“Como se o esplendor queimasse a
boca
profundamente nua e a palavra fosse
o tremor de uma pálpebra violenta.
Assim procuro a beleza que estremece
no deserto sobre a grande ferida.
Solitária, na sua porta de cinza
Vejo uma figura pálida de pedra.
Mas não traduzo o silvo sibilino
que sulca as duras têmporas do
tempo"
António Ramos Rosa
In Dezassete Poemas
Compreendeu e visionou o drama que a
grande ferida do tempo nos iria impor - Deus chamou-o e está, naturalmente, no
limbo dos justos e profetas da Terra nos Céus - António Vítor Ramos Rosa, autor
de uma vasta obra poética, critica e ensaística, conheceu a prisão política.
Trabalhou como tradutor e professor, colaborou em diversas publicações, tendo
sido um dos diretores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia, nasceu
em Faro, a 17 de Outubro de 1924 e faleceu em Lisboa, 23 de Setembro de 2013
Nenhum comentário :
Postar um comentário