(atualização Afinal não nos enganámos nas nossas previsões: estava a chegar quando editámos este poste) - O presidente de Portugal
Marcelo Rebelo de Sousa acabou de chegar esta noite por volta das 23:30
horas locais à capital são tomense, dando início a uma visita de 48 horas à
São-Tomé e Príncipe visando o reforço de cooperação entre os dois Países http://interlusofona.info/s-tome-e-principe-marcelo-rebelo-de-sousa-chegou-na-noite-de-ontem-a-capital-sao-tomense-veja-suas-declaracoes/
Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise
O Presidente da República Portuguesa, vai ter uma agenda muito preenchida, num país de móli-móli mas agora com muita crispação politica, num ambiente mais propenso a protestos ao regime de que a virar festa – Conseguirá o Presidente Português, o milagre de mudar a mentalidade de um Primeiro-Ministro, nascido no Gabão, que faz das Ilhas a sua propriedade? – Marcelo tem o dom da palavra, pelo que não deixará de deixar as suas mensagens, sem ter de se colocar no papel do antigo país colonizador, donde, aliás, tem vindo a depender uma grossa fatia da ajuda externa
OPOSIÇÃO ASSINALA QUE O PAÍS «ESTÁ SOBRE BARRIL DE PÓLVORA
Reprimindo o povo pacifico mas oprimido |
O Partido da
Convergência Democrática (PCD) considerou, esta sexta-feira, que São Tomé e
Príncipe vive uma «tensão política latente» e que se encontra sobre «barril de
pólvora». E explicou porquê.
«A prática
política do partido no poder tem sido desenvolvida no sentido de subverter a
nossa tradição democrática. As nossas instituições estão a ser objeto de
interesse político-partidário, que põe em causa a coesão nacional», lê-se
também no comunicado. http://abola.pt/Mundos/Noticias/Ver/716517
PARA
QUEM É CALOTEIRO O DINHEIRO NÃO CUSTA A GANHAR - Patrice Trovoada foi a
Lisboa, gastar mais uns milhares de euros numa das centenas passeatas, para
dizer que a cooperação devia ser repensada – Enquanto, em S. Tomé, se fazia
eco pelas redes sociais para que o Presidente Português, suspendesse a viagem,
devido aos abusos inconstitucionais do partido maioritário e do Governo –
Enquanto
não fosse restabelecida alguma ordem democrática neste pequeno país, onde o
partido maioritário, que apoia o Governo e o
próprio Primeiro-Ministro, exercem apertado controlo nos media do
Estado ( cerceiam a voz da oposição), tal como a embaixadora dos EUA,
recentemente frisou, lembrando que “Um dos principais alicerces de qualquer
Estado Democrático, é a Liberdade de Imprensa, e o acesso nomeadamente pelas
forças políticas da oposição aos órgãos de comunicação social. https://www.telanon.info/politica/2018/02/02/26352/eua-alerta-o-poder-sao-tomense-para-garantia-da-liberdade-de-imprensa/
UM
PRIMEIRO-MINISTRO QUE FAZ AFIRMAÇÕES TÃO INSENSATAS NÃO É DIGNO DAS FUNÇÕES QUE EXERCE – O CÚMULO DA ESTUPIDÊS
Como
é que espera de ser olhado ou respeitado, quando ele não respeita os demais
órgãos de soberania? – Dá-se ao desplante de afirmar que Há uma máfia instalada nos tribunais do país de São Tomé
e Principe ... sendo ele o principal
coordenador da Máfia nacional” –
ATÉ ONDE VAI O
DESVARIO PATRICIANO
Dá
instruções para que o Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça deixe de ter as honras de VIP no aeroporto – “Manuel Silva
Gomes Cravid, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que não reconheceu o
Tribunal Constitucional de 15 de Janeiro, já não tem lugar na sala VIP1 do
aeroporto Internacional de São Tomé. https://www.telanon.info/politica/2018/02/19/26468/ordem-superior-remete-presidente-do-stj-para-vip2/
- Até parece que também é Patrice que manda na Justiça: Patrice- “Juízes medíocres podem ser úteis noutros sectores”
– Téla Nón
OUTRO
DOS APELOS AGRADECE A MARCELO -NESTES TERMOS
É um comentário
expresso no Facebook por Octávio Bandeira . Obrigado ao
Presidente Português Marcelo Rebelo de Sousa.
Nós os Santomenses
somos considerados de otário pelo Pelo Primeiro Ministro Patrice Trovoada.
De tanto pedir
para viajar pouco e resolver os problemas do País, fomos denominados de
obstáculos e não deixar o Primeiro-ministro trabalhar.
Por ocasião da
visita á STP do Presidente Português, o governo de Patrice Trovoada acordou um
pouco, embora faz de conta porque a cicatriz não terminou, a ferida não curou
apenas fora coberto de gases.
O único edifício
pintado por dentro e fora é o Banco de Urgência que receberá a visita do
Presidente Marcelo porque irá ofertar alguns materiais. Todos outros deram-lhe
um jeito por fora. Igualmente está acontecendo com algumas vias da capital
tapado com massas de cimento em vez do asfalto. Coisa de pouca dura.
Porquê esperar por
uma visita desta para fazer coisas simples que não custam milhões de dólares?
https://www.facebook.com/groups/1046261748750459/
A visita do Chefe de Estado Português, que chegou a estar agendada para 28
de Janeiro, vai finalmente poder concretizar-se a partir de amanhã, ou seja, 18
anos depois da vista oficial do Presidente Jorge Sampaio
PROGRAMA DA VISITA - 1º DIA
PROGRAMA DA VISITA - 1º DIA
20 de fevereiro de 2018
Visita de Estado do Presidente da República à República Democrática de São Tomé
e Príncipe
20 a 22 de fevereiro de
2018 10:00
Cerimónia Oficial de
Boas-vindas no Palácio do Povo
- Honras militares
- Fotografia oficial
- Apresentação das
comitivas
10:25
Encontro a sós entre o
Presidente da República e o Presidente da República Democrática de S. Tomé e
Príncipe, Dr. Evaristo do Espírito Santo Carvalho, no Gabinete do Presidente
10:40
Encontro dos dois Chefes
de Estado alargado às delegações
10:55
Declarações dos dois
Chefes de Estado à Imprensa
11:15
Encontro entre o
Presidente da República e o Presidente da Assembleia Nacional, Eng.º José da
Graça Diogo, com lideres das bancadas parlamentares na Assembleia Nacional
12:00
Encontro entre o
Presidente da República e o Primeiro-Ministro e Chefe de Governo de S. Tomé e
Príncipe, Dr. Patrice Trovoada, no Palácio do Governo
12:25
Saudações do Presidente
da República e do Primeiro-Ministro de S. Tomé e Príncipe a Grupos Culturais e
Populares na Praça Yon Gato
13:00
Almoço com ONG's na
Chancelaria da Embaixada de Portugal em S. Tomé e Príncipe
14:30
Sessão de abertura do
Fórum económico luso-santomense no Centro Cultural Português
15:30
16:15
Encontro com cooperantes
portugueses nas áreas da Saúde, Educação e Formação Profissional na Chancelaria
da Embaixada de Portugal em S. Tomé e Príncipe
19:30
Jantar oficial oferecido
pelo Presidente da República Democrática de S. Tomé e Príncipe em honra do
Presidente da República
MAIS DE 2OO
ONG PARA UMA POPULAÇÃO DE 200 MIL HABITANTES -
Marcelo vai
almoçar na Embaixada com os seus representantes: se estiverem todos, só eles
enchem um grande salão: há trabalhos realizados por ONG, que são bem
conhecidos, pela sua importância, porém, sobre o que faz a maioria, muito pouco
se sabe. Oxalá não sejam meros expedientes para concorrer a apetecíveis fundos:
na verdade, o que precisavam, as duas maravilhosas ilhas Verdes do Equador,
na atualidade, é que sua população dispusesse de um Governo,
minimamente sério e credível mas a desenfreada corrupção impede-lhe esse desejo
QUE NÃO SEJAM TRÊS DIAS PERDIDOS - COMO TÊM SIDO TODAS
AS VISITAS INSTRUMENTALIZADAS E BRANQUEADAS PELO MAQUIAVELISMO DO
REGIME POLITICO VIGENTE
É certamente das crianças onde receberá mais afetos |
Mesmo assim, pese o ambiente de crispação e
de instabilidade, social e politico, que se tem vindo a verificar e adensar,
estou certo que, o Presidente Português, não deixará de ser bem acolhido.
Embora sendo o país mais pobre de África é tradicionalmente, o mais
pacifico. e hospitaleiro .
Marcelo Rebelo de Sousa, não deixará, com
certeza, de testemunhar manifestações de desagrado¸ que, conquanto não que lhe
sejam dirigidas, servirão para expressar descontentamento e as
privações que têm vindo a agravar a vida das populações, com o
crescimento de níveis de pobreza e outros problemas sociais.
Desejo e espero, pois, que seja uma viagem bem-sucedida,
oportunidade para estreitar laços de amizade e até para apaziguar um ambiente
politico, que tão tenso e exasperado tem andado, por força do nepotismo
do regime, lembrando algumas noções democráticas.
E, por isso mesmo, que não seja mais um dos acontecimentos políticos que vise dar simplesmente branquear e da visibilidade a quem a não merece: aos oportunismos e à vaidade de um Primeiro-ministro, a um Governante, desonesto, corrupto, manipulador, oportunista e odioso, tal como acabou de demonstrar na sua recente deslocação a Portugal, sabendo ele que podia dispor dessa mesma oportunidade, com os media portugueses, na visita de Marcelo, não se importando, pois, de esbanjar milhares de euros em mais uma das centenas de fugas ao estrangeiro, que depois somam milhões, que tanta faltam fazem num pais, onde a esmagadora maioria do povo vive em miseráveis cubatas, num pequeno pais, que depende quase 100% da ajuda externa, onde o salário mínimo não excede os 50 euros mensais, em que uma receita médica não pode ser aviada à caixa, na farmácia mas ao comprimido
E, por isso mesmo, que não seja mais um dos acontecimentos políticos que vise dar simplesmente branquear e da visibilidade a quem a não merece: aos oportunismos e à vaidade de um Primeiro-ministro, a um Governante, desonesto, corrupto, manipulador, oportunista e odioso, tal como acabou de demonstrar na sua recente deslocação a Portugal, sabendo ele que podia dispor dessa mesma oportunidade, com os media portugueses, na visita de Marcelo, não se importando, pois, de esbanjar milhares de euros em mais uma das centenas de fugas ao estrangeiro, que depois somam milhões, que tanta faltam fazem num pais, onde a esmagadora maioria do povo vive em miseráveis cubatas, num pequeno pais, que depende quase 100% da ajuda externa, onde o salário mínimo não excede os 50 euros mensais, em que uma receita médica não pode ser aviada à caixa, na farmácia mas ao comprimido
DOIS ROSTOS DE AMOR A S. TOMÉ E PRÍNCIPE -
E QUE SÃO DIGNOS DE RECONHECIMENTO PÚBLICO - SARA VIEIRA E JORGE VACAS
SARA VIEIRA, UM EXEMPLO DE DEDICAÇÃO E DE AMOR EM DEFESA DAS TARTARUGAS MARINHAS - Faz parte do grupo de cooperantes portugueses, que também se apaixonam por S. Tomé e Príncipe e por cá continuam, dando o melhor do seu esforço, saber e dedicação -No seu caso, também pelo amor em defesa da preservação das tartarugas marinhas.
Há vidas que são um exemplo de dedicação e de amor à Natureza ou ao Próximo, em que não se olham a sacrifícios pessoais, a meras vaidades ou caprichos de ostentação, mas à defesa de uma causa, quantas vezes longe do lar, da família e dos amigos mais próximos – Um verdadeiro apostolado, em prol do bem-comum: de uma fé, de um ideal, de uma causa nobre – Este é realmente o exemplo seguido pela bióloga, Sara Vieira, coordenadora dos trabalhos da ATM, em S. Tomé e Príncipe, com larga experiência em projetos de tartarugas marinhas em Cabo Verde, por onde passou, antes de, há três anos, ter rumado às Ilhas Verdes do Equador. (agora há cinco anis)
Durante a minha estadia, em S. Tomé, tive o prazer de ter oportunidade de visitar as instalações da ONG Marapa, uma das principais parceiras da ATM em são Tomé e Príncipe, uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que trabalha em regime de voluntariado, pugnando pela conservação das tartarugas marinhas, assim como de assistir à largada, na praia Jalé, ao sul da Ilha, de S. Tomé, de algumas centenas de pequenas tartarugas, acabadas de sair de um ninho do centro incubador para onde são recolhidos os ovos, quando as tartarugas ali vão desovar, de modo a serem protegidos dos predadores e de outras ameaças.
A coordenar o projeto, está a bióloga, Sara Vieira, sem dúvida, uma verdadeira peregrina em defesa da proteção das tartarugas marinhas, palmilhando as praias de norte a sul, Micolóló, Fernão Dias. Morro Peixe, Santana, Porto Alegre e outras praias - Além de ficar a conhecer uma personalidade de uma grande generosidade, um coração sensível, dedicado e amoroso, bem como de também poder saber das suas preocupações, em relação à falta de mecanismos capazes de uma fiscalização eficaz - Pois teme que a lei, que foi aprovada. se transforme numa lei morta e a matança das tartarugas persiga..
De facto, São Tomé e Príncipe podia ser o maior santuário mundial da desova de tartarugas marinhas, já que, das sete espécies existentes no mundo, cinco são atraídas pelas maravilhosas praias das Ilhas Verdes do Equador - Tantas como as que se dirigem à costa brasileira, sendo que, quer no outro lado do Atlântico, quer nas duas Ilhas do Golfo da Guiné, duas espécies estão em risco de extinção
As tartarugas marinhas, além de contribuírem para o equilibro do biodiversidade, podiam trazer grandes dividendos turísticos e à investigação científica e ambiental, bem maiores da atracão que, atualmente, já exercem, aos visitantes que demandam as praias para assistirem à maravilhosa largada dos ninhos em direcção ao mar, porém, as organizações, que, em regime de voluntariado, proporcionam a incubação dos seus ninhos, em lugares protegidos, ainda se vêm a braços, tanto com falta de apoios, como, sobretudo, pelas capturas indiscriminadas para o consumo da sua carne.
Em 2014, foi aprovado pelo Governo de São Tomé e Príncipe. uma lei sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas – Considerada, então, pelas organizações ecologistas, uma grande vistoria – Mas o receio da bióloga Sara Viera, a coordenadora dos projetos científicos e de fiscalização, é que se transforme numa lei morta: não basta que a lei tenha sido vertida ao papel: é preciso fiscalizar porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira, pelo que a bióloga defende um "maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativa económicas para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai acabar".
SARA VIEIRA, UM EXEMPLO DE DEDICAÇÃO E DE AMOR EM DEFESA DAS TARTARUGAS MARINHAS - Faz parte do grupo de cooperantes portugueses, que também se apaixonam por S. Tomé e Príncipe e por cá continuam, dando o melhor do seu esforço, saber e dedicação -No seu caso, também pelo amor em defesa da preservação das tartarugas marinhas.
Corações dedicados e generosos |
Durante a minha estadia, em S. Tomé, tive o prazer de ter oportunidade de visitar as instalações da ONG Marapa, uma das principais parceiras da ATM em são Tomé e Príncipe, uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que trabalha em regime de voluntariado, pugnando pela conservação das tartarugas marinhas, assim como de assistir à largada, na praia Jalé, ao sul da Ilha, de S. Tomé, de algumas centenas de pequenas tartarugas, acabadas de sair de um ninho do centro incubador para onde são recolhidos os ovos, quando as tartarugas ali vão desovar, de modo a serem protegidos dos predadores e de outras ameaças.
A coordenar o projeto, está a bióloga, Sara Vieira, sem dúvida, uma verdadeira peregrina em defesa da proteção das tartarugas marinhas, palmilhando as praias de norte a sul, Micolóló, Fernão Dias. Morro Peixe, Santana, Porto Alegre e outras praias - Além de ficar a conhecer uma personalidade de uma grande generosidade, um coração sensível, dedicado e amoroso, bem como de também poder saber das suas preocupações, em relação à falta de mecanismos capazes de uma fiscalização eficaz - Pois teme que a lei, que foi aprovada. se transforme numa lei morta e a matança das tartarugas persiga..
EXISTEM HÁ MILHÕES DE ANOS - MAS HÁ ESPÉCIES QUE ESTÃO EM VIAS DE EXTINÇÃO
As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos, conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta, mas atualmente são dos seres mais vulneráveis do planeta. De acordo com estimativas cientificas, de 1000 filhotes nascidos, apenas um chega à idade adulta.
"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera, frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"
"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera, frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"
De facto, São Tomé e Príncipe podia ser o maior santuário mundial da desova de tartarugas marinhas, já que, das sete espécies existentes no mundo, cinco são atraídas pelas maravilhosas praias das Ilhas Verdes do Equador - Tantas como as que se dirigem à costa brasileira, sendo que, quer no outro lado do Atlântico, quer nas duas Ilhas do Golfo da Guiné, duas espécies estão em risco de extinção
As tartarugas marinhas, além de contribuírem para o equilibro do biodiversidade, podiam trazer grandes dividendos turísticos e à investigação científica e ambiental, bem maiores da atracão que, atualmente, já exercem, aos visitantes que demandam as praias para assistirem à maravilhosa largada dos ninhos em direcção ao mar, porém, as organizações, que, em regime de voluntariado, proporcionam a incubação dos seus ninhos, em lugares protegidos, ainda se vêm a braços, tanto com falta de apoios, como, sobretudo, pelas capturas indiscriminadas para o consumo da sua carne.
Em 2014, foi aprovado pelo Governo de São Tomé e Príncipe. uma lei sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas – Considerada, então, pelas organizações ecologistas, uma grande vistoria – Mas o receio da bióloga Sara Viera, a coordenadora dos projetos científicos e de fiscalização, é que se transforme numa lei morta: não basta que a lei tenha sido vertida ao papel: é preciso fiscalizar porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira, pelo que a bióloga defende um "maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativa económicas para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai acabar".
Ilha de São Tomé - Momento maravilhoso da largada de um ninho de tartarugas em direção ao oceano, junto à linha do Equador na Praia Jalé - Recanto de um paraíso rodeado de coqueiros, areia fina, dourada e macia, a perder-se por extensa superfície de um azul esmeralda de água quente, brilhante e cristalina – Um raro privilégio que jamais se apagará da retina de quem o contempla -
EM SÃO TOMÉ HÁ QUASE 61 ANOS
Em Abril,
de 1959, desembarcava, ao largo da Baía Ana de Chaves, um dos
escassos portugueses – atual luso-santomense – que não virou as costas aos
novos desafios . Um dos mais louváveis exemplos de integração. Que acreditou no
futuro do jovem país, que soube sempre respeitar as pessoas e integrar-se –
Pois, também ele foi um dos explorados no tempo colonial
Já aqui nos referirmos, e nestes termos: Em São Tomé, quem não conhece Jorge Vacas?!... Aquela expressão afável e sorridente, que lhe é inata, quer na vida pessoal, quer na sua atividade comercial. Proprietário da casa Luís & Fonseca, Lda, , situada no coração da cidade, uma das poucas lojas do período colonial, que resistiu a ventos e a marés - Uma das mais antigas e populares, onde ainda se vende tecido a retalho, adequada aos gostos e às possibilidades dos santomenses. Embarcou no navio Pátria, que partiu de Lisboa, no dia 6 de Julho de 1957 às 11 horas da manhã, do Cais de Alcântara.
Natural do Vale, uma pequena aldeia do concelho de Mação. Tinha 14 anos. Era ainda um rapaz, filho de uma família humilde. Com ele, pouco mais de um pequeno farnel e um punhado de sonhos. Vinha trabalhar para a loja do seu tio, a troco de quase uma esmola – Aos domingos, ele e um grupo de amigos, demandam os recantos da costa da ilha, onde as águas marulham em rolos de alvura de espuma, entre um azul celeste que se estende mar fora e pelo infinito e um verde luxuriante que sobe quase abruptamente pelas encostas, não tanto pelo gosto de nadar à superfície (para isso havia praias mais acessíveis e menos arriscadas) mas para mergulhos de caça-submarina. Não apenas por desporto mas também como forma de arranjarem mais uns trocados, com a venda de peixe.
Quer os empregados do mato, quer do comércio, ganhavam muito mal – O colonialismo abrangia também muitos portugueses, não se confinava apenas aos negros, atingia também muitos brancos, que sentiam na pele o acinte da exploração.
Entretanto, dá-se o 25 de Abril, e, muitos portugueses começam a regressar a Portugal.– Um deles foi o seu tio, que, não querendo continuar, propõe a venda da loja ao sobrinho – Jorge, aceita o desafio. Dá-se depois a independência, e a debandada dos colonos é quase geral.. Porém, um dos poucos que entendeu que devia continuar, é justamente o homem, que ali chegara à Ilha, ainda rapaz. Sempre se deu bem com o santomenses, achava que não tinha razões para recear o futuro, e não voltou costas a esta maravilhosa terra, que, adotou como segunda pátria, tendo já adquirido a dupla nacionalidade.
Reencontrei-me com ele, em Outubro de 2014, aquando da minha estadia em S. Tomé, 39 anos depois. E, de facto, foi com muito prazer que entrei na sua loja para o cumprimentar, reencontrar-me com um dos meus compatriotas, com quem muitas vezes dialoguei e me cruzei, com quem dava gosto conversar. E foi justamente a mesma impressão que agora ali sentia. A mesma franqueza, a mesma frontalidade, expressão cordial e simpática. Os anos deixam as suas marcas no rosto mas, pelo que me apercebi, tornam ainda mais firmes, os espíritos determinados e corajosos, as pessoas generosas e humanas, possuídas de bom carácter, que cultivam valores de convivência e de fraternidade. Que sofreram na pele as agruras da vida, que aprenderam a resistir às mais diferentes adversidades.
Jorge é um desses magníficos exemplos. De convivência pacifica, de simplicidade e de reintegração num pais que abraçou como seu. A sua postura, perante os santomenses, foi sempre igual. quer no tempo em que foi modesto empregado de balcão, quer na qualidade de empresário.
Sim, foi das pessoas com quem tive muito gosto em me reencontrar. Mostrou-me o bilhete da viagem no Pátria, que lhe custou 1500$00, muito dinheiro para quele tempo, que ainda guarda nos cadernos da suas recordações Disse-me que estava a escrever um livro, e, pelo que me apercebi, talento literário não lhe falta, pois até me leu algumas belas páginas, nomeadamente, passadas a bordo daquele velho paquete. O que lhe falta é tempo – diz - para o concluir: devido aos afazeres profissionais. Mas oxalá não desista e arranje um tempinho para o acabar.
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