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domingo, 16 de maio de 2021

Solstício do Verão – 21-06-21 - Com Olinda Beja - No “Stonehenge Português" – Chãs- V-N- de Foz Côa - Com a escritora e poeta, Luso-santomense, que acaba de lançar o livro infantil Mamã Flor

Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Autor da descoberta e organizador do evento 

O solstício de verão de 2021, no Hemisfério Norte,  ocorre a 21 de junho, segunda-feira,  o dia maior do ano,  marcando oficialmente o início do verão, a partir do qual os dias vão passar a decrescer até ao Solstício do Inverno, que tem início no dia 21 de Dezembro de 2021, numa terça-feira

Vamos celebrar o SOLSTÍCIO DO VERÃO, 21-06-2021, com a presença da ESCRITORA E POETA SANTOMENSE, Olinda Beja, lendo poemas de sua autoria, acompanhada pelo violinista Luís Matos de Almeida, com o apoio do Município e junta de Freguesia, aldeia de Chãs, V.N. de Foz Côa -

 Participe nesta celebração, associando-se ao esplendor e alegria, que ali costuma ser vivida, respeitando as orientações sanitárias, que as autoridades recomendam. - A cerimónia, terá inicio às 18.30, com o tradicional cortejo "druída", desde o adro da igreja, depois de uma arruada por um grupo de gaiteiros de Miranda do Douro, pelas principais ruas da aldeia - Dirigindo-se, de seguida  para o Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nº Sra, outro dos impressionantes monumentos megalíticos, este alinhado com o nascer do sol dos Equinócios -  Dali o cortejo, seguirá para junto da Pedra do Solstício, onde as celebrações irão decorrer até ao pôr-do-sol, após o que ainda haverá uma pequena sessão de poesia na Pedra dos Poetas.

Desejamos, pois, que tudo decorra em paz e harmonia, confiantes de que os puríssimos ares destes amplos e belos espaços, hajam como agentes energéticos, sejam mais purificadores do corpo, enriquecedores do espírito e da alma, de que agentes adversos. Dependerá do comportamento de cada um, cujo ambiente, aliás, ali tem sido sempre sublime, alegre e apaziguador

Esta extraordinária imagem,  configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar  projectando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e poderá repetir-se,  todos os anos,  ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.

A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e  voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,  a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em  perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.

Os participantes, convidados e demais peregrinos, poderão tomar parte no cortejo de cariz celta, evocando, uma vez mais e desde há quase 20 anos, antigas tradições dos povos que ali viveram, se abrigaram e ergueram os seus monumentais calendários solares, símbolos da fertilidade e dos ciclos das estações, num belíssimo desfile, ao som de um grupo de gaiteiro de Miranda do Douro, que partirá às 18.30 do adro da igreja, rumo aos Templos do Sol, maciço dos Tambores, onde poderão testemunhar, às 20h45 a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício, precisamente ao pôr-do-sol do dia maior do ano no Hemisfério Norte

Impressionante megálito, com três metros de diâmetro - Ergue-se numa das vertentes da área rastreja do Castro do Curral da Pedra, sobranceiro ao aprazível vale da Ribeira Centeeira, a curta distância do Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora.

Visto, perpendicularmente, em direcção ao pôr-do-sol, de oriente para ocidente, assemelha-se a uma enorme réplica da esfera terrestre e ao próprio espelho solar - Observado, porém, noutro ângulo, de Norte para Sul, toma a misteriosa forma de um imponente busto feminino, com nariz e orelha e, do lado oposto, um crânio mais cheio, comparado a um busto masculino

CONFIRMADA A HONROSA PRESENÇA DE  Olinda Beja

 

 

Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…

BOM DIA MAMÃ FLOR” – Livro infantil da Poeta e escritora Luso-Santomense – “O Rouka disse que a mãe tinha a cara pintada de preto! Da cor da amora!”– Uma história infantil mas que também tem a ver com a vida da autora – Que deixou S. Tomé em criança - Reconhece ter sido muito complicado para ela e para o seu filho, até “ descobrir as suas origens, a sua identidade materna!... Filha de pai português do distrito de Viseu e uma mulata santomense, Trindade. distrito de Mé-Zóch

Obra infantil, profusamente ilustrada, por Celsa Sánchez , de cariz autobiográfico, apresentada no Centro Cultural de Cabo Verde, nesta última sexta-feira, editada pela Editorial Novembro, com a moderação de Avelina Ferraz, representante da editora, com comentários de Solange Salvaterra Pinto, membro da Associação Menón, que teceu largos elogios à autoria e à obra, sublinhando ser muito oportuna num tempo em que há necessidade de encorajar as atuais gerações do seu pais, com exemplos de coragem e de amor materno

Brindada por calorosa sessão, que encantou e fez dedilhar sons e melodias santomenses, via Internet de Inglaterra, de Filipe Santo. cuja leitura ali foi recomendada, tanto para crianças como para adultos e orientações curriculares , no lançamento que decorreu, no Centro Cultural de Cabo Verde, nesta última sexta-feira, com apresentação de Solange Salvaterra Pinto, membro da Associação Menón, que teceu largos elogios à autoria e à obra, sublinhando ser muito oportuna num tempo em que há necessidade de encorajar as atuais gerações do seu pais, com exemplos de coragem e de amor materno

Regina Correia, leu alguns dos sedutores excertos de “Bom Dia Mamã Flor”, de forma muito calorosa e sugestiva, a que se seguiu, uma intervenção, igualmente muito aplaudida, em jeito de comédia e de humor, "quem conta um conto", por Ângelo Torres, filho de pais são-tomenses com 24 irmãos, nascido na Guiné Equatorial, o ator que protagonizou o filme A Ilha dos Escravos ao lado da atriz brasileira Vanessa Giácomo e do ator português Diogo Infante.

Neste livro de literatura infantil, a escritora e contadora de histórias santomense, Olinda Beja, narra a história de Sólilua, um menino encantador, que dizia ao acordar “Bom dia Mamã-flor!”.

Uma bela história de amor e ternura onde uma criança se vê confrontada com um drama ainda tabu na sociedade, vivido pelo filho da autora

Na sua intervenção, Olinda Beja começou por confessar “Nós vivemos no interior de Portugal, em Mangualde. Eu vim, pequenina, com três anos para as terras frias da Beira-Alta… Foi muito complicado… Até descobrir as minhas origens, a minha identidade materna!... E só 37 anos depois, é que eu regresso!... Portanto, eu regresso com 39 depois… Redescobrir a mãe! E a mãe-pátria!

Recordando esse seu passado, com os contos narrados no livro, frisou:, que “Nessa altura, esta história, já se tinha passado com o meu filho..

E um dia, disse-me: “Ah! A mãe conta tanta história e não contou a nossa história…

E já não me lembrava da história da amora… (...) Ainda hoje, com quarenta e tal anos, me diz! – Bom Dia, Mamã-Flor!

E eu digo-lhe sempre: - Não te esqueças!... Quando eu partir de dizeres… (ele acaba a frase)… continuando a olhar para mim..

OLINDA BEJA, Nasceu em Guadalupe, S. Tomé, a 12 de Fevereiro de 1946, filha de José de Beja Martins (português) e de Maria da Trindade Filipe (santomense), tendo ido viver para .Portugal, ainda criança (S. Tomé e Príncipe). Estudou em Portugal, mas, um dia, resolveu voltar à sua bela ilha e, a partir de então, tem assumido o papel de Embaixadora da Cultura Santomense.

Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…

Tem trabalhos publicados na Alemanha (Universidade de Frankfurt e Universidade de Berlim) sobre a língua materna de S. Tomé, bem como poemas dispersos em revistas nacionais e estrangeiras, em livros didáticos dos Ministérios Português e Francês da Educação, em várias antologias dos mais diversos países, salientando-se a antologia publicada em junho de 2015 em Buenos Aires (Argentina) e cujo título “Ligarás tu corazon com el mio” é um verso de um poema do livro “À Sombra do Oká”.

Tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, árabe, chinês (mandarim) e esperanto.

Escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português-Francês) pela Universidade do Porto e pela Universidade Aberta em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Foi professora do ensino secundário em Portugal e de Língua e Cultura Portuguesas (e lusófonas) na Suíça.

Dedicou-se à escrita desde muito jovem, publicando até ao momento atual mais de duas dezenas de obras : Bô Tendê? (poemas); Leve, Leve (poemas); 15 Dias de Regresso (romance); No País do Tchiloli (poemas); A Pedra de Villa Nova (romance); Pingos de Chuva (conto); Quebra-Mar (poemas); A Ilha de Izunari (ficção); Água Crioula (poemas); Pé-de-perfume (contos); Aromas de Cajamanga (Poemas); O Cruzeiro do Sul (poemas); Histórias da Gravana (contos, obra finalista, em 2011, no grande prémio PT Literatura); A Casa do Pastor (contos), Um Grão de Café (conto infanto-juvenil – faz parte do Plano Nacional de Leitura), À Sombra do Oká (poemas – Faz parte do Plano Nacional de Leitura); Tomé Bombom (conto juvenil); Chá do Príncipe (contos), Simão Balalão (conto infanto-juvenil).

Com o livro À Sombra do Oká recebeu em S. Tomé e Príncipe o Prémio Literário Francisco José Tenreiro 2012-2013.

Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…

EM 2019, CONTAMOS COMA PRESENÇA DE ISABEL SANTIAGO - Luso-santomense, que leu poemas de Alda Graça Espírito Santo e José Tenreiro






HOMENAGEM  AO POETA SANTOMENSE FRANCISCO JOSÉ TENREIRO  NO ALTAR DA PEDRA DOS POETAS  - POR ISABEL SANTIAGO  





Poema de Francisco José Tenreiro, lido no  altar da Pedra dos Poetas por Isabel Santiago, a Embaixadora de Boa Vontade, Santomenses, que participou nas celebrações do Solstício do Verão, juntamente com o seu marido –

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