade é que passados quase oito meses, o Ministério Público
ainda não divulgou o aguardado relatório», denunciou a Associação dos Jornalistas.
divulgou o aguardado relatório», denunciou a Associação dos jornalistas - Excerto de STP - “Falar não Pode” Mais detalhes sobre a verdade dita pela AJS no dia da liberdade de imprensa, podem ser conhecidos aqui – Discurso AJS
LUSA - (..) O
presidente do sindicato dos jornalistas e técnicos da comunicação
social (SJS), Helder Bexigas, denunciou, por seu lado, a marginalização
de alguns jornalistas nos órgãos públicos.
"Profissionais
experientes e competentes são marginalizados, humilhados e silenciados,
porque não se prestam a fazer o jogo da manipulação, da distorção dos
factos e até da mentira", disse Helder Bexigas.Excerto
de Dia mundial de liberdade de imprensa assinalado em São Tomé e
O
Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, reconheceu a "luta visível"
de muitos profissionais da comunicação social "para que a informação
seja divulgada com rigor e verdade".
O
presidente do Conselho Superior de Imprensa, o juiz do Tribunal de
Primeira Instância, Patrick Lopes, defendeu uma comunicação social
livre, independente e pluralista, que permita a todos os são-tomenses a
terem acesso a uma informação credível e diversificada".LUSA - Excerto
de Dia mundial de liberdade de imprensa assinalado em São Tomé e
LEVIANDADES E INCONSCIÊNCIAS DE UM PERIGOSO GOVERNANTE -
Eis o que dissemos neste site, em 18 de Setembro, a propósito das
acusações infundadas que fez a um jornalista - CONFUNDE JORNALISTAS COM
GUARDAS ARMADOS
.Nós
estamos a fazer um trabalho de recolha de armas!.... Bom, como é que um
jornalista recebe da Presidência da República, para seu uso pessoal,
uma arma de guerra?!... É jornalista?!... É jornalista?... É
independente?!... O que é que ele é?!... É mercenário?!...
Jornalista?!... É o quê?!...
- Mas o Sr, disse que não vai citar nomes? - Pergunta um dos entrevistadores
- Não vou citar nomes!
- E então por que é que o Governo não cita o nome?
-Não
vale a pena! O que eu estou simplesmente a dizer é que são práticas,
que, a mim me deixam um bocadinho duvidoso sobre a independência de
muitos jornalistas!...
Um
jornalista… é subjetivo, dizer que ele é independente e não é
independente!... Mas esse tipo de promiscuidade, de jornalista membro
nacional de partido, jornalistas que defendem armas da Presidência da
República, etc
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