Associe-se à celebração do Solstício do Verão, no próximo dia 21, num dos calendários solares pré-históricos alinhado com o pôr do sol do dia maior do ano. Que se ergue na vertente do maciço dos Tambores, margem direita do fertilíssimo e maravilhoso vale da Ribeira Centeeira, aldeia de Chãs, Vila N. de Foz Côa. https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2023/05/o-solsticio-do-verao-2023-e-celebrado.html ......Lugar mítico que vale a pena conhecer https://canoasdomar.blogspot.com/2023/05/macico-dos-tambores-aldeia-de-chas-foz.html
A tradicional Festa das Rosas da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento, em Santo Tirso, que, devido aos constrangimentos da pandemia, havia sido suspensa pela Direção da EPACSB, voltou de novo animar esta centenária instituição de ensino com a participação ativa de toda a comunidade escolar, com o maior empenho de professores e alunos para mostrarem os trabalhos do ano-letivo e o melhor que a quinta produziu, onde se destacavam os mais belos ramos e raminhos de rosas colhidas no horto dos campos da escola, sobranceiros à margem esquerda do rio Ave.
A abertura dos festejos, teve inicio às 21h00 de 3 de junho, com o Grupo de Bombos de Santiago da Carreira, Sons dos Claustros e Mridangam Band.
No dia seguinte, domingo, foi celebrada missa solene na capela da escola, às 11h00, após o que se seguiu o almoço de convívio, no seguimento do qual, já no período da tarde, além da animação pelo Grupo Folclórico de S. Martinho do Campo, teve ainda lugar a sessão da entrega dos premiados do Concurso de Arranjos Florais e atuação musical de José Morais Silva.
O Grupo Folclórico de S. Martinho do Campo, foi fundado em Abril de 1957, é membro da Federação de Folclore Português. Pertence a S. Martinho do Campo a 14 Km da cidade de Santo Tirso, e a 14 Km da Cidade de Guimarães, tem medalha de ouro das Festas de Traje de Entre Douro e Minho em 1961, 1º Classificado no 2º Festival de Folclore da Província do Douro-Litoral em 1964, deslocações a Espanha, França e Bélgica; com classificações honrosas, organizador todos os anos de Grandes Festivais Luso-Espanhol de Folclore, participante em vários Festivais Nacionais e Internacionais de Norte a Sul do País.
Com muita pena minha, residindo em Lisboa, não me foi possível ter estado presente em todo o tão interessante programa que voltou a proporcionar, nos dias 3 e 4 de junho. um caloroso convívio de atuais e antigos alunos, bem como da presença do seu novo diretor, José Santos, além de professores e auxiliares,
Sim, na Escola da minha saudade que também frequentei e que me catapultou para a vida – Sem o curso que ali frequentei e terminei, com o diploma de 15, 3 valores, de Agente Rural, da então Escola Prática de Agricultura, Conde de S. Bento, dificilmente teria vivido a vida enriquecedora que vivi e o que hoje sou.Não teria vivido tantas e tão emocionantes experiências.
Quero, pois, aqui congratular-me por tão festivo evento e prestar a minha singela homenagem ao seu corpo docente e partilhar do mesmo sentimento de orgulho e de alegria com atuais e antigos alunos
Entrei para a Escola Agrícola, em 1959. . Conclui o segundo ciclo em 1963. Em Dezembro de 1963, partiria para S. Tomé para estagiar numa roça – Não fui além de empregado de mato – Mas , depois, abrir-me-ia as portas para as aventuras nos mar, para o alpinismo e várias atividades, designadamente a de jornalismo
Sendo eu natural de uma aldeia do interior, donde me viria a paixão pelo mar?.. Creio que, em boa parte, do Rio Ave que corre ao lado dos belos jardins e dos magníficos campos da Escola Agrícola, que tantas vezes contemplei!.. Em cujo açude, aos domingos, ensaiara as primeiras remadas.
Oh!...Tantas vezes me haveria de lembrar das tranquilas águas do TRio Ave que um dia- infelizmente - haveriam de afogar, em plena flor da vida, um nosso querido colega, mas, por outro lado, também, mais tarde, haveriam de constituir o espelho de tantas e tão gratas recordações desta mesma Escola para os demais alunos!
Quando, em pleno alto mar, longe de tudo, das vistas de toda a
gente - por três vezes - , em frágeis canoas, navegava ou andava à deriva na
imensidão do conturbado Golfo da Guiné, sem quaisquer meios de orientação ou
comunicação que não fosse uma simples bússola – Nos tais mares a que, já
Camões, nos seus cantos, se referia nestes versos :«Sempre, enfim, para o
Austro a aguda proa, /No grandíssimo golfão nos metemos” – Oh quantas
provações!... Quantos perigos enfrentados!.. – Desprovido dos remos e de outros
apetrechos, devido a violento tornado, sem alimentos, bebendo água das chuvas e
água salgada! - Mas essa história não cabe nestas linhas
São Jerónimo era geralmente a baliza de chegada e de retorno ... E, também, muitas vezes ao fim da tarde e pela noite adentro, era o meu local preferido (até por ficar um pouco isolado e retirado da cidade) para me familiarizar profundamente com o mar.
Sabia dos muitos perigos que me podiam esperar - não os desdenhava! - mas entregava-me ao oceano de coração aberto, possuído de uma enorme paixão, em demanda dos grandes espaços e de uma infinita liberdade, tal qual as aves migradoras! Olhava-o como se fosse já meu familiar e meu amigo. Embora sabendo que a sua face, quando acometida de irascível crueldade, havia sido palco de muitas tragédias, havia engolido muitos barcos e tragado muitas vidas. Contudo, eu não ia ali apenas movido pelo prazer da aventura: só por isso, não sei se compensaria... Mas orientado por razões mais fortes
Havia algo, no fundo de mim, impelido como que por um pendor
sobrenatural inexplicável que me fazia acreditar que, mesmo que apanhasse
alguns sustos, tal como já havia acontecido em anteriores viagens, lá haveria
de sobreviver e de me safar!...
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