Jorge Trabulo Marques - Jornalista
A cerimónia da assinatura e do respetivo protocolo entre a Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), a Museus e Monumentos de Portugal e a Fundação Côa decorreu no passado dia 29 de Fevereiro, com a presença da artista e do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva
Trata-se de um conjunto de seis painéis, de 400 por 200 centímetros cada, pintados propositadamente para a peça “Os Biombos”, de Jean Genet, levado à cena pelo teatro Experimental de Cascais em 1993, adquiridos em 2023 ao encenador Carlos Avilez pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) por 60 mil euros.
Graça Morais encontrou inspiração nas raízes da arte paleolítica para pintar esta obra-prima de grandes dimensões, tendo estudado a icónica figura do “feiticeiro” da gruta de Trois Fréres, nos Pirenéus franceses. “O Bordel” está há vários meses em exposição permanente no auditório António Guterres, no Museu do Côa.
“Eu, na minha ingenuidade de criança, gostava de desenhar nas fragas da minha aldeia. Quando começou o movimento da defesa das gravuras do Côa, fui das pessoas que se associaram à causa e aos grandes defensores desta forma de arte“, disse Graça Morais à Lusa, dias antes da inauguração desta sua exposição,
“Esta minha exposição é um encontro com as gravuras paleolíticas do Côa e com esta manifestação dos primeiros artistas. Por este motivo, tentei reunir obras que, em 1983, tiveram como ponto de partida certas imagens das grutas de Altamira em Espanha, ou a enigmática figura, conhecida pelo ‘homem-bisonte’, encontrada na caverna de Les Trois-Frères, em França, ou a Vénus de Willendorf”, explicou, em entrevista à Lusa, Graça Morais
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