A democracia e o multipartidarismo, em Cabo Verde, constitui um exemplo para a
África e para o mundo: “de democracia, transparência e boa governação” Assim é reconhecido,
tanto interna como externamente pela comunidade internacional
E foi justamente essa realidade que o Presidente
de S. Tomé e Príncipe, ali pôde também
testemunhar, durante os quatro dias da sua visita, a convite do seu homólogo,
Jorge Carlos Fonseca, que lhe dirigiu por ocasião da sua deslocação às Ilhas
Verdes do Equador, que coincidiu com as comemorações do 40º aniversário da independência
daquele arquipélago – Visitas estas, que, pelos vistos, ambas foram coroadas de
êxito e reforçaram ainda mais as relações de cooperação e de amizade entre os
dois países
Em declarações prestadas à Voz da América,
no regresso ao seu país, Pinto da Costa, diz ter ficado bastante satisfeito com a forma como as
instituições cabo-verdianas funcionam, classificando-as como “um exemplo a ser seguido em São Tomé e
Príncipe”.
“É que os sujeitos políticos devem ter a
capacidade de deixar as diferenças e ideologias de lado e priorizar sempre os
superiores interesses do país”, conclui Manuel Pinto da Costa, sublinhando que,
no encontro que teve com a comunidade
são-tomense radicada em Cabo Verde, “o diálogo constitui a peça importante para
o acerto de ideias, que permitam construir pontes para a consolidação
democrática e o desenvolvimento país.
Na mesma entrevista, concedida à VOA, o Presidente
de São Tomé e Príncipe. ,manifestou-se preocupado com “o trabalho da comunicação social, sobretudo
dos órgãos públicos” – Denunciando que “os partidos da oposição praticamente
não têm voz nos canais de informação do Estado, situação que espera seja
alterada, porquanto "sem uma imprensa livre o exercício democrático no
país fica condicionado". Presidente de São Tomé e Príncipe
defende maior cooperação regional
CABO VERDE – Um modelo de democracia e de boa
governação em África
Os dirigentes políticos dos países africanos - mas não
só –,
onde a instabilidade, os conflitos e a corrupção, os negócios obscuros, quase
não despegam, deviam pôr o
olhos no exemplo seguido por Cabo Verde - Não há outro país, em África, que, apesar
de não ser possuidor das grandes jazidas de petróleo ou de outras riquezas
naturais (pelo contrário, fustigado por severas e prolongadas secas) tenha sido
capaz de, após ter-se libertado do colonialismo
e proclamado o multipartidarismo, haja logrado um tal nível de maturidade de governação
e do funcionamento das instituições democráticas.
E assim parece continuar apostado – Em novos desafios em prol do progresso e bem-estar das populações. – Foi a que aludiu, o Presidente Jorge Carlos Fonseca, no passado dia 5 de Julho, ao discursar na sessão especial da Assembleia Nacional para assinalar o 40º aniversário da Independência, frisando “que os sucessos de Cabo Verde nos 40 anos de independência são reais e muito importantes e devem ser proclamados com orgulho, mas sublinhou que nem tudo correu bem"
Por seu turno, em declarações
proferidas, na mesma altura, à Agência Lusa,
o director executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África,
Carlos Lopes, considerou que Cabo Verde
foi “o melhor aluno do desenvolvimento dos países africanos e está no topo dos
que respeitam a democracia”, tendo também “bons indicadores de governanção e
grandes resultados na área social
E lembrou que, “em
40 anos de independência, Cabo Verde contou com apenas quatro presidentes --
Aristides Pereira (1975/91), António Mascarenhas Monteiro (1991/2001), Pedro
Pires (2001/11) e Jorge Carlos Fonseca (desde 2011) -, facto quase único em
África, sobretudo porque, apesar dos 16 anos de monopartidarismo inicial,
prevaleceu a democracia e a estabilidade, permitindo que todos cumprissem os
respetivos mandatos de cinco anos.
"Em 40 anos a Presidência
cabo-verdiana contou com quatro chefes de Estado, o Governo, nas mesmas datas,
foi chefiado por três primeiros-ministros -- Pedro Pires (PAIGC/PAICV), Carlos
Veiga (MpD) e José Maria Neves (PAICV), tendo este último já anunciado que
deixará a política ativa após as eleições legislativas do primeiro trimestre de
2016, após 15 anos à frente do executivo.”. Cabo Verde chega aos 40 anos como exemplo de boa .
Nenhum comentário :
Postar um comentário