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sábado, 29 de maio de 2021

São Tomé - Tó-Zé Cassandra, Ex-Presidente do Governo Regional, de volta às ilhas Verdes do Equador - No mesmo voo da STP Airways, que ia transportar o Presidente de STP, Evaristo Carvalho

Jorge Trabulo Marques

Foi para nós a surpresa da noite: - Ao tomarmos conhecimento do regresso do Presidente, Evaristo Carvalho, a S. Tomé, fizemos questão de nos deslocarmos ao aeroporto de Lisboa para o cumprimentarmos, o que viria a suceder , por volta das 23 horas desta última Sexta-feira

Porém, horas antes, do que não contávamos, era encontrar o ex-Ministro da Juventude e do Desporto, do XI Governo Constitucional de São Tomé e Príncipe, Marcelino Leal Sanches, que teve amabilidade de nos informar da presença do Ex-presidente do Governo Regional José Cassandra, que aproveitamos para também o cumprimentar – E até o obsequiar, com muito gosto, com um artigo das travessias, que efetuamos, em pirogas, pelos mares, onde se erguem ambas as Ilhas

Afastado da vida política ativa, desde Junho do ano passado, sendo sucedido por Filipe Nascimento, eleito no congresso da União para a Mudança e Progresso do Príncipe (UMPP) como líder deste movimento que tem liderado o Governo da Região Autónoma do Príncipe nos últimos 14 anos.

AFASTADO DA VIDA POLITICA ATIVA – MAS NÃO ALHEADO DELA – Sobretudo, numa altura, em que reconhece que os efeitos da pandemia vão ser "um grande pesadelo" para a economia regional, alimentada principalmente pelo turismo.

De recordar que, o ex-presidente do Governo Regional do Príncipe, José Cardoso Cassandra, justificou a sua saída devido a problemas pessoais e familiares: “Eu tenho a minha família estruturada, mas fora de São Tomé e Príncipe, tenho alguns problemas pessoais que tenho que resolver e estou convencido que eu vou ter agora tempo e oportunidade para poder olhar para esses problemas e conseguir dar seguimento",

Numa altura, em que se perfilam vários candidatos às eleições presidenciais de 18 de Julho, questionámo-lo se também desejaria ser um dos candidatos – Respondeu—nos com um sorriso, ficando-nos, no entanto a impressão do que já havia afirmado: de que, embora tendo-se afastado da politica ativa, tal não significa que lhe seja indiferente

Tendo declarado, â Lusa, em Agosto passado, que vai estar "sempre com os olhos postos" na política e "disponível para trabalhar" para o seu país, referindo que a possibilidade de regressar à vida política ativa "vai depender muito" da sua situação familiar e da evolução da política interna do arquipélago.

"Os próximos tempos exigem de todos nós mais e melhor por São Tomé e Príncipe. Não basta as pessoas virem anunciar as candidaturas, pois mais do que anunciar as candidaturas devem dizer o que é que pretendem fazer no exercício da Presidência", defendeu.

O problema da falta do emprego, a situação sanitária, saneamento, reforma da justiça são questões para as quais devem ser encontradas soluções partilhadas com o Governo, liderado por Jorge Bom Jesus, sustentou.

"Ele [Presidente da República] pode influenciar a solução desses problemas", disse Cassandra, que defendeu igualmente a redução do efetivo militar e a sua conversão para atividades da marinha e da guarda costeira, uma vez que o território marítimo é 160 maior que o terrestre"

Nas mesmas declarações à LUSA, referiu que "o mandato é de facto para quatro anos, entretanto, qualquer um de nós tem problemas na vida e a razão que me levou a terminar o mandato tem a ver com os problemas familiares e pessoais que exigem de nós, de fato alguma atenção, por isso mesmo nós lamentamos esse término neste momento", sublinhou José Cassandra.

"Mas eu julgo que é uma vitalidade para o nosso processo democrático, sobretudo a alternância dentro da UMPP e continuidade na governação do Príncipe, uma transição pacífica e tranquila. Eu julgo que vai enriquecer e solidificar esse nosso processo democrático e autonómico", acrescentou.

Prometeu apoiar o novo Presidente, Filipe Nascimento, e lamentou não ter conseguido executar três projetos que propôs realizar durante os seus mandatos: um porto acostável, deixar a funcionar as energias renováveis e a amarração do cabo submarino à ilha do Príncipe.

 

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