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quarta-feira, 13 de março de 2024

Celebração do Equinócio da Primavera – 20-03-2024 Chãs- Foz Côa - A cerimónia tem início às 07.00 horas da manhã, momento em que o sol atravessa a gruta da Pedra da cabeleira de Nossa Senhora Num dos quatro calendários solares pré-históricos, existentes no Maciço dos Tambores, já conhecidos como "Stonehenge Português"

                                            Jorge Trabulo Marques - Coordenador do evento 




Aqui lhe recordo alguns dos maravilhosos momentos, em anos anteriores, da celebração do equinócio da Primavera, da tradicional saudação , na aldeia de Chãs, do concelho de Foz Côa. A cerimónia tem início às 07.00 horas da manhã, momento em que o sol atravessa a gruta da Pedra da cabeleira de Nossa Senhora, num dos quatro calendários solares pré-históricos, existentes no Maciço dos Tambores, já conhecidos como "Stonehenge Português

No Hemisfério Norte, o equinócio de primavera deste ano ocorre em 20 de março de 2024, às 21h25 GMT.  Dia em que  o dia e a noite se repartem entre as trevas e a luz, a partir do qual os dias vão crescendo  até 20 de Junho, solstício do Verão.

Em cerimónia simples, mas de expressivo simbolismo, pendor místico e histórico, à mais desejada e florida estação do ano - Vai ser assinalada, no próximo dia 20, entre as 07.00 e a 07.30 da manhã, frente ao portal do antigo altar sacrificial do santuário rupestre, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, com momentos de poesia, bem-dizendo e suplicando ao Sol da Vida, ao esplendor da Sublime Estrela, espelho de Deus, que propicie à Humanidade, dias mais felizes e tranquilos


O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol, depois de iluminar o vale xistoso do Côa, começa assomar e a brilhar nos penhascos graníticos deste maciço, que se ergue como uma fortaleza natural, na margem direita da Ribeira Centeeira, também conhecida como a falha sísmica do Graben de Longroiva., que, depois de correr de Sul para Norte, e ao voltar-se para leste, num apertadíssimo e ingre canhão xistoso, de ambos os lados, passa a chamar-se Ribeira dos Picos, em cuja foz existe um dos mais belos núcleos de gravuras rupestres do paleolítico.

 

.É, pois, esse momento, esplendoroso, que poderá ser uma vez mais observado. Graças a duas colaborações fundamentais: à compreensão dos proprietários dos terrenos, onde os dois megálitos se localizam (a Pedra do Solstício e a Pedra do Equinócio), nas pessoas da médica Teresa Marques e do seu marido, Fernando José Baltazar), bem como da inestimável colaboração de António Lourenço, José Lebreiro e de outros bons amigos, a que se têm juntado também as colaborações da Junta de Freguesia e da CM de Foz Côa, do nosso concelho.


O monte dos Tambores, a curta distância da aldeia de Chãs, nas imediações de uma área castreja, uma vez mais é o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano, nesta caso, a da Primavera, em cerimónias que se vêm repetindo, desde há mais de 20 anos, num local que já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem se encontram abundantes vestígios, múltiplos sítios de habitação, desde o neolítico, calcolítico, em vários períodos civilizacionais, quer na área do Castro do Curral da Pedra, quer no Castelo Velho,, a tantos outros sítios, tendo sido recolhidos vários utensílios:

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