ILHA DO PRÍNCIPE E A INTOLERÂNCIA REPUBLICANA - LÁ E CÁ - Documento
inédito prá história da igreja católica - Destruídas igrejas e capelas pela
fúria anticlerical - Separação da Igreja do Estado, na 1ª República, também
atingiu a mais primorosa Ilha Verde do Equador. - Na “Metrópole”: os dias
santos passaram a dias de trabalho; dissolvidas confrarias e irmandades,
perseguições ao clero e imposta a censura em jornais católicos – O Jornal
Católico POVO DE FOZ CÔA , dirigido pelo Padre José António Marrana, também foi perseguido pelos
republicanos, que lhe censuraram textos em várias edições , - A Cidade de Santo
António, da Ilha do Príncipe, que já teve Igreja Catedral, Misericórdia e
muitas Capelas e várias Confrarias e Irmandades de seculares tradições
religiosas, viu os atos de culto da sua Religião, celebrados na dependência de
um armazém que o Município, por favor, lhe cedeu
Na imagem, uma das páginas do relatório de um inspector-escolar - que também era sacerdote - entregue ao Governador da Colónia - E até hoje nunca transcrito dos arquivos
Uma das páginas do relatório de um padre e inspector escolar ao Gov. que nunca foi divulgado publicamente - anos 30 |
A separação da Igreja do Estado, na 1ª
República, também atingiu uma das Ilhas Verdes do Equador, com a
destruição de capelas e igrejas - Na “Metrópole”:
os dias santos passaram a dias de trabalho; dissolvidas confrarias e
irmandades, perseguições ao clero e imposta a censura em jornais católicos – É o
do que lhe vimos aqui recordar
“Como depois do abandono e secularização da igreja, deixou de haver na cidade um templo para os actos do culto, arrumaram-se os objectos, que escaparam à fúria cristianicida da época, num
armazém da Câmara, adaptando-se uma das dependências a capela.
Isto é, a Cidade de Santo António, da Ilha
do Príncipe, que já teve Igreja Catedral, Misericórdia e muitas Capelas e várias
Confrarias e Irmandades de seculares tradições religiosas, viu os atos de culto
da sua Religião, celebrados na dependência de um armazém que o Município, por
favor, lhe cedeu” – Mais adiante, retomamos a descrição.
Há quem diga, que “Não houve perseguição da I República à Igreja Católica” Que “essa foi uma ideia construída pela máquina de propaganda do Estado Novo e de Afonso Costa." In O Portugal católico da I República é um mito
Mas houve e vimos aqui revelar-lhe alguns exemplos, que se estenderam além-mar: porventura, não comparável aos dos Cruzados ou perpetrados pela Santa Inquisição, com a intolerância dos seus fanatismos ou hediondas barbaridades ( historicamente bem documentados) mas a verdade é que, a natureza humana, quando o ódio lhe ofusca a mente por via de paixões religiosas ou políticas, não difere substancialmente no seu comportamento e atitudes.
Separação da Igreja e do
Estado em Portugal (Iª República) em vez de pacificar gerou conflitos
A separação entre a Igreja e o Estado foi decretada em
Portugal em 1911 (20 de Abril), na sequência da instauração da República em 5
de Outubro de 1910. – Sem dúvida, uma media desejada e saudada pelas forças politicas mais progressistas e
também por um significativo sector da população – Pois eram bem conhecidos os
exageros a que, um tal poder
absoluto e promiscuidade, vinha conduzindo; - ao misturar-se a religião com a politica - Que é, no fundo, o que atualmente acontece nos países muçulmanos – Só que, também naquele tempo, mais uma vez é a intolerância e o fanatismo a sobrepor-se ao bom senso, dando lugar às mais violentas perseguições
JORNAL DIRIGIDO POR SACERDOTE - CENSURADO PELOS REPUBLICANOS
O Jornal “POVO DE FOZ CÔA – do qual aqui lhe mostramos a primeira página de uma das suas muitas edições censuradas, pelos censores republicanos, instalados na capital, para onde tinha de ser enviado o jornal antes da sua publicação, sim, é um desses opressores exemplos – Isto ainda longe do golpe militar de 1926 ter desembocado na ditadura fascista de Oliveira Salazar, tendo como um dos seus pilares a aliança com a Igreja Católica.
Veja-se o desabafo do seu diretor, Padre José António Marrana, na edição de 11 de Dezembro de 1916, além de mostrar o espaço
em branco que os censores lhes cortaram,
a que deu o título: Da Capital - Culto à Censura
O desabafo |
Mas quando o fazemos, não atingimos com as
nossas palavras ou escriptos a figura da Pátria tão espesinhada por excessos e intolerância
de toda a ordem.
Não, a censura não é Intangível.
Assiste-nos o direito de recolhermos dos
seus exageros.
Intangível até hoje é a lei da Separação.
Os srs. censores não podem ter sujeitas
aos seus caprichos pessoaes o pão de muitas famílias que vivem d'um jornal.
Contrariamente ao que defende
uma certa cegueira tecnocrata, a produtividade do trabalho, não se consegue melhorar com a imposição de horários mais
alargados ou com a supressão de feriados ou outros direitos adquiridos – pois o
ser humano, não é uma máquina – mas com um
trabalho menos stressante e mais humanizado
A supressão dos dias santos, mesmo para quem não professe a religião, constitui sempre um tempo de lazer, de retempero de forças e descontração – Contudo, assim não o entenderam , tanto os republicanos da 1º república, como os ultraliberais da atualidade . Mas ainda bem que o mal já foi sanado, com a reposição dos feriados
A supressão dos dias santos, mesmo para quem não professe a religião, constitui sempre um tempo de lazer, de retempero de forças e descontração – Contudo, assim não o entenderam , tanto os republicanos da 1º república, como os ultraliberais da atualidade . Mas ainda bem que o mal já foi sanado, com a reposição dos feriados
É referido que, ao dar-se a implantação da República,
esta se fez logo acompanhar “de violências e ataques ao clero e às ordens
religiosas, perpetrando-se mesmo, para além de assaltos e insultos, alguns
assassínios” (…)Também os dias santos passaram a dias de trabalho, com exceção do domingo,
mas este com um sentido puramente laboral. Foram dissolvidas as mesas
administrativas das confrarias e irmandades, proibidas forças armadas de
participar em solenidades religiosas, mas a maior polémica foi gerada talvez
com as leis do divórcio (3 de novembro de 1910) e as da família, as quais consideravam o casamento como um
"contrato puramente civil". Separação da Igreja e do Estado em Portugal (I
República)
PARA A HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA NAS ILHAS
VERDES DO EQUADOR
Este o primeiro de um dos vários artigos, que contamos publicar, no nosso site, Odisseias Nos Mares:
É certo e sabido, que, a igreja católica, foi um dos mais fiéis aliados da expansão colonial, em que, numa das mãos, se erguia o crucifixo e na outra se brandia a espada. Mas seja como for, quer se realcem os aspetos positivos ou negativos, faz parte da história – Por certo, que, sem a sua intervenção, dificilmente, Portugal teria também dado ânimo aos bravos navegadores que sulcaram mares nunca dantes navegados, ou pelo menos desconhecidos dos nossos pilotos e marinheiros, indo a todas as partes do mundo – Dando a admirável lição de como, um pequeno país, com reduzido número de habitantes, logrou formar uma das mais arrojadas armadas da navegação marítima e, através dela, ser o pioneiro das mais extraordinárias descobertas – Pelo menos, trazê-las ao conhecimento da velha Europa
Quis um feliz acaso, que, numa das pesquisas, que a nossa curiosidade e paixão nos move pelo estudo da origem e do povoamento de S. Tomé e Príncipe – inicialmente através de travessias de canoas, entre as ilhas e o continente africano; depois vasculhando arquivos ou palmilhando a orla marítima, em demanda de vestígios arqueológicos – sim, que deparássemos, entre outra abundante informação, que, a seu tempo contamos divulgar (parte da qual, acreditamos nunca ter saído da confidencialidade de velhas prateleiras ou gavetas), como é a descrição que aqui hoje lhe trazemos - Imagem extraída de São Tomé e Príncipe: Ruínas na Praia
Sim, vimos falar-lhe, não apenas sobre o
lançamento da primeira pedra da
magnifica igreja, no dia 19 de Agosto de 1937, edificada
no Largo Maria Correia, na cidade
de Santo António, como também da vaga
anticlerical, que atingiu esta
maravilhosa ilha, vandalizando e
destruindo os seus mais belos templos religiosos, obrigando o culto dominical a ser realizado num velho
armazém da Câmara Municipal.
O texto seguinte é de um inspetor escolar,
que, por sinal, também era sacerdote, numa vista que efetuou à Ilha do Príncipe,
nos anos 30 – No texto, do relatório,
batido à maquina de escrever pelo seu punho,
a que tivemos acesso, não é referido o
nome, terminando com uma assinatura, que não logramos descodificar.
COMO DECORREU O LANÇAMENTO DA PRIMEIRA
PEDRA DA ATUAL IGREJA DA CIDADE DE SANTO ANTÓNIO – NO PRÍNCIPE – E POR VIA DE
QUE NECESSIDADE
"Como depois do abandono e secularização da
igreja, deixou de haver na cidade um templo para os actos do culto,
arrumaram-se os objectos, que escaparam à fúria cristianicida da época, num
armazém da Câmara, adaptando-se uma das dependências a capela.
Isto é, a Cidade de Santo António, da Ilha
do Príncipe, que já teve Igreja Catedral, Misericórdia e muitas Capelas e
Várias Confrarias e Irmandades de seculares tradições religiosas, viu os atos
de culto da sua Religião, celebrados na dependência de um armazém que o
Município, por favor, lhe cedeu .
Tornava-se pois necessária a construção de
uma igreja, não só para acudir às necessidades dos que reclamavam, mas também
para reparar de algum modo o desacato feito às crenças de uma grande maioria e
tradições de uma civilização.
Os esforços da actual administração do
concelho e a boa vontade de todos, decidiram levar a efeito esta tão suspirada
obra, sendo escolhido o Largo Maria Correia
No dia 10 de Agosto, depois dos convites
oficiais feitos pelo Senhor Capitão Curado, Administrador do Concelho, foi
benzida e lançada a primeira pedra com as cerimónias do ritual
Em seguida foi celebrada Missa Campal, com
guarda d’ honra, a que assistiram o Administrador do Concelho, toda a população
europeia da Ilha, nativos, muitos serviçais, crianças da Escola, solados e presos, devidamente uniformizados.
Fiz uma prática alusiva ao acto,
enaltecendo as glórias do nosso passado glorioso e as tradições cristãs do Povo
Português que levaram a fé e civilização a todos os domínios , cujos estavam
bem patentes na grandiosa manifestação de fé
a que se assistia.
À tarde, pelas cinco horas, foi
organizada uma procissão ao Cemitério,
em que se incorporaram europeus e indígenas, entoando-se no trajecto o
salmo “Miserere”. Ali cantou-se o R. Libera-me e as orações do estilo, tendo
feito uma alocução sobre a caridade e os deveres que temos d éter para com os
mortos.
Muitas pessoas com lágrimas, me respondiam
responsos por alma dos seus entes mais queridos, benzendo muitas campas, sendo
muito comovente este espetáculo de luto
e de tristeza, mas consolador pela fé e sentimentos que os inspiravam
Era já noite quando a multidão evacuou o
cemitério, deixando ali pedaços do seu coração retalhado pela saudade dos que
lhes foram caros, mas que ali ficavam alumiados pelos clarões da sua Fé e
conformados pela piedade das suas orações.
Por entre soluções e lágrimas,
reorganizou-se o cortejo de volta à Capela, tendo-se feito o percurso com o
mesmo cerimonial anterior, disparando todos depois, já na cidade, no mais
profundo silêncio.
Foi uma das cerimónias mais comoventes que
tanto impressionou os que a ela assistiram. Durante outros dias,
realizaram-se também muitos baptizados e algumas confissões e
comunhões. Também devo registar, com muito prazer, que na Roça Porto Real ouvi
de confissão dois serviçais, muito conhecedores dos seus deveres cristãos.
Os dois dias que restaram, passeio-os em
actos de culto e noutros deveres inerentes à minha função de Inspector Escolar.”
QUAL O PARAÍSO TERRESTRE ONDE O
MISTICISMO – SEJA RELIGIOSO OU PAGÃO - NÃO AFLORA AOS CORAÇÕES?
“Capital durante cem
anos, entre 1753 e 1852, a cidade está rodeada de indescritíveis belezas
naturais, vegetação luxuriante e praias paradisíacas. Na verdade, o arquipélago
é por muitos considerado como o Paraíso no Equador.” – Assim é reconhecido por
estudiosos e visitantes
Mas retomemos de novo o texto do
sacerdote- inspetor escolar, ao referir-se, no seu relatório, a dado passo, ao
culto da religião, nesta maravilhosa ilha
“O povo do Príncipe, " - prossegue o mesmo relatório - "pode dizer-se, essencialmente religioso e cristão, embora as suas crenças tenham sofrido os efeitos da falta de cultura religiosa e da permanência de um eclesiástico. Crê em Deus, no culto dos santos, na vida futura, etc, etc. Mas também em muitas outras coisas…
A feitiçaria é uma praga daninha cujos
efeitos desastrosos se sentem por toda a
parte e têm , às vezes, uma influência decisiva nos destinos da vida das criaturas.
(…)
Logo à minha chegada, notei um certo contentamento por parte da população, por
verem padres, perguntando-me muitos: se o que ia comigo, ali ficaria. Este
padre, é um missionário de Angola, que encontrei a bordo e desembarcou comigo,
seguindo depois viagem para a Metrópole. - Imagem extraída de São Tomé e Príncipe: Ruínas na Praia
Logo no primeiro dia visitei a casa onde
estão guardados os objectos de culto que conseguiram escapar à fúria da almoeda,
e onde já tinha sido armada uma capela, onde celebrei muitas vezes e exerci
todos os actos de culto. Embora acanha para a concorrência de fiéis, no entanto
estava limpa e decente.
Todas as missas eram bastante concorridas,
fazendo prática em todos os dias, notando em todos as maior satisfação por lá
terem um padre.
No dia 15 de Agosto, domingo e Festa da
Assumpção de Nº Srª, benzi a nova capela
da Roça Esperança sob a invocação da Santa Joaquina e celebrei ali
missa, fazendo em seguida 150 batizados, que, como ali se efetuaram nos dois
dias seguintes, se e elevaram a 370. No
mesmo dia, também celebrei na Capela da Cidade, onde havia muitos fiéis,
ficando a maior parte na rua, por não caberem no recinto.
Logo a seguir, fui á Roça Sundy,
propriedade do Senhor Jerónimo Carneiro, onde também celebrei, na linda Capela
de Nª Srª Lourdes, a que assistiram, além do médico, esposa, administrador,
empregados europeus, uma grande quantidade de serviçais, predominando os
cabo-verdianos, tendo feito, no mesmo dia, 51 baptizados de serviçais.
Em todas as missas, fiz a prática do dia,
tendo igualmente dirigido a palavra aos catecúmenos adultos sobre o acto que se realizava e os
deveres que tinham de cumprir.
Na Sundy, despertou a minha atenção, quando no final da missa, rezava três Avé-Marias,
todos os serviçais que assistiam, responderam ao coro, acompanhando-me depois na Salvé-Raínha, o que mostrava não só saberem
estas duas invocações à Virgem, mas que também que não lhes era estranho o acto
a que assistiam".
Foto ao lado - Capela de Nº Srª de Lourdes, na Roça Sundy -
extraída Igrejas em S. Tomé e Príncipe -
"Celebrei mais duas missas nesta capela, segundo as intenções do médico Doutor Vasconcelos e Esposa. A Capela da Suny é ampla e com um altar-mor espaçoso, formando no topo, uma linda e artística gruta sobre qual se venera a imagem de Nª Srª de Lourdes, padroeira da Capela e da Roça. Tem um coro, pia baptismal de mármore, uma sacristia ampla, todos os parâmetros e objectos necessários para o culto.
O alpendre dá-lhe um bonito aspecto
exterior, fazendo lembrar muitas das capelas da Metrópole disseminadas pelos centros menos populosos, onde os fiéis, depois
das labutas do dia, passam cheios de fé e devoção, descobrindo-se
respeitosamente, agradecendo e implorando a proteção das
imagens que ali se veneram.
Como depois do abandono e secularização da
igreja, deixou de haver na cidade um templo para os actos do culto, arrumaram-se os objectos, que escaparam à fúria cristianicida da época, num
armazém da Câmara, adaptando-se uma das dependências a capela.
Isto é, a Cidade de Santo António, da Ilha
do Príncipe, que já teve Igreja Catedral, Misericórdia e muitas Capelas e
Várias Confrarias e Irmandades de seculares tradições religiosas, viu os actos
de culto da sua Religião, celebrados na dependência de um armazém que o
Município, por favor, lhe cedeu .
Tornava-se pois necessária a construção de
uma igreja, não só para acudir às necessidades dos que reclamavam, mas também
para reparar de algum modo o desacato feito às crenças de uma grande maioria e
tradições de uma civilização.
Os esforços da actual administração do
concelho e a boa vontade de todos, decidiram levar a efeito esta tão suspirada
obra, sendo escolhido o Largo Maria Correia
No dia 10 de Agosto, depois dos convites
oficiais feitos pelo Senhor Capitão Curado, Administrador do Concelho, foi
benzida e lançada a primeira pedra com as cerimónias do ritual
Em seguida foi celebrada Missa Campal, com
guarda d’ honra, a que assistiram o Administrador do Concelho, toda a população
europeia da Ilha, nativos, muitos serviçais, crianças da Escola, soldados e presos, devidamente uniformizados.
Fiz uma prática alusiva ao acto,
enaltecendo as glórias do nosso passado glorioso e as tradições cristãs do Povo
Português que levaram a fé e civilização a todos os domínios , cujos estavam
bem patentes na grandiosa manifestação de fé
a que se assistia.
À tarde, pelas cinco horas, foi
organizada uma procissão ao Cemitério,
em que se incorporaram europeus e indígenas, entoando-se no trajecto o
salmo “Miserere”. Ali cantou-se o R. Libera-me e as orações do estilo, tendo
feito uma alocução sobre a caridade e os deveres que temos d éter para com os
mortos.
Muitas pessoas com lágrimas, me respondiam
responsos por alma dos seus entes mais queridos, benzendo muitas campas, sendo
muito comovente este espectáculo de luto
e de tristeza, mas consolador pela fé e sentimentos que os inspiravam
Era já noite quando a multidão evacuou o
cemitério, deixando ali pedaços do seu coração retalhado pela saudade dos que
lhes foram caros, mas que ali ficavam alumiados pelos clarões da sua Fé e
conformados pela piedade das suas orações.
Por entre soluções e lágrimas,
reorganizou-se o cortejo de volta à Capela, tendo-se feito o percurso com o
mesmo cerimonial anterior, disparando todos depois, já na cidade, no mais
profundo silêncio.
Foi uma das cerimónias mais comoventes que
tanto impressionou os que a ela assistiram. Durante outros dias,
realizaram-se também muitos baptizados e algumas confissões e
comunhões. Também devo registar, com muito prazer, que na Roça Porto Real ouvi
de confissão dois serviçais, muito conhecedores dos seus deveres cristãos.
Os dois dias que restaram, passeio-os em
actos de culto e noutros deveres inerentes à minha função de Inspector Escolar.
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