Foi para nós a surpresa da noite: - Ao tomarmos conhecimento do regresso do Presidente, Evaristo Carvalho, a S. Tomé, fizemos questão de nos deslocarmos ao aeroporto de Lisboa para o cumprimentarmos, o que viria a suceder , por volta das 23 horas desta última Sexta-feira
Porém, horas
antes, do que não contávamos, era encontrar o ex-Ministro da Juventude e do
Desporto, do XI Governo Constitucional de São Tomé e Príncipe, Marcelino Leal
Sanches, que teve amabilidade de nos informar da presença do Ex-presidente do
Governo Regional José Cassandra, que aproveitamos para também o cumprimentar –
E até o obsequiar, com muito gosto, com um artigo das travessias, que
efetuamos, em pirogas, pelos mares, onde se erguem ambas as Ilhas
Afastado da vida
política ativa, desde Junho do ano passado, sendo sucedido por Filipe
Nascimento, eleito no congresso da União para a Mudança e Progresso do Príncipe
(UMPP) como líder deste movimento que tem liderado o Governo da Região Autónoma
do Príncipe nos últimos 14 anos.
AFASTADO DA
VIDA POLITICA ATIVA – MAS NÃO ALHEADO DELA – Sobretudo, numa altura, em que
reconhece que os efeitos da pandemia vão ser "um grande pesadelo"
para a economia regional, alimentada principalmente pelo turismo.
De recordar
que, o ex-presidente do Governo Regional do Príncipe, José Cardoso Cassandra,
justificou a sua saída devido a problemas pessoais e familiares: “Eu tenho a
minha família estruturada, mas fora de São Tomé e Príncipe, tenho alguns
problemas pessoais que tenho que resolver e estou convencido que eu vou ter
agora tempo e oportunidade para poder olhar para esses problemas e conseguir
dar seguimento",
Numa altura,
em que se perfilam vários candidatos às eleições presidenciais de 18 de Julho,
questionámo-lo se também desejaria ser um dos candidatos – Respondeu—nos com um
sorriso, ficando-nos, no entanto a impressão do que já havia afirmado: de que,
embora tendo-se afastado da politica ativa, tal não significa que lhe seja
indiferente
Tendo
declarado, â Lusa, em Agosto passado, que vai estar "sempre com os olhos
postos" na política e "disponível para trabalhar" para o seu
país, referindo que a possibilidade de regressar à vida política ativa
"vai depender muito" da sua situação familiar e da evolução da
política interna do arquipélago.
"Os
próximos tempos exigem de todos nós mais e melhor por São Tomé e Príncipe. Não
basta as pessoas virem anunciar as candidaturas, pois mais do que anunciar as
candidaturas devem dizer o que é que pretendem fazer no exercício da
Presidência", defendeu.
O problema
da falta do emprego, a situação sanitária, saneamento, reforma da justiça são
questões para as quais devem ser encontradas soluções partilhadas com o
Governo, liderado por Jorge Bom Jesus, sustentou.
"Ele
[Presidente da República] pode influenciar a solução desses problemas",
disse Cassandra, que defendeu igualmente a redução do efetivo militar e a sua
conversão para atividades da marinha e da guarda costeira, uma vez que o
território marítimo é 160 maior que o terrestre"
Nas mesmas
declarações à LUSA, referiu que "o mandato é de facto para quatro anos,
entretanto, qualquer um de nós tem problemas na vida e a razão que me levou a
terminar o mandato tem a ver com os problemas familiares e pessoais que exigem
de nós, de fato alguma atenção, por isso mesmo nós lamentamos esse término
neste momento", sublinhou José Cassandra.
"Mas eu
julgo que é uma vitalidade para o nosso processo democrático, sobretudo a
alternância dentro da UMPP e continuidade na governação do Príncipe, uma
transição pacífica e tranquila. Eu julgo que vai enriquecer e solidificar esse
nosso processo democrático e autonómico", acrescentou.
Prometeu
apoiar o novo Presidente, Filipe Nascimento, e lamentou não ter conseguido
executar três projetos que propôs realizar durante os seus mandatos: um porto
acostável, deixar a funcionar as energias renováveis e a amarração do cabo
submarino à ilha do Príncipe.
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