expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ilha do Príncipe – Depois do ciclo do Cacau - Filões de ouro à superfície do solo? e jazidas de petróleo no fundo do mar! – Documento escrito por entidade colonial diz que “em 1810 o comércio do ouro era alvo de atenção por parte do Governo da Colónia.

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Investigador


Poderá haver ouro na Ilha do Príncipe – Há antigos documentos, que falam dessa possibilidade – mas também do ouro, proveniente de São João Baptista de Ajudá  e de ali ter sido manufaturado –  Para se juntar ao ouro, ali já existente ou para explorar a escassa mão-de-obra escrava?...De facto, a distância não era muita da ilha Príncipe ao  forte português incrustado em território do atual Benim -  Esta poderá ser a explicação, de que o carregamento do ouro até pudesse vir nos mesmos barcos negreiros que vinham do continente africano e faziam das Ilhas de S. Tomé e Príncipe, um interposto da escravatura para as Américas. Mas, por outro lado, não se compreende a razão  pela qual, uma ilha tão pequena, e ainda  para mais com tão escassos habitantes, o ouro em bruto, em vez de ser diretamente  enviado para a Metrópole – do qual ali se fizeram  grandes fortunas e construíram grandes palácios  - havia de ter de fazer  este transbordo

Ao contrário do que anunciei, ainda não é desta vez que lhe venho falar do património religioso  – antigas capelas e igrejas – que existiram na ilha do Príncipe ( se bem que o  texto já esteja pronto) visto  dar prioridade a outra novidade – Veja bem o leitor: Ouro na Ilha do Príncipe?!--- E porque não!  

Enquanto a exploração do petróleo, o chamado ouro negro, conhece recuos e avanços, que não lhes permitiram ainda extraí-lo das profundezas do mar – alias, ainda muito mais abaixo dos lodos depositados no fundo dos abismos – quem sabe se, com esse polémico processo, não se tem andado distraído do ouro verdadeiro, daquele que – exposto à luz – brilha como o esplendor do sol  - e, a dar-se o caso de existir, estando ali à mão de semear, possa ser extraído com menores custos e ter proveitos imediatos.

Pois é justamente disso que lhe venho falar – É certo e sabido que, tanto em S. Tomé como no Príncipe, além do maravilhoso património natural  (vegetal) que já se conhece, muitas  riquezas ainda haverá por descobrir – Refiro-me ao  subsolo, que ainda é um grande mistério – Sim, e porque não ouro nas areias do Rio do Ouro – ou será que a origem dos  nomes era dada apenas por mero capricho?   - Pergunto: já alguém alguma vez se preocupou com o estudo da toponímia atribuída a este rio e da eventual possibilidade de estar associada à existência de ouro?  

Pessoalmente, não tenho conhecimento desse facto – Mas, curiosamente, até foi uma ideia que me passou pela cabeça, quando ali fui empregado de mato, tendo um dia andado por lá a passear-me pelas suas margens e leito. – Naturalmente que levado mais pela minha curiosidade de conhecer as sua paisagem e a suas curiosas rochas, do que propriamente  na mira de algum hipotético filão, porque, mesmo que lá o encontrasse, sabia que andava ali a perder o meu tempo para  dar o ouro ao “bandido.”

( Semana Ilustrada 1973 - Minha Reportagem)

Por vezes, eu próprio me surpreendo porque razão certas descobertas  vêm ao meu encontro, desde documentos, que estavam esquecidos (e alguns dos quais até praticamente abandonados) até descobertas arqueológicas – Não vou aqui descrever os vários exemplos, pois não esta é agora a minha intenção, até porque já o fiz,  nos   escritos  publicados nos meus dois sites, que até podiam dar vários livros mas que eu tenho preferido fazê-lo em  Odisseias nos Mares http://www.odisseiasnosmares.com/2014/10/descoberta-de-gravuras-pre-historicas.html e em Templos do Sol  - Veja-se, por exemplo,  o caso das terras raras, o chamado oro do século XXI http://www.vida-e-tempos.com/2013/05/terras-raras-ouro-ou-petroleo-do-seculo.html

Foto de nutixaye.wordpress.com  
A bem dizer não há acasos: não se procuram; vêm ao encontro de quem os deseja, se esforça ou merece -  Foi o que sucedeu, com a sorte que Deus me deu em sobreviver nas minhas várias  aventuras marítimas, que, à partida, poderiam estar condenadas a ser mais uma das vidas perdidas no fundo do mar, mas, felizmente que o desfecho foi outro. Isto para já não falar   - depois de vários anos de peregrinações, de dia e noite – da descoberta dos antiquíssimos e maravilhosos calendário solares, cujas imagens já correram mundo. http://www.vida-e-tempos.com/2013/06/celebracao-do-solsticio-do-verao-21-de.html ......  http://www.vida-e-tempos.com/2014/01/pedra-da-ursa-maior-nos-templos-do-sol.html

HÁ QUE PROSPETAR OU APROFUNDAR - Novo desafio ao empreendedor e dinâmico Presidente do Governo Regional, José Cassandra.

Sem com isto querer ser demasiado otimista ou  alimentar ilusões, há que aprofundar  o estudo e, se houver pistas,   fazer as  prospeções  - Quem sabe se até não mais promissoras e com menos custos de que a tão badalada exploração do petróleo, num processo de especulações e polémicas, que, os investidores, na mira de  um dia encherem os bolsos, vão dando umas “morcelas”, quando o objetivo é ficarem com o salpicão, claro se alguma vez o encontrarem

Mas passemos à transcrição do  que diz um relatório colonial, a dado passo



"

"A Ilha do Príncipe foi capital da Colónia desde 1753 (alvará de D. José Iº de 15-11-1753) e deixou de o ser em 1852, pag. 40 e 97, Corografia da Ilha do Príncipe por Cunha Mattos)
Em 1822 o Coronel José Ferreira Gomes, introduziu o cacau na Ilha do Príncipe. Foi João de Sousa e Almeida, 1º Barão de Água Izé, que em 1855 o começou a cultivar em S. Tomé – (DR. E. Lemos Boletim da A. Geral das Colónias, Nº 118/1935 – pag. 38.


O Governador da Ilha do Príncipe, Joaquim José de Sousa Ozório, diz no Oficio Nº475 de 1-7-1856 ao Gov de S. Tomé,  (pag. 50 do Reltº de Externos do Gov. do Príncipe” Há dois anos aproximadamente que se começou nesta ilha a empregar a serra para se fazer tabuado e vigamento, porém este sistema ainda está tão pouco introduzido que geralmente o tabuado é tirado à cunha….

O Comércio era feito com Avana, Brasil  (Bahia de Todos os Santos) e Ajudá donde vinha o ouro (que não sabemos se era ali extraído) que era trabalhado na Ilha do Príncipe, embora imperfeitamente ; Ainda hoje se podem ver raramente alguns objectos a que impropriamente se chama de “Ouro da Terra”

Já em 1810  o comércio do ouro era alvo de atenção por parte do Governo, como se vê no ofício de 1 de Setembro de 1810, do Gov. Joaquim Lisboa aos “Senrs Offes. do Senado da Câmara da Ilha do Príncipe”, o qual diz como o Tenente de Melícias Rodrigues Martins Pina tem os melhores conhecimentos da arte da ourivesaria (sic) que lhe encargou o Juiz o Juízo daquele offício e do Contraste de prata  p. ser assim muito necessário a bem do Povo enganado quotidianamente pelos ourives que nas obras que fazem lanço  quadruplicada  liga da Lei ou pª melhor dizer em lugar de venderem ouro vendem latão dourado  - Deos G. de a Vmces. Qel do Gov,  da Ilha do Príncipe.

(Foto ao lado - Gabriel Gomes da Silva - doc. col)

Segundo informações de Gabriel Gomes da Silva, esteve no Príncipe um italiano que afirmava  haver ouro no sítio dominado Budo-Faca  Pedra-Faca, cujo nome deriva de uma pedra ali existente da qual uma das faces é afiada com uma faca; Era ali o cruzamento das roças Azeitona, Manuel Afonso, Conceição e Ibó. Chamava-se o referido italiano. Domic Lak Marsns. (Encontrámos de facto  o nome de  Domingos  LeK Marcins  (sic) num contrato de trabalho  agrícola com 40 Krumanes vindos de Fernando Pó em 27 de Maio de 1865







Nenhum comentário :