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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

S. Tomé -Sorrisos das crianças das Ilhas Verdes do Equador para as quais o turista é um amigo - Vistas na Poesia do Bispo da Diocese, Dom Manuel dos Santos

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 


Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". – E, as pacificas crianças de S. Tomé e Príncipe, vêm ao colo e sorriem de quem as acarinhar, sem que peçam algo em troca,

O TURISTA É UM AMIGO  - Mas também para a generalidade da população - Desde que não abuse da sua hospitalidade, o visitante, aonde quer que vá, é sempre bem recebido


PARA AS CRIANÇAS DE S. TOMÉ – O TURISTA É UM AMIGO  - Mas também para a generalidade da população - Desde que não abuse da sua hospitalidade, o visitante, aonde quer que vá, é sempre bem recebido

“Amigo!” – É desta forma como as crianças (mais carenciadas) se dirigem ao turista, em S. Tomé, a que, geralmente, acresce um sorriso.

Certo que é na intenção de lhe pedir alguma coisa – E, a bem dizer, como pouca coisa se contentam:  por exemplo, com uns simples  lápis, esferográficas, cadernos, bonés, peças de  roupa - Talvez até mais de que o dinheiro. Porém, mesmo que a criança não receba nada em troca, senão a indiferença (o que é difícil a um coração mais sensível não corresponder ao menos com uma expressão de simpatia a rostos tão amorosos e gentis, como são os destas Ilhas), as crianças, continuam a sorrir ou a expressar  aquele ar de inocência (nunca de azedume)  que se assemelha mais  ao olhar de pasmo, de descoberta que ao desencanto..

Sim, o forasteiro é visto com simpatia, porque, as pessoas que ali vão de visita, são encaradas como amigas: que vêm descobrir os encantos paradisíacos de uma terra  - Mas também, aos olhos quem aqui vive, elas são vistas como fonte de descoberta: porque toda a pessoa é diferente da outra;  no mundo não há ninguém igual. 
Ambas as duas Ilhas, são  uma das maravilhas da criação. E a razão pela qual o turista (quer por mais novos ou mais velhos,  miúdos ou graúdos) não é visto como o  estrangeiro, que vem usurpar mas  como o amigo que traz uma mais valia à terra, é fácil de explicar: é porque, o temperamento do santomense é por natureza pacifico e, nestas ilhas,  o turismo, além de ser  a principal fonte de divisas,   ainda não logrou corromper os costumes.  Oxalá tal nunca aconteça.


P.Trovoada não tem esta vida
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE  – UM DOS PAÍSES MAIS PEQUENOS E MAIS POBRES DE ÁFRICA – NÃO TEM A VIOLÊNCIA NEM A EXTREMA MISÉRIA  DE OUTRAS NAÇÕES - 
Em S. Tomé e Príncipe, a Natureza é bela e fértil, há frutos por todo o lado e durante o ano inteiro, dificilmente alguém morre de fome, no entanto, sofre as carências de bens essenciais, nomeadamente dos que são importados, e sobretudo na compra de medicamentos, já que, a generalidade média das pensões, ronda os 20 a 30 euros mensais e o ordenado mínimo, à volta dos 60




S. Tomé e Principe, é  talvez dos poucos países onde a pobreza não tem o rosto da fome, que caracteriza a maioria dos 
países de África- A terra é fértil e generosa e oferece os melhores frutos. Contudo, nem só de fruta pão (ou de outros frutos), se pode ter uma existência saudável e condigna: há muitas mais carência, nomeadamente a nível de medicamentos, de apoio escolar, vestuário e de outros alimentos, que são imprescindíveis a um crescimento saudável  e que não estão ao alcance da maioria da  população.



Ambas as duas Ilhas, são  uma das maravilhas da criação. E a razão pela qual o turista (quer por mais novos ou mais velhos,  miúdos ou graúdos) não é visto como o  estrangeiro, que vem usurpar mas  como o amigo que traz uma mais valia à terra, é fácil de explicar: é porque, o temperamento do santomense é por natureza pacifico e, nestas ilhas,  o turismo, além de ser  a principal fonte de divisas,   ainda não logrou corromper os costumes.  Oxalá tal nunca aconteça.


09/04/2018 - 
É uma pequena ilha, quase perdida no oceano, bem na costa oeste da África, mas incrivelmente bela. O que eu não amo neste lugar?… Nada realmente. A natureza aqui é linda, oceano azul em torno da terra, selvas para explorar, montanhas para caminhadas, cachoeiras quase a cada 10 km. Eu o chamei de "paraíso na terra"

As pessoas de São Tomé são únicas. Eles têm o seu próprio jeito de “brincar”, manter a calma e fazer as coisas deles. No início, é um pouco difícil adotar como estrangeiro, mas você rapidamente se acostumará com isso. Além disso, são pessoas muito receptivas, com um enorme sorriso no rosto, e um abraço amigável vai recebê-lo em todos os lugares. Eu não falo português, que é quase a única língua falada nesta terra, mas vou lhe dizer que quase não precisei me preocupar com isso, apesar de estar triste por não conseguir me conectar completamente

Vistas na Poesia de Dom Manuel dos Santos, Bispo da Diocese de STP - São pardilhais à sola, em quintais e ruas

Com chilreios mil e olhos admirados,

Rostos que brilham, sorrisos rasgados,

Pedindo “doce”, sonhando aventuras!

Trilham os caminhos do crescer da vida,

Tantas vezes só, sem um pai ao lado,

Entregues à sorte de viver do fado,

Sonhando amanhãs em ilusão sofrida!

Brincam na areia de praias preguiçosas,

Com pedaços toscos de restos do passado!

De canoas leves, em troncos esculpidas!

Desenham seu mundo em cores sem rosas

Mas na espera de um futuro abençoado,

Onde as ilusões sejam conseguidas!

S. Tomé, 28 de Novembro de 2009

Do Livro MOMENTOS DE VERDE MAR

De Dom Manuel António Mendes dos Santos, Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe

Nomeado, em de dezembro de 2006 o Papa Bento XVI nomeou-o Bispo Diocesano de São Tomé e Príncipe  - Sobre ele em  https://canoasdomar.blogspot.com/2019/02/o-reencontro-ha-3-anos-com-um-filho-das.html

Manuel António Mendes dos Santos, nasceu a 20 de Março de 1960, em São Joaninho, pequena aldeia do Concelho de Castro Daire, distrito de Viseu, Frequentou os Seminários da Diocese de Lamego até aos 18 anos. Nessa altura, ingressou na Congregação dos Missionários claretianos, tendo sido ordenado sacerdote, na sua terra natal, em 13 de Julho de 1985. Em Dezembro de 1993, teve a primeira experiência de África, ao desembarcar em Luanda, Angola, a caminho de São Tomé e Príncipe, país onde desenvolveu a sua ação missionária até Abril de 1995, seguindo, uns meses depois, para Roma, a fim de continuar estudos de especialização. Regressa a Portugal, em 1997, assumindo a paróquia de São Sebastião, na cidade de Setúbal. Em Abril de 2001 é escolhido como Superior Provincial da sua Congregação, cargo que desempenhou até 1 de Dezembro de 2006, altura em que foi nomeado Bispo de São Tomé e Príncipe. É neste país de África que tem atualmente a sua residência, ao serviço de Deus e das pessoas.

 

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