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sábado, 17 de julho de 2021

CPLP – Cimeira de Luanda - Aprovado Acordo de Mobilidade - Guiné Equatorial, sob o domínio colonial português, mais de 300 anos, volta a ser o bombo da comédia dos saudosistas da “Primavera Árabe” – Querendo impor o ultraliberalismo selvagem, onde o caos possa dar cobertura a todo o tipo de cobiça externa das suas riquezas naturais

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Finalmente, deu-se um passo importante nas cimeiras da  CPLP, visando   facilitar a circulação de nacionais de países da CPLP no espaço da comunidade e, no que diz respeito a Portugal, terá uma consequência evidente que é facilitar a concessão de visto e autorizações de residente a nacionais da CPLP para efeitos de estudo, de trabalho ou residência em Portugal”, salientou o Ministro  Santos Silva.

Por sua vez, o PM português, António Costa, declarou que “o Governo vai levar já ao parlamento o acordo de mobilidade no âmbito da CPLP, tendo em vista que seja ratificado logo no início da próxima sessão legislativa, em setembro. https://www.dinheirovivo.pt/geral/portugal-ratificara-acordo-de-mobilidade-na-cplp-ja-em-setembro

Entrevistado pela Lusa em vésperas da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre em Luanda nos dias 16 e 17 de julho, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, considera que não há "fricções" entre os países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que a aproximação entre os Estados-membros é "rara", quando comparada com organizações semelhantes.

São Tomé e Príncipe, fez-se representar pelo  Presidente Evaristo de Carvaçho e pelo PM. Jorge Bom Jesus,  que , à sua chegada, se declarou  bastante otimista  de que a presidência angolana da CPLP consiga encontrar soluções para alguns problemas que a comunidade enfrenta, dos quais, a componente económica. https://www.stp-press.st/2021/07/15/bom-jesus-mostra-se-optimista-com-resultados-da-cimeira-da-cplp-em-angola/

 O CORO DO COSTUME - Daqueles que nem sequer conhecem a Guiné Equatorial

“Em carta aberta dirigida à CPLP, um grupo de ativistas pede a retirada imediata da Guiné Equatorial da organização lusófona. Acusam Obiang de continuar a não respeitar os direitos humanos e de manter a pena de morte. https://www.dw.com/pt-002/grupo-de-cidad%C3%A3os-quer-guin%C3%A9-equatorial-fora-da-cplp/a-58280829

mentalidade ocidental, continua a desejar impor os seus figurinos de acordo com os interesses ultraliberais e não propriamente em defesa do progresso social das populações.

Primavera Árabe, termo popularizado pela mídia ocidental, refere-se às revoltas e protestos populares que ocorreram em diversos países do Oriente Médio e norte da África a partir de 2010.  Dez anos após a revolta apoiada pela OTAN, vários desses países, nomeadamente  a Líbia a anarquia tornou o país o principal centro de tráfico de migrantes no Norte da África, de onde dezenas de milhares de pessoas tentam chegar à Europa em perigosas viagens de barco” – Nem assim, ainda se aprendeu com estas lições. https://istoe.com.br/libia-vive-o-caos-10-anos-depois-da-primavera-arabe/

CPLP: Acordo de mobilidade o passo mais importante da comunidade

Depois de anos em que consolidamos a CPLP como organização intergovernamental, chegamos à altura em que podemos, e devemos, consolidar a CPLP como uma comunidade de pessoas para além de Estados, nos quais facilitam a vida às pessoas”, frisou.

Portugal não poderá usar as possibilidades que o acordo oferece em termos de vistos de curta duração, de turismo, porque, em relação a esses, está sujeito à legislação europeia. Porém, nos vistos nacionais é a legislação nacional que conta.

PALAVRAS A RETER 

Portugal e a Guiné Equatorial - Embaixador Tito Mba Ada:: “Portugal é um dos países que beneficiou da integração da Guiné Equatorial na CPLP, em termos de negócios”. “Temos muitas ligações antigas com Portugal, e a Comunidade é uma prioridade para a Guiné Equatorial, e queremos que todos os dias venham portugueses conhecer este belo país  Três séculos, possessão portuguesa, que o tratado de El Pardo separou contra a vontade do povo nativo: “convocando o Capitão Mor da sobredita Ilha, e alguns negros mais principaes, lhe propus as ordens de Sua Mag, dizendo lhes hera preciso jurarem obediencia a El Rey Catholico, me responderão que não, e que elles não conheciao senão a El Rey de Portugal, e que do de Espanha nunca ouvirão falar; ao que se sseguio hum motim geral de Homens e/ Mulheres”




Em Malabo
A Guiné Equatorial foi admitida a 23 de Julho de 2014 como membro CPLP, na X cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, em Díli, na sequência de  um processo de dez anos.

Tito Mba Ada, que é também representante da missão permanente da Guiné Equatorial junto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), reside em Portugal, pais pelo qual se confessa apaixonado:

Cremos que muitos portugueses não conhecem a Guiné Equatorial. Têm que vir conhecer a Guiné Equatorial, investir na Guiné Equatorial, conhecer os guineenses, e trabalhar juntos, porque juntos somos mais fortes e competitivos

Portugal é uma potência turística, porque acolhe mais de três milhões de turistas, então é um dos países que sabem gerir a afluência turística. A Guiné Equatorial é um destino óptimo, um dos melhores de África, e é uma prioridade para o Governo do meu País, portanto é uma área decisiva.

Questionado em que outras áreas, os portugueses poderiam investir no seu país,  a nível empresarial, respondeu-nos que na “agricultura, na pequena indústria, no mar e pescas, o mar tem recursos importantes para a alimentação e para a ciência, portanto Portugal tem óptima oportunidade de investimento, e também na língua portuguesa – Portugal tem que investir, aqui, na língua portuguesa, para fazer negócios em português. Gostaríamos que Portugal oferecesse bolsas de estudo para que estudantes da Guiné Equatorial possam ir estudar naquele país, sendo uma garantia da integração. Neste campo, a Guiné Equatorial não deve fazer esforços unilaterais.

Você esteve aqui, dia e noite, em qualquer lugar, com a sua câmara, esteve perto do Presidente, foi bem recebido na Guiné Equatorial, e, portanto, queremos que seja o melhor interlocutor, o melhor embaixador da Guiné Equatorial.

E, na verdade, nos dias em que ali estive, senti-me tranquilo e feliz – Quer em Malabo, quer em Bata, Cidade portuária da Guiné Equatorial, capital da Província continental, Mbini (antiga colónia espanhola de Río Muñi)l e  segunda maior cidade do país.- Naquela que é também classificada como a “suíça africana”  - Pelo rasgo e criatividade arquitetónica dos seus edifícios, das suas largas e belas  avenidas marginais, praias de areia fina a perderem-se de vista, a curta distância por excelentes estradas – Cremos que mais  livre e mais segura que a generalidade das capitais europeias  – Sim, nos dias em que ali estivemos, sentimo-nos tranquilo e feliz – Naquela que é também classificada como a “suíça africana”  - Pelo rasgo e criatividade arquitetónica dos seus edifícios, das suas largas e belas  avenidas marginais, praias de areia fina a perderem-se de vista, a curta distância por excelentes estradas – Cremos que mais  livre e mais segura que a generalidade das capitais europeias



QUEM É QUE DIZ QUE A  GUINÉ EQUATORIAL NÃO DEVERIA PERTENCER À CPLP? - UM TERRITÓRIO DESCOBERTO POR PORTUGUESES E NA SUA POSSE MAIS DE TRÊS SÉCULOS? - Não foram os pobres  e humiles negros que quiseram deixar de pertencer à coroa de Portugal, bem pelo contrário, até se opuseram violentamente quando foram confrontados com as imposições régias, mas os arranjos palacianos - 

“Nossa Senhora da Graça, aos 30 de Novembro de 1778, fundeado em a enciada da Ilha de Anno Bom  - Attesto em como dando fundo na enciada de Anno Bom em o dia quinta feira 26 de Novembro, e dezembarcando em o dia sabado 28 para dar posse ao Commissario de Sua Mag.de Catholica da sobredita Ilha conforme as ordens de que vinha munido pela minha Soberana, dezembarcando em companhia do sobredito commissario e mais officiaes, que nos acompanhavão para Testemunhas daquelle Acto; nos dirigimos a Igreja, levando em nossa companhia vinte soldados armados, e tendo se celebrado o officio Divino da Missa acabado elle convocando o Capitão Mor da sobredita Ilha, e alguns negros mais principaes, lhe propus as ordens de Sua Mag.de Fidelíssima, para a cessão da mesma, dizendo lhes hera precizo, que juraçem obediencia a El Rey Catholico, como determinava a Nossa Soberana, ao que me responderão o não podião fazer sem convocarem o Povo, estando a este tempo ja todo junto em motim, e propondo se lhe com effeito em altas vozes, as ordens que trazia, em motim responderão todos, que não, e que elles não conheciao senão a El Rey de Portugal, e que do de Espanha nunca ouvirão falar; ao que se sseguio hum motim geral de Homens e/ Mulheres, e sem embargo de muitas deligencias, que todos fizemos para os reduzir e aplacar, nada foy bastante para os podermos conseguir, pelo que tomamos a rezolução de voltar para bordo, intimando lhes, que no dia Successivo voltariamos a Terra, e que levaríamos gente para por força, ou vontade executacem as ordens da Nossa Soberana; com effeito voltamos no dia Domingo com gente suficiente para rebater todo o insulto, e ineaminhando nos à Igreja, nos receberão em motim com Procissoens de Mulheres com Caiveiras e ossos de mortos, e com tanta motinaria, que com muito trabalho, depois muitas deligencias conseguimos dezembaraçar se a Igreja para se poder celebrar o Santo Sacrificio da Missa, e findo este acto, continuamos na deligencia da reducção, sem conseguirmos mais que a continuação da sua pertinacia", 

Você esteve aqui, dia e noite, em qualquer lugar, com a sua câmara, esteve perto do Presidente, foi bem recebido na Guiné Equatorial, e, portanto, queremos que seja o melhor interlocutor, o melhor embaixador da Guiné Equatorial.

- Claro que vou ser! Sr. Embaixador, a CPLP, foi um trabalho difícil, não foi?

Devo reconhecer que abrir caminhos, não é fácil. Como primeiro Embaixador junto da CPLP tinha que criar a estrutura física, o escritório, marcar a presença da Guiné Equatorial na Comunidade. E por isso agradecemos o conjunto dos países que, no dia a dia, trataram a Guiné Equatorial como mais um dos seus.

- Há pouco falou-se dum grupo de empresas da CPLP…

No quadro da CPLP, a Guiné Equatorial está a acolher várias empresas…

- E as empresas portuguesas são bem-vindas aqui?

Portugal é um dos países que beneficiou da integração da Guiné Equatorial na CPLP, em termos de negócios.

- Portanto, como já me disse, Portugal beneficiou com a sua entrada na CPLP. Curiosamente, não vimos aqui ninguém do Governo português…

Bom, não posso falar desse assunto.

- Mas Portugal tem muito a lucrar?


Temos muitas ligações antigas com Portugal, e a Comunidade é uma prioridade para a Guiné Equatorial, e queremos que todos os dias venham portugueses conhecer este belo país.

- O que acha que devia ser feito, aqui, por Portugal, para intensificar essa relação? Se, por um lado, a Guiné Equatorial já tem o seu espaço, em Lisboa, já fez esse esforço de integração, o que é que falta

fazer, por parte de Portugal, para que essa integração seja mais profícua, mais intensa?

Creio que faz falta passar da teoria à prática. Cremos que muitos portugueses não conhecem a Guiné Equatorial. Têm que vir conhecer a Guiné Equatorial, investir na Guiné Equatorial, conhecer os guineenses, e trabalhar juntos, porque juntos somos mais fortes e competitivos.

- Está-se a referir a empresas, isto, já não falando no turismo, porque, realmente, já vi que há bonitas praias, há hotéis confortáveis, há condições excepcionais, há tranquilidade, há segurança, respira-se liberdade, portanto, o turismo também é bem-vindo, naturalmente?


Portugal é uma potência turística, porque acolhe mais de três milhões de turistas, então é um dos países que sabem gerir a afluência turística. A Guiné Equatorial é um destino óptimo, um dos melhores de África, e é uma prioridade para o Governo do meu País, portanto é uma área decisiva.

- Em que outras áreas acha que os portugueses poderiam investir aqui, a nível empresarial?


Na agricultura, na pequena indústria, no mar e pescas, o mar tem recursos importantes para a alimentação e para a ciência, portanto Portugal tem óptima oportunidade de investimento, e também na língua portuguesa – Portugal tem que investir, aqui, na língua portuguesa, para fazer negócios em português. Gostaríamos que Portugal oferecesse bolsas de estudo para que estudantes da Guiné Equatorial possam ir estudar naquele país, sendo uma garantia da integração. Neste campo, a Guiné Equatorial não deve fazer esforços unilaterais.

- Portanto, cabe a Portugal, também, tomar essas iniciativas, isto é, a promoção do Português através do ensino a estudantes que queiram frequentar esses cursos.

GUINÉ EQUATORIAL, HÁ 4 ANOS , ou seja 42 anos depois de ali ter aportado numa piroga -Um dos países africanos com melhor nível de vida e mais tranquilos, onde as barracas foram substituídas por bairros sociais e não se vêm pessoas a dormirem nas ruas, esfomeadas e ao relento - Pese todo o ruído mediático, sobretudo por quem nem sequer alguma vez lá pôs pés - Que sejam os seus habitantes a traçar livremente o seu destino, sem a ingerência do egoísmo e a hipocrisia ocidental, a pretexto das primaveras democráticas, deixando os países num caos - Exemplos bem conhecidos, nos países árabes .

Estive em Malabo e em Bata, em Julho de 2017, participei na abertura do 6º congresso do Partido Democrático da Guiné Equatorial, e, no encerramento, assisti, filmei e fotografei a conferência dada pelo Presidente Obiang às várias cadeias de televisão.

Andei à vontade e tranquilamente por onde quis: usei a Internet, sem restrições - Não fui, como jornalista mas como convidado especial - Privei e convivi com diplomatas, altas figuras do Estado, tendo tido mesma a assistência médica do próprio médico pessoal do Presidente, devido a um desarranjo intestinal, que me vinha preocupando, desde há dois anos, e convivi com o administrador do seu palácio e um dos seus familiares; fui recebido pelo Secretário-Geral do PDGE - Com Obiang ficou prá agendar, pois ele lembra-se de mim, quando me libertou da forca na cadeia onde fui detido pelo seu tio, o então Presidente Francisco Macias, por suspeita de espionagem, tendo manifestado o desejo em receber-me Falámos e sorrimos com gente simples e anónima.

ECOS DA HISTÓRIA 
Fernando Pó - 1771
1771 - Ano Bom
Os primeiros europeus a explorar as quatro ilhas do  golfo da Guiné, (1470-71-72) S: Tomé e 
Participe, Ano Bom e Fernando Pó, foram os navegadores portugueses, comandados por João de Santarém, Pero Escobar e Fernando Pó,  nome pela qual passaria a ser conhecida a atual Ilha de Bioko, depois de ter sido inicialmente batizada por Ilha Formosa, talvez  devido  à  formosura luxuriante  da sua vegetação, tal como, de resto,  ainda hoje se apresenta aos olhos maravilhados dos visitantes 

Sem se pretender entrar em pormenores, que  dão páginas de história, todas as ilhas  permaneceram em mãos portuguesas até Março de 1778. "Depois do Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de El Pardo (1778), as ilhas de Ano Bom e Fernando Pó,  foram cedidas a Espanha, em troca de territórios localizados na América do Sul, que haveriam de demarcar o Brasil que hoje é.


"Durante o chamado "reinado do terror", o ditador macias Francisco Macías Nguema liderou quase um genocídio  (...) Nos últimos anos de seu governo,  a Guiné Equatorial, chegou mesmo a ser conhecida como a "Auschwitz da África"
"Guineans believed their first president had supernatural powers. Using the knowledge of witchcraft he inherited from his sorcerer father, President Francisco Macias Nguema built a huge collection of human skulls at his homestead to beat his subjects to submission" In FRANCISCO MACIAS NGUEMAThe mad man from Equatorial

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