É notícia da STP Press, que “o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, assegurou em Lembá, que o governo está a desencadear “todo apoio consular e a nível diplomático junto das autoridades gabonesas para resolver a questão dos pescadores são-tomenses detidos no mar do Gabão”.
Humilhação que bem poderia ter sido evitada se, a troco de uma fatia de pão, as frotas pesqueiras fossem mais controladas e fiscalizadas ou mesmo determinar certos períodos de impedimento de forma a permitir a renovação do pescado
“Nós desencadeamos todo o apoio consular e a nível diplomático estamos a ver com as autoridades gabonesas como revolver a questão da melhor maneira, mas é verdade que se trata da pesca ilegal numa zona protegida…”, explicou o primeiro-ministro.
Basta ouvir os lamentos dos pescadores santomenses, como já tivemos oportunidade de o fazer para se conhecerem as suas preocupações
A pesca artesanal tem sido o sustento de várias centenas de pescadores e das suas familias, a base da gastronomia das ilhas, mas cada vez se tem afigurado como uma miragem
Pescadores Santomenses, manifestam-se preocupados com o “olho clínico” das frotas pesqueiras que operam nas águas territoriais – Regressam à praia quase de mãos vazias - Ir à pesca nas tradicionais canoas, cada dia se vai tornando num enorme drama, num desalentado, longo e sacrificado calvário
Desabafos de lamentos e preocupações, que tive oportunidade registar em vídeo, num espontâneo e ocasional encontro, que tive na praia da Rosema, em Neves, capital do distrito de Lembá, numa bela tarde de Maio de 2019
Neves -1972- S -Jorge Trabulo Marques Autor do Artigo |
Em cuja baía, nos últimos anos da colonização, chegou a existir um dos mais avançados empreendimentos industriais de África, de fabrico de cerveja e distribuição de gás, além de um bem apetrechado porto pesqueiro, donde partiam e regressavam várias traineiras de pesca para capturas nas águas territoriais do arquipélago, até às vizinhas costas do Gabão e, a bem dizer, por todo o Golfo da Guiné.
De recordar que o Parlamento São-tomense aprovou, já no Governo de Jorge Bom jesus, uma nova lei das pescas, que permite à Guarda Costeira Nacional abordar e fiscalizar as embarcações suspeitas de prática de pesca ilegal sem que estejam a bordo inspectores da direção das pescas.
Mas como fazer essa inspeção? - Com que meios? O que tem valido, são as missões do navio Zaire, da Marinha Portuguesa, que, desde há alguns anos, tem vindo a reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos de São Tomé e Príncipe, bem como a segurança marítima do Golfo da Guiné e a capacitação da guarda costeira deste país de língua portuguesa
A pesca semi-industrial tem sido praticada pelos barcos em fibra de vidro provenientes de donativos japoneses. O abastecimento do mercado interno é principalmente assegurado pelos desembarques da pesca artesanal e, de maneira muito marginal, pela pesca semi-industrial.
Acordos de pesca, não têm faltado, tal como projetos e intenções Ainda
recentemente, foi noticiado que São Tomé e Príncipe caminha para pescarias
pelágicas costeiras mais produtivas e sustentáveis
Fala-se de uma estratégia de atualização de dez anos para as pescarias pelágicas costeiras em São Tomé e Príncipe De que "os pelágicos costeiros são uma parte vital das pescas dos nossos países e fornecem alimentos saudáveis e acessíveis a muitas pessoas,” disse Abel Bom Jesus, Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas durante uma cerimónia de lançamento de uma estratégia de melhoramento para as pescarias pelágicas costeiras na África nação da Ilha.
Noticia
que se vem repetindo com a mesma retórica
mas que não tem passado do papel e pretexto de canalização de fundos mas sem resultados
práticos
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