Conceição Lima, foi uma das 4 vencedoras do Concurso Poemas em Tradução 2021, com o poema “Afroinsularidade”, traduzido por David Shook, organizado pela revista Words Without Borders, em parceria com a Academia Americana de Poetas, que agora a União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses, homenageou por ocasião do seu 60ª aniversário, com o lançamento do livro ”SESSENTA GRAVANAS PARA CONCEIÇÃO LIMA”.
No dia 8 de
Dezembro, a UNEAS – União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses, em
alusão a 60º aniversário da poetiza CONCEIÇÃO LIMA, uma das destacadas
fundadoras da União, fez-lhe uma edificante homenagem, lançando o livro
”SESSENTA GRAVANAS PARA CONCEIÇÃO LIMA”.
Tendo o
poeta, Albertino Bragança, presidente da UNEAS, lhe dedicado estas calorosas
palavras .
“Cumpre-me
nesta nota de abertura da obra alusiva à edificante homenagem a Conceição Deus
Lima afirmar que é com um sentimento de delicioso e profundo reconhecimento que
escrevo estas breves linhas, pois trata-se de honrar aquela que, através de
textos de sua autoria, vem há muito enobrecendo as letras santomenses, pela
aprimorada e profunda abordagem que faz da realidade do país que a viu nascer.
Algo que vem sendo articulado com meticuloso esmero, contribuindo para reforçar
em nós a ideia da idiossincrasia são-tomense como um entreposto de culturas que
se juntaram para se constituir no elemento fundamental da matriz identitária do
país.
Outro aspecto a assinalar numa obra em que predomina a inteligência e a tónica de uma assinalável estética poética - nem sempre muito à mercê do entendimento do leitor menos prevenido -, é a marca consciente de um nacionalismo e humanismo a toda a prova, bem como a resistência às crenças e superstições que amarfanham e desvirtuam a realidade. Daí, pressentir-se nela a subtil esperança de que “há-de nascer de novo o micondó/belo, imperfeito, no centro do quintal/À meia-noite, quando as bruxas povoarem okás milenários/e o kukuku piar pela última vez na junção dos caminhos
Por sua vez, Olinda Beja, também ela vencedora de vários prémios literários, representante com o cantor General João Seria e o duo Filipe Santo & Olinda Beja, de São Tomé e Príncipe no Festival da Lusofonia no Dubay, continua a editar livros e ser a embaixatriz da poesia das maravilhosas ilhas de S.Tomé e Príncipe, por vários países Lusófonos
Recentemente, apresentou a sua obra “PÉ-DE-PERFUME”, da da chancela da Nimba Edições e coordenação editorial de Luis Vicente, no Centro de Exposições de Odivelas Pé-de-Perfume”, marcadas fortemente pelo cunho da tradição africana da narração oral
Foi
destacado quem “Ao lermos “Pé-de-Perfume”, realizamos uma viagem pela
historicidade de S. Tomé e Príncipe. Através da cerzidura de um painel social e
popular de hábitos, usos, costumes e tradições em que sobressai o quotidiano
das suas gentes estampado na magia da palavra, a autora enfatiza lendas e mitos
da terra, num exercício de multi-e-interculturalidade que traz à superfície do
presente a mestiçagem genética, linguística e cultural do passado acentuada
pelas particularidades da insularidade.
Este é um livro irresistivelmente sedutor, pela palavra perfumada de Olinda Beja, tão olorosa como a flor amarela da árvore ylang-ylang que fez do tartarugueiro Baltasar Gógó um “pé-de-perfume” desejado pelas raparigas, no último conto que dá o título à obra – Disse Por Regina Correia.
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