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domingo, 24 de outubro de 2021

Ensino em S. Tomé e Príncipe - Tem a melhor taxa de alfabetização dos PALOP - Tem sido das áreas, melhor sucedias, após a independência, com apoios de várias instituições portuguesas e brasileiras

Jorge Trabulo Marques - Jornalista

A imagem de jovens a caminhar ao longo de caminhos e estradas, com as suas sacolas, é já habitual, quer chova ou faça sol -   Escola Albertina Matos, em Madalena, vai ser requalificada – Se bem que, nos últimos anos da colonização, houvesse progressos assinaláveis – Uma das mais antigas escolas de a Albertina Matos, na vila da Madalena está atualmente em obras,  com o  apoio da  GALP – Disse o Téla  Nón – Projeto cofinanciado pela GALP, estão a ser montados cerca de 80 contentores no terreiro de Santa Margarida. Contentores que serão devidamente equipados para funcionarem durante os próximos 3 meses, como salas de aulas para os alunos da região da Madalena.


Referindo que, no quadro do acordo de partilha de produção de blocos de petróleo em fase de pesquisa nas águas nacionais, a GALP assumiu como responsabilidade social financiar alguns projectos de âmbito social, nomeadamente a requalificação da escola Albertina Matos.


Em 1975, com a independência nacional de São Tomé, a instituição foi renomeada, passando a chamar-se Liceu Nacional Paulo Freire. Paralelamente, a única instituição liceal do arquipélago, o "Liceu Nacional D. João II" (renomeado para "Escola Preparatória Patrice Lumumba"), foi transformada em uma escola de ciclo preparatório, fazendo com que a LNSTP fosse, por 36 anos, a única escola secundária do país..

É sublinha por observadores, que “a independência nacional trouxe, numa primeira fase, um incremento significativo da educação em São Tome e Príncipe, tendo-se alcançado resultados muito positivos com a massificação do ensino, logo após 1975. Todavia, passada que foi esta fase, a educação conheceu uma certa desaceleração e os indicadores mostraram alguma estagnação, senão mesmo retrocesso em alguns sub-sectores, como por exemplo, a alfabetização.

Entretanto, é já reconhecido, que, pelo menos 90% dos são-tomenses com mais de 15 anos sabem ler e escrever, a melhor taxa entre os países africanos de língua portuguesa, indica o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PAJA) são-tomens

Governo de São Tomé e Príncipe prevê erradicar o analfabetismo no país até 2022, mas em 1975 tinha uma taxa de analfabetismo estimada em pouco mais de 80% da população.

"Depois da independência, houve uma grande campanha para a redução do analfabetismo, principalmente nos jovens e adultos, começou-se a trabalhar e em 1990 reduziu-se a taxa para 50%", explica a diretora do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, Helena Bonfim

As escolas do ensino secundário básico,  localizam-se, de uma forma geral, nas capitais dos distritos e compreendem uma rede de 11 escolas na ilha de S. Tomé e 1 escola na ilha de Príncipe. Enquadram geralmente as classes que vão de 5ª a 8ª em todos os distritos. No entanto, ao nível do distrito de Água Grande existe uma diferença entre as escolas que integram os alunos da 5ª e 6ª classes e o Liceu Nacional, a única escola secundária deste distrito que absorve apenas os alunos da 7ª, 8ª e 9ª classes.

A nível do ensino primário a pressão da população em idade escolar sobre as escolas é maior em Água Grande e em Mé-Zóchi e menor, em Caué e na Região Autónoma do Príncipe. O ratio alunos/professor é bastante maior em Água Grande, indicando uma maior pressão neste distrito.

 

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