Jorge Trabulo Marques Jornalista
S. Tomé e Príncipe tem mais de 15 anos sabem ler e escrever, pelo que é considerada a melhor taxa entre os países africanos de língua portuguesa, indica o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PAJA) são-tomense -O grande problema subiste, depois, nas dificuldades emprego dos jovens, quer para os que acabam o ensino secundário, quer os que alcançam o ensino universitário - Daí que, os sinais de pobreza extrema ainda se observem em cerca de 30 mil pessoas, tal como foi recentemente divulgado pela Direção da Proteção Social são-tomense
A imagem de jovens a caminhar ao longo de caminhos e estradas, com as suas sacolas, é já habitual, quer chova ou faça sol - – Se bem que, nos últimos anos da colonização, houvesse progressos assinaláveis, é sublinhado por observadores, que “a independência nacional trouxe, numa primeira fase, um incremento significativo da educação em São Tome e Príncipe, tendo-se alcançado resultados muito positivos com a massificação do ensino, logo após 1975. Todavia, passada que foi esta fase, a educação conheceu uma certa desaceleração e os indicadores mostraram alguma estagnação, senão mesmo retrocesso em alguns sub-sectores, como por exemplo, a alfabetização.
A Escola
Básica de Mestre António, Maria Augusta, do Distrito de Cantagalo, acolheu o
acto central distrital dos festejos do dia mundial da criança
A
cerimónia que foi presidida, ao mais alto nível, por Sua Excelência o Senhor
Presidente da República, Engenheiro Carlos Vila Nova, culminou com a premiação
dos alunos que participaram no passatempo “Navegando no Mundo Digital”.
O
Chefe de Estado destacou alguns aspetos comparativos entre a educação e a
criança, realçando a importância da qualidade do ensino, enquanto “indicador
deveras importante para a avaliação do país”, pelo que na opinião de
Vila Nova, “torna-se imprescindível investir e dotar o sistema
educativo de condições para melhor atender as exigências para um país mais
desenvolvido e com melhor qualidade de vida”.
Carlos
Vila Nova acrescentou, por isso, que “a educação é arma mais importante
para preparar as novas gerações para os desafios futuros”, destacando
a necessidade de inclusão das crianças com necessidades educativas especiais
nos sistemas de ensino.
O acto central em Mendes da Silva contou com a
participação de muitas crianças locais e de comunidades vizinhas, de mães e de
muitos familiares que também intervieram com preocupações sobre o futuro dos
seus educandos, tendo o Presidente da República correspondido com a firmação de
que “é primordial investir nos recursos humanos e nas infraestruturas
para que as crianças estejam adaptadas a um mundo melhor”.
Carlos Vila Nova fez também alusão à necessidade de
esforço comum para combater a violência nas escolas, a gravidez precoce, o
abandono escolar, o desfasamento familiar, violência doméstica, o fenómeno de
crianças de rua, entre outros problemas que afetam o crescimento e o
desenvolvimento saudável da criança.
As escolas do ensino secundário básico, localizam-se, de uma forma geral, nas capitais dos distritos e compreendem uma rede de 11 escolas na ilha de S. Tomé e 1 escola na ilha de Príncipe. Enquadram geralmente as classes que vão de 5ª a 8ª em todos os distritos. No entanto, ao nível do distrito de Água Grande existe uma diferença entre as escolas que integram os alunos da 5ª e 6ª classes e o Liceu Nacional, a única escola secundária deste distrito que absorve apenas os alunos da 7ª, 8ª e 9ª classes.
A nível do ensino primário a pressão da população em idade escolar sobre as escolas é maior em Água Grande e em Mé-Zóchi e menor, em Caué e na Região Autónoma do Príncipe. O ratio alunos/professor é bastante maior em Água Grande, indicando uma maior pressão neste distrito.
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