O Mestre Tomás Júlio Leal da Câmara (1876-1948) foi um caricaturista português de reconhecimento internacional e grande agente cultural do concelho de Sintra
Mestre Leal da Câmara - Nasceu em 30-11-1876. Pangim, Índia Portuguesa Famoso pintor e caricaturista português. Notabilizou-se como perspicaz denunciador da sociedade corrupta e dos costumes do seu tempo. A sua obra, marcadamente satírica e polémica, serviu de espelho e crítica social. Escolheu a Rinchoa, em Sintra para viver.
Tomás Júlio Leal da Câmara (Pangim, Índia Portuguesa, 30 de Novembro de 1876 — Rinchoa, 21 de Julho de 1948)
Biografia e obra
Colaborou em vários jornais da época como O Inferno — Jornal de Arte e Crítica, A Marselhesa [1] (1897-1898), A Sátira [2] (1911), A Corja [3] (1898) e O Diabo. A sua colaboração nestes jornais, tecendo críticas violentas à Monarquia e à Igreja, provocou a suspensão das publicações. A forte tendência satírica, levou-o a ser considerado inimigo da instituição Monárquica e foi forçado a exilar-se em Madrid e depois em Paris — onde se fixou a partir de 1900, colaborando no grande jornal de caricaturas L'Assiette au Beurre — e finalmente na Bélgica, vindo a tornar-se reconhecido a nível europeu.
Durante a sua estada em Madrid de 1898 a 1900 mantém uma amizade com o poeta modernista Rubén Darío. Foi também testemunha de um destacado incidente no anedotário das letras espanholas do século XX: o afrontamento verbal e físico num café entre os escritores Ramón María del Valle-Inclán e Manuel Bueno em 24 de Julho de 1899.
Depois da Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910, pôde finalmente regressar a Portugal, fixando-se no Porto.

Nenhum comentário :
Postar um comentário