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segunda-feira, 13 de março de 2023

S. Tomé – E o alegado Golpe de 25 de Novembro – Mãe de um soldado aprisionado faz lancinante apelo nas redes sociais, receando pela vida de seu filho, que está muito doente e não é assistido – Irmã e um dos 17 filhos de Arlécio Costa, uma das vitimas, sentem-se muito perturbados e inconformados – E avançam com uma queixa crime contra o governo são-tomense

 Jorge Trabulo Marques - Jornalist


Mãe do soldado, que estava de piquete no dia do alegado Golpe de Estado, num telefonema dirigido ao editor da Voz de S.Tomé e Príncipe, em Facebook, a Danilo Salvaterra,  diz que o seu filho foi pontapeado e  massacrado, até desmaiar. E, que, na prisão onde se encontra, sofre de graves problemas de saúde, que não lhe prestam assistência médica. Quando reclama para o chefe, este responde que está a fingir. Pede à comunidade internacional que interceda, diz que ele corre risco de morte e que está proibido de falar.



Jorge da Costa, um dos filhos de Arlécio Costa e a sua tia, Maria da  Conceição Costa, irmã de uma das quatro pessoas, que  foram torturadas de forma bárbara e executadas, na sequência do alegado golpe no quartel militar no passado 25 de Novembro, confessaram-se profundamente chocadas e perturbadas, aquando da manifestação que ocorreu no dia 4 de Fevereiro,  apelando ao Presidente da República e às demais  autoridades  portuguesas alertas sobre as consequências da "normalização" do caso.



Entretanto, conhecida a divulgação do relatório da Procuradoria-Geral da República, sobre os acontecimentos de 25 de novembro de 2022., que  imputa responsabilidades ao antigo combatente do "Batalhão Búfalo, a  família de Arlécio Costa avançou com uma queixa-crime contra o Governo são-tomense, através  do  advogado Carlos Semedo.



De facto, o  tão aguardado relatório do alegado golpe no passado dia 25 de Novembro,  se, antes de ser divulgado, já gerava ondas de acesas polémicas e desconfiança, pelos vistos, agora que foi tornado público, ainda veio despoletar mais dúvidas e crispações, ao ponto do Presidente da República, apelar à contenção da linguagem, “porque na praça pública não se condena ninguém, e grande parte do que se tem trazido à volta desta questão só tem denegrido a imagem de São Tomé e Príncipe. Eu represento o Estado e defenderei sempre o Estado



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