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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Pneumonia mata um português a cada 90 minutos - Felizmente sou um ressuscitado - Tive alta na segunda-feira após descida aos escombros de um inesperado pesadelo pneumónico – Passei por três hospitais – Em Santa Maria, perdi uma manhã; não fui internado por alegada falta de camas.- Depois, só ao fim do dia fui consultado em S. José e daqui transferido quase à meia-noite para os Capuchos onde permaneci internado oito dias


É referido que “A Pneumonia é não só a principal causa de internamento hospitalar em Portugal, como também uma das doenças mais mortíferas para os portugueses. https://www.medis.pt/mais-medis/saude-e-medicina/pneumonia-causas-sintomas-e-prevencao/

Cemitério da minha aldeia - Espera a minha vez 
"Portugal é o país europeu com maior taxa de mortalidade por pneumonia, com valores Portugal, a Eslováquia e o Reino Unidos têm as taxas mais elevadas de mortalidade por pneumonia, enquanto a Finlândia, a Grécia e a Áustria têm as taxas mais baixas”, resume o relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico sobre saúde e mortalidade superiores a 57 mortes por cada 100 mil habitantes. https://observador.pt/2018/11/22/portugal-e-pais-europeu-onde-mais-se-morre-de-pneumonia/

Pneumonia mata um português a cada 90 minutos  -  (...) E é no interior do país que se verifica tanto uma maior taxa de mortalidade como de internamentos. O cenário, negro, e que persiste de ano para ano, é explicado pelo Observatório Nacional das Doenças Respiratórias,  - De acordo com o documento, a que o JN teve acesso, dos 13.474 óbitos por doenças respiratórias registados em 2016, 44,6% foram por pneumonia, com a taxa de mortalidade dos doentes internados a fixar-se nos 20% https://www.jn.pt/nacional/pneumonia-mata-um-portugues-a-cada-90-minutos-10316006.html

PODIA TER SIDO FATAL   - MAS JÁ ME VOU ACOSTUMANDO A SOBREVIVER A VÁRIAS ADVERSIDADES E A TER SETE VIDAS 



Gentileza do foto-jornalista e meu bom amigo   Arlindo Homem - Com o seu telemóvel




Eu podia ter sido uma das milhares de vitimas – Felizmente, lá me safei – Perdi a respiração nasal e oral e perdi a fala – Valeu-me o que disse um técnico que me fez as radiografias: você tem uns grandes pulmões; deve ter sido atleta!  Mas tem aqui uma manchinha que não é bom sinal - Sim, fui desportista sulcando mares e escalando,  em terra, um pico vertical  -  Não se enganou; levo um estilo de vida mais espiritual de que mundano - Creio que esta tem sido  a principal força que me tem feito resistir a várias vicissitudes - Pois até já fui cobaia médica, aceitei fazer parte de um ensaio clinico,  quando as hipóteses de sobrevivência eram muito limitadas.

Estou certo que se não tivesse ido nessa manhã para o hospital e recebido carradas de antibióticos, como ainda estou a ser medicado, respiração assistida e soro fisiológico que podia ter morrido, tal era o sufoco que me atormentava – A equipa que me assistiu foi excecional - 


Acidente no Pico Cão Pequeno, em S. Tomé - Março 2016


Mas eu sempre me habituei a ter sete vidas, a resistir com infinita paciência, estoicismo a todas as adversidades-  Creio que este foi mais um episódio.


Felizmente, não sou fumador nem consumidor de álcool –Tenho cuidados especiais com alimentação. Mas durmo pouco e esforço-me demais no trabalho fotográfico e jornalístico, se bem que por mera carolice  – Ceio ter sido esta a eventual  causa, devido a várias horas na cave de um hotel repleto de pessoas e de repórteres  ao longo de várias horas. Entrei com uma ligeira constipação e saí de lá ao principio da madrugada com a sensação de um agravado mal-estar -   Medicado no dia seguinte no posto clínico da Casa da Imprensa, ao que parecia ser um estado de constipação temporário, foi-se agravando até acordar asfixiado.



Você tem uns grandes pulmões, deve ter sido atleta mas tem aqui uma pequena mancha”, argumentou o técnico dos exames ao tórax no Hospital de São José – Sim, terá sido esse o facto que me libertou de morte certa e também a pronta e eficiente assistência da Dra. Catarina Espírito Santo e da sua equipa. 

Pese o contratempo de uma manhã no Hospital de Santa Maria – Recebi aqui oxigénio   e soro fisiológico e fui submetido a vários exames  de forma ponta e dedicada, simpática. Mas não fui medicado nem me foram transmitidas as causas do meu estado de saúde - Transferiram-me para S. José por alegada inexistência de condições de internamento - Pelo que, somente  ao fim do dia, pude ser consultado - Nesse entretempo, podia ter ido desta para outra - Era uma das centenas de doentes em espera - Infelizmente, os corredores estavam cheios e viam-se rostos doentes em vários sítios; uns sentados outros em macas. 


Hospital Ayres Meneses - S. Tomé

Com efeito, depois de   ter estado várias horas no Hospital de Santa Maria, sou então transferido de ambulância, creio que depois de uma da tarde  - por alegada incapacidade de internamento -  para o Hospital de  S. José, onde fui colocado, depois de ter esperado pela minha vez na triagem,  na lista de espera dos ambulatórios, num estado de enorme desespero, de quase asfixia pulmonar, não podendo falar nem respirar nem pela boca - para onde afluía um pastoso catarro  - nem pelo nariz em permanente escorrimento nazal. Impossibilitado de ingerir quaisquer alimentos sólidos ou líquidos:
comprei um pacote de sumo numa das máquinas, pois a sede também me atormentava, porém, mal o levei à boca, de imediato fui acometido de acessos de tosse e vómitos violentos. 

Seriam aí quase aí umas 19 horas  do dia 14, quando finalmente comecei  a ser assistido – E, digamos, de forma amável, dedicada e humana pela Dra. Catarina Espírito Santo e a sua equipa 
Por volta da meia-noite sou então transferido de ambulância para ser internado no serviço 2-5 do Hospital de Santo António dos Capuchos, no qual sou assistido, igualmente.  pela mesma médica e a sua equipa, a quem aproveito para expressar, publicamente, os meus sinceros agradecimentos como se empenhou em prestar-me a devida assistência até me ser concebido alta, nesta última segunda-feira,  por volta das 2 horas, do dia 21

O que aparentemente pareciam sintomas de uma simples constipação, tendo mesmo sido medicado para o efeito no posto clínico da Casa da Imprensa, em menos de uma semana, descambou para um  crescente estado de cansaço e de perturbadora asfixia com perda de voz, fossas nasais em escorrimento permanente, garganta arder ao mesmo tempo que uma pastosa espuma (catarro) refluía até à boca, impedindo-me de cuspir e de pronunciar uma palavra, de respirar normalmente ou de poder ingerir quaisquer líquidos ou alimentos. Com acessos de tosse que pareciam estoirar-me o peito e dos pulmões - A minha comunicação fazia-se por escrito.


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