Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador -C
A
GRANDE JORNADA CIVILIZACIONAL DE UM PEQUENO RECTÂNGULO À BEIRA MAR PLANTADO QUE DEU NOVOS MUNDOS AO MUNDO
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Estrimníos - Ofis - Cempsos - Lusitanos - Fenícios - Gregos -
Cartagineses - Celtiberos - Suevos - Visigodos - Romanos - Judeus -
Muçulmanos - Africanos - embora seja um pormenor desconhecido pela maioria dos portugueses, a
zona do vale do Sado foi povoado por escravos negros. Ciganos - Franceses e Cónios -
A atualmente povoados e casados por asiáticos casados, que também já são os grandes senhores da industria hoteleira e de variadissmas lojas e bancas - Os Lusos Nativos, atuais, estes, naturalmente, tenderão a desaparecer com a desertificação do Portugal profundo e da vida difícil nas grandes cidades, onde arranjar casa está acima de dois ordenados mínimos,
A atualmente povoados e casados por asiáticos casados, que também já são os grandes senhores da industria hoteleira e de variadissmas lojas e bancas - Os Lusos Nativos, atuais, estes, naturalmente, tenderão a desaparecer com a desertificação do Portugal profundo e da vida difícil nas grandes cidades, onde arranjar casa está acima de dois ordenados mínimos,
...........Que
da ocidental praia Lusitana/Por mares nunca de antes navegados/ Passaram ainda além da Taprobana,/Em perigos e guerras esforçados,/Mais do que prometia a força humana,/E entre gente remota edificaram/ Novo Reino, que tanto sublimaram
NO EXTREMO SUL DA PENÍNSULA IBÉRICA EXISTEM VESTÍGIOS E MARCAS DE UMA LONGA JORNADA HUMANA
Desde Paleolítico, Neolítico,
calcolítico, Idade do Ferro e do Bronze – Por aqui se fixaram e cruzaram
variadíssimos povos
Os sinais mais longínquos da sua presença vão além de
muitos milénios antes de Cristo ter nascido em Belém da Galileia – Tal como o
atestam as famosas gravuras do Vale do Côa, considerado
“o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Inscrito na Lista da Unesco como Património da
Humanidade em 1998, o Vale do Côa
http://www.centerofportugal.com/pt/vale-do-coa/
"Como
todo o emigrante, o chinês emigra sem outro fim que não seja o desejo de lucro.
Mas este processo migratório, de evolução vertiginosa em países como a França,
a Itália ou a Espanha, não foi acompanhado por uma integração social completa, https://voxeurop.eu/pt/content/article/2930321-mafia-chinesa-um-estado-dentro-do-estado
Mais paquistaneses e indianos casam-se com portuguesas -Há
cada vez menos casamentos em Portugal, mas a quebra é sobretudo nas relações
entre portugueses. Em 2008, foram oficalizadas menos 3043 uniões do que em
2007. No entanto, os indianos casaram-se quatro vezes mais e os paquistaneses,
duas vezes. E muitos com portuguesas. https://www.dn.pt/portugal/interior/mais-paquistaneses-e-indianos-casam-se-com-portuguesas-1333534.htmlA empresária angolana Isabel dos Santos soma e segue a sua participação financeira em empresas em todo mundo,compra tudo e mais alguma coisa,os seus negócios vão de vento em popa, reforçando a sua posição em todas as empresas que participa , não têm o problema de liquidez da maior parte dos outros investidores, Angola garante" Isabel dos Santos a Dona do dinheiro de Angola
Diz estudo que, “Ao contrário do que muitos pensam, os Lusitanos não foram o primeiro povo a habitar a região que hoje corresponde a Portugal.
(...)Refere estudo que explica que os ofis viveriam, principalmente, nas montanhas do norte de Portugal, incluindo a Galiza. Outros dizem que estes viviam na foz dos rios Douro. Este povo venerava as serpentes, daí Terra das Serpentes ou serpes.
Existem alguns estudos arqueológicos que mencionam
este povo e cultura. Alguns crêem que o dragão, muitas vezes representado como
um grifo e originário de uma primitiva serpente alada – a “Serpe Real”, timbre
dos Reis de Portugal e depois também dos Imperadores do Brasil, está
relacionado com este povo, ou com os celtas que mais tarde colonizaram a zona,
que por sua vez poderiam ter sido influenciados pelo culto ofi.
No século IV, o poeta romano Avieno, na Ora maritima, um documento inspirado
por uma viagem marítima, anotou “Oestriminis” (ou o extremo ocidente) povoados
pelos Estrímnios, um povo que vive naquela área desde há muito tempo, que
tiveram que fugir das suas terras depois de uma “invasão de serpentes” –
Excerto de https://www.vortexmag.net/antes-da-lusitania-quando-portugal-se-chamava-ofiussa-e-nele-viviam-os-ofis/
A GRANDE JORNADA CIVILIZACIONAL DA NOSSA ANCESTRALIDADE PÓS PRÉ-HISTÓRIA - MUITOS MILÉNIOS DEPOIS DOS HOMENS DO PALEOLÍTICO, TEREM HABITADO AS MARGENS DO DOURO, CÔA E NOUTROS PONTOS DO NOSSO PAÍS
A GRANDE JORNADA CIVILIZACIONAL DA NOSSA ANCESTRALIDADE PÓS PRÉ-HISTÓRIA - MUITOS MILÉNIOS DEPOIS DOS HOMENS DO PALEOLÍTICO, TEREM HABITADO AS MARGENS DO DOURO, CÔA E NOUTROS PONTOS DO NOSSO PAÍS
Outro interessante e aprofundado estudo, que tomámos a liberdade de aqui editar, revela que "os livros de História, quando mencionam os antepassados dos portugueses, fazem referência sobretudo aos Lusitanos, à presença Romana e aos Mouros.
No entanto, os povos que deram origem aos portugueses estão longe de ser apenas esses. Ainda antes dos Lusitanos, muitos povos habitaram o território que hoje corresponde a Portugal. Alguns desses povos não deixaram vestígios e tudo o que sabemos sobre eles provem da leitura das crónicas históricas dos gregos e dos romanos. É o caso, por exemplo, dos Estrimníos, dos Sefes ou dos Cempsos, cuja história apenas pode ser conhecida através das crónicas do escritor latino Avieno, no século IV.
Note-se
ainda que muitos povos são catalogados como pertencendo a tribos celtas
falar de todos eles é uma tarefa complicada. Exemplo disso são os
Tamagani, na zona de Chaves ou os Gróvios,
na zona do Minho. E há ainda algumas surpresas, como os escravos negros
que foram usados para povoar a zona do Sado ou os Franceses que vieram
povoar algumas partes do Alentejo no século XII. Descubra os 17 povos
antepassados dos portugueses, que deram origem
à nação que somos hoje.
1. Estrimníos
Os Estrímnios (em
latim: Oestremni são
dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni
significaria (povo do) extremo ocidente. Estendiam o seu território da
Galiza (Noroeste de Espanha) até ao Algarve. Este povo de hábitos rudes
dormia no chão, alimentava-se de carne de bode
e pão feito a partir de farinha de bolotas e praticava sacrifícios
humanos durante os quais examinavam as vísceras das vítimas para
predizer o futuro.
Castros
Vindos
de leste, chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa.
Estes eram menos numerosos que
os Estrímnios. No entanto, os Estrímnios eram um povo de agricultores
pacíficos e os Sefes, além de bons guerreiros, possuíam uma religião
mais desenvolvida e quase exterminaram os Estrímnios, tendo sobrevivido
apenas alguns povoados dispersos pelo território
que antigamente dominavam.
2. Ofis (ou Sefes)
A passagem dos Sefes como
força invasora pelas planícies do Alentejo encontra-se
arqueologicamente documentada, seja pelo desaparecimento súbito e
inexplicável de povoados na Serra de Huelva e nas duas margens do
Guadiana (o povoado de Passo Alto, na margem direita do Chança, é um
caso paradigmático), seja pela alteração do modelo de povoamento no
Alentejo Central, com as populações abandonando as suas quintas na
planície, sem preocupações defensivas, e recuperando ou construindo
grandes povoados fortificados, no cimo dos montes, como
se pode comprovar nos povoados da Serra d’ Ossa.
Fundam
uma primeira cidade, Dipo, que sobrevive até à época romana e que muito
acreditam estar no subsolo
de Évora Monte. E avançando para oeste e para noroeste fundam
sucessivamente Beuipo (Alcácer do Sal), Olisipo (Lisboa) e Colipo
(Leiria), avançando até às margens do Mondego. A terminação em “-ipo”
das povoações que fundaram (os topónimos que o tempo não devorou),
não nos ilude quanto à sua proveniência, pois a esmagadora maioria dos
povoados em “-ipo” encontra-se a sul do Guadalquivir.
3. Cempsos
Cromeleque do Xerez |
Os
Cempsos foram uma tribo que habitou o sudoeste da Península Ibérica na
Antiguidade. Habitavam a região
do Cinético, nome dado na Antiguidade ao Algarve, e faziam parte dos
cinetes, motivo pelo qual, mais tarde, Avieno deu o nome de lugum
cempsicum ao actual cabo Espichel. Os cempsos viveram na região
conhecida como Cuneum Ager (“Campo Cónio”), sendo assim uma
variante étnica dos cónios, talvez com fortes influências lígures ou
célticas.
Estas
hipóteses, no entanto, permanecem em aberto, na falta de qualquer
indício significativo que permita
elucidar melhor esta questão. Nicolae Densusianu, na sua obra Dacia
Pré-histórica, localiza a tribo dos cempsos nas proximidades do Cănicea,
numa aldeia da Roménia habitada nessa época pelos coniscos. Os cempsos
terão fundado Sesimbra.
4. Lusitanos
Lusitanos |
Os lusitanos são
normalmente vistos como uns dos antepassados dos portugueses do centro e sul do país e dos extremenhos. Eram um povo celtibérico que
viveu na parte ocidental da Península Ibérica. Primeiramente, uma única
tribo que vivia entre os rios Douro e Tejo ou Tejo e Guadiana. Ao norte
do Douro limitavam com os galaicos e astures – que constituem a maior
parte dos habitantes do norte de Portugal
– na província romana de Galécia, ao sul com os béticos e ao oeste com
os celtiberos na área mais central da Hispânia Tarraconense.
A figura mais notável entre os lusitanos foi Viriato,
um dos seus líderes no combate aos romanos. Apesar de as fronteiras da
Lusitânia não coincidirem perfeitamente com as de Portugal de hoje, os
povos que aqui habitaram são uma das bases etnológicas dos portugueses
do centro e sul e também dos extremenhos (da
Extremadura espanhola).
5. Fenícios
Os
Fenícios eram um povo de navegadores e comerciantes originário do
actual Líbano e da zona costeira da moderna
Síria. A abundância de peixe das nossas costas interessou os Fenícios
na pesca e na salga de peixe, mas também na procura de metais, como a
prata, o cobre e o estanho.
Traziam
produtos, como tecidos, vidros, porcelanas, armas e objectos de adorno,
para fazerem as suas trocas
comerciais. Fundam as Feitorias, isto é, uma espécie de postos
comerciais, no litoral. Criaram o primeiro alfabeto, constituído por 22
consoantes, e utilizaram o papiro para escreverem. Infelizmente, em
termos materiais e arquitectónicos temos poucos vestígios
sobre este povo (o subsolo do claustro da Sé de Lisboa é um dos poucos
exemplos).
6. Gregos
Os
Gregos chegaram depois à Península, concorrentes comerciais dos
Fenícios, fundam várias colónias, tais
como Alcácer do Sal. Estes introduziram a civilização helénica no Sul e
Leste da Península. Como vestígios da sua presença deixaram a ânfora
(uma das primeiras peças para armazenar mantimentos), vasos e moedas.
Embora se considerem lendas, diz-se que Ulisses
fundou Lisboa, e o filho deste, Abidis, fundou Santarém.
A
maior contribuição grega na cultura das populações deste território foi
sem dúvida a noção de moeda, que
começou a ser cunhada localmente em Emporion no século V a.C. e em
Rodes no século seguinte. Esta prática, porém, só se tornou corrente nos
restantes territórios da Península Ibérica nos anos posteriores e sob a
influência de Cartago.
7. Cartagineses
Os
Cartagineses descendiam dos Fenícios. Estes dedicam-se ao comércio de
metais e à salga de peixe. Atribui-se-lhes
a fundação de Portimão e outras colónias de pescadores na costa
algarvia. Além de grandes comerciantes, os cartagineses eram também
grandes exploradores. Algures entre o ano 500 aC e 420 aC, o almirante
cartaginês Hanão organizou uma expedição para efectuar
comércio marítimo em torno da costa africana, possivelmente para fundar
colónias a sul.
Muitos
historiados crêem que ele terá chegado até à Serra Leoa e ao Golfo da
Guiné, mas não é provável que
tenha estabelecido rotas permanentes de comércio. Não existe prova
concreta que tenham comerciado além de Marrocos. Porém, a viagem à Serra
Leoa é descrita com algum pormenor. Conta-se que Hanão passou no
estreito de Gibraltar com sessenta navios de 50 remos
cada. Navegou para lá da Serra Leoa e fundou as cidades de Mogador e
Agadir, onde construiu templos. Terá pensado, ao ver-se frente às tribos
locais, ter encontrado os “inóspitos etíopes”.
8. Celtiberos
Os
celtiberos são o povo que resultou, segundo alguns autores, da fusão
das culturas do povo Céltico e a do
povo Ibero, nativo da Península Ibérica. Habitavam a Península Ibérica,
nas regiões montanhosas onde nascem os rios Douro, Tejo e Guadiana,
desde o século VI a.C.. Não há, contudo, unanimidade quanto à origem
destes povos entre os historiadores.
Para outros autores, tratar-se-ia de um povo Celta que adaptou costumes e tradições iberas. Estavam organizados
em gens,
uma espécie de clã familiar que ligava as tribos, embora cada uma
destas fosse autónoma, numa espécie de federação. Esta organização
social e a sua natural belicosidade, permitiram a estes povos resistir
tenazmente aos invasores Romanos até cerca de 133 a.C.,
com a Queda de Numância. Deste povo desenvolveram-se, na parte
ocidental da Península, os Lusitanos, considerados pelos historiadores
como os antecessores dos portugueses, que viriam ser subjugados ao
Império Romano no século II a.C..
9. Suevos
Os Suevos começaram
por ser guerreiros e lavradores. Depois tornaram-se conquistadores e
alargaram o seu reino para sul, até ao rio Tejo. Converteram-se ao
catolicismo, por influencia de S. Martinho de Dume. Fundaram o Reino dos
Suevos, com a capital em Braga. Esta tornou-se
um grande centro de fé e de cultura. Com a expansão do reino para sul,
os Suevos instalaram-se em Portucale, na foz do rio Douro.
Segundo
o historiador Dan Stanislawski, o norte de Portugal tem ainda fortes
influências dos suevos. A característica
mais evidente é a prevalência de pequenos terrenos rurais (o que
contrasta com o sul de Portugal, onde se encontram mais latifúndios). O
arado quadrado e o espigueiro também foram deixados por este povo. Na
toponímia, nomes como Freamunde ou Guilhofrei evocam
origens germânicas.
10. Visigodos
Os
Visigodos chegaram à Península Ibérica no ano de 416. Aqui fundaram um
reino, submeteram os Suevos e ficaram
a dominar longos anos em todo o território. O reino dos Visigodos
estava organizado numa monarquia absoluta, com a capital em Toledo.
Estes publicaram o Código Visigótico e estabeleceram uma sociedade
formada pelo clero, nobreza e povo. Eram grandes artistas,
em especial na fabricação de jóias. A pouca arte visigótica que ainda
podemos admirar em Portugal está na ourivesaria e na arquitectura.
No
que diz respeito a edifícios, temos a Capela de S. Frutuoso de
Montélios, perto de Braga, a Igreja de S.
Pedro de Balsemão, nos arredores de Lamego, e a Igreja de S. Gião da
Nazaré. Claros traços visigóticos presentes em alguns espaços são o arco
de ferradura e a planta em forma de cruz das igrejas. Também deixaram
um importante trabalho na área jurídica. Escreveram Liber
judiciorum, uma obra que forneceu as bases do pensamento jurídico
na era medieval na Península Ibérica. Também relevantes foram o Código
de Eurico, a Lex
romana visigothorum.
11. Romanos
Templo Romano de Évora |
É dos povos que mais heranças nos deixaram: o latim, a numeração romana, pontes, estradas, aquedutos e cidades
(o mais famoso centro urbano romano é em Condeixa, onde existem as ruínas da antiga cidade romana, Conímbriga).
A calçada portuguesa é também uma criação dos romanos. O vinho, o pão e o azeite eram muito admirados pelos
romanos. A lei do mundo ocidental ainda hoje tem uma notória influência romana.
12. Judeus
Até
à época da Inquisição existiam muitos judeus em Portugal com grande
influência na sociedade. Muitos judeus
desempenharam um trabalho relevante para o sucesso das descobertas
portuguesas nos séculos XV e XVI, trabalhando na áreas da matemática, de
astronomia e de cartografia.
Nesse
sentido, desenvolveram grandes instrumentos científicos. Tomar e
Coimbra são ainda cidades que apresentam
alguns traços da arquitectura judaica do passado (como fontes). Já em
plena época de perseguição, deixaram marca na gastronomia, com a famosa
alheira de Mirandela (Trás-os-Montes).
13. Muçulmanos
A
presença muçulmana em Portugal durou 500 anos, sendo assim natural que
tenha deixado uma forte herança.
Temos alguns bairros em Portugal que preservam o mesmo aspecto do tempo
dos muçulmanos (como a Mouraria e Alfama), e a casa tradicional do
Alentejo e Algarve (chaminés e açoteias) com o estilo muçulmano.
Na
agricultura, o tanque, a nora e os canais de rega foram invenções
islâmicas. Trouxeram árvores/alimentos como a oliveira, limoeiro,
laranjeira, abóbora, cenoura,
arroz e a figueira. Também nos doces há intervenção muçulmana: arroz
doce, aletria, açúcar. No nosso actual vocabulário, quase todas as
palavras que começam por
Al têm origem muçulmana.
14. Africanos
Mulatos |
Embora seja um pormenor desconhecido pela maioria dos portugueses, a
zona do vale do Sado foi povoado por escravos negros. É
frequente atribuir-se ao Marquês de Pombal a iniciativa de promover a
fixação de populações negras no vale do Rio Sado. Mas não é verdade.
Existem registos paroquiais e do Santo Ofício que referem a existência
de uma elevada percentagem de negros e de mestiços
em épocas muito anteriores a Pombal. Segundo tais registos, já no séc.
XVI havia pessoas de cor negra vivendo nas terras de Alcácer.
No séc. XVI, muitos
portugueses embarcavam nas naus, o que agravava ainda mais o défice
demográfico existente. Terá sido esta a razão por que, naquela época, os
proprietários das férteis terras banhadas pelo Sado
terão resolvido povoá-las com negros, comprados nos mercados de
escravos. Os mulatos do Sado dos nossos dias são, portanto, descendentes
desses antigos escravos negros.
15. Ciganos
Segundo
alguns documentos, os ciganos estão radicados em Portugal há cerca de
500 anos, tendo vindo do Nordeste
da Índia. Um movimento migratório feito através de longas caminhadas e
que levou alguns grupos a ficar pelos países que estavam nas suas rotas
de passagem. Esses movimentos originaram a apropriação de culturas e
línguas diferentes, mas com raízes comuns. A
história dos ciganos em Portugal nunca foi fácil.
s
O
primeiro grupo que chegou a Portugal em meados do século XV terá
causado alguma estranheza, devido ao facto
de ser um povo com uma língua estranha e que se vestia de forma
exótica, com hábitos e culturas diferentes. Factores que tanto atraíam o
interesse da sociedade, como também afastavam. Tal como acontece, de um
modo em geral, nos dias de hoje.
16. Franceses
Castelo de Vide |
Em1199 D. Sancho
I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo, este território era
delimitado, de modo muito sumário a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha
parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e
parte do território espanhol junto à actual fronteira.
Estas doações tinham como objectivo fixar moradores em zonas ermas e
despovoadas e consequentemente defender o território. Os Templários
edificaram uma fortaleza que os defendesse dos infiéis e sinalizava a
posse desses territórios.
Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos
franceses, que
chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento
do território da Açafa. Instalaram-se junto das fortalezas construídas
pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações, fundaram aglomerados
populacionais a que deram o nome das suas
terras de origem. É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou
seja sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a
sua “ Nova Nice” ou melhor dizendo, a Nisa a Nova, que encontramos nos
documentos, e quando surge o termo Nisa a Velha,
este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice francesa.
17. Cónios
Cromeleque dos Almendres |
Os cónios (Francês,
Occitano, Piemontês Coni, italiano Cuneo, Latim Conii) eram os
habitantes das actuais regiões do Algarve e Baixo Alentejo, no sul de
Portugal, em data anterior ao séc. VIII a.C., até serem integrados na
Província Romana da Lusitânia. Inicialmente foram aliados
dos Romanos quando estes últimos pretendiam dominar a Península
Ibérica.
A
origem étnica dos cónios permanece uma incógnita. Para os defensores
das teorias linguísticas actualmente
aceites; a origem comum na Anatólia ou no Cáucaso das línguas europeias
e indianas: ou seja, línguas indo-europeias, os cónios teriam uma
origem celta, proto-celta, ou pré-céltica ibérica. Estas teorias,
relativamente recentes, foram facilmente aceites, principalmente,
por aqueles que registavam qualquer ligação dos europeus a África.
Antes da teoria da origem caucasiana, muitos europeus julgavam-se
descendentes de Jafé, conforme escrito na Bíblia, no livro de Génesis
10:5. Cronistas da antiguidade grego-romana, enumeram
mais de 40 tribos ibéricas, entre elas a tribo cónia, como sendo
descendentes de Jafé, pai dos europeus.
DE SEGUIDA - O EXCERTO DE OUTRO IMPORTANTE ESTUDO QUE TOMÁMOS A LIBERDADE DE PARTILHAR
Hoje é simples, lusitano é sinónimo de português e denomina todo aquele que seja cidadão de Portugal.
- Esclarecer a origem dos lusitanos, que viviam há 2.300 anos na Hispânia ou Península Ibérica, parece não ser tarefa fácil. A.H. de Oliveira Marques diz na sua História de Portugal, que quando os romanos conquistaram e civilizaram a Península Ibérica
para sempre ( século II AC até século I) encontraram vários povos
indígenas, entre os quais os Lusitani e os Celti que não tinham grande
diferença entre si e que os primeiros eram com toda a probabilidade
povos indígenas celticizados.
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