Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Olinda Beja, já tida como uma grande embaixatriz da cultura são-tomense, que, há dois anos, havia participado nas celebração do Solstício do Verão, no auditório municipal de V. Nova de Foz Côa e na freguesia de Chãs, junto ao monumental calendário pré-histórico alinhado com o pôr-do-sol do dia maior do ano, foi uma das presenças da 4ª Edição do Festival da Lusofonia, em Coimbra para declamar, dialogar, cantar poemas e falar de temas das Ilhas Verdes do Equador, onde nasceu em 1946, filha de mãe nativa, da então vila da Trindade e de pai português, do distrito de Viseu.
A cidade de Coimbra acolheu, entre sexta-feira e domingo, passado, o IV
Festival Sons, saberes e Sabores da Lusofonia, com vista a promover a cultura e
gastronomia dos países de língua oficial portuguesa no Parque Manuel Braga, na
margem direita do Mondego.
Uma iniciativa da junta de freguesia de Santo António dos Olivais, que, em
articulação com as associações representativas das comunidades imigrantes
lusófonas em Coimbra, pela terceira vez promoveu a Edição do Festival da
Lusofonia – Sons, Saberes e Sabores da Lusofonia, um certame de divulgação da
gastronomia, música e cultura lusófona
Tendo a organização colocado à disposição dos visitantes Tendas de Sabores, um
palco aberto à dança à música e às canções de além-mar e a Tenda dos Saberes
(divulgação e apresentação de livros, conversas com autores e declamação de
poemas.
Proporcionando um programa apelativo e diversificado com o qual se pretendeu
informalmente promover o convívio entre pessoas de origens diversas unidas por
uma língua comum.
Olinda Beja, poeta e narradora de São Tomé e Príncipe, nascida em Guadalupe a
12 de fevereiro de 1946, filha de José de Beja Martins (português) e de Maria
da Trindade Filipe (santomense. - Embora tendo partido adolescente para
Portugal, nem por isso, nas suas veias, deixou de lhe correr a matriz das
raízes da sua ancestralidade africana, genuinamente santomense, que tem
surpreendentemente expressado, quer através dos seus belos versos, quer em
prosa, nomeadamente na singularidade dos seus contos, traduzidos em várias
línguas, revelando-se, por isso, desde há vários anos, uma verdadeira
embaixatriz da cultura do seu pais de origem, tanto em récitas poéticas, como
noutros eventos ou iniciativas, em que geralmente se faz acompanhar à viola e
cântico por músicos santomenses
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