Os meios políticos santomenses, seguem com atenta preocupação o desenrolar da situação na Guiné-Bissau – Apontada como bastante inquietante por Miguel Trovoada, um dos dirigentes históricos do MLSTP, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe (1975-1979) e mais tarde presidente (1991-2001), que atualmente desempenha, na capital daquela ex-colónia portuguesa, as funções de representante das Nações Unidas ONU considera situação na Guiné-Bissau "bastante inquietante"
Em S. Tomé, por vezes, Gravana um pouco
fresca mas ambiente de calmia absoluta. Nem mesmo quando os deputados da oposição, tal como
sucedeu nesta Sexta-feira, abandoam o Parlamento - O que não é novidade
alguma, pois o mesmo já aconteceu com o partido vencedor nas últimas
eleições , quando a ADI (Acção Democrática Independente) não era Governo –
Porém, nada que se compare ao que
vai na Guiné, onde a desgovernação passou de pontual a estado crónico - Ou das
convulsões que vão pelo mundo árabe, em muitos outros países de África e em
tantas outras partes. No extremar de ódios sangrentos que, todos os dias, abrem os
telejornais,
– Estas ilhas, são um prodígio da Natureza e de
gente hospitaleira e pacífica - É o que
diz quem as visita ou vem aqui trabalhar. “Não tenho palavras para exprimir o
quanto é de maravilhoso S. Tomé e Príncipe. Nos meus 37 anos de vida, nunca
encontrei uma terra tão virgem e tão bonita. Aqui há uma calma especial.
Pessoas sossegadas, sociáveis! Sociedade Livre! Sociedade Democrática! S. Tomé
e Príncipe é um modelo a imitar. – Declarações do Secretário da
Embaixada da Guiné Equatorial, Teodoro Lan Ela Ngui, numa breve entrevista que, honrosamente, me
concedeu, nas vésperas do Dia do Golpe da Liberdade, na Guiné Equatorial
De facto, S. Tomé, continua a ser um
autêntico paraíso – no qual as principais instituições financeiras mundiais, continuam a ver na estabilidade, politica e
social, o seu principal motivo de
confiança.
Por exemplo, a última noticia diz-nos que “A Corporação Financeira Internacional (IFC), agência do Banco Mundial disponibilizou três milhões dólares para investir em médias e pequenas empresas em São Tomé e Príncipe, através de uma parceria com o Banco Internacional do arquipélago (BISTP) – Soube-se quinta-feira em São-Tomé” -
Por exemplo, a última noticia diz-nos que “A Corporação Financeira Internacional (IFC), agência do Banco Mundial disponibilizou três milhões dólares para investir em médias e pequenas empresas em São Tomé e Príncipe, através de uma parceria com o Banco Internacional do arquipélago (BISTP) – Soube-se quinta-feira em São-Tomé” -
Ilhas paradísicas, não só pelas suas extraordinárias
belezas naturais, como pela tranquilidade e democraticidade, que aqui se vive, face ao panorama africano e à onda de
pessimismo, à crise económica, que percorre o Globo. Sim, é do que
nos falam as noticias. Pois, como dizem os entendidos” qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de economia e
finanças, vê os sinais da crise por todos os lados. Não precisa nem
ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas
compras mensais em qualquer supermercado” Crise Econômica de 2015 já é um fato inevitável
-
SALÁRIOS BAIXISSIMOS MAS A CAPITAL NÃO
PARA DE FERVILHAR COM JIPES DO TOPO DE GAMA E OUTROS CARROS DE ALTA CILINDRADA.
É o que se pode dizer, um autêntico
milagre de sobrevivência: - isto, porque, a média dos salários, em S.
Tomé e Príncipe, ronda os 30 a 40 euros mensais. Um euro vale 25 mil dobras.
Por isso, bastam uns poucos euros para se falar em milhares de dobras ou
de milhares de contos. Só que, os preços das produtos importados, vêm aferidos
ao valor do euro. – E, realmente, é um bico de obra viver com tão exíguos
salários: o que vale é que aqui não faltam frutos, prontos a colher, ao
longo do ano e um mar a toda a volta, com pescaria abundante e peixes das mais
diversas espécies – Aparentemente, o que
mais custa encaixar é como é possível haver tantos carros de marca. – Esta é
uma observação que se depara ao observador, mais atento - E que, em parte, tem a sua explicação:
por um lado, devido às facilidades de crédito na compra de carro; por outro, devido ao facto de S. Tomé ser também um país que levou, muitos dos seus filhos, a emigrar mas que,, após a reforma, dificilmente, ficam por lá: Sim, mais tarde ou mais cedo, acabam por regressar à sua pacata ilha, e, tendo reformas acima da media dos seus conterrâneos, gostam de exteriorozar sinais de sucesso. Claro, que este é também o ponto de vista dos pequenos e médios empresários e funcionários - Mostrar posiçao social.
por um lado, devido às facilidades de crédito na compra de carro; por outro, devido ao facto de S. Tomé ser também um país que levou, muitos dos seus filhos, a emigrar mas que,, após a reforma, dificilmente, ficam por lá: Sim, mais tarde ou mais cedo, acabam por regressar à sua pacata ilha, e, tendo reformas acima da media dos seus conterrâneos, gostam de exteriorozar sinais de sucesso. Claro, que este é também o ponto de vista dos pequenos e médios empresários e funcionários - Mostrar posiçao social.
Sim, longe vão os dias em que, os carros
que davam mais nas vistas, eram praticamente os jipes das roças e
os automóveis dos administradores e feitores gerais – E também as viaturas da
tropa, em missão de serviço ou de certos funcionários públicos, – Agora,
a cidade de S. Tomé, fervilha de motas e de carros, a qualquer hora. Ainda na
noite passada, aqui mesmo em frente onde estou hospedado, às tantas da noite,
com o Palácio do Povo, ao meu lado, subitamente sou acordado por um
enorme estrondo: um carro vai embater violentamente noutro que estava
estacionado. Há muito que não presenciava uma tal cena: - Tanto pelo aparato do
acidente, como pelas discussões, que se seguiram. Obviamente, que ninguém
foi além das palavras . O santomense é por natureza expansivo mas não tem por
hábito ir a vias de factos.
ROSTOS DE UM SÃO TOMÉ E PRINCIPE – LIVRE,
DEMOCRÁTICO E INDEPENDENTE
É agradavelmente surpreendente, todos dos
dias, deparar com rostos, que, há mais de 40 anos, antes da independência de S.
Tomé e Príncipe, no período colonial, eram adolescentes ou já jovens crescidos, mas,
por certo, longe de imaginarem de virem a desempenhar, tão altos cargos – Sim,
de virem a ser, tão bem sucedidos na vida – E, curiosamente, nem por isso
deixando de cultivar os mesmos sorrisos, tão genuínos e espontâneos, como é
apanágio do Povo destas Ilhas – Ontem, por exemplo, quando entro no Serviço de
Migração e Fronteiras, onde ia buscar o passaporte, devido ao prolongamento do
visto da minha estadia, com quem me cruzo, logo numa assentada? - Com santomenses, que me conheceram, ainda
garotos, e que hoje desempenham altos cargos. Obviamente que fico satisfeito em
ver exemplos, tão bem sucedidos na vida. E também eles por estarem junto de
alguém que – tal como reconhecem – foi uma referência de coragem e determinação.
Deparo com o Samuel António, atual Comandante Geral da
Policia Nacional, filho do Serafim, que,
nos princípios da década de 70, me fez a
primeira escada de corda para escalar o Cão Grande . Diz que o seu pai, com os
seus 92 anos, ainda continua a lembrar-se das minhas aventuras, lá pelo coração
da floresta virgens do Caué. Outro dos rostos, é o Major Leopoldo (mais conhecido por Rambo)
comandante da Guarda Presidencial – Outra figura, que subiu igualmente a corda a pulso, é o Tenente Coronel, Fernando Pereira,
Director dos Serviços de Emigração e Fronteiras;Assim, como o Intendente Kiakizik,
Vice-Comandante da Policia Nacional; funcionário do SMF – Na outra foto, igualmente
dois santomenses, dignos de exemplo de sucesso pessoal e profissional - É o caso de António Viegas , Assistente
Representante das Nações Unidas para o desenvolvimento e de seu amigo, o Carlos
Alberto Santiago, Secretário do Presidente da República. Naturalmente que todos estes sucessos, mercê da Revoluçao do 25 de Abril e dos ventos libertadores, que se lhes seguiram
Tal, como dizia, Manuel
Pinto da Costa, no seu discurso de 12 de
Julho: "Herdámos terras e explorações agrícolas, base da nossa economia,
abandonada. Uma administração pública desmantelada. Um país sem quadros
formados, sem recursos financeiros. Tivemos de construir um Estado a partir do
nada”, referiu o primeiro Presidente de São Tomé independente, que governo o
país de 1975 a 1990.
Entretanto,
muita coisa mudou, segundo o Chefe de Estado santomense, e o arquipélago, de
quase 200 mil habitantes, soube “acompanhar essa mudança” e ser “pioneiro em
África” na “transição pacífica e tranquila” do monopartidarismo para a
democracia multipartidária.
Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
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