Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informaçao e análise
Os apoios são importantes, desde que bem utlizados. Mas não é isso que tem acontecido. A juventude continua abandonar o pais e, Portugal, continua a ser o maior destino. E os que ficam, debatem-se com as maiores dificuldade, sem perspetivas de futuro.
INDEPENDÊNCIA A CAMINHO DOS 49 ANOS - A vida nas Ilhas Verdes do Equador, aparentemente segue o seu curso normal, de terras pacatas e de gente afetuosa, simpática e hospitaleira – O turista que ali for passar uns dias de férias, não vai ali encontrar a insegurança e a instabilidade que poderia encontrar noutros países de África: pode ir descansado, que nada o perturbará
No entanto, apesar de o visitante, nada poder encontrar de anormal, e, também, embora a paisagem continue verde e luxuriante - se bem que agora um pouco mais torrada nas zonas junto ao litoral ou nas da savana, devido a queimadas para o carvão e à desflorestação das áreas mais férteis, em favor de espécies não autóctones - é sabido que, tanto os São-Tomenses, que vivem nestas maravilhosas ilhas, como os da diáspora, creio que, nunca, como agora, se sentirão tão apreensivos, preocupados e desiludidos, com a situação politica atual
Pena que ao menos não se soubesse preservar uma herança, que também foi obra do suor de milhares de trabalhadores e de muitos colonos, sobretudo dos empregados de mato, tal como eu ali fui, cuja dureza de vida, em muitos casos, não ficava atrás dos escravos contratados ou nativos, até porque, além dos baixos salários que auferiríamos (sim, 200$00, foi quanto ali fui ganhar mensalmente depois dos descontos que me faziam) só podíamos gozar a chamada graciosa nas suas terras de origem, de quatro em quatro anos.
Estado do antigo Hospital da Roça Rio do Oiro |
Pelos vistos, não se aprendeu com os erros e com a experiência do passado - Não se salvaguardaram os seus tesouros agrícolas. Volvidos 49 anos, é lamentável que pouco ou nada se tenha feito para recuperar o importante património das roças - Em todo caso, nunca é tarde de mais, conquanto se tomem boas iniciativas .
É noticia recente de que "a Coreia do Sul vai ajudar São Tomé e Príncipe a desenvolver projetos de agricultura inteligente. O assunto foi tratado entre os dois países, à margem da cimeira entre a Coreia do Sul e os Países africanos.
Por outro lado, é também noticiado de que a FAO e a União Europeia vão apoiar o recenseamento agrícola em São Tomé e Príncipe - Dos cerca de novecentos mil euros necessários para o efeito, a FAO, a organização das nações unidas para a agricultura e alimentação, vai comparticipar com 165 mil euros. Todo o valor restante será suportado pela União Europeia..
"Quase um ano e meio da governação, a situação está pior". - Diz o líder do Basta, José Boiças - "Entendemos que se a liderança do país estivesse melhor, o país estaria melhor. Eu não tenho memória de qualquer um outro país onde um primeiro-ministro passa quase dois terços do seu tempo no exterior. Está a governar o quê? Ele controla como, através das redes sociais? Se ele foi eleito pelo povo para governar tem que estar aqui, tem que conviver com o povo, tem que atravessar as mesmas dificuldades que todos estamos a atravessar» In Tela Nón
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