Jorge Trabulo Marques - Jornalista
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, que, em 28 de Novembro de 2021, transmitira uma mensagem de elogio a São Tomé e Príncipe pela realização de eleições de forma pacífica, reafirmando a prontidão das Nações Unidas em apoiar o país nas reformas e desenvolvimento" reiterando a disponibilidade da organização de "oferecer bons ofícios" através da Equipa das Nações Unidas no País e do Representante Especial para a África Central, François Louncény Fall, voltou agora a tecer rasgados elogios ao Presidente de S. Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, um “exemplo de paz” e símbolo de nova geração de políticos do continente africano, na sequência da sua participação quarta-feira numa reunião videoconferência realizada por este organismo internacional.
Diz a (Lusa), que, uma nota enviada a esta Agência, refere que, Carlos Vila
Nova e o Presidente da Libéria, George Weah, foram os únicos presidentes
africanos convidados a tomar a palavra no evento “por serem considerados casos
de sucesso no que concerne à prevenção de conflitos e no seu relacionamento com
as Nações Unidas e pelo perfil dos chefes de Estado que simbolizam a nova
geração de políticos do continente africano”.
“É uma grande honra para mim, mas também para o povo de São Tomé e Príncipe, tomar a palavra neste evento. É para nós um importante reconhecimento do nosso compromisso com a paz no nosso próprio país, mas também o nosso compromisso com a paz na nossa região e no mundo”, declarou Carlos Vila Nova, na sua mensagem em inglês, justificada por a língua portuguesa ainda não ser oficial na ONU.
Vila Nova realçou a celebração dos “75 anos desta experiência multilateral” das Nações Unidas como “um feito notável” e saudou “a reforma que o secretário-geral [Atónio Guterres] tem vindo a implementar audaciosamente, com o simples propósito de corrigir o que é notoriamente mau e melhorar tudo o que já está a funcionar bem” na ONU.
Contudo, o Presidente da
República lamentou que o mundo esteja “a assistir a uma profunda crise do
multilateralismo e à eclosão de conflitos locais que põem em risco a
estabilidade global”.
“Embora São Tomé e Príncipe
seja um país pequeno, somos membros de pleno direito da comunidade
internacional, e vemos com grande preocupação as tentativas de nos afastarmos
dos princípios do multilateralismo. É por isso que saudamos novas ‘formas de
trabalho’ das Nações Unidas, tais como este Programa Conjunto e o Fundo de
Desenvolvimento e o Departamento de Política e Paz”, disse o chefe de Estado
são-tomense
Carlos Vila Nova realçou que
“felizmente, São Tomé e Príncipe não conheceu guerras, nem conflitos violentos”
apesar de ter sofrido “anos de uma colonização severa com décadas de abusos dos
direitos humanos”.
“No entanto, estamos perante
uma das guerras mais difíceis de combater para a humanidade, a pobreza. E,
além disso, temos uma população extremamente jovem a enfrentar o desemprego e
com muitos deles a aperceberem-se tristemente de que só podem ter sonhos se
emigrarem”, assinalou Carlos Vila Nova. – Excerto de https://mundoatual.pt/presidente-de-sao-tome-e-principe-considerado-exemplo-de-paz-pelas-nacoes-unidas/
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