Filipe Bonfim – Professor de Biologia e
Médico Veterinário – é uma das personalidades mais entendidas, nas Ilhas Verdes
do Equador, na área da biologia e do meio-ambiente: conhece o nome de todas as
aves , diz que todas elas são endémicas
mas que há algumas, como a galinhola, que estão em vias de extinção, pelo que sugere que,
politicas públicas, ligadas ao ambiente, defendam a sua preservação. O mesmo sugere quanto à preservação das tartarugas marinhas, nomeadamente às
espécies mais ameaçadas, defendo que, a par de uma sensibilização, se criem
condições às pessoas que têm vivido da sua captura.
Filipe Bonfim, é, de facto, um atento e profundo
estudioso, um grande apaixonado da fauna e da flora, que existe nestas maravilhosas
ilhas - : Além de sua atividade docente, na universidade pública, dispõe também de uma clínica para tratamento veterinário
de animas e aves domésticas.
Questionado, na entrevista que nos
concedeu - aquando da nossa estadia em S. Tomé - , sobre que solução deveria ser dada para acabar com os cães vadios, que andam pelas ruas da
cidade, respondeu-nos ser necessário estabelecer um plano a curto e
a médio prazo, por forma a eliminar os que sejam portadores de
doenças, através de táticas inovadoras, como seja castração de machos” – No
entanto, quanto aos cães saudáveis,
defende uma doação, visto haver pessoas que gostam de animais e gostariam de os ter
.
ATUAL REALIDADE
Na verdade, há matilhas que vagueiam pelo mato, onde nunca lhes faltam alimentos: comem de tudo: desde frutos, ratos, insetos, peixes do rio ou mesmo do mar – De um modo geral, não são agressivos: afastam-se das pessoas e fazem a sua vida de cão.
Por sinal, não tão má quanto isso: não assumem o aspeto doentio e escanzelado, como os cães que se alimentam do lixo, nas ruas da cidade de S. Tomé ou de Santo António, na Ilha do Príncipe: de um modo geral, mais magros e infestados de carraças e mazelas. É frequente vê-los a chafurdar nos contentores do lixo:
Na verdade, tal como também
já foi reconhecido pelas próprias autoridades sanitárias, e até é dito em
campanhas televisivas, estes animais constituem uma perigo para a saúde pública
– Deveriam, pois, ser capturados - Pois,
mais o santomense, sendo um povo naturalmente pacifico. gosta dos animais e da natureza,
da qual depende a sobrevivência do grosso da população, e não tem coragem de matar nem os cachorros, quando nascem, nem
mais tarde, já adultos – E quase toda a gente gosta de ter o seu cão
Segundo uma noticia divulgada,
pelo Diário de Noticias, o ano passado, ninguém sabe muito bem quantos cães
existem na ilha do Príncipe, em São Tomé. Por cada família - a pequena ilha tem
cerca de sete mil habitantes -, estima-se que existam três cães, mas estes são
apenas os que têm dono. Depois há todos os outros: os que erram pelas ruas e às
vezes atacam as pessoas, sobrevivendo do que encontram, incluindo galinhas ou
ovos de tartaruga, bem como os assilvestrados, que se escondem floresta adentro
e que concorrem pelas mesmas galinhas e ovos de tartaruga..
.
Mas se o seu número total é
uma incógnita, uma certeza existe: estes cães podem transmitir doenças, desde a
sarna a parasitas de vários tipos, e constituem um risco sério para a saúde
pública. O projeto Educa-Cão, coordenado pela investigadora em comunicação de
saúde pública Isabel de Santiago, em colaboração com a Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade de Lisboa, os Veterinários sem Fronteiras-Portugal
e as autoridades locais, já foi para o terreno e fez o diagnóstico da situação.
O próximo passo é intervir, o que significa vacinar e controlar a população de
cães, fase do projeto que se inicia no dia 26 de janeiro. São Tomé E Príncipe - Portugueses controlam cães na ilh
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