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terça-feira, 2 de junho de 2015

Dia Mundial da Criança, assinalado em S. Tomé – Presidente da República lançou apelo ao respeito pela criança na festa do 1 de Junho – Num dos raros países do mundo onde cada rosto é um sorriso e onde a fome – graças à fertilidade da terra - passa despercebida mas onde abundam outras carências e ainda há muito por fazer.



Fotos e textos de Jorge Trabulo Marques - Jornalista

SÃO TOMÉ TAMBÉM DEDICOU O DIA À FESTA DAS CRIANÇAS





S. Tomé, é talvez dos poucos países onde a pobreza não tem o rosto da fome, que caracteriza a maioria dos 
países de África- A terra é fértil e generosa e oferece os melhores frutos. Contudo, nem só de fruta pão (ou de outros frutos), se pode ter uma existência saudável e condigna: há muitas mais carência, nomeadamente a nível de medicamentos, de apoio escolar, vestuário e de outros alimentos, que são imprescindíveis a um crescimento saudável  e que não estão ao alcance da maioria da  população.



No “Dia Mundial da Criança, o Presidente de S. Tomé lançou apelou ao respeito pela criança – Num dos raros países do mundo onde cada rosto é um sorriso e onde a fome – graças à fertilidade da terra - passa despercebida mas onde abundam outras carências e ainda há muito por fazer.


Tendo exortado “respeito pelo direito das crianças” Pinto da Costa destacou o direito a educação, saúde, família e alimento, para depois sublinhar “o direito de brincar e ser feliz”.
Na sua intervenção, o ministro da Educação Olinto Daio que ladeou o presidente da república também defendeu a protecção dos menores com uma surpreendente canção cantada ao vivo tendo como refrão “ se você é feliz, bate as palmas”. – Excerto de http://www.stp-press.st/076.htm


PARA AS CRIANÇAS DE S. TOMÉ – O TURISTA É UM AMIGO  - Mas também para a generalidade da população - Desde que não abuse da sua hospitalidade, o visitante, aonde quer que vá, é sempre bem recebido

“Amigo!” – É desta forma como as crianças (mais carenciadas) se dirigem ao turista, em S. Tomé, a que, geralmente, acresce um sorriso.




Certo que é na intenção de lhe pedir alguma coisa – E, a bem dizer, como pouca coisa se contentam:  por exemplo, com uns simples  lápis, esferográficas, cadernos, bonés, peças de  roupa - Talvez até mais de que o dinheiro. Porém, mesmo que a criança não receba nada em troca, senão a indiferença (o que é difícil a um coração mais sensível não corresponder ao menos com uma expressão de simpatia a rostos tão amorosos e gentis, como são os destas Ilhas), as crianças, continuam a sorrir ou a expressar  aquele ar de inocência (nunca de azedume)  que se assemelha mais  ao olhar de pasmo, de descoberta que ao desencanto.. 



Sim, o forasteiro é visto com simpatia, porque, as pessoas que ali vão de visita, são encaradas como amigas: que vêm descobrir os encantos paradisíacos de uma terra  - Mas também, aos olhos quem aqui vive, elas são vistas como fonte de descoberta: porque toda a pessoa é diferente da outra;  no mundo não há ninguém igual. Esta é uma das maravilhas da criação. E a razão pela qual o turista (quer por mais novos ou mais velhos,  miúdos ou graúdos) não é visto como o  estrangeiro, que vem usurpar mas  como o amigo que traz uma mais valia à terra, é fácil de explicar: é porque, o temperamento do santomense é por natureza pacifico e, nestas ilhas,  o turismo,além de ser  a principal fonte de divisas,   ainda não logrou corromper os costumes.  Oxalá tal nunca aconteça.


UMA VEZ POR ANO - DEPOIS É O ESQUECIMENTO.PARA MUITAS CRIANÇAS

O ano tem 365 dias ou 366 se for bissexto – E, entre esses dias, 
convencionou-se dedicar um dia às crianças de todo o mundo: é o dia mundial da criança. 

É assim que funciona a sociedade de consumo, por estereótipos: há que calendarizar tudo para que tudo fica na melhor das ordens. Salvaguardadas as aparências, fecham.se os olhos ao trabalho infantil, a pedofilia (em muitos casos) convive com o culto religioso e  até no seio da própria família  e  passa-se adiante, a outra efeméride – A própria liturgia católica também tem um santo para cada dia do ano.


Seja como for, antes alguma coisa de que nada: e essa alguma coisa acontece, no primeiro dia de Junho - Foi ontem  – Dia  em que as crianças são o centro das atenções, organizam-se diversos eventos e atividades para as crianças.
Mesmo assim, a data de comemoração difere de país para país. “Em Portugal, o Dia Mundial da Criança contempla atividades como desfiles e visitas escolares, leitura de textos, declamação de poemas, desporto, desenho, etc. As livrarias oferecem descontos em livros infantis, os parques de diversões e locais de festas para crianças enchem, entre outros

 DIREITOS DAS CRIANÇAS - QUE DIREITOS SÃO POSSÍVEIS NOS LARES ONDE A POBREZA SE EXTREMA NUM MUNDO EM QUE AS DIFERENÇAS SOCIAIS SE ACENTUAM: RICOS CADA VEZ MAIS RICOS E POBRES AINDA MAIS POBRES


As Nações Unidas aprovaram a 20 de Novembro de 1959 a Declaração dos Direitos da Criança, proclamando os direitos das crianças de todo o mundo” – Louvável iniciativa mas o certo é que, em muitas situações, tais direitos não passam de meras intenções: milhares de crianças continuam a morrer de fome, sem assistência médica e os cuidados mais elementares   - E não se pense que isso sucede apenas em África mas em toda a parte do mundo – Em Portugal, a pobreza volta a conhecer índices alarmantes Portugal voltou aos níveis de pobreza e exclusão social de há dez anos. Agora, como em 2003 ou 2004, uma em cada cinco pessoas é pobre. Dois milhões de portugueses Portugal voltou aos níveis de pobreza de há dez anos  Há também notícias de crianças que chegam doentes aos hospital  de Santa Maria, em Lisboa, por terem fome. Os seus pais estão desempregados e não têm dinheiro para comida, nem para medicamentos” ......Risco de pobreza em Portugal aumenta e afeta quase dois ....Ricos mais ricos, pobres mais pobres 


Ata da criação da Declaração dos Direitos da Criança 


Bonitas palavras e boas intenções  - Mas da teoria à prática vai uma diferença abissal.  "A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer excepção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.



Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.

A criança gozará de protecção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade . Mais pormenores em Declaração Universal dos Direitos da Criança




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